Minhas viagens 200

   Certo dia pela manha. Ah! Por volta do vigésimo dia atingi uma estrada que dava para algumas fazendas portanto de livre acesso. Foi como um primeiro contato com a civilização, muito me alegrou aquele momento e após todas as vezes que saía a caminhar, ia até lá. Depois resolvi seguir por ela até o asfalto, pisá-lo, atravessar de um até o outro lado foi uma alegria, quando via algum carro me afastava. Na estrada de terra por quatro ou cinco vezes percebi aproximação de veículos, em uma delas me escondi bem encolhido e abaixado atrás de um pequeno arbusto, pensei que seria descoberto, mas não fui, se aconteceu não sei, pois o carro seguiu o seu caminho. Bem! Pelo andar da carruagem ninguém havia me visto, mas o fato de vê-los me incomodava, pois supunha que havia quebrado meu propósito ao me expor tanto. O fato de me aventurar em andanças desde aquela fatídica terça me fazia pensar que a parte idealista ou espiritual da viagem havia sido violada, porém não a interromperia mesmo enfrentando grande sofrimento e dor.

Minhas viagens 199

  No entroncamento entre o acampamento e a primeira estrada que encontrara, que dava para a sede da fazenda. Desde que passei lá no terceiro dia avistei uma garrafa de velho barreiro com resto de liquido dentro, umas duas ou três doses, tentei abri-la, pensando em cheirar e talvez se fosse pinga poderia ser que a colocasse na boca e cuspisse, sem engolir, mas por acaso a tampa estava bem agarrada o que me fez não força-la e assim ficou.

Minhas viagens 198

    Seria minha intenção fazer um relato do dia a dia daquela terceira viagem, mas a memoria para fatos recentes, por enquanto, digamos que acompanha a maioria das mentes em mesma idade física, mas tento seguir um cronograma. O tão esperado vigésimo primeiro dia chegou e apesar da expectativa que havia formulado na qual as coisas melhorariam na segunda metade da estada ali, não aconteceu, então logo após determinei que tentaria segurar meu momento de paz assim que ele surgisse e não voltar a me desesperar.

Minhas viagens 197

  Por falar nisso a "Santa Maria mãe de Deus" foi incorporada ao ave maria, que aliás não é uma oração e sim a saudação que a mãe de João, o batista, fez logo após a visão dos anjos, informando da benção que ela e Maria receberiam. Assim só após ambas grávidas se encontrarem, então a saudação talvez tenha partido da mais velha pra mais nova ou talvez para aquela que teria o filho em menor grau de importância para a humanidade, óbvio. 

    Hoje não vejo problema nessa considerada prece católica, na "mãe de Deus" também não vejo. Mas nunca esqueçam: Jesus é humano; Cristo apesar dos judeus tê-lo convertido a humano e tornado-o assim, foram contrários as escrituras que o davam como divino. Resumindo: Jesus, o Cristo é sim um Deus, representante do Pai, o Criador, e na hierarquia celeste há muitos outros deuses entre os dois sendo que Deus Pai é o Deus que professamos, nós os Cristãos.

PMM 270

 Ou se encontrava entre amigas. No penúltimo dia do primeiro ano da década por ele declarada a do ápice apocalíptico, na região aonde se iniciaria a civilização do terceiro milênio de D.Bosco. Quando de repente a luz acabou e elas demonstraram preocupação com o sobrenatural, ou aproveitou e disse-lhes que ele existia, mas as elites ocultas procuram ridiculariza-lo e desprezar: para que apenas elas o utilize negativamente. Então Tiúca, uma entre elas disse ter sofrido vários fenômenos e sob o pedido de Ou para relatá-los, declarou que não podia pois se o fizesse seria perturbada na menor das hipóteses por sonhos. Ou riu bastante e falou não acreditar em tal possibilidade. Tiúca acabou por contar várias experiências e Ou também, isto com muito bom humor, porém naquela noite Ou foi deveras atormentado por toda sorte de pesadelos. O que fez com que ficasse até envergonhado de sua cônjuge que lhe dissera pela manhã o que teria sido aquilo. Ou lhe falou que não tinha certeza de todo tormento mas que quase amanhecendo o dia tentou repreender as supostas entidades em nome de Jesus, conforme Virgulino, um declarado espirita o havia mandado. E assim é.

PMM 269

       Entendam! Usem máscaras, mas respeite a liberdade de seu irmão. Tudo não passa de uma trama programada exatamente para esta década. Colocar um contra o outro é o ponto chave dos verdadeiros governantes do mundo. Quem é o dono da Honda? Quem é o dono da Vale? Quem manda na Caixa? Praticamente todo o capital e dinheiro mundial está nas mãos de sociedades secretas que disputam entre si ,mas elas tem em comum o ideal de que a massa não é nada mais que massa, ou ratos, ou vermes. Eles pretendem nos escravizar e já. Despertem. Para eles não existem negros, brancos: Os chamadas acadêmicos ou leigos , existe apenas eles no topo e o resto, mas Deus é por nós, não temam, penas amem.

Minhas viagens 196

    Orava, rezava, clamava e não entendia tanto sofrimento. Me perguntava a todo momento, será que há outra forma de adorar a Deus ou falar com Ele? Sei que Ele existe, que estou rodeado de anjos, mas me sinto tão só. O que posso fazer? Como me aproximar mais do Criador? Como deter este grande sofrimento?

    Além do Pai nosso e muitas súplicas e preces, com o tempo recordei praticamente de todo salmo 91, assim como o 128 os recitava a todo momento. Ambos estão em minha mente desde que me converti ao seguimento cristão: Assembleia de Deus, logo após minhas primeiras viagens. De tanto recomendado que eles eram pelos irmãos, quando percebi já os sabia de cór. O 91 sei todo, mas não consigo terminá-lo, pois em certo ponto volto quase ao início o que faz com que ele não tenha fim. Às vezes ave maria cheia de graças, pois esta parte se encontra na bíblia e poderia ser recitada por qualquer um que se diz evangélico.

Minhas viagens 195

   Provavelmente na terceira semana resolvi fazer uma incursão à sede pela primeira estrada que conheci, como que ligando a casa ao ponto que desci no asfalto, mas entre eles havia um córrego. Fui andando cautelosamente até que me deparei com uns buracos e estacas, ao olhar a terra retirada, ela estava muito úmida o que me fez assustar e sair correndo de volta, pois quem cavava poderia estar próximo. Na correria mesmo eu apoiando meu protetor solar com as mãos (que juntamente ao isqueiro, papel higiênico e boné, faziam parte do meu aparato ao caminhar), perdi a tampa dele. Voltei lá algumas vezes, mas não a encontrei, sendo assim improvisei a tampa com um frasco metálico de pomada que havia acabado, assim também fiz alguns prendedores de roupa dela e de umas tampas de sardinha.

Minhas viagens 194

       A lembrança de minha esposa e o sofrimento causado por ela diminuiu com os dias. Havia uma outra presença feminina em minha mente, mas no decorrer daqueles dias resolvi que faria de tudo para reconquistar minha amada e minha família, que se possível fosse transformar a amada amante que tanto me ajudara, inclusive na viagem em uma amada amiga. O que aconteceu com o passar dos dias.

Minhas viagens 193

   Fui fazendo excursões cada vez mais longas, sempre na estrada que ligava a sede às pastagens da fazenda, admirado com os desmatamentos e as tais estradas que imaginava ser feitas pelo uso de carroças e na realidade a principio eram feitas por máquinas destrutivas que transformam natureza em dinheiro e comida para que os seres considerados humanos sobrevivam e mantenham suas sub-vidas.

Minhas viagens 192

   Um dia ao voltar da caminhada desconfiei que meu acampamento havia sido violado, porém numa vistoria mais detalhada percebi que a pequena mudança tinha sido provocada provavelmente por um vendaval. 

    Fazia o 2 principalmente ao redor da barraca respeitando certa distância, lógico, quando passava por perto pensando em talvez enterrar, mas sempre já havia terra e nada mais se encontrava (deduzi que os insetos providenciavam a higienização do local). Porém um dia percebi logo após algumas horas que a coisa havia desaparecido, olhei, investiguei se não estava enganado quanto ao lugar, até que me convenci que algo mais cuidava da higiene, achei meio estranho, mas fazer o que? Alguém ou alguma coisa sempre se encarrega da sujeira que fazemos, e isso me incomoda de modo geral mas...

Minhas viagens 191

  Havia perdido um gancho da parte externa da barraca. Então na primeira e segunda semana fiz algumas excursões pelo caminho que havia percorrido, e principalmente, óbvio, olhava detalhadamente nos locais que a havia montado nas duas primeiras noites, até que em uma delas, já um tanto desanimado, encontrei-o, estava no primeiro local, cravado no chão, não sei como o deixei lá, assim como não me lembro do que eu fiz o meu varal para estender as roupas, acho que foi de duas cordas que amarrei os dois sacos, juntamente com a mochila que compunha toda minha pesadas bagagem. Mas não tenho certeza nem de um nem de outro, sei que era um grande prazer e distração quando eu tirava um tempo pra lavar minhas roupas no pequeno córrego.

Minhas viagens 190

     Naquela mesma semana em minhas investidas, enquanto analisava a área da margem do córrego contraria à casa, fui surpreendido por um peão que imaginei ser o sete léguas caminhando tranquilamente rumo a casa. Em linha reta menos de setenta metros nos separavam, sem sair do lugar procurei-me esconder entre os arbustos, mas quanto mais ele andava mais visível eu ficava, então em um pensamento rápido corri o máximo que pude, cerca de trezentos metros sem olhar para trás. Quando estava no rumo do meu acampamento diminui o passo e fui caminhando lentamente até ter a certeza que ele não havia me seguido. Foi um momento de descontração, enquanto corria, em meu rosto um largo sorriso se estampava. Pensei em continuar minha caminhada, mas o cansaço me fez ir ao meu refúgio. Enquanto eu corri imaginava que se ele me seguisse seria melhor ir em linha reta e depois voltar ao meu esconderijo, pois indo logo a ele poderia ser descoberto. Ao lembrar disso me deu até saudades daqueles meus amigos. Dos meus entes queridos? Nem pensar, pois nesta minha quarta viagem mal completei uns doze porcento.