Eu sabia que o Manolo tinha certo relacionamento com uma
menininha, que fisicamente aparentava ser meses (ou até anos) mais nova que
nós. Morena, tipo Luiza Brunet, costumava estar sempre de calcinha e, nos
momentos que seu pai se encontrava, não saía para a rua. Ele sempre nos
mostrava uma feição irada, talvez por desconfiar de alguma coisa ou, até mesmo,
saber.
Um dia Manolo passou por mim na companhia dela e me
convidou a acompanhá-los, mostrando mais ou menos aonde iriam. Sem saber que
atitude tomar naquele momento, acabei falando para o Júnior e um amigo dele (acho
que se chamava Ítalo) que o Manolo e a menina estavam em tal local. Eles iam
até lá e insistiram que eu os acompanhasse. Exitei, porém, acabei indo.
O casal estava em meio à relva, em um pequeno declive,
que ajudava a aumentar a camuflagem. Ambos, ao nos ver, correram. Porém, o
Manolo virou e olhou duas ou três vezes para mim. Então percebi que não havia
agido bem e, ao retornar, os que me acompanhavam disseram que eu deveria era
ter aceitado o convite, ao invés de ter feito o que fiz.
Por
isso e algum outro motivo, assim que tive chance falei com o Manolo para que
ele me chamasse da próxima vez. A princípio ele até ficou zangado, mas, depois
de algum tempo, prometeu que me chamaria. Mas, provavelmente por falta de
oportunidade, isso não ocorreu.
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