quarta-feira, 24 de maio de 2017

PBMM 3

    Quando passarem por seguranças, trabalhadores braçais e até pedintes.Lhes dê o minimo de atenção.Pois em minhas ultimas descobertas, sei que Cristo nos observa através de qualquer olho humano.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

PBMM 2

    Na atual conjuntura em analise da evolução da adoração, sou levado a crer que poderíamos encontrar o Deus interior em meio a profundas respirações e introspeção.tentem faze-lo duas a três vezes ao dia, por cinco a dez minutos e em três meses suspendam a experiência e digam que estive errado se forem capazes."pois ignorais que sois o templo de Deus".

sexta-feira, 12 de maio de 2017

PBMM 1

    Ser um "cristão" é uma maneira de viver-um estado de ser-não é algo que vocês professam somente de palavras,mas com pensamentos e ações. Se vocês fossem verdadeiramente cristãos, estariam curando enfermos, ressuscitando mortos e criando qualquer coisa que desejassem.

sábado, 29 de abril de 2017

Até breve amigos!

    É! Me desculpem pelas brincadeiras anteriores e por não despedir de cada um... Digamos que foi uma saída  ¨ à francesa ¨. Aproveitando a crise de meu casamento, realizo um antigo sonho, de conhecer outros países e entre tudo a chance de me conhecer. Deixo dois jovens homens cuidando de tudo que se refere à minha vida virtual: página, face e blog. São de confiança assim como eu. Sempre tive aversão a tecnologia, usando-a o máximo que minha mente permite. Sendo assim abrirei mão de qualquer forma tecnológica (excluindo o carro) por alguns meses. Minha conexão com todos será a mais remota ¨ a mente cósmica¨. Por tanto aprendamos a usá-la, pois ela vem diretamente do Pai do Filho e do Espirito Santo. Tenham fé e vivam eternamente, sejam pacientes e ouçam o coração. Que o Deus residente em nós prevaleça sobre os instintos e tradições que herdamos. E a paz Dele nos Basta!

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Minhas Viagens 59

      Juntei um punhado de lenha e já no inicio da noite acendi o fogo e deitei atento a qualquer som, óbvio que orações eram constantes. Determinei que enquanto eu estivesse acordado deveria abrir os olhos e verificar a fogueira, reacendendo-a constantemente, até que em meio a um grande calor e muitos pernilongos apaguei. E assim, como em sonho comecei a ouvir pequenos estalos de folhas e galhos, impulsionado por instintos primitivos e/ou muito provavelmente outras forças, conforme o som se aproximava eu despertava, quando recobrei totalmente a consciência o último estalar já estava a menos de três metros de mim e vinha da galha de uma frondosa árvore, cuja suas últimas folhas pairavam sobre mim. Num ímpeto pulei e peguei um troco de mais de metro e levei a ponta em brasa rumo ao som, um chiado ecoou, continuei, o que quer que fosse foi voltando lentamente pela árvore até tocar o chão, sendo que por duas ou três vezes ainda ouvi um som como se fosse pisadas numa poça de água que havia próximo ao tronco da árvore.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Minhas Viagens 58

     Assim que desci, deparei com uma casa também à esquerda e logo após um rio não muito grande, acho que seu nome era Xingu. Como o sol já estava baixo, analisei a situação e resolvi passar a noite ali. A fome me incomodava, a lembrança daquela que seria minha esposa também. Havia um tronco lapidado rusticamente a menos de dois metros do rio, então imaginando que onças não gostassem de água fiz uma fogueira que me protegeria dela de um lado e do outro, o rio. Óbvio que pensei em sucuris e jacarés, mas a onça era o que mais eu temia. Do outro lado do rio havia dois ou três carros e famílias acampadas, o que me lembro deles falarem foi: “Ela andou por aqui a noite passada, nessa ela deve voltar.” Deduzi que falavam da onça e fiquei na duvida: “Será que querem me assustar? Ou me alertar?” Não me lembro de movimentação humana na casa.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Minhas Viagens 57

      Estrada de terra que ao pisar os pés mergulhavam no chão e o pó subia. Usava um sapato US-TOP. Imaginava que muito iria me sujar, mas logo após percorrer algumas centenas de metros parou uma caminhonete, e assim meio sem saber se era para mim acelerei o passo e alguém já acenava e perguntava para onde eu ia. Respondi: Bolívia! Saltei na carroceria, já alertado por eles que me levariam um pouco adiante e depois eu seguiria a estrada, assim aconteceu. Entraram numa via secundária a esquerda e ali desci, agradeci e segui meu caminho.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Minhas Viagens 56

      Logo após o vislumbraste Paraguai, começou uma área pantanosa, repleto de vitória-régia, pensei: “olha só, estou vendo a flor maior e mais linda do mundo segundo minha mãe havia dito ao vê-la pela primeira vez há 20 anos, estou no Amazonas?”. Procurava algum animal pela relva e água, mas só via carcaças de pequenas cobras pela pista (Por aquele instante me esqueci de todos os problemas por vir e amores deixados). Só voltando à realidade quando a pouco mais de quilometro, após a travessia, deparei com uma placa que apontava para minha esquerda: San Matias, Bolívia.

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Minhas Viagens 55

     Ao percorrer alguns metros sobre a ponte, pensei que seria ótimo se tivesse em meio à rapaziada e saltasse daquela altura, cerca de vinte metros, que aumentava conforme eu caminhava, pois ela era e ainda deve ser em forma de arco. Relatando este fato posteriormente a mulher com quem me casei, ela entendeu como se fosse um suicídio, pois a disse: “me deu vontade de pular”. Fiquei decepcionado por ela imaginar que eu pudesse cometer tal ato, logo eu que tenho certeza da vida eterna (até o momento ignoro o significado real de um suicídio, mas me sentiria orgulhoso se para compensar a grande humilhação de um tal 7 a 1, alguém com grande envolvimento naquele episódio o fizesse na época. E também gostaria até o presente que um estúpido e inválido imperador o tivesse feito, após a primeira explosão, pois sei que isso tiraria a responsabilidade da história de resolver a questão ainda aberta da “Rosa com cirrose, a anti-rosa atômica. Sem cor, sem perfume, sem rosa e sem nada!”).

terça-feira, 4 de abril de 2017

Minhas Viagens 54

    Lembro-me andando pelo meio da rua, tentando secar os olhos e rosto, torcendo para não passar por alguém e logo a memoria desaparece, e só retorna quando me encontrava nas proximidades da ponte sobre o Paraguaí, aonde havia uma placa com varias informações, só me lembro da inscrição Porto Velho: Sera que não conseguirei nem entrar na Bolívia? o que farei?

sexta-feira, 31 de março de 2017

RMM – Autobiografia 263

Em um dia pela manhã, não sei, acho que na copa da casa, minha mãe disse aos filhos todos reunidos: - Nós estamos com muita dificuldade, tá todo mundo sem roupa, estamos sem carro, então eu resolvi vender algumas vacas para tentar colocar as coisas em ordem, por isso vos reuni. Não sei se me antecipei aos outros e fui veemente contra, dizendo que ela não poderia agir daquela forma, que não era correto, porém todos os outros a apoiaram, e os dois mais novos provavelmente não tinham poder de voto. Foram dizendo várias coisas que estavam acontecendo e juntando-se, todos falavam que ela era sócia e tinha este direito. Eu muito tenso com tudo e também nervoso por me ver só, repeti, pedi, implorei que não se fizesse aquilo, só parando quando minha mãe iniciando com uma voz calma: - você está com os dentes todos estragados precisamos arrumá-los, você chora de dia e de noite com dor de dente, não aguento mais isso... A interrompi pela última vez, com um não. Então mudando o modo de falar e demonstrando muita irritação disse-me para calar, que ela venderia sim, e que eu não falasse nada a ele(meu pai). Intimidado pela grande bronca, assustado e angustiado calei-me.

quarta-feira, 29 de março de 2017

RMM – Autobiografia 262

Normalmente levávamos marmita, pois passávamos o dia todo na imobiliária. Todos eram responsáveis por nós, menos meu pai, que sumia e aparecia poucas vezes. O que nos fez adquirir um laço de amizade com os três irmãos que cuidavam da Casa do “Granjeiro”. Eles eram jovens, porém adultos, até hoje nossas famílias mantém contato, assim como algumas outras, aliás, da época das vacas gordas apenas esta restou. Há poucos meses comentei com uma das irmãs mais novas que poucas vezes ia à loja. - Pois é Neuza, daqueles amigos de meu pai de quando ele tinha dinheiro só restou sua família. Sendo que ela respondeu: - Minha família não, só eu.

quinta-feira, 23 de março de 2017

RMM – Autobiografia 261

    Em outro dia, um dos irmãos da loja ao lado amarrou uma linha aos pés de um pardal. Sendo alertado pelo Adalberto(um arquiteto funcionário de meu pai) que não deveria ter feito aquilo, mas ele não voltou atrás, dizendo que os pardais faziam ninho em qualquer lugar e poderia causar até um curto-circuito na rede elétrica. O Adalberto, um rapaz de boa aparência, ficou chateado com o outro, porém o pássaro já tinha sido solto e não havia mais nada a fazer.O que me chamava atenção naquele funcionário era vê-lo varrendo a loja apenas com uma das mãos, então eu imaginava que todos os homens deveriam usar a vassoura assim, tentei por algumas vezes mas desisti. Ah! Também achava complicado os seus desenhos, que eram feitos em determinado papel que nunca mais eu vi.

terça-feira, 21 de março de 2017

RMM – Autobiografia 260

    O trauma que tive com o Samaroni me deixou muito preocupado em relação à Célia, que seria a próxima a iniciar os estudos.  Achava-a muito criança e imaginava que seria pior que o outro, porém não, até que um dia: Bah!(como diria um gaúcho), fez o dois na roupa! Não me lembro se foi na escola, só sei que envolveu minhas irmãs e a dona da loja que meu pai alugava, pois ela possuía uma ao lado "Casa do Granjeiro". Deram um jeito lá, resolvendo tudo. Depois a Célia se comportava como qualquer criança, e eu pensava: caramba, ela não sabe que me fez passar a maior vergonha, agora fica ai agindo como se nada aconteceu.

segunda-feira, 20 de março de 2017

RMM – Autobiografia 259

      A vez que mais me zoaram, foi quando em um silêncio absoluto, uma menina crescida aparentando ser a mais velha da classe, sentada a minha frente deu um grito e se contorceu, emitindo um som vocálico disconecto tipo: aaauuueeeeoooaaaauuuu! De imediato todos assustaram, porém eu num reflexo e instinto peguei minha pasta 007 e sai correndo em direção a porta, sendo impedido pela professora, interrompendo minha fuga e dizendo que era um pequeno problema que a garota tinha e logo passaria. Assim meio sem coragem, impulsionado pela sua mão em minha costa fui levado de volta a minha cadeira. O fato de pegar a pasta foi o que mais me prejudicou, mas era uma 007 que eu acabara de pegar de meu pai, sem nem pedir-lhe, porém ele estava permitindo que eu a usasse. Acho que eu era o único aluno de Taguatinga a possuir uma. Me sentia o verdadeiro Bond, James Bond! Fui rápido na fuga como ele, mas o motivo?

quarta-feira, 15 de março de 2017

PMM 202

     O que dizer? Não há como me expressar... Quão surpreso fiquei ao saber recentemente, o quanto de pessoas mundo a fora que compartilham do conhecimento o qual chega a mim há décadas, oriundos de um pensamento eterno que permeia todo o cosmo. E agora se intensificará sobre maneira nessa atmosfera em que compartilhamos, literalmente falando, sopros de vida. Aos dos Estados Unidos, da Malásia, Alemanha, Russia, França, Ucrânia, China, Polônia, Cingapura, Portugal, Reino Unido, Iraque, Índia, Japão e tantos outros que com certeza virão e serão. Meus sinceros agradecimentos, em especial ao principal cooperador de toda minha obra escrita e grande amigo, Ricardo Iurassek.
     Brasil eu nunca vou te trair.










Países                           Nº de acessos
Brasil                                    14082
Estados Unidos                    3044
Malásia                                 2544
Alemanha                              1159
Rússia                                     946
França                                     400
Ucrânia                                   269
China                                      128
Polônia                                     83
Cingapura                                 52
Portugal                                     4
Reino Unido                               3
Iraque                                        3
Índia                                          1
Japão                                         1




segunda-feira, 13 de março de 2017

RMM – Autobiografia 258

     Havia muitas brigas: A que mais me chamou atenção foi entre um moleque franzino e claro contra outro maior e robusto. Parece que era aquele que eu levava a pasta, o robusto. Antes de começar, alguns próximos do menor o alertavam, dizendo que sua chance seria minima, porém ele falava que não voltaria atrás e sabia que ganhar seria difícil. Logo no inicio ele avançou contra o outro deferindo vários murros certeiros, Mas como era de se esperar, em pouco tempo o outro conseguiu reagir e decidiu a briga. Logo dando-a por encerrada. No momento nada comentei, mas tive vontade de cumprimentar o pequeno valente, como muitos outros fizeram: Batendo em seus ombros, pegando em sua mão e o parabenizando. A briga foi limpa, o motivo não sei. Correu tudo bem entre os gladiadores e a platéia.

sexta-feira, 10 de março de 2017

Minhas Viagens 53

       Passei por uma loja de telefonia, resolvi entrar e falei com a atendente que faria uma ligação para Brasília, isto não estava programado, em última contagem lhe relatei quanto tinha de dinheiro e que ela me alerta-se se percebesse que a ligação fosse passar da quantia. Liguei para mulher que amo, ela simplesmente não acreditou. Perguntou varias vezes se aquilo era sério, se eu estava mesmo em Cáceres perto da Bolívia, tendo minha confirmação por várias vezes. Então a conversa se transformou em prantos de ambos, tentávamos dizer alguma coisa, como tento escrever agora, mas impossível. Por fim acreditei que o tempo foi longo, e ao sair perguntei para a moça quanto havia dado, ela me disse que havia passado do valor, pedi desculpa, e recordei que havia pedido para me avisar, porém ela cabisbaixa sem me olhar, dava a entender que estava tudo bem, então agradeci, despedi, e parti.

terça-feira, 7 de março de 2017

Minhas Viagens 52

       Do trajeto também não me lembro. Mas lá resolvi comprar um sorvete que estava em evidência na mídia, acho que o nome era corneto. Passei a pensar que seria melhor pegar um atalho ideologicamente falando, e tentar mais uma vez a purificação dos 40 dias, pois diminuiria meu sofrimento, em tempo, porém já começava a me incomodar, e só de pensar já o aumentou e muito.

sexta-feira, 3 de março de 2017

Minhas Viagens 51

    Em nova análise da grana, dirige-me ao guichê e falei ao atendente que gostaria de ir a alguma cidade fronteiriça com a Bolívia. Tendo ele me respondido com uma feição um tanto em dúvida, que não havia cidades fronteiriças por ali. Assustei lógico (caramba entrei numa enrascada de novo). Então lhe pedi que visse o preço da passagem de alguma cidade que ficasse mais próximo à Bolívia, tendo ele me sugerido Cáceres, continuando ainda com a cara de surpreso: Comprei.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Minhas Viagens 50

     Na rodoviária de Goiânia (construção estranha, feia e repugnante na época) decidi fazer ali minha ultima refeição.  Tendo pedido um PF (prato feito), achei-o ruim e lamentei comigo mesmo “como goianos fizeram uma comida tão ruim, não sei nem quando comerei de novo”, comi. Tendo revirado minha carteira e olhando a tabela de preços dos ônibus, embarquei para Cuiabá. Do trajeto nada me lembro, apenas guardo o nome de algumas cidades: Jataí, Rio Verde, Ara Garça, Barra do Garça, Divinópolis, ou sei lá. Cheguei de madrugada em Cuiabá, lembro-me de ir ao banheiro, talvez tenha banhado, mas creio que não, escovado os dentes sim.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Minhas Viagens 49

    Minha intenção era guardar o escasso dinheiro para o fim da viagem. Havia traçado um caminho, mas em reuniões de adoradores da Maria Joana, o quê, era por nós e por ele mesmo, considerado mais esperto, pelo menos era a impressão que nos dava por ser o mais bem sucedido financeiramente, disse-nos que o caminho seria por Cuiabá, o qual não era o que eu havia delineado com o mapa em mãos. Argumentei ainda que gostaria de ir por uma região mais habitada, pois havia sofrido com a solidão em terras baianas. Mas como ele insistiu acreditei que tinha certeza quanto aquele fato, por isso fui por Goiânia. Optei subitamente em pegar logo o ônibus, para não ficar exposto a alguns conhecidos que poderiam passar e me ver, e parar. E naquele momento meu lema era “Eu não gosto de me explicar”.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Minhas Viagens 48

     Fiquei aliviado por ouvi-la falar assim. Não sei se lhe dei uma data, não sei se havia uma, só me lembro de que em fins de maio arrumei as minhas coisas e parti. Não recordo da despedida dos meus parentes, nem o que disse ou deixei de dizer, parece que houve um ritual de despedida envolto a fumaça e cheiro de mato queimando. Era uma manhã ensolarada. Peguei o ônibus para Goiânia.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Minhas Viagens 47

      Um desespero a dominou, me contaminando imediatamente. Ela numa dor profunda, materializada num pranto sofrido, implorava que eu não fosse que não fizesse aquilo a ela, por tudo que houvesse de mais sagrado e eu também em prantos dizia que era impossível ficar. Não poderia, sentia muito, mas não iria contra meus ideais. Não, não contrariaria minha intenção de ser como Paulo de Tarso “melhor que sejam como eu, não se contaminem com mulheres”. Por fim alguém abriu a porta perto da qual nos encontrávamos na casa da frente, pois ela morava nos fundos. Não sei se alertado pelo som do nosso pranto. Era o filho da dona, apenas nos olhou e sem ninguém dizer nada, novamente fechou a porta. Então a Rosa (fictício) serenamente disse-me: você quem sabe, quer ir vá, mas se voltar não me terá mais, seguirei minha vida e você a sua. Se você for me esquece, pois eu te esquecerei.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Minhas Viagens 46

    De volta à viagem... Não era necessário dinheiro, pois imaginava que ele me havia feito mal na primeira. Então logo após minha hoje amada (só descobri que a amo agora, pois seu amor para mim era como as estrelas, nunca deixaria de existir, esta certeza vã me dava muita liberdade, inclusive a de acreditar que não a amasse) voltar, lhe relatei que partiria e daquela viagem se houvesse volta não havia uma data prevista, já tinha lhe dito isto antes, apenas lhe informei que a hora havia chegado.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Minhas Viagens 45

    Quando os índios invadiram o garimpo, e a minha fuga tornou-se inevitável, peguei a mochila de meu cunhado, deixando a minha que era menor, também as melhores roupas dele e fugi (Nunca lhe dei satisfação a respeito disso, só falo agora). Pensei que seria evidente a todos que se tratava de uma questão de guerra e nelas as leis e outras questões éticas e de caráter, normalmente deixam de existir e o pior de todos os males torna-se a principal meta: tirar a vida de outrem.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

PMM – Eu Sou Deus 40ª parte

      As dez horas, com um pequeno atraso acontece o único diálogo e com a única autoridade que teria este privilégio, Vossa Santidade. Sem interrupção ao cronograma, apenas havendo um alerta vocal anunciaram o fato (é óbvio que todos já sabiam com antecedência que isto ocorreria). Então a primeira pergunta do papa foi: porque se intitulas assim, ESD? Porque escrito está “Sois Deuses porque Eu Sou Deus”. Continuou o papa... Qual é seu principal propósito? Me dispus a alertá-los quanto a coisas que pensam saber, quando nada sabem. O que, por exemplo? Por exemplo, dizem por aí, e não são poucos, que Pedro foi o primeiro papa. – E não foi? – vossa santidade que deveria nos esclarecer. Pelo conhecimento que tenho, não, pois a igreja Católica Apostólica Romana oficialmente não existia no tempo em que Pedro pregara em Roma, e esta inverdade faz com que a massa débil e ignorante imagina que ele (Pedro) se portou como os papas que os sucederam: em vestimenta; rituais; ordenanças e outros dogmas e atitudes não cristãs.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Minhas Viagens 44

     Após vê-la partir daquela forma: enlouqueci, ficava imaginando; dificilmente uma mulher resistiria a investidas minhas naquela situação, mas com certeza ela sim, e o cara não era eu. Não a tirava da cabeça um só instante. Tentei retornar ao estudo da bíblia (que, aliás, assim que cheguei na chácara meu irmão estava lendo-a, exatamente no quartinho que eu arrumara. Elogiei-o por isso e fiquei sem graça por imaginar que eu voltaria a todas minhas loucuras cotidianas, e que também não havia conseguido cumprir o plano que a ele unicamente havia declarado). Foram os primeiros dias angustiantes pela sua falta, nela não parava de pensar. Imaginava que poderia pegar dinheiro emprestado com alguém e ir ao seu encontro, até mesmo com o auxilio de carona, mas tudo me parecia difícil, e foi nesta tensão que decidi “vou embora”, peguei uma antiga e grande mochila do meu cunhado a qual eu havia tomado posse, lavei-a e coloquei no varal. É obvio que o sofrimento de todos e principalmente da minha mãe retornou ao ver aquele objeto estendido.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Minhas Viagens 43

   Quando percebi que o garimpo poderia dar errado, fui me preparando para sair do Brasil, provavelmente EUA. Ao ler a bíblia mudei de planos, tendo imaginado que poderia fazer como Abraão, sair da terra natal e prosperar em outras estranhas, portanto sem visar emprego, mas prosperidade ou talvez ser pescador como os apóstolos. O que me fez procurar no mapa algum lugar. Escolhi uma ilha no Peru e acho que o seu nome era Ilha dos Patos. Isto já me liga a mulher que amo, pois me parece que procurei por em prática esses meus projetos assim que começamos a nos relacionar. A primeira desculpa que dei para que ela não ficasse comigo e que procurasse outra coisa, porque minha intenção era sair do país, sem detalhar os motivos e as formas.

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Minhas Viagens 42

    Cheguei um dia antes da mulher que não sabia se amava, viajaria para Maceió. Ela havia insistido que eu não fizesse a minha viagem e sim a dela. Lembro-me dela entrar no ônibus no fim da Comercial (Taguatinga), e sentar-se ao lado de um jovem. Isto muito me incomodou (como pode minha namorada passar a noite ao lado de um homem estranho?). A partir dali sofri meu primeiro grande estresse pela ausência dela.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Minhas Viagens 41

Consegui o ônibus, e por coincidência ele chegaria em Brasília de madrugada, exatamente no dia em que nós trabalharíamos na Ceasa, portanto bem próximo a rodoferroviária. Lembro do largo sorriso de minha mãe ao me ver, e também de meu irmão. Não imaginava ela que estas loucuras a incomodaria, ainda por algumas vezes.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Minhas Viagens 40

      Lá comentei sobre o casal que conheci na fazenda, do banco que eu descansara e sobre outras coisas, inclusive os quarenta dias, lógico. Um jovem disse-me que tinha uma doença e segundo os médicos o levaria a morte. Perguntou-me se ele se portando como eu havia tentado me portar com referência ao jejum, poderia curar-se? Eu lhe garanti que sim. Meses após a viagem, me informaram que numa ruína em nossa chácara, perto da BR, havia um jovem bem aparentado, que se recusava a comer. Fiquei imaginando que poderia ser ele. Minha mãe ficou muito preocupada com a situação daquele rapaz, e eu receoso de ir vê-lo, sempre deixando para um outro dia, até que me disseram que ele havia partido. Esta dúvida e pensamento persegue-me até os dias de hoje.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Minhas Viagens 39

    Ao clarear do dia, despedi-me dos responsáveis pela minha estada ali, e segui meu caminho. Lembro-me de um posto de gasolina já no final da cidade. Vagamente parece que pedi leite numa fazenda próxima, quanto ao resto, no momento não existe. Peguei uma carona, como e quando não sei, mas sei que de manhã já me encontrava na prefeitura de Santana, na tentativa de conseguir uma cortesia para vir de ônibus para Brasília, conforme me informaram que poderia ocorrer.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Minhas Viagens 38

       A menos de um km, vi uma casa a minha direita. Olhei: um alpendre. Pensei: poderia ser aqui! Fui até uma casa próxima em frente e expus minha situação, não passava das 21 horas e por acaso eram parentes do dono da outra, e até lhes agradou o meu pedido. Providenciaram uns papelões e lá passei a noite. Alguns pernilongos e alguns gatos e mais tarde certos ruídos no interior da casa, ficava imaginando: Será que é gato, rato ou assombração. Mas deveria ser o fraco vento.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Minhas Viagens 37

       Em outro momento: outro bar; não me lembro do motivo, talvez para me informar da distância há percorrer até a saída da cidade. Sei que expus meus problemas a um moleque de 14 a 16 anos, e ao lhe dizer que dormiria pelas ruas, ele falou que seria perigoso. Tendo eu lhe dito que não haveria outra forma, que ninguém me ajudaria, e se ele quisesse poderia fazer o teste com seu pai. Para minha surpresa ele concordou e me surpreendeu, mas não me decepcionou, quando o senhor ouvindo a conversa que seu filho relatava, me olhou de baixo a cima e acenou negativamente com a cabeça. O menino veio em minha direção e eu lhe disse: não falei! Não se preocupe é assim mesmo, eu me viro, sei me cuidar, muito obrigado. Tendo-o deixado apreensivo e como último adeus olhou-me e virou-se para seu pai olhando-o também. Ambos eram claros e de boa aparência.

sábado, 14 de janeiro de 2017

Minhas Viagens 36

     Lembro-me de estar no ônibus muito aliviado. Após, quando a memória me volta, estou entrando num bar em Santa Maria a procura de um abridor de latas. Alguns bebiam sorridentes, entre eles um que parecia ser o dono. Narrei algumas coisas, e disse que tinha umas moedas (não me lembro como sobrou, teria sido da menina?) e se me indicariam alguma padaria aberta para comprar pão. Enquanto o dono procurando dizia que havia uns ali, ao me dar lhe ofereci o dinheiro, porém entre risos e piadas não aceitou. Foi um momento de descontração, as brincadeiras foram sadias e a parte mais tensa da viagem, havia acabado junto com a janta do religioso. 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Minhas Viagens 35

        Já era quase noite, quando começava a imaginar que poderia ficar ali e já avaliava como seria. Quando o rapaz da empresa me chamou, e solicitando o dinheiro que eu havia arrecadado a maioria moedas, e que provavelmente não cobria o valor. Disse-me que eu poderia embarcar no ônibus que iria até Santa Maria da Vitoria. Avisei a linda moça, que me disse para aguardar, voltando logo após com duas latas de sardinha, ainda recusei por um instante, mas aquela simples e humilde menina insistiu, peguei e guardei. E num abraço e beijo, a deixei, com os olhos de ambos quase chorando, e nunca mais nos vimos. Ah! Desconfiei que ela havia pego a sardinha numa espécie de mercearia que ela trabalhava, sem que o dono soubesse. O tempo que ela dispunha a ficar ao meu lado muito o incomodava.

Obs: com estes relatos encerrei as últimas partes do meu livro “O Manuscrito” ‘Revelações de Marco Marcial’.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Minhas Viagens 34

      Hora de partir, não me lembro o que fiz, devo ter tomado café com eles... Quando me volta a memória já estava no lado de cá do São Francisco, pelejando para conseguir um transporte que me aproximasse de Brasília. Isto foi demorado apesar de muitos carros e motos desembarcarem e ônibus saírem (os ônibus, não atravessavam o rio) todos me negavam carona. Enquanto isto uma menininha, morena cor de jambo, magra, bonita, aparentando quinze ou dezesseis anos me era prestativa. Sempre que podia estava ao meu lado, é obvio que gostei e foi minha única companheira feminina durante aquela viagem. Ah! Só me lembrei agora: me sugeriram, provavelmente o rapaz do guichê, queria que eu pedisse dinheiro aos outros para pagar a passagem, pois de outra forma eu não poderia ser levado, pelo ônibus.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Minhas Viagens 33

      Logo após, o outro detento que permanecia calado, posicionou o colchão no melhor local, tendo o que me repreendera, dito que eu poderia descansar primeiro, sobre o seu único colchão. Ainda insisti que ele fosse antes e qualquer coisa eu me viraria, mas não aceitou. Deitei com o ombro próximo ao vaso, o qual em dados momentos, exalava um odor de urina e também mesmo com cuidado, às vezes parte do meu braço o tocava. Quando dei por mim acordei já com o dia claro, ainda no colchão, enquanto o preso cochilava sentado, encostado nas grades de ferro. Disse-lhe por varias vezes que deveria ter me acordado, e ele apenas respondia que estava tudo bem. E aquele provável mau elemento, considerado pela sociedade, naquela ocasião foi o meu próximo, o que talvez tenha me curado as feridas do cansaço e me dado novo ânimo.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Minhas Viagens 32

      Mais tarde trouxeram um delinquente, dizendo que ele havia feito um frango (a principio pensei que fosse roubar galinha). Puseram-no na cela do louco, que era um jovem claro aparentando idade próxima aos 30, e um pouco acima do peso, que o recebeu desferindo-lhe muitos socos, principalmente no rosto. Relatei aos meus companheiros que não achava correto aquele proceder, porém o que eu imaginava ser o líder, por me dar mais atenção, com uma feição seria disse-me que eu não sabia das coisas e era melhor eu ficar calado. Fiquei temeroso, por aquilo e não toquei mais no assunto. Ah! Os dois detentos e o louco eram de estaturas próximas a minha beirando 1,70m, de qualquer outro que cruzou o meu caminho, fora o delegado, naquele ambiente, nada me lembro.