Quando estava prestes a completar 27 anos, me preocupava
a ideia de ficar velho, isto se repetiu aos 30 e também aos 40, agora percebo
que fui sempre uma criança, assim como todos, e neste momento creio que devo me
tornar um adulto e não um idoso, assim como todos os outros.
Pretendo discorrer pausadamente e tentar provar que não há verdade absoluta no meio em que acreditamos viver.
sexta-feira, 30 de maio de 2014
RMM Autobiografia 141
Poucos meses após a mudança para a chácara, entrando em
casa ouvi um alvoroço no quarto de meus pais, quando entrei lembro-me da presença
da Lu e Geni, porém creio que havia mais pessoas, talvez os caçulas. Minha mãe
plantava bananeira (posição invertida na vertical, sendo que os pés ocupam o
lugar da cabeça e vice-versa) sobre a cama, dizendo que estava muito feliz.
Achei meio estranho aquele procedimento e não vi muita graça, então questionei
o motivo, ela falou para eu olhar do lado, havia uma espécie de dois talões,
eles falaram que se tratava de duas passagens aéreas para Manaus-AM (até
naquela época pra mim, esta era uma das cidade mais misteriosas, nem sabia se
pertencia realmente ao Brasil), chegado os dias antecedentes a viagem, levaram
a Célia para ficar com o seu padrinho Savedra em Nova Veneza, e provavelmente
trouxeram alguma de nossas tias para ficar conosco, pois meus irmãos mais
velhos ainda eram crianças.
quarta-feira, 28 de maio de 2014
RMM Autobiografia 140
Hoje seria um pensamento como já havia antecipado, apesar
de não estar cumprindo o horário, porém, achei melhor incluir na autobiografia
o seguinte texto.
Só este ano percebi que meu pai cometeu um equívoco, ao
me registrar no dia 30 em homenagem ao golpe militar de 64, sendo que o golpe
foi no dia 31, devido a isto deverei mudar o meu perfil no blog. Na realidade
segundo a minha mãe nasci na data de hoje e todos os anos nestes dias, me vem a
lembrança da minha segunda viajem, sendo assim farei um resumo do que foi para
mim o dia 28 a quase três décadas atrás.
Levantei-me nos primeiros clarões do dia, após passar a
noite a menos de dois metros de um rio, pelo o que me lembro chamava-se Xingu.
Fiquei próximo assim imaginando que estaria mais seguro contra animais
selvagens, porém não é bem assim, do lado terrestre fiz uma fogueira, algo me
visitou naquela madrugada, percebi pelo barulho de galhos e folhas, quando
reagi ao sono peguei um pequeno tronco em brasa e direcionei-o da onde vinha o ruído,
o bicho deu uma espécie de chiado e retrocedeu lentamente. Caminhei por alguns
quilômetros e avistei um pé que poderia ser de mexerica, mas quando me
aproximei era limão, comi uns dois ou três, logo após uma caminhonete parou,
não sei se voluntariamente ou devido eu ter acenado, a passageira que era uma
senhora perguntou-me aonde iria. –Santa Cruz de La Sierra. –A você é
brasileiro, vou até San Matias, mas terei problema contigo na barreira. – Não,
tenho passaporte. Já o retirando da mochila e lhe mostrando. –Ele não vale
nada, não tem visto. –Ah é, é? Tem essas coisas? –Sobe logo aí, não fala nada
quando chegar lá, qualquer coisa só acena com a cabeça. Já em San Matias, deparei-me
com um colégio cercado por arames e por lá resolvi passar a noite, havia um
louco que gritava de tempo em tempo, às vezes eu pensava que ele estava nas
proximidades e torcia para que ele não me encontrasse.
Obs: Se quiserem ler mais
alguns textos de minha viajem, é só olhar em revelações ( O manuscrito), de
memória posso citar a RMM110.
segunda-feira, 26 de maio de 2014
RMM Autobiografia 139
Antes que eu esqueça, acho que foi no dia após a agressão
de minha mãe ao meu pai, tendo eles feito as pazes, pela manhã cedo meu pai colocou os
caçulas no carro, Célia, Samaroni e eu (aliás, quando me referi na
autobiografia anteriormente, da lembrança do nascimento de uns dos caçulas, com
certeza foi o da Célia, pois quando o Samaroni nasceu eu tinha apenas 2 anos e
meio, só percebi isso a poucas semanas). Fomos a uma fazenda, chegando lá
tomamos leite da vaca, retirado naquele instante, andamos entre algumas árvores
e bezerros. Ao voltarmos, os mais novos, não sei se a Célia, lembro-me apenas
do Samaroni fazendo o número dois no interior do dodjão, então meu pai nos levou
a uma bica para lavá-lo e também as roupas.
sexta-feira, 23 de maio de 2014
RMM Autobiografia 138
Fui
duas ou três vezes buscar leite, em companhia do Tio Julin, atravessamos o
ribeirão que rodeia a cidade por uma ponte suspensa por cabos de aços, cordas e
madeiras, que balançava de acordo com os movimentos e o vento, não sei se ainda
existe, tentei encontrá-la algumas vezes na época, mas não consegui. Depois
passamos a buscá-lo na chácara da tia Nega, era numa garrafa de vidro, minha
tia usava um funil para enchê-la, passaram para mim e o tio Tonin essa missão.
Um dia para provocá-lo caminhava jogando a garrafa para o alto e fazendo outros
movimentos, dizendo a ele que a deixaria cair, irritei-o por vários metros
procedendo assim, até que por fim sem querer deixei-a cair, quebrando. Parece
que ele sabia com quem ficaria a culpa, quando chegamos e minha vó perguntou
pelo leite, respondi – O tonin deixou cair. – A não é possível, não deixa ele
trazer mais não, ele tem a mão boba. Naquele dia até o outro pela manhã,
ficamos sem leite.
quarta-feira, 21 de maio de 2014
PMM 137
Pear Harbor era o filme que agora a pouco meus filhos mais velhos e meu sobrinho Daniel assistiam, quando entrei na sala. Havia certa conversação de qual guerra se tratava, primeira ou segunda, e outras dúvidas relacionadas ao conflito, fiquei relatando algumas coisas, mas quando percebi mexiam nos celulares e as esclareciam, dispensando meu conhecimento, sendo assim farei um comentário pessoal do que foi a maior ação bestial dos últimos séculos.
Hitler tomou as dores e humilhações sofridas pela a Alemanha após o primeiro grande conflito, como se fossem suas, não mediu esforços para chegar aonde chegou. Não era sua intenção ocasionar uma grande guerra, mas sim ser respeitado e obedecido por todo o mundo, e quando percebeu que pacificamente isso não ocorreria, foi obrigado a arquitetar uma violenta ação, para ver seu sonho se realizar, como todo primata que se diz evoluído neste planeta, tomou gosto pela coisa ao ver que sua estrategia estava sendo bem sucedida, e que havia se tornado uma especie de Deus por aquela grande nação e seus aliados. Não haveria retorno, um herói não pode ser derrotado e nem desistir, a não ser pela morte, desta forma fica difícil julgá-lo e também todos os acontecimentos relacionados a essa grande figura da história, mas quero deixar claro que qualquer um de nós submetido as mesmas condições que ele fora, poderíamos igualá-lo e até mesmo superá-lo em atrocidades, pois a maior ilusão que há em nós é o de nos tornarmos os donos do mundo ou o mais popular, com o tempo esse sonho dissipa, porém se houver alguma chance de realização a abraçaremos em qualquer momento, pois é assim que se comportam os animais.
Hitler tomou as dores e humilhações sofridas pela a Alemanha após o primeiro grande conflito, como se fossem suas, não mediu esforços para chegar aonde chegou. Não era sua intenção ocasionar uma grande guerra, mas sim ser respeitado e obedecido por todo o mundo, e quando percebeu que pacificamente isso não ocorreria, foi obrigado a arquitetar uma violenta ação, para ver seu sonho se realizar, como todo primata que se diz evoluído neste planeta, tomou gosto pela coisa ao ver que sua estrategia estava sendo bem sucedida, e que havia se tornado uma especie de Deus por aquela grande nação e seus aliados. Não haveria retorno, um herói não pode ser derrotado e nem desistir, a não ser pela morte, desta forma fica difícil julgá-lo e também todos os acontecimentos relacionados a essa grande figura da história, mas quero deixar claro que qualquer um de nós submetido as mesmas condições que ele fora, poderíamos igualá-lo e até mesmo superá-lo em atrocidades, pois a maior ilusão que há em nós é o de nos tornarmos os donos do mundo ou o mais popular, com o tempo esse sonho dissipa, porém se houver alguma chance de realização a abraçaremos em qualquer momento, pois é assim que se comportam os animais.
segunda-feira, 19 de maio de 2014
RMM Autobiografia 137
Num outro momento por falta de companhia fui a praça
sozinho, lá chegando encontrei algumas meninas de idade próximas a minha,
brincamos e conversamos por mais de hora, no outro dia retornei no mesmo
horário e tornei a encontrá-las, desta vez um menino também compunha o grupo,
isto se repetiu por três ou quatro vezes, até que por último fiquei lá por
muito tempo andando pelas escadarias e interior da igreja, mas ninguém
apareceu, então um senhor já de idade, dirigiu-se a mim e disse que não
adiantava eu ficar por lá, pois eles haviam ido embora, e não me lembro se com
palavras ou apenas com o olhar cobrei mais algum detalhe, e ele complementou
que viu quando eles puseram as malas no carro e partiram, eu pensava que as
meninas fossem minhas primas, filhas da tia Virica e o menino seu caçula, porém
até hoje não tenho certeza se realmente eram eles, e creio que mesmo se
perguntasse hoje em dia, não saberiam me responder.
sábado, 17 de maio de 2014
Eu Sou Deus (PMM 136)
Todos pelo mundo cobravam um encontro com Eu Sou Deus,
sendo assim os americanos escolheram uma fazenda na planície do Colorado para
realizá-lo, o terreno equivaleria a mil campos de futebol, estava coberto por
uma cerrada relva que não ultrapassava um palmo de altura, o solo se encontrava
com uma leve umidade, pois a poucos dias havia caído a última chuva da
temporada, e o clima naqueles dias deveria oscilar em torno de 20º segundo os
meteorologistas. Os poderosos do mundo fizeram acordos, para que tudo ocorresse
bem durante uma semana em todo o planeta, quatro dias antes e dois dias após o
grande momento, em que todas as atividades deveriam se realizar no período máximo
de 10h, iniciando-se ás 7h da manhã com encerramento as 17h. Até mesmo a Coréia
do Norte através do pronunciamento de seu líder, garantiu que aqueles sete dias
seriam considerados como uma espécie de cessar fogo, e também especularam que
os maiores terroristas teriam confidencialmente, assinado acordos ou dado suas
palavras de honra através de vídeos, se comprometendo em nome dos seus
subordinados a nada fazer naqueles dias, que pudesse comprometer o grande
evento. O Papa ainda não havia estado com ele, apesar de sua vontade contrária,
seus assessores mais diretos especularam intimamente que Eu Sou Deus poderia
ser uma experiência terrestre, bancada financeiramente pelos islâmicos e tendo
o apoio da Rússia, China, Irã e principalmente Coréia do Norte, e esses aliados
tinham como principal objetivo segundo eles, descaracterizar o cristianismo e
abalar totalmente a instituição que eles fazem parte, até mesmo com a intenção
de se apoderarem do estado do Vaticano e de todos os seus bens mundo a fora.
sexta-feira, 16 de maio de 2014
RMM - Autobiografia 136
Uma
vez no período de festa, montaram um circo próximo a casa do Paulinho, ai meus
outros tios propuseram que entrássemos pela cerca e passássemos por debaixo da
lona, muito preocupado aceitei, afinal eram meus tios, ainda bem que deu tudo
certo. Não sei se foi a primeira vez que fui a algum circo, mas com certeza foi
uma das pouquíssimas, talvez a recordação seja vaga, pela tensão de ficar
esperando que a qualquer momento fosse expulso, só me tranquilizei quando
saímos. A última ou segunda vez que fui a um circo, foi por pressão de minha
esposa, também num passado próximo, ele estava situado do lado do na época Ginásio
Claudio Coutinho no centro de Brasília, estava meio tenso, até que um equilibrista
andando sobre uma roda numa corda ao alto se desequilibrou, então fechei os
olhos e imaginei “q merda..! o cara caiu”. Quando abri os olhos o homem tava
lá, era apenas parte do show, então prometi para minha mulher e os meus filhos
que não iria mais no circo, quem quisesse ir, que fosse.
quarta-feira, 14 de maio de 2014
PMM 135
No dia que ouvi de um amigo, que em uma cidade do sul
tinha ocorrido um apedrejamento, logo mais a noite tive um sonho: Nele um rapaz
era torturado de diversas formas, por várias pessoas, inclusive com o uso de
fogo, isto eu via como se passasse na televisão, mas no final me deparei com o cadáver
do torturado dentro de um caixão a alguns metros de mim, e de duas pessoas que
me acompanhavam, então percebi que ele se movia, relatei aos parceiros e
imediatamente tentei fugir, porém o morto me cercou e disse que queria apenas
três coisas, descrevendo-as, não lembro o que ele disse e nem quem era as
pessoas, só sei que acordei assustado e olhei as horas e pensei: Ainda bem que
já são cinco, mas olhando melhor percebi que eram apenas duas e a lua estava
perto de se pôr. Escrevi isso apenas para demonstrar o estado que fico ao saber
dessas coisas. Em linchamentos como aconteceu no litoral paulista, tem que ter
muita coragem para demonstrar repúdio pelo ato, e muito mais para manifestar a
contrariedade. Por exemplo: No crucificamento de Cristo, ninguém teve tal
coragem. Para encerrar, quando ainda solteiro na companhia de meu irmão Junior
e alguns outros, nos deparamos com um espancamento a poucos metros de onde nos encontrávamos,
dois ou três homens eram agredidos de várias formas por um grupo de pessoas,
quando eu estava quase por gritar contra aquela atitude, um outro mais próximo a
eles o fez, no mesmo instante o mais violento dos que agrediam foi ao seu encontro,
e disse para não se meter, pois não era da sua conta, e logo após cessaram as
agressões, fiquei aliviado pelo outro ter se manifestado antes de mim, e os
agredidos aparentemente ficaram bem.
segunda-feira, 12 de maio de 2014
RMM - Autobiografia 135
Meu
vô Lindolfo morava em outro extremo da cidade, sendo que sua residência não
ficava longe do sítio da tia Nega, porém quando eu estava com o Paulinho não
visitávamos meus parentes maternos, ficávamos realizando algumas atividades,
como ir levar arroz nas máquinas(haviam varias na cidade, que retiravam as
cascas do arroz), e andávamos pela cidade. As vezes íamos ao cemitério que
ficava próximo a casa, um fato marcante foi quando numa dessas visitas, próximo
ao portão na parte externa achamos algumas pegadas estranhas no chão molhado e
comentamos que devia ser de algum macaco, andamos mais um pouco, e uns arbustos
apresentaram certa vibração, então decidimos voltar suspeitando que o movimento
da moita pudesse estar ligado ao sobrenatural, apesar de ser dia claro ainda.
sexta-feira, 9 de maio de 2014
RMM - Autobiografia 134
Era
normal eu ficar no Vô Nego, desfrutando principalmente da companhia do Tonin e
todos os meus tios, menos a minha tia mais velha, que já era casada, e o Tirêu
que se encontrava na chácara, minhas irmãs normalmente se hospedavam na tia
Nega, casada que tinha um homem como filho mais velho, chamado Miro e quatro
meninas, sendo que as duas mais velhas com idades próximas as de minhas irmãs,
e o Miro com a do Junior. Próximo a minha idade não havia nenhum homem na
família e nem no circulo de parentesco e amizade em Nova Veneza, apenas o tio
Paulinho, que quando o descobri dividia meu tempo entre ele e o tio Tonin. Tia
Nega morava em um sítio as margens da cidade que hoje após a morte do tio
Tozinha, pertence ao Miro, após negociações, é lógico, entre suas irmãs e mãe.
Assim que vi a casa dos meus tios no chão num passado recente, perguntei: - Uai
Miro, por que derrubaram a casa? Ela tava boa ainda. – Pra não ter dor de
cabeça, a casa tava aí e alguém ia acabar pedindo pra morar, então derrubei e
pronto, sem problema. Tendo ele escolhido a antiga casa dos seus avós paternos
como residência, após uma boa reforma.
quarta-feira, 7 de maio de 2014
PMM 134
Semana passada vi um filme na TV paga, assim que terminou
entrei no quarto e na globo passava outro, com o mesmo ator Tom Lee Jones. O
último pelo pouco que vi é aquela velha história, dos americanos e seus super heróis
que passam também a ser nossos (quisera eu demonstrar a todos que em cada um de
nós, há um super humano, no entanto, nossas preocupações são outras). Voltando
ao que interessa, o primeiro girava em torno de uma mala contendo milhões de dólares,
desviada do narcotráfico, e a disputa era acirrada entre um durão do sertão norte
americano, e um outro que por todos seria considerado um maníaco. Não vou
contar o filme, creio que o título era “Terra onde só os fortes sobrevivem”,
comecei a vê-lo pensando tratar-se de uma gravação antiga, pela aparência das
pessoas e também dos carros, só percebi que era recente quando vi o Tom Lee já
com os traços na face que a idade trazem, para não atrapalhar os que por
ventura queiram vê-lo, o que o diretor ou autor, não sei, queria exaltar não
tinha muito haver com o sonho americano, ou semelhanças, mas sim com a honra e
a palavra de um homem, independente de suas práticas ou do que diziam sobre
ele. Se eu tivesse condição de fazer um filme parecido aqui, retiraria um tal
de Marcola do sistema prisional e lhe daria todo o poder sobre o país, assim creio
que os verdadeiros ladrões, sem ética e sem honra, que são os que se encontram
aqui nas duas torres rodeados por bacias, ficariam em seu lugar, que é onde
merecem. Talvez essa atitude diminuísse o sentimento de impotência que me vem
quando ouço falar, de Sarney, Renan, esse e aquele outro.
sexta-feira, 2 de maio de 2014
RMM - Autobiografia 133
Em
certa noite estando os adultos reunidos na cozinha, eu e o tio Tonin (tio
caçula, S.Down) quatro ou cinco anos mais velho que eu, entramos no quarto de
meu avô, com uma menina um pouco mais jovem que nós e deitamos na cama deles
com as luzes apagadas. Daí alguns minutos o Tirêu, bateu na porta e perguntou
quem estava lá, me preparei o mais rápido possível, pois sabia que usando uma
faca ou outro tipo de objeto, séria possível abrir a tramela(pedaço de
madeira com um furo no meio, onde vai um prego, girando-a trava portas e
janelas). Não deu outra, se retirou e voltou rapidamente com uma ferramenta, num ato desesperado, porém pensado, me levantei e posicionei-me ao lado da porta, que quando aberta
me escondeu. Tirêu foi com muita cede ao pote, já afim de nos espancar e eu
num movimento rapidíssimo, dei a volta pela porta aberta e saí pela porta lateral
da sala, que dava acesso a uma outra esquina mais próxima, daí a quase uma hora
retornei, o Toninho ainda chorava e quando me viu ficou zangado tentando me
acusar, o assunto ainda estava em discussão, mas para me pouparem cessaram os comentários. Tirêu assim que possível, me questionou em particular –Você também tava lá. –
Aonde? Eu tava na pracinha. – Eu sei que você tava lá. – Aonde? Acabei de
chegar. Com certeza ele percebeu meu vulto ou a minha presença, porém não
absoluta, guardei esse segredo por 40 anos.
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