Há quase um ano, o Pavezzi (meu cumpadi), me fez uma
pergunta; disse-lhe que a fizesse por escrito e me enviasse e eu daria a
resposta também por escrito, pelo grau de sua importância e que, com certeza,
ela já estava contida em partes dos meus escritos. Encontrando-o no sábado de
carnaval, pedi-lhe que me falasse e eu publicaria, já que ele não havia me
enviado: “Quero que você, baseado em sua experiência de vida e em todo
conhecimento que você acredita ter, defina Deus, de uma forma estritamente
pessoal”.
Minha definição de Deus, hoje, é:
Ele
é tudo, todas as coisas foram feitas por Ele e, partindo dEle, ocuparam todos
os universos. Para Ele, um dia, retornarão.
Não
é possível um ser humano comum defini-lo. Nem mesmo Cristo poderia transmitir o
seu real significado, pois nossas mentes não suportam excelsos conhecimentos,
por estarem quase totalmente ligadas ao animalesco.
Ele
não é tão íntimo como imaginamos, e também não tão distante como poderia ser. Esse
sentimento de intimidade que temos por ele é por nos acharmos muito próximos a
sua personalidade. Isso devido à consciência de que em todo cosmos só há nós,
Ele, Cristo, anjos e outros que já morreram; quando na realidade há bilhões X bilhões
a dividi-lo.
Se
fôssemos forçados a entender tais fatos, nos sentiríamos verdadeiros vermes,
insignificantes criaturas que não reconhecem seu criador e se deixam guiar por
mentes materialistas. Porém, pela sua benevolência, Ele fez com que cada um de
nós tenha uma fração Sua adormecida em nosso mais profundo interior. E é
chegado o momento que, para defini-lo ou conhecê-lo, não precisamos mais ir a
lugares ou ouvir pessoas, mas, simplesmente, procurá-lo em nós mesmos, não com
pouco esforço e abstinência... Só assim poderemos encontrá-lo e sermos seus íntimos.