sexta-feira, 2 de agosto de 2013

RMM – Autobiografia 55

            Eu sabia que o Manolo tinha certo relacionamento com uma menininha, que fisicamente aparentava ser meses (ou até anos) mais nova que nós. Morena, tipo Luiza Brunet, costumava estar sempre de calcinha e, nos momentos que seu pai se encontrava, não saía para a rua. Ele sempre nos mostrava uma feição irada, talvez por desconfiar de alguma coisa ou, até mesmo, saber.
            Um dia Manolo passou por mim na companhia dela e me convidou a acompanhá-los, mostrando mais ou menos aonde iriam. Sem saber que atitude tomar naquele momento, acabei falando para o Júnior e um amigo dele (acho que se chamava Ítalo) que o Manolo e a menina estavam em tal local. Eles iam até lá e insistiram que eu os acompanhasse. Exitei, porém, acabei indo.
            O casal estava em meio à relva, em um pequeno declive, que ajudava a aumentar a camuflagem. Ambos, ao nos ver, correram. Porém, o Manolo virou e olhou duas ou três vezes para mim. Então percebi que não havia agido bem e, ao retornar, os que me acompanhavam disseram que eu deveria era ter aceitado o convite, ao invés de ter feito o que fiz.

Por isso e algum outro motivo, assim que tive chance falei com o Manolo para que ele me chamasse da próxima vez. A princípio ele até ficou zangado, mas, depois de algum tempo, prometeu que me chamaria. Mas, provavelmente por falta de oportunidade, isso não ocorreu.

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