sábado, 27 de agosto de 2011

EMM. “Folha da Copaíba”. Agosto de 2011.

Epístola de Marco Marcial
            “Nossos heróis ainda morrem de overdose. Nossos inimigos continuam no poder.”
            Qual ideologia proporcionaria algum tempo a mais de sobrevivência para a cantora de origem judia? Vidas curtas e mortes trágicas semelhantes à dela ocorrem a todo momento em nosso solo. Teria um anjo caído alguma relação com tais fatos? Tal qual o notório episódio apresentado pelo “bárbaro”, que em sua loucura, exterminou os da sua própria raça. Provavelmente o fez em protesto aos poderosos que, ao seu modo de pensar, não exercem bem o seu cargo. Mencionou o Brasil, relacionando os nossos males a miscigenação aqui existente.
            Enfatizo sua coragem, porém, em um ato covarde. Se a tivéssemos direcionada ao bem, faríamos a diferença. No entanto, em seus devaneios, talvez quisesse ele fazer frente aos radicais maometanos, demonstrando ao mundo que, independente de religião, as raças brancas também podem se sobrepor as outras através da violência. Até mesmo serem mais impiedosas, como o mundo presenciou a pouco mais de meio século em nome de um ideal racial. Aqui grandes atrocidades ocorreram a poucas décadas, não por disputas raciais, nem loucuras individuais, mas por aqueles que exercem o poder. Talvez por sermos bastante mesclados não sigamos o exemplo do vizinho: nossos arque inimigos no esporte bretão que, por ser uma raça menos amalgamada, decidiu retirar a barreira que protegia idosos criminosos, e colocaram alguns atrás das grades.
            O que há com esta balança na qual se nega indulto a militar flagrado em atos ilícitos de pouca relevância como os praticados pela cantora judia; enquanto outros que torturaram, violentaram, mataram e dilaceraram famílias inteiras, são protegidos por uma cortina de aço chamada anistia? “Brasil, mostra a tua cara”. Nem mesmo Lúcifer teve tanta sorte!

EMM. “Folha da Copaíba”. Julho de 2011.

Epístola de Marco Marcial
            Por esses dias “tudo está em paz”. Nada expressivo ocupa as páginas dos jornais, a não ser a violência cotidiana, que sempre tem o sexo masculino (talvez por instinto animal) sobrepujando principalmente mulheres e crianças com toda sorte de violência.
            Nós continuamos com a esperança de que um herói se levante e nos salve, mas tal não ocorrerá. Todos estão dados ao marasmo, que nos leva a viver e morrer por nós mesmos. Não nos diferenciamos de outras espécies que receberam o sopro da vida.
            No últimos dias me intrigou a fumaça expelida pelo solo tão perto daqui. Explorando minha mente, percebi que em muitos fatos mundiais estão ocorrendo dualidades: nossa geração testemunhou duas crateras fumarentas; grandes ondas engolindo cidades; torres que se transformaram em pó; voltando um pouco no tempo: as cidades japonesas destruídas pelo fogo correlacionadas com as da antiguidade (não poderiam as antigas terem sido extirpadas usando-se o mesmo poder atômico que destruiu as japonesas? Ou o Ser Supremo não teria tal tecnologia na época? Estaria Ele em evolução como nós?); as guerras mundiais; as mensagens que encontram-se guardadas pela igreja, cuja terceira não nos foi revelada (não que eu saiba); ao pensarmos em nações poderosas, não viria a mente dos mortais, Estados Unidos e o Império Romano?; vivemos a segunda era, Aquele que veio e prometeu voltar.
            Será que haverá mais dualidades? Pois concomitantemente, a segunda vinda está correlacionada à segunda aniquilação em massa da raça humana. Ou poderia ser que acontecimentos menos importantes se concluiriam três vezes antes do grande dia? Uma gigantesca nação está a despertar, não respeita ideologias nem opiniões ocidentais, nenhuma outra poderá lhe fazer frente e, assim acredito, quando esta se por de pé, outro terceiro evento em sequência ocorrerá. Pois o mundo não se tornou, e por décadas não se tornará, um lugar seguro. Aquele que veio disse: Julgais que vim trazer a paz.

EMM. “Folha da Copaíba”. Maio de 2011.

Epístola de Marco Marcial
            O que temos a ver com a realeza britânica? A mesma mídia que poderíamos ter usado há meses atrás em benefício de nossa cidade, agora nos bombardeia com fantasias e hipocrisias que não nos fazem bem. Ela é o alimento que sustenta monstros como o que produziu o pesadelo americano em nosso solo e, devido a esta, mais cedo ou mais tarde, o episódio repetirar-se-á.
            Pessoas me dizem que devo falar mais sobre a cidade... O que devo então dizer? Que mal se acabaram as chuvas e já nos sufoca a fumaça originária da queima do lixão? E dos que estão no poder? Se não que eles são nossos reflexos. Se fôssemos submetidos à mesma condição, agiríamos de conformidade com tais. Que tipo de mudanças devemos esperar? Já bate a nossa porta a corrida eleitoral e novamente votaremos naqueles que esbanjarem mais dinheiro em campanhas sujas.
            Nós somos seres de origem animal, uma das mais baixas criaturas pensantes do universo. O que diferencia o nosso planeta de outros é o fato do Filho tê-lo escolhido para experienciar a vida carnal, porém, não seria necessário tratá-lo como fizemos. Torno a dizer, e direi quantas vezes forem necessárias, nossos líderes falam o que queremos ouvir e são espelhos nossos. Há uma verdade oculta: há mistérios a serem desvelados. Da forma que levamos nossas vidas, não vivemos; mas caminhamos para um fim semelhante aos que tiveram aqueles dos quais originamos. 

EMM. “Folha da Copaíba”. Abril de 2011.

Epístola de Marco Marcial
            Ao depararmos com catástrofes como essa que assolou o Japão, não devemos ficar tão surpresos, pois apocalipticamente falando o mundo está sujeito a muitas outras. Cientificamente, tais fenômenos são previsíveis, só não se sabe a proporção e nem o momento que ocorrerão; por exemplo, devido à ação do homem, a tendência climática mundial é de longos períodos de seca seguidos de chuvas torrenciais; outro fato científico é a diminuição, em grande proporção, da água doce.
            A questão de terremotos é natural num mundo em evolução como o nosso. Até aquilo que relata nosso folclore, em que o beato dizia “Que o sertão vai virar mar e o mar virar sertão” sempre fez parte do nosso planeta.
            A grande catástrofe não foi a natural, mas sim a que sofreu o efeito da manipulação humana. Por que novamente o Japão? Não bastassem as duas cidades destruídas (século passado)? Por que na humanidade duas cidades foram destruídas de formas tão semelhantes em intervalos milenares? Hiroshima ou Gomorra, Nagasaki ou Sodoma teriam o mesmo grau de maldade? Seriam os japoneses mais pecadores do que nós ou do que outras nações? Ou simplesmente estaria ocorrendo o “efeito Jó”?...
            Por que se gastam fortunas em um cerimonial fúnebre num país onde muitos morrem devido às injustiças sociais, principalmente nas dependências hospitalares? Para que prédios suntuosos e despesas imensas com os nossos governantes? E muitos ainda dizem: tal político foi bom. Certo dia alguém disse: Bom só o Pai que estais no céu. Este mesmo, num outro momento, falou referindo-se a um cortejo fúnebre: Deixai que os mortos enterrem seus mortos. Até hoje tais palavras me intrigam, como também me intrigou por anos as palavras que lia adesivadas nos carros quando criança: "Brasil, ame-o ou deixe-o”. respeitando a distância imensurável entre as primeiras e as últimas.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

EMM. “Folha da Copaíba”. Março de 2011.

Epístola de Marco Marcial
            Impeachment e porque não impedimento? Não era a este respeito que tratou a câmara municipal no primeiro dia do ano de trabalhos legislativos, aguardando grande mobilização popular? E o que tivemos? Uma mobilização marcial? Não estariam eles também interessados no bem estar da cidade? Porém estavam ali a serviço, por determinação de seus superiores. E os que deveriam demonstrar força, por terem maior interesse, não se fizeram presentes. Cada um ocupou-se em seus afazeres diários, assim como os militares que ali se encontravam. Nesta mesma noite, ao comentar minha decepção com uma amiga, disse-me ela: A manifestação do dia 24 de janeiro ocorreu por terem fechado a principal entrada e saída da cidade, justamente porque a população que saia para trabalhar ficou sem ter o que fazer e aproveitou a ocasião para protestar.
            Enquanto agimos dessa maneira, ficamos a mercê de lideranças que não buscam o bem comum, procuram antes se beneficiarem à custa do povo. Vós não se dais conta que se não fossem os milhares de, principalmente, jovens (não importando se bebiam ou fumavam), não teriam destituído um presidente pacificamente? Não sabeis que a cidade é a extensão de vossos lares? E vossas vidas dependem de bons administradores? Vocês permitiriam que praticassem vandalismo em vossos lares? Não percebem que vossos lares pertencem à cidade, e que o progresso dela depende do vosso empenho para melhorá-la? O Homem de Nazaré pregou que fôssemos pacíficos e não passivos. Disse Ele: Se ti ferires em uma face, ofereça-lhe a outra. Não revide, não resista, não corra, porém esteja presente corajosamente e ofereça-lhe a outra. Por sermos passivos, talvez soframos ainda os efeitos da rebelião de Lúcifer e aceitamos com normalidade o perecimento de nosso corpo ainda agregado a alma; e, quando esta o deixa, ele se decompõe. Tomara que não! Mas creio que, na maioria das vezes, ocorre um aniquilamento eterno. 

EMM. “Folha da Copaíba”. Fevereiro de 2011.

Epístola de Marco Marcial
            Senti-me um covarde (se é que não o sou) ao retirar-me furtivamente do meio dos manifestantes naquele que seria um memorável dia se tivesse perseverado em nosso propósito. Tínhamos a mídia a nosso favor em rede nacional, porém ninguém a usou com sabedoria. A não ser aquela senhora que, mesmo perdendo um progênito que teve o parto atrasado devido ao fechamento da via de acesso, não culpou os manifestantes e sim desabafou, relatando os problemas da cidade, culpando os verdadeiros responsáveis pelos fatos que culminaram no protesto. Meus lamentos, Sandra, pois você e família sabem que os tenho em grande apreço.
            Nos momentos que estive junto ao povo, notei que se portava como ovelhas sem ter quem as apascentasse, perdidas e repelidas pelas forças policiais. Questionei-me por não haver alguém que o liderasse, conduzindo-o ao equilíbrio para que se evitasse o vandalismo. Protegendo-o do excesso proveniente da ação de alguns policiais que se mostraram totalmente despreparados para lidar com aquela situação.
            Não poderíamos ter perseverado como nossos irmãos que, distantes, persistem em manifestações incansáveis pelos seus ideais? A meu ver, o maior exemplo de manifestação foi naquela cidade dividida por um grande muro num movimento em que não se atirou nenhuma pedra, mas sim, deixaram-na cair (isto aconteceu em conseqüência dos atos de um líder, o qual acreditava poder vingar o sangue de Um inocente aniquilando uma raça). Dessa forma, reunificou-se uma nação em nossos dias.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

EMM. “Folha da Copaíba”. Janeiro de 2011.

Epístola de Marco Marcial
  Em prol da liberação do tráfego, uma verdadeira operação de guerra foi travada na BR-060. Parabenizo aos participantes desta batalha realizada ininterruptamente, por quase cinqüenta horas. A partir daí, intensificar-se-á o combate por meses a fio com pesados gastos aos cofres públicos. Entretanto, causa-me revolta imaginar pessoas com boa formação e bem empregadas tratarem com desprezo uma pequena mina na encosta da serra, que tudo leva a crer ter sido a causa do que poderia transformar-se em uma catástrofe.
  Ao participar da primeira batalha, dirigi-me aos meios de comunicação ali presentes, solicitando que dessem destaque a esse fato, porém negaram, dizendo precisarem de provas (o que facilmente poderia ser encontrado). Será que alguém as procurará? Os responsáveis serão punidos?
  Homens há tempos são negligentes, até mesmo onze nomes conhecidos, os quais são lembrados pelos considerados racionais, na forma de adoração mais primitiva, negligenciaram por determinado tempo o que um Ser Divino na carne mortal ensinou-os. Talvez por isso, ao retornar noutra forma, que nossos olhos não percebem, foi visto primeiro por uma mulher.
    

domingo, 14 de agosto de 2011

EMM. “Folha da Copaíba”. Dezembro de 2010.

Epístola de Marco Marcial

            Eu, na condição de mortal de origem animal, desejo-lhes um Feliz Natal e Próspero Ano Novo. Porém (por acreditar que em minhas veias fluem sangue de origem adâmica e ensinamentos de outros seres celestiais que residem em minha mente) devo-lhes alertar que coisas de aspecto sagrado não devem ser substituídas ou associadas a outras de cunho fictício ou ilusório. Nestes dias, pronunciamos Papai Noel, e devido à nossa passividade não percebemos que algum humano em tempos passados propositalmente deu origem e outros perpetuaram este termo, em substituição ao termo sagrado Papai do Céu. E esta mesclagem, não apenas envolveu nomes, como também fatos.
           Com o passar do tempo, incorporou-se várias tradições pagãs interligadas a uma data que em nossos dias associamos ao nascimento do Filho do Homem. Pela fé e estudo sei que não há concordância em ano, dia e mês. Isso não importa, pois Ele não nos orientou a guardarmos seu aniversário, mas sim seus ensinamentos, os quais confiamos a homens que dizem ser seus representantes. Isto, em um futuro próximo, não poderá ser usado como argumento em nossa defesa. E nenhuma outra desculpa será aceita pelo nosso desvio de conduta.
                Não fiquem chocados por ter falado de Papai Noel, minhas missivas são feitas para adultos e, além do mais, foi dito: para compreendermos as coisas sagradas devemos nos tornar crianças, porém não no entendimento. Talvez o texto vos esclareça porque nesses dias somos acometidos por alegrias e, mais ainda, por grande tristeza interior.

EMM. "Folha da Copaíba". Novembro de 2010.

Epístola de Marco Marcial

            Agora elegemos uma presidenta: mulher, negro e qualquer outra raça ou sexo não farão a diferença. Esta será feita quando tivermos a consciência de que temos capacidade, inteligência e outras virtudes das quais não fazemos uso por negligenciá-las. Sendo assim, nos comportamos como plebeus, permitindo que outros pensem e ajam por nós.
            Desculpas peço às servidoras da saúde do plantão hospitalar noturno do dia 29 que nos receberam tão bem, atendendo-nos com toda presteza. Porém, ao sentir-me constrangido pelo que fazia a guarda, coloquei-me em discussão egoísta com seu agente, que me infligia certos procedimentos; referindo-se como se fossem normas do hospital. Em nenhum momento houve o uso de palavras torpes ou desrespeitosas. Ocorreu que outro servidor interpretou como falta de respeito chamá-lo de japonês (pelos traços que o caracterizavam). No Brasil não é falta de respeito chamar outros orientais de japoneses, pois na maioria das vezes não distinguimos de onde procedem. Gostaria de deixar claro que tenho todo respeito e admiração para com os asiáticos.
            E por quebrar as normas, um Homem foi condenado à morte e todos os seus seguidores, subsequentemente. Mais tarde misturaram-se os ensinamentos do Homem com as normas vigentes e desencadearam-se outras doutrinas que seguem as normas; e as contra normas ensinadas pelo Homem e seus seguidores “extinguiram-se” com eles.
            Por coincidência, tendo eu infringido as normas de certo jornal em defesa a uma manifestação dos servidores da saúde, tive meu espaço excluído deste em meados do ano passado.

EMM. "Folha da Copaíba". Outubro de 2010.

Epístola de Marco Marcial

                Democracia nos lembra liberdade. Se assim for, por que somos obrigados a perder um ou dois dias de descanso para votar em quem não nos interessa? E por que nos obrigam? Seria o fato de ser bastante interessante que as classes menos esclarecidas, que são a maioria, fossem as urnas? Classe com um baixo índice de conhecimento não beneficiaria a eleição de homens com pequeno conhecimento? E muitos que se julgam mais esclarecidos, e que procuram anular seus votos em protesto e ridicularizar toda essa forma de política, isso seria um protesto digno de intelectuais?
                 Seria protesto elegermos um palhaço? Não teríamos por acaso agido assim na esperança que o palhaço consiga mudanças? O mais certo é que, mesmo ele tendo boas intenções, correspondendo às nossas expectativas, provavelmente será isolado pelos outros e nada poderá fazer; e nós, como sempre omissos: esta é a parte que fazemos bem. Mas ainda resta-nos alguma esperança, como o Deputado Hildo do Candango, que foi eleito pelo bom trabalho de campanha, em Santo Antônio, realizado pelo nosso amigo Mateus. Que se lembre da nossa cidade, que mesmo sendo mãe, lembre como irmã mais velha, que há muito se encontra prostituída precisando de quem a governe com justiça.
 

EMM. "Folha da Copaíba". Setembro de 2010.



Epístola de Marco Marcial


            Por motivos alheios a minha vontade não foi divulgada a última missiva. Em resumo ela dizia: “Os políticos em suas campanhas se comportam como se estivessem em um circo, sempre sorridentes, no qual a principal atração somos nós”. Outras coisas nela, não desprezíveis, noutro momento relatarei.
            “Aeronáutica regulamenta o que fazer com notificações de Óvnis no Brasil”. Quando ouvimos falar destas coisas, ficamos curiosos, admirados, haverá vidas fora de nossa esfera? Devido ao nosso narcisismo não queremos acreditar, pois Deus nos criou e até mandou seu Unigênito para nos salvar; por que, então, haveria outros povos? Ele nos deu o sol, a lua, as estrelas e tudo mais. Já que ele fez as estrelas para o nosso bel prazer, por que as fez tão grandes e distantes? Economizar-se-ia espaço, energia e tempo se as mesmas fossem aqui próximas à lua, ou então fora do nosso alcance, porém, dentro do sistema solar.
            Pois vos digo, sem possibilidades de retratação, que existe vida e em abundância. Por comparação pensem numa tribo de algumas dezenas de pessoas que se acham isoladas em lugar ermo, porém todo mundo sabe da sua existência e procuram conservá-la e ampará-la. Assim somos nós, com referência ao universo. Mas não se preocupem criaturas evolucionárias rebeladas de origem animal, pois nos mundos habitados e inteligentes somos bem conhecidos pelo que fizemos. Somos conhecidos em todo universo como “O mundo da cruz”.

EMM. "Folha da Copaíba". Julho de 2010.

Epístola de Marco Marcial

Ao secretário que falava do outro:
               Dizia que não faria, mas agora faz... aproveite a estiagem e se prepare melhor para a batalha que se intensificará nas chuvas, pois nessas ultimas a população foi duramente vitimada pela peste. E não se esqueça que há aquela que dizima na estiagem e, apesar dos poucos casos, é normalmente fatal. E é bom lembrar que lixo e drogas estão diretamente ligados à área da Saúde.
               Admirou-me alguns dizerem que não haviam entendido o ultimo texto. Como não podem compreender coisas cotidianas?! Que farão então quando se depararem com coisas novas, que não estão relacionadas às nossas tradições e nem tampouco aos nossos vãos pensamentos? O que quero de vocês? Senão que saiam do marasmo no qual estão estagnados. Procurem ter conhecimento, pois chegará o momento em que aquele que não o tiver, ou não crer naquele que o tenha, pagará com a própria vida. Portanto, deveis questionar. Não creiam que as coisas são como nos são mostradas. Não se prenda a fábulas ou palavras bonitas, romantismos, isso ou aquilo. Porque toda a nossa visão de mundo será abalada juntamente a Ele.  E o que for perecível, perecerá. Não se prendam às minhas epístolas, pois sou como vocês, talvez maior ainda em maldades. Porém as leiam. Leiam as outras. Leiam os Evangelhos. Leiam o Novo e leiam o Velho.
               Os “napoleônicos” saíram. E os que queriam ter um pedaço da nação, agora nos humilharam por culpa de mercenários milionários que não merecem nosso perdão!... 

EMM. "Folha da Copaíba". Maio de 2010.

Epístola de Marco Marcial aos santoantonienses

               Quando informado pelo Fernando que a edição da “Folha da Copaíba” seria publicada antecipadamente por ocasião do Dia das Mães, pensei: devo escrever sobre o assunto.
               Não como os políticos e outros, que cheios de segundas intenções, parabenizam a todas; aliás, este dia já nasceu com segundas intenções pelo pessoal do comércio, porém nossas mães acolheram-no como nos acolhem.
               Parabenizo-as por assim serem. Mães orgulhosas por terem filhos acadêmicos, funcionários públicos, políticos, etc. Não deveria por acaso parabenizar as que têm filhos ladrões, assassinos, prostitutas e marginalizados por uma sociedade que muitos consideram justa?
               Nosso órgão Supremo tornou a absolver pessoas que mataram, torturaram, estupraram filhos e filhas e também mães em um passado recente, usando palavras técnicas jogadas no vazio das dores das mães para camuflar suas atitudes covardes. O que comemoram essas mães em anos de sofrimento?
               Nós não somos tão gratos a elas? Como então permitimos que o nome de nossa primeira mãe se tornasse objeto de piadas, anedotas e lendas? Não teríamos a perdoado ou agimos assim simplesmente por estarmos fadados a seguirmos tradições vãs usando termos e atitudes como as que inocentaram criminosos que não merecem nosso perdão?
            Não pensem vocês que no Tribunal Excelso teremos fácil absolvição, não haverá acepção de pessoas, a mesma medida julgará juízes e marginais, não acompanharão nossas tradições, será um julgamento baseado na reta justiça. Como exemplo, temos nossa primeira mãe que, onde quer que esteja, aguarda nossa redenção e quem sabe o devido respeito.

EMM. "Folha da Copaíba". Abril de 2010.

Epístola de Marco Marcial aos santoantonienses

               Gostaria de escrever-vos coisas do alto, porém, limito-me a escrever-vos sobre coisas que os que a praticam indubitavelmente gozarão do fruto que é servido nas profundezas do abismo. Refiro-me aos últimos escândalos que assola a grande Igreja; mas trata-se de uma prática antiga que de vez em quando vem à tona. Como pode uma instituição religiosa permitir que tais atos ocorram? E seu chefe maior ser responsável por ocultar estes atos?
               Como fica a situação dos fiéis que percebem estes atos e conseguem ser indiferentes? Tornando-se cúmplices dos mesmos? A determinação do chefe maior e de outros de menor hierarquia é a de que, os que tais coisas praticam, sejam mudados de localidade. E assim disseminam o mal por vários locais, maculando assim “outras criancinhas”.
               Os americanos aderiram tolerância zero nestes casos. Após isso, determinou-se que todos os que praticavam tais atos fossem transferidos para outras nações. E a nossa, como sempre, recebeu muitos de braços abertos, sem o menor constrangimento ou precaução.
               Não se esqueçam que a esses mesmos que se intitulam Sacerdotes (título do qual está escrito que os seus principais, há dois mil anos atrás, incitaram a multidão: levante que culminou no crucificamento do Filho do Homem) não serão dados por inocentes, e qualquer outro que se omitir, sendo fiel ou não, autoridade ou não, estarão com eles no Tártaro.

EMM. "Folha da Copaíba". Março de 2010.

Epístola de Marco Marcial aos santoantonienses

               Filho de Jessé, como deixas escapar de tuas mãos a maior oportunidade que a justiça mundana poderia te dar? Sei que teu vacilo é grande a ponto de levantar um dito entre o povo a seu respeito.
               Onde uma pessoa pergunta: você conhece o prefeito daqui? E a outra responde: não!, e ambas continuam: não tem prefeito, ninguém vê, o homem sumiu...
               Eu te alertei quanto aos que levam nome de santo quando na verdade são lobos, os tais crescerão e você diminuirá. Todo mau que a cidade sofre recai sobre tua cabeça, enquanto teus inimigos que dizem ser amigos ficam a espreita prontos para dar o bote e tomar seu lugar.
               Não sou seu inimigo, nunca disse nada contra ti, tenho esperança pelo bem deste povo sofrido que tu reajas, dê a volta por cima e te faças o principal, pois assim tu és. Não posso acreditar que esta tua alavancada venha a ser a tua própria sepultura política.
               Estou sabendo que entrou droga nova na cidade; o que posso dizer se não que nos abstenhamos de tal? Fiquemos com as velhas as quais já estamos acostumados, pois conhecemos em parte os males que provocam. Quanto a esta nova, não nos envolvamos. Aos caretas digo: permaneçam assim, a vocês basta a droga de certas instituições, como as políticas, que somos obrigados a consumir. Uma doença se alastra na cidade, quem serão os responsáveis? No mais “somos todos iguais em desgraça”.

EMM. "Folha da Copaíba". Fevereiro de 2010.

Epístola de Marco Marcial aos santoantonienses

               Pessoas em manifestações jamais poderiam ser tratadas como baderneiros e arruaceiros quando se propõem a realizar movimento pacífico e sob controle, pois era o único meio possível para alcançarem o que tinham por direito. O que falta nesse país é exatamente manifestação para reivindicar direitos, o povo é submetido pelos governantes, como gado no confinamento, cujo único fim é o abate.
               Na última grande manifestação que ocorreu neste país, da qual tive a oportunidade de participar, derrubamos um presidente da república, cujo principal erro do governante foi permitir que toda podridão que há no meio político viesse à tona. Podridão essa que é normal entre eles, cujo principal intuito é não permitir que o odor dessa podridão venha a público.
               Quem dera pudéssemos ter políticos como Guevara, cujo rosto está estampado em vários lugares do mundo, porém seu exemplo e ideologia ninguém segue; talvez Bin Laden, pois a semelhança entre eles é a perseverança e a coragem. Ernesto não se corrompeu ao vagar a política, ele percebeu que meio a ela não obteria mudanças, optou então por lutar por mudanças aqui em terras vizinhas. Terras estas que assim como ele, também andei. Porém, pelo que sobrou nele, “coragem”, faltou em mim, tendo eu voltado para o aconchego do meu lar e abandonado meus ideais.
               Esta Epístola seria divulgada na edição subseqüente à última que publiquei em série como matéria paga em um jornal da cidade. Disse ao editor que a faria protestando quanto ao destaque negativo dado por seu jornal à manifestação dos trabalhadores da área de saúde do município; embora o jornalista tenha concordado, dizendo ser o seu jornal democrático, não fez tal publicação e não tivemos mais nenhuma forma de contato.

EMM. “Jornal Quatorze de Maio”. Agosto de 2009.

Epístola de Marco Marcial aos Santoantonienses
            Oh, santoantonienses! Até quando suportaríeis injustiças? No Irã dos persas, por acreditarem em fraudes nas eleições, houve grandes manifestações pacíficas, reprimidas violentamente. Aqui nós elegemos um, e outro assume seu lugar. Tudo na normalidade da lei.
            Lei esta detentora da classe que faz o serviço pesado e sujo sob grande opressão. Enquanto alguns, que se organizam em sindicatos, impõem seu poder obtendo um mínimo de dignidade. Outros, mais favorecidos, como os que ocupam cargos públicos, são fortes e retentores de várias conquistas. Acima, há a classe política unida à empresarial e à acadêmica, que procuram manter tudo em seu lugar. Cada um seguindo seu próprio egoísmo, irmão oprimindo irmão.
Todos não acreditam serem filhos Daquele que enviou seu Primogênito, o qual nós o dependuramos num madeiro? Destes dois (que são três), não procuramos saber nada, deixamos a cargo de pessoas e instituições que agem como cães bravos numa cocheira, não comem e não permitem que o rebanho se alimente.
            Para encerrar, que honrado sacrifício fez o prefeito de Planaltina referente ao protesto pela alta das passagens. E aqui? O que tem feito nosso prefeito e vereança? Se não o que fizeram seus antecessores. Onde está aquela senhora petista e idealista, como era o Lula? 

EMM. “Jornal Quatorze de Maio”. Maio de 2009.

Terceira epístola de Marco Marcial aos santoantonienses
            É com satisfação que escrevo estas palavras a convite do meu amigo Ronaldo Santos a vocês, santoantonienses.
            Não tenho satisfação em relação a fatos que tem ocorrido em nossa cidade. A mudança da nossa tradicional festa, por exemplo, que (desde os primórdios até hoje em dia) sempre ocorreu aqui, na parte antiga da cidade. Agora, graças a um homem que trabalha e vive em prol de uma instituição religiosa (intitulada por si mesma como a única verdadeira, que guarda todos os segredos e tem a chave da verdade em suas mãos), preocupado com sua imagem ou com o que representa, passa por cima da maioria e muda nossa festa.
            Segundo informações, ele dá várias explicações em seus sermões para essa mudança, os quais nunca ouvi e creio não precisar, pois minhas dúvidas eu procuro esclarecer em livros que pessoas muito mais importantes escreveram para nós.
            Já que ele é tão radical, inteligente e revolucionário, por que não procura mudar a imagem da instituição que ele representa?! A qual tem sido alvo de escândalos normalmente relacionados a homossexualismo e pedofilia. Inclusive ouço dizer que ocorrem fatos aqui mesmo, na nossa cidade.
            No mais, eu desejo boa sorte a todos e que o Senhor nos perdoe. 

sábado, 13 de agosto de 2011

EMM. "Jornal Quatorze de Maio". Abril de 2009.

Epístola de Marco Marcial aos santoantonienses

     Que cidade é esta? Riquíssima em águas fluviais, onde fica dois ou três dias sem água nas torneiras. Onde as pessoas comem e vivem mal, pagam taxa de esgoto há meses ou anos, sem nunca ter usufruído desse benefício.
     Que cidade é esta? Da qual se sustenta uma grande empresa à custa do sofrimento do povo. Onde meninos, mulheres e crianças são “tocadas” por indivíduos que não deveriam existir. Fato tão vergonhoso, que ninguém ousa comentar.
     Que cidade é esta? Que faz o serviço pesado e sujo da sua grande vizinha, e isto, a troco de migalhas, por simplesmente encontrar-se separada com uma linha imaginária. Ninguém quer cuidar, nem os de cá, nem os de lá.
     Que cidade é esta? Onde votos foram comercializados há vários preços. Dessa forma, perpetuam-se no poder pessoas que já estavam lá, pessoas que adquiriram vários bens, fizeram várias viagens e festas, bancadas por nós, e o pior, nem sequer nos convidaram. Dentre esses, você “filho de Jessé”, chamou algumas para si, homens que tem nome de Santo, mas você sabe bem que são lobos. Afasta-os de ti, não tenhas compromisso com tais. Faça compromisso com o povo e esforça-te em cumprir a tua missão, “filho de Jessé”.
     Para encerrar. Que partido dividido e sem liderança é esse que foi responsável pelo prato principal do banquete? “O qual deixaram queimar”. Reestrutura-te e mostra a tua força.
     Quanto às pessoas que criticam a mim e às minhas cartas, mostrem “a tua cara” como eu faço. Não fiquem no anonimato.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

EMM. “Jornal Quatorze de Maio”. Janeiro de 2009.

Epístola de Marco Marcial aos que retém o poder
Oi mandatários: eu deveria estar contente por ter tido 103 votos numa campanha que não me custou mil reais; ter comprado um carro zero e ter passado o réveillon sob uma intensa luz na cidade maravilhosa.
Porém, em meu retorno, tive tristeza ao saber que a vontade do povo não foi completamente respeitada. Antecedendo a consumação deste lamentável fato, a nossa cidade acumulou um sofrimento a mais, tendo passado em plena escuridão uma noite que é aguardada e comemorada em todo mundo sob explosões de luzes.
Quem são os culpados? Por que não foram punidos? Por que, mais uma vez, só o povo pagou sem ter culpa alguma?
Saibam (os que retêm o poder) que em primeiro lugar vem o bem estar da população. Não vocês, com seus desejos capitalistas e essa extrema ambição de acumular bens sobre bens, poder sobre poder à custa do sacrifício do povo. Procurem consultar as vossas próprias consciências e saberão que não é assim que tem que ser.
Percebam que sobre cada um de vós se fará rigorosíssimo julgamento e não poderão ser considerados inocentes. A consciência daqueles que prejudicam o próximo está sempre lhe condenando e seus últimos dias serão de choro e lamentação.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

EMM. “Jornal Quatorze de Maio”. Dezembro de 2008.

Epístola de Marco Marcial aos santoantonienses
            Eu, Marco do Mercado, deveria apenas agradecer à população pela confiança em mim depositada e desejar um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo. E agradeço desejando tudo de bom!
            Porém, não deveria deixar de manifestar minha indignação pelo decorrer da campanha. Campanha esta repleta de confusão, onde nós, pessoas comuns, ficamos totalmente confusas quanto ao que poderia ocorrer. Quem poderia concorrer? Quem estaria ou não impugnado? As pessoas que deveriam nos esclarecer apenas nos confundiram mais e mais. Estas recebem para isso, estudaram para isso.
            Eu, sinceramente, pude ver, no decorrer desses últimos dias, que para ajudar a cidade não precisa ser prefeito ou vereador, juiz ou promotor que recebem altos salários num país de desigualdades. Devemos, simplesmente, nos unir. Cada um com seu conhecimento, com sua influência; não aceitarmos que a cidade seja saqueada pela união de pessoas inescrupulosas, que a tratam como se fosse uma creche, onde nos portamos como crianças indefesas. Pura hipocrisia.
         Para concluir, que seja respeitada a vontade do povo incondicionalmente. Que assuma o candidato majoritário que obteve maior número de votos. É o mínimo que se espera das pessoas que retém o Poder, num país que diz “viver uma democracia”.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Introdução

Tornarei acessíveis meus escritos em três linhas verticais de apresentação: (I) Epístolas publicadas mensalmente em jornais (“Folha da Copaíba” e “Quatorze de Maio”) da cidade de Santo Antônio do Descoberto – GO; (II) Textos baseados num manuscrito de minha autoria; (III) Publicações diretamente no blog. Os quais estarão intitulados, respectivamente, como “Epístolas de Marco Marcial” (EMM); “Revelações de Marco Marcial” (RMM) e “Pensamentos de Marco Marcial” (PMM).
As linhas de apresentação não significam leituras distintas, provavelmente o que estiver em uma poderá ser melhor compreendido em outra, independentemente da ordem.
Observação: apoio a divulgação deste material desde que citada a fonte; não havendo transação de valores materiais e/ou comerciais; não sendo usado de forma pejorativa e nem associado a atitudes que vão contra a moral e os bons costumes.