segunda-feira, 31 de março de 2014

RMM - Autobiografia 124

              Sei que mudamos para a chácara no início de 73, não lembro o dia nem os detalhes, assim como as outras. Pois, assim que nos estabelecemos, comemoramos o aniversário da Geni, então fiquei apreensivo quanto ao meu, pois se realiza poucos dias após o dela.

            Nesses dois aniversários, tenho a impressão que chegamos na chácara de ônibus, mas não deve ter sido. O Júnior saiu falando que no dia do meu, eu me encontrava todo afoito, sem saber se haveria ou não comemoração, mas houve. Por incrível que pareça, a partir desse aniversário, que foi o de 9 anos, não me lembro de outros, a não ser o que ocorreu na Bolívia, próximo a cidade de San Matias (a primeira boliviana, depois que se passa de Cáceres, a última do Brasil. Pelo menos era assim, a quase 30 anos atrás).

sábado, 29 de março de 2014

Eu Sou Deus (PMM126)

Parte III
A noite em reunião com as diversas lideranças, ficou estabelecido que Eu Sou Deus se acomodaria nos EUA por alguns dias. Propuseram que ele fizesse um discurso na ONU, porém o ponto alto das conversações era o fato do por que ele ter se apresentado como Eu Sou Deus, para isso ele não deu resposta, apenas disse que o que estava feito, estava feito, eram para chamá-lo assim. No dia seguinte após um breve descanso noturno, se reuniram no prédio das nações unidas, sendo que o seu discurso de abertura foi:

            - O criador de todas as coisas, aqui me enviou para em primeiro lugar, pedir desculpas por tê-los abandonados durante tanto tempo e demonstrar sua grande surpresa, principalmente por tamanho desenvolvimento tecnológico e por terem conseguido um tão rápido grau de evolução, a ponto de não permitirem que epidemias e guerras dizimassem, um grande número de pessoas como ocorreram em tempos passados. Ele não está tão decepcionado com os caminhos que seguiram as religiões, tanto a fundada por Pedro como a de Maomé e até mesmo as mais antigas como a Hindu, agora está reativando o contato e não mais vos abandonará, para isto estou aqui e com vocês devo permanecer alguns meses ou até anos, assim que toda minha missão seja cumprida, que é ajuda-los a manter a paz e a ordem em todo o planeta e também fazer alguns ajustes no campo religioso e filosófico. Não pensem que meu poder na terra se limitara ao de vosso Cristo, pois aqui ele esteve nascido da mulher e do homem, o que não é o meu caso.

sexta-feira, 28 de março de 2014

RMM - Autobiografia 123

                  Na QNA 29 lembro-me, ainda, que ocorreram alguns jogos entre as seleções na Alemanha, meu pai os assistia tarde da noite.
            Vietnã já era passado, mas falava-se do Cambodja.
            A África tornava-se mais conhecida através da popularidade de Idi Amin dada.
            A série que eu mais assistia e gostava era Tarzan, além do super-herói americano Hulk.
            Não mais ouvíamos falar em Bat Masterson, mas ainda cantávamos o tema de sua série.
            Assistia Vila Sésamo e seu principal apresentador é um idoso e ainda é Global.
            Fiquei impressionado com um caso especial: “A Megera”, creio que era interpretada pela Montenegro. Além de outro: “O médico e o monstro” que, logo após seu término, o conhecido protagonista faleceu.

            Havia outro seriado que não perdia, acho que o nome era “A máquina voadora” também com artistas globais até os dias de hoje. 

quarta-feira, 26 de março de 2014

PMM 125

Não havia informado, mas a pessoa que me ajudava desde o inicio com o blog, tendo me abandonado por algum tempo, em meados do ano passado retornou e me auxiliou até agora, fazendo muitas correções dos textos publicados em sua ausência, porém novamente por motivos alheios aos escritos, me deixou. Sendo assim volto ao mesmo problema relatado na PMM84.

segunda-feira, 24 de março de 2014

RMM - Autobiografia 122

Acho que não relatei...
            ... Minha mãe, desde tempos antigos, quando percebia um raio ou trovão mais forte, dizia: “Santa Bárbara! São Gerônimo!”. Não sei de onde ela tirou isso, mas até hoje ela exclama. Nunca vi outra pessoa com esse comportamento...
            ... Meu primeiro contato com álcool provavelmente ocorreu muito cedo. Fora o Biotônico, era normal minha mãe fazer sucos com o que sobrava de vinho das festas de final de ano...
            ... Meu pai, por causa de uma hérnia, usava uma espécie de cinta que se assemelhava a um cinto de castidade. Raramente saía de casa sem portá-la. Existiam as anáguas até final dos anos 70 e também as cuecas samba-canção...

            ... Bombril era sinônimo de esponja de aço, como ainda ocorre em alguns lugares. Naquela época surgiu uma propaganda na televisão do Modess, que até final do século passado significava absorvente em muitas regiões... 

sexta-feira, 21 de março de 2014

RMM – Autobiografia 121

            A chácara, paralela à BR, ficava distante desta cerca de 80 m.       No portão havia uma dessas árvores de folhas grandes e leitosas. Há uns 150 m após a entrada da chácara começava a plantação de limão e também as valas, pois o terreno era muito úmido. E, um pouco antes da primeira casa, tinham uns poços de cimento:
Um era a mina. A mureta que a cercava era apenas ao redor, não havia piso para que a água pudesse minar; Outro, um pouco abaixo, era dividido em dois por uma mureta que tinha uma passagem para a água no meio dela, rente ao fundo. Era uma aventura passarmos de uma parte a outra, pois esse buraco era pequeno, tinha no máximo 1 x 0,45 m.

            Encostada a eles havia uma espécie de cana, não de açúcar (não me lembro de ter visto dela em outro lugar). Logo abaixo, uma moita de bambu do grande, e, ao seu lado, outra do pequeno. Neste podíamos tirar varas para pescar... próximo a ruína da antiga casa, que era de adobe, havia uma linda represa, de forma mais ou menos arredondada, cujo maior raio atingia uns 30 m e o menor uns 20 m. Repleta de peixes: cará, tilápia e lambari. 

quarta-feira, 19 de março de 2014

PMM 124

            Com certeza todos que acompanham meu blog perceberam que as publicações da autobiografia ocorriam sempre nas terças e sextas, normalmente às 17h. A partir de agora serão publicadas nas segundas e sextas, no mesmo horário. Nas quartas, normalmente haverá, semelhantemente, um Pensamento (PMM). Alguns outros textos, por exemplo, a ficção Eu Sou Deus não seguirá critério aparente de dia, por enquanto; devendo, entretanto, respeitar o horário.

Por falar nessa ficção, fiquei decepcionado ao ouvir dizer que no filme O Dia Em Que A Terra Parou certa criatura extraterrestre foi encontrada no Central Park. Não sabia desse episódio e de nenhum outro que fosse de conformidade com o início do meu texto. Fiquei tão preocupado que minha mente formou um sonho em que eu dizia que o fato de Eu Sou Deus ter aparecido no Central Park era baseado num filme estreado por Raul Seixas. Acordei e fiquei atordoado por alguns segundos, até perceber que não passava de um sonho. Encerrando, acho que verei o filme de Hollywood. 

segunda-feira, 17 de março de 2014

RMM – Autobiografia 120

            Também havia muitos limoeiros, chegavam a mil pés, segundo os japoneses. Estes moravam na primeira casa, tinham dois ou três cachorros: um pequeno e branco, chamado Tiro; uma cadela chamada Laika, um pouco maior e rajada; e creio que mais um, que não me lembro como era.
            15 m abaixo da segunda casa havia uma construção dividida em dois pequenos galpões; logo após, uma piscina; depois, as ruínas de uma antiga e pequena casa, onde se distinguia um fogão de lenha. Sempre lá estava um solitário touro. Não sei se já compramos a chácara com ele ou se veio logo após.

            Dormimos algumas noites na casa dos japoneses, lembro-me de um idoso e uma idosa, principalmente. Mas havia outro casal e algumas crianças (acho). Enquanto isso, meu pai concertava a casa abaixo e dizia que ficaríamos nela temporariamente até que construísse a sede, próximo a BR. 

sexta-feira, 14 de março de 2014

RMM – Autobiografia 119

            Da compra da chácara até mudarmos, creio que não passaram sete meses. Fomos visitá-la a primeira vez, antes de concretizar o negócio, e o valor que seu Paulo pedia era de 80 mil cruzeiros. Ficamos sabendo por terceiros que, após concluída a compra, o valor ficou um pouco acima dos 30 mil.
            O terreno é grande, cerca de 32.000 m²: mais ou menos 1.000 m x 300 m (comprimento e largura). Apesar do tamanho, ela não dispunha de energia elétrica.

A primeira casa ficava a uns 500 m da BR, e a segunda, a uns 650 m. Esta tinha uma pilastra na pequena área dianteira quebrada devido à queda de uma galha de eucalipto. Havia três ou quatro grandes árvores dessas a apenas 5 a 8 metros da casa. Tinha também uma barriguda, a chamávamos assim porque ela tinha um tronco com formato oval e grosso, que ia afinando e esparramando em galhos, não era alta e seus troncos eram cheios de espinhos. Árvores semelhantes a essa podem ser vistas nos Gerais, vi muitas na primeira viagem que fiz à Bahia, entre Santana e Bom Jesus da Lapa, passando por Santa Maria.

quarta-feira, 12 de março de 2014

PMM 123

            No final da conversa, Pavezzi falou mais:
- E o tempo cumpadi? Estou preocupado com o tempo. O que podemos fazer? Nem Moisés, nem os profetas, nem Cristo conseguiram derrotá-lo.
Dias anteriores ele já tinha me dito palavras parecidas. Talvez por estar perto dos 60 anos de idade. A questão do tempo também me preocupa desde criança. Também me relatou que estudos recentes dão conta que as horas, devido à disposição tecnológica e outros fatores dos nossos dias, representam em nossas mentes menos tempo do que o foram para gerações passadas. Por isso, na atual, faz total sentido dizermos que ultimamente os dias estão voando.
Respondi:
- Todos os citados souberam driblar o tempo, pois ele está ligado ao nosso mundo e se conseguirmos vencer a um, venceremos ao outro.
- O que você quer dizer com o mundo?
- O mundo é nosso planeta, principalmente nossas tradições ligadas ao mal e ao animal. Se conseguirmos superá-los, o medo do tempo se afastará de nós. Tenho motivos para crer que muitos nessa geração deverão ter êxito nesse propósito.
- E então, o que podemos fazer?
- Leia a Bíblia, pelo menos O Novo Testamento, Salmos e os Profetas; e por que não meus escritos? Se puder, leia um pouco mais, e as respostas e soluções, dentro de você mesmo, as achará (com certo esforço e perseverança). Para mim as coisas são mais difíceis, o porquê não sei, mas creio que preciso de atitudes mais radicais, pois o que de mais importante que eu poderia encontrar em livros e pequenas experiências já tenho.

Para encerrar, disse-me acreditar num túnel com uma luz no final e que iria alcançá-la. Respondi-lhe que já era um bom começo.

terça-feira, 11 de março de 2014

RMM – Autobiografia 120

            Também havia muitos limoeiros, chegavam a mil pés, segundo os japoneses. Estes moravam na primeira casa, tinham dois ou três cachorros: um pequeno e branco, chamado Tiro; uma cadela chamada Laika, um pouco maior e rajada; e creio que mais um, que não me lembro como era.
            15 m abaixo da segunda casa havia uma construção dividida em dois pequenos galpões; logo após, uma piscina; depois, as ruínas de uma antiga e pequena casa, onde se distinguia um fogão de lenha. Sempre lá estava um solitário touro. Não sei se já compramos a chácara com ele ou se veio logo após.

            Dormimos algumas noites na casa dos japoneses, lembro-me de um idoso e uma idosa, principalmente. Mas havia outro casal e algumas crianças (acho). Enquanto isso, meu pai concertava a casa abaixo e dizia que ficaríamos nela temporariamente até que construísse a sede, próximo a BR. 

segunda-feira, 10 de março de 2014

RMM – Autobiografia 118

Não me recordo mais de fatos importantes no momento...
Aliás, meus brinquedos eram dois ou três carrinhos metálicos que pertenciam ao Júnior (Acho!), tipo Hot Wheels, que abriam as portas e capô; e soldados armados que vinham grudados em chicletes.
Devido a tudo que absorvi da mídia e o que ouvia das pessoas, a partir daquele momento, passei a acreditar que o mundo acabaria em 1999. E esta fé durou por décadas.
Também colecionei um álbum: Luta Pela Vida, que retratava animais em disputas. Nada científico, pois já na capa, havia uma grande cobra enrolada num elefante adulto. Não me lembro se consegui completá-lo, mas creio que sim. Tive outros álbuns que davam prêmios e, após aquela data, prometi a mim mesmo que não mais teria álbuns.

Ah! Uma música que eu achava a letra estranha era: “O nosso amor foi uma bosta...” Só após anos descobri que era: “O nosso amor foi uma aposta...”

sexta-feira, 7 de março de 2014

RMM – Autobiografia 117

            No período carnavalesco, assim que adquirimos televisão, não nos afastávamos da sala. O desfile das escolas, com certeza, foi a primeira programação que varava a noite. Aliás, transmitida ininterruptamente. Quando cansado ia deitar, no outro dia ouvia minha mãe comentar sobre isso e aquilo, então me arrependia de ter perdido tais momentos. Isso durou por muitos anos. Detalhe: na TV preto-e-branco. Ficava apreensivo quanto ao resultado final da competição, torcendo por essa ou aquela escola. Hoje não suporto tais transmissões, não dou a mínima para os resultados e detesto quando, nesses dias, alguns débeis vêm com piadinhas, principalmente com referência à Mangueira. Jamais assistiria tais desfiles, mas, o de Salvador, acho que sim.

quinta-feira, 6 de março de 2014

PMM 122

            Há quase um ano, o Pavezzi (meu cumpadi), me fez uma pergunta; disse-lhe que a fizesse por escrito e me enviasse e eu daria a resposta também por escrito, pelo grau de sua importância e que, com certeza, ela já estava contida em partes dos meus escritos. Encontrando-o no sábado de carnaval, pedi-lhe que me falasse e eu publicaria, já que ele não havia me enviado: “Quero que você, baseado em sua experiência de vida e em todo conhecimento que você acredita ter, defina Deus, de uma forma estritamente pessoal”.
            Minha definição de Deus, hoje, é:
Ele é tudo, todas as coisas foram feitas por Ele e, partindo dEle, ocuparam todos os universos. Para Ele, um dia, retornarão.
Não é possível um ser humano comum defini-lo. Nem mesmo Cristo poderia transmitir o seu real significado, pois nossas mentes não suportam excelsos conhecimentos, por estarem quase totalmente ligadas ao animalesco.
Ele não é tão íntimo como imaginamos, e também não tão distante como poderia ser. Esse sentimento de intimidade que temos por ele é por nos acharmos muito próximos a sua personalidade. Isso devido à consciência de que em todo cosmos só há nós, Ele, Cristo, anjos e outros que já morreram; quando na realidade há bilhões X bilhões a dividi-lo.

Se fôssemos forçados a entender tais fatos, nos sentiríamos verdadeiros vermes, insignificantes criaturas que não reconhecem seu criador e se deixam guiar por mentes materialistas. Porém, pela sua benevolência, Ele fez com que cada um de nós tenha uma fração Sua adormecida em nosso mais profundo interior. E é chegado o momento que, para defini-lo ou conhecê-lo, não precisamos mais ir a lugares ou ouvir pessoas, mas, simplesmente, procurá-lo em nós mesmos, não com pouco esforço e abstinência... Só assim poderemos encontrá-lo e sermos seus íntimos.

terça-feira, 4 de março de 2014

RMM – Autobiografia 116

            Fato marcante foi quando, um dia, meus pais disseram que iriam à Planaltina, no Casarão Hotel, levariam apenas os dois caçulas e dormiriam por lá**. Chorei bastante, por muito tempo, para que me levassem, mas não adiantou. Então negociei com minha mãe dinheiro para comprar um sorvete individual, que era a sensação do momento.
            Peguei os trocados, atravessei a avenida e comprei no mercado Xapecó. Assim que abri a embalagem, percebi que a Lú me olhava do outro lado, em frente nossa casa. Imediatamente, virei as costas para ela. Permaneci assim por alguns segundos e me arrependi. Quando voltei o rosto, ela não se encontrava mais no local. Assim que a vi, disse que lhe daria um pouco. Então ela falou: “Você virou a costa”.
Nesse dia, prometi a mim mesmo que não mais choraria por questões emocionais. E cada vez que choro por esse motivo lembro-me da promessa.

**A propósito, em nossa primeira viagem à Planaltina, o carro que ficou na estrada estragado era um Dkv (Acho!).