sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Minhas viagens 210

  Após ver aquele rastro. Durante à noite imaginava que poderia parecer um rosto de um duende ou algo semelhante na parte superior da porta de minha barraca, que possuía uma pequena área transparente que ficava a uma distância de uns 80 cm do solo, o que para mim seria a altura exata de criaturas como mencionada. Sei que isto não existe, mas sempre que imaginava que poderia haver um rosto estampado ali a me olhar criava coragem para verificar aquela assustadora irrealidade.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Minhas viagens 209

 Fora estes animais achei a fauna da região muito fraca, não vi nada mais que a lontra e poucos casais de araras, louros e tucanos que cruzavam o céu, ás vezes voava apenas um deles e entoava um som que parecia melancólico e desesperado, o que me causava sofrimento. Quando me deparava com três pássaros dois estavam em disputas físicas. Assim que comecei as caminhadas me deparei com algo que parecia ser um rastro de um grande primata, avaliei várias vezes aquela pegada, e não via jeito de ser outra coisa segundo meu conhecimento. No final fui informado que havia uma espécie de macaco por lá e que seria um dos maiores do Brasil.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Minhas viagens 208

    Fora os veados, outros animais que me chamaram a atenção foram uns pássaros grandes, parecidos com patos bem robustos e com as pernas mais compridas. Deparei uma vez com eles na estrada coletiva, os persegui por alguns metros na intenção de afugentá-los para que eles aprendessem a ser mais precavidos quando se deparassem com os maldosos, insensíveis e ignorantes monstros humanos.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Minhas viagens 207

 Toda noite coceiras pelo corpo me irritavam. Não conseguia descobrir o que era, só podia ser minúsculos borrachudos, pois os via voando e às vezes assentados, tampei alguns buraquinhos que havia na barraca e sempre abria ou fechava com muito cuidado para não permitir acesso de insetos ou qualquer outra coisa, mas essas coceiras me incomodaram do início ao fim, normalmente no início da noite depois suavizavam.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Minhas viagens 206

   Às vezes ouvia sons parecido com algo rodeando a barraca, empunhava a faca e ficava atento aos ruídos que sempre duravam pouco tempo. Até que um dia despertei com um som alto e após o impacto do susto percebi e lembrei que vinha de garrafas plásticas sacudidas de um a outros lado, tentei de todas as formas ver que bicho seria, sem me expor, mas a pouca luminosidade fornecida pelo celular não permitia saber (isso durou por quase hora), fiquei tranquilo, pois havia muitas garrafas de 500 ml esparramadas e também uma de 600 e outras grandes. Só de manhã percebi uma toda estraçalhada, então me desesperei "meu óleo?, Meu óleo?" Pensei, mas logo percebi que não. Pois assim que possível foi, eu o colocara numa destas garrafas para que ficasse mais seguro. A partir daquela noite o protegia melhor sempre antes de me adentrar para meu descanso. Óleo de soja claro.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Minhas viagens 205

    Havia uma galinha d'água, não lhe dava muito atenção, sei que elas voam, mas por mais de uma vez no final do dia a vi empoleirando, ou seja, subindo em árvores como as galinhas caipiras para passarem a noite. Não sei se ela alimentava dos peixes, mas à deixei a vontade. Ouvi alguns sons estranhos aparentemente vindo de animais e provável que seria de aves. Um bicho provavelmente quadrúpede gostava de mexer em meu sabonete e sabão que eu deixava próximo ao córrego, teve um dia eque ele revirou muito meu sabonete, deduzi que ele ficara irritado com o intruso (eu), então tive que evitar deixar o sabonete naquele local.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Minhas viagens 204

    Toda madrugada desde as primeiras noites alguamas aves voavam fazendo um som esquisito. Certo dia abrindo um pouco a porta da barraca percebi que elas pousavam e ficavam exatamente no local que eu lavava as vasilhas, provavelmente tentavam se alimentar dos peixes, a partir dai, quando percebia elas se aproximarem, abria a porta e as espantava com gritos. Elas são muito feias, parecem com umas que havia em um desenho antigo americano e também achei parecidas com abutres, porém bem menores, um pouco maior que os pombos da cidade, suas caudas são quase ausentes e sua cor acinzentada ou amarronzada. De madrugada elas subiam o córrego e no fim da tarde desciam com seus gritos e aspectos esquisitos, achava estranho elas não existirem em Brasília, tão perto. Mas ao voltar, trabalhando próximo ao córrego que corta Vicent Pires, as ouvi e vi fazendo a mesma frequência de vôos. Logo após as ouvi também no lote de minha mãe. São pouco conhecidas, pois só voam próximos a córregos seguindo seus leitos e apenas nos primeiros clarões do dia e nos últimos, descendo, seguindo as águas conforme observei nos locais citados, iam a uma altura média de vinte poucos metros.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Minhas viagens 203

     Nos primeiros dias uma barata aquática me incomodava. Com o tempo percebi que ela assim como os peixes, aproveitava dos poucos restos de comida e ela espantava meus amiguinhos. Certo dia, com a ajuda de algo a retirei da água e a joguei na terra para que morre-se, na primeira e segunda vez que fiz isto ela conseguiu voltar, então na terceira vez coloquei-a próxima a barraca cerca de três metros de distância do córrego e fiquei monitorando-a, deduzi que ela não voltaria para a água e tudo indica que assim foi.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Minhas viagens 202

 O fato de querer comer um peixe até mesmo vivo, muito me abalou, eles eram meus amigos (sim, fora o peão que via e alguns latidos e vozes que ouvia, sim, os pequenos peixes eram meus próximos). Cada hora que ia lavar vasilhas até mesmo lavar o rosto, escovar os dentes, não me julguem, mas as vezes cuspia na água para ver seus alvoroços. Passava a mão neles ou deixava-os esfregarem nela. Se eu quisesse pegaria vários com as próprias mão e quiças trairia a confiança adquirida. Não, não comeria, não devemos comer peixes nem cobras, nem novilhas, nem ovelhas. A humanidade em breve saberá disso, talvez até mesmo neste século se algo grande os converter. Estamos sujeitos a grandes catástrofes basta usar o que mais destrutivo tivermos.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Minhas viagens 201

    Após a descoberta daquela nova rota. Certo dia pela manhã ao passar pelo cocho percebi o colchete que havia ao lado semi-aberto, com rastro de cavalo que parecia entrar e não sair. Imaginei que apesar do rastro parecer recente, alguém teria entrado e saído no dia anterior, pois o sete léguas era preguiçoso. Então meio receoso continuei meu caminho. Já próximo a tal estrada um cavalo fez aquele som: como se deixando os beiços bem relaxado e soprasse fazendo vibrá-los, foi muito próximo, percebi o seu vulto a menos de dez metros vindo em minha direção. Saltei e corri uns cinco metros sob a proteção de arbustos e pequenas árvores, então ele passou com o cavaleiro montado e falando algumas palavras, conforme ele caminhava eu me tornava mais visível e pedia a Deus e a todos invisíveis que o cavalo não me denunciasse e que o sete léguas não virasse a vista para mim. Após este incidente é obvio que fiquei muito eufórico, aquilo me proporcionou um dos meus melhores momentos, recordava, sorria e mexia com a cabeça. Foi incrível.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

PBMM 42

     No Uruguai fui hostilizado por dizer que "papai Noel não existe". Agora digo a todos, esqueçam o do Céu como uma figura de homem velho de barba branca, que o seja, mas saibam que a personalidade DEUS, não poderia ser suportada em nosso sistema solar e nem tão pouco em nossa Galáxia e não confundam a onipresença com a presença do ser corpóreo, que é inimaginável a qualquer mente mortal, em corpo carnal ou acima!!!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

PMM 271

    No início da Samambaia muitos amigos me diziam "pega um lote, você consegue", mas pelos meus cálculos espirituais não era cabível. Custo beneficio... Na mesma época meu saudoso amigo Mossoró ao ser lembrado por mim de uma dívida, disse desconhecer, então lhe falei que ele estava livre de pagá-la, mas que eu recordando como as coisas aconteceram e o fazendo lembrar ele me daria o valor em dobro. Demorou alguns dias e chegou em minha mente o ocorrido e ele ouvindo enfiou a mão no bolso e com uma cara de poucos amigos me deu o combinado e virou as costas... Que façam como ele os que pegaram o auxílio emergencial indevidamente e que os órgãos competentes, isto façam cumprir e assim na terra como no Céu. Calculai cada um o seu custo benefício, pois nada foge a implacável e justa Lei de Deus.