E aquela mulher do flagrante adultério, ao se retirar, ao
passar pela experiência que ela passou... Vocês acreditam que ela cometeu
alguma forma de pecado, por menor que seja? Eu, pessoalmente, penso que não.
Tudo me leva a crer que ela se santificou e, se possível, se encontrava na
companhia de Maria, Tiago, João e outras poucas pessoas que entre a multidão
sofriam e choravam sufocados enquanto outros dependuravam o Escolhido no
madeiro.
Qual de nós, se afligidos por pequenos flagelos, não
pomos nossa fé à prova, questionando o Criador se merecemos sofrer determinado
mal? Não sei o real significado dessa pequena palavra, porque Ele disse: “Se tiverdes fé como do tamanho de um grão de
mostarda e disserdes a essa montanha, retira-te daqui, ela, pela sua fé,
retirar-se-á.”. Se ela, pelas escrituras, por menor que seja, faz estas
coisas, que fé é esta que professamos?
Quando jovem, antes de começar a procura pela verdade, um
senhor, tendo um grande prejuízo em suas lavouras por uma saraivada de granizo,
se pôs a praguejar contra Deus, batendo o pé no chão, praguejava dizendo
palavras as quais não pretendo mencionar. Já ouvi também em meus dias e sei que
acontece de pessoas blasfemarem e dizerem coisas horríveis contra Ele por
motivo de prejuízos financeiros, doença, morte, etc. Não os estou julgando,
estou apenas expondo estes fatos.
Como tenho dito, há muitas palavras tiradas das
escrituras que, ao fazerem parte de nosso cotidiano, tornam-se palavras comuns;
mas em termos do sagrado, são palavras incompreensíveis para nós, palavras como
“verdade”, “fé”, “sacrifício”, “adoração”... Para sabermos o real significado
sagrado, precisaríamos, para cada uma, de um livro divinamente inspirado para
explicá-las.