sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

RMM – Autobiografia 189

        Há uns meses atrás, estando com um casal de amigos em um barzinho, pensei ter visto o Camargo, avisei os que estavam comigo que achava ter encontrado um amigo, que a mais de trinta anos não via. Logo após vi a Isaura, então criei coragem e fui até a mesa em que eles se encontravam (umas sete pessoas). Bati no ombro do João e falei: - estou procurando um tal de Camargo, alguém sabe onde o encontro. Todos olharam meio receosos. -Depende do que você quer com ele, respondeu o João: - sou um velho amigo. Então ele se levantando falou: – ah, você é o filho da Zaira da chácara. Todos sorriram aliviados e eu os cumprimentei um a um em meio aos cumprimentos percebi que um dos presentes era o Zé Manel. No desenrolar da conversa relatei a eles que estava escrevendo minha autobiografia e se poderia colocar seus nomes no texto. O Camargo respondeu. – depende, você não vai falar mal não né?  – qual é Camargo, vou falar mal de vocês. No final a Isaura perguntou se eu sabia que a dona Iraci havia morrido a poucos anos, e o seu Manel ainda na década de noventa.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

RMM – Autobiografia 188

         Ele tinha um filho adolescente, Zé Manel (provavelmente o nome do pai) sua idade não era superior a 16 anos, e foi através dele que tive meu primeiro contato com revista de sexo explicito: eram importadas e não ficavam devendo nada às atuais. Creio que o Valdirão um dia disse: oh meu, vai dexar o moleque ficar olhando isso ai meu, ele ainda é criança. – pode olhar, tem que ser homem não pode é ser v-iado. Respondeu Zé Manel, ele era um jovem meio rebelde, passava alguns dias na chácara em companhia do Júnior, outros na casa da Isaura e do João Camargo o jovem casal. E a maior parte do tempo no Espírito Santo à terra natal deles. Acho que na cidade que Roberto Carlos nasceu ou próximo a ela.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

RMM – Autobiografia 187

        Realmente do seu Manel apenas boas lembranças ficaram, todos os dias no início das noites ele ia lá em casa, e contava vários casos:que iam de assombrações às mais diversas experiências que seus anos de vida lhe proporcionaram. Não me lembro de nenhum em especial, pois eram muitos. Numa noite fiquei muito envergonhado e irritado com minha mãe, pois quando ele demonstrou a intenção de ir embora, ela disse: - então tá seu Manel, amanhã o senhor vem contar mais mentira, depois completou que algum familiar seu dizia estas palavras a outro quando ela ainda era criança. Talvez ela não se agradasse muito de ficar ouvindo-o, pois na realidade a conversa era entre eles e nós só escutávamos, particularmente eu gostava muito.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

RMM – Autobiografia 186

       Para encerrar as lembranças dessa varanda, logo após seu Manel instalar e começar a produzir, também como um meeiro, num dia aos primeiros raios do sol, levantei-me e fui ao quintal ao invés de ir ao banheiro, ao começar a fazer o de costume, avistei encostado na área o que eu pensava ser o bicho papão ou qualquer outra criatura da noite, imaginei: -caramba o bicho ainda esta na ativa com o dia já claro, ele atrasou seu expediente. E agora grito ou corro ou os dois, porém como me encontrava a uns 30 metros dele, acreditei que se ele virasse daria tempo de correr, e gritar meu pai que já estava de pé. Não desgrudava os olhos da criatura, então em menos de minutos percebi que suas grandes botas eram duas cabaças em forma oval, encostadas na parede e os seus trajes que pareciam os usados do oriente médio, eram as roupas que dona Iraci estendera no varal e balançava com o vento. A cabeça era a parte do alto da madeira que o seu Manel havia usado para fechar o cômodo, isto tudo observei porque fiquei realmente paralisado.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

PMM 162

        Minha rotina foi dilacerada: - não tenho mais meu sofá, aonde descansava tendo o controle ao alcance das mãos, assistindo a patéticas programações entre curtos coxilos; a mesa em que escrevia? Não, não tenho mais. Não me alegrarei mais com as brincadeiras das meninas da padaria. E o pessoal do mercado? A neginha? O neginho? Betão? Zé Maria? Hilton? Valmir? Seu Maurício? Moreira? Marreco? Cezinha? Costa? E o Henrique nosso policial roqueiro? E meus vizinhos? Rui? Edna? Gabriel? Celo? Galega loca? E a pequena Ana Clara com a Maria Helena, por onde andara o Jô?  Meu computador? Minha cama? Meu travesseiro? Meus filhos? E o corpo que me aquecia e alimentava minhas fantasias? Não. Fio de cabelo? Colcha de retalho? Não. Não, mas no sacrifice. No sacrifice. Não, não merecia isso.

            Enquanto em meus devaneios criaturas me dizem: “Marco, tu bem sabes que não é questão de merecer ou desmerecer, nem matrimonial. Será que da sua mente se perdeu as palavras do seu amigo Jonas? Que dizia: - você não e igual à gente não, Marcão, é eu sei, você é diferente de nóis. Pois bem, segundo as palavras de Jonas você poderá dizer a todos, que representa o outro na atualidade, e que também será engolido pela baleia, mas não por três dias, mas 7x7. E quando saíres dirás a todos os habitantes da grande Nínive: - chegou o momento em que cada um em seu livre arbítrio deverá escolher: seguir o bem e tudo que lhe acompanha ou continuarem em seus maus caminhos e por conseguinte, num merecimento confesso, sofrerem todo o mal que neste planeta se encerrará com o aniquilamento.  

sábado, 17 de janeiro de 2015

PMM – Eu Sou Deus 10ª parte

          -Quando será o fim do mundo? O mundo religiosamente falando não se refere ao planeta, este último encerrará o seu ciclo daqui a poucos bilhões de anos. Vejam bem, vocês não imaginam o caos que seria, se eu dissesse que daqui a 10 mil anos o planeta e a humanidade indubitavelmente deixariam de existir. Provavelmente se um fato desse fosse realmente comprovado, a raça humana se extinguiria em poucos séculos. Só quero dizer com este exemplo, que dez mil anos são poucos, quando se refere à humanidade, sendo que individualmente pode parecer muito. Há vários fenômenos desconhecidos por vós. Bem, os planetas terminam seus ciclos normalmente em poucos bilhões de anos, já os mundos podem ser em milhares ou até mesmo séculos. Isto significa que o ditado popular “fim do mundo”, não esta relacionado à extinção da raça humana, mas em términos e inícios de ciclos. Um fim de mundo marcante para vocês foi o evento do Cristo, e é totalmente óbvio e histórico, quer alguns aceitem ou não. Que o mundo acabou e renasceu a dois mil anos é um fato, nunca os que pensam o contrário por mais que se esforcem poderão contestá-lo.
 -Todos desfrutarão de outras vidas? Da forma que vocês pensam não. Toda criatura dotada de alma deixará sua marca, quando na carne e vice-versa, porém a grande maioria não poderá dispor das boas lembranças, estas só serão vivenciadas pelos santos, por isso voz digo: se quiserem ser imortais, santificai-vos.

 – qual religião é a verdadeira? A verdadeira religião é aquela que existe no interior de cada um, e formas externas vigentes na atualidade dificilmente a representam, pois os que não forem espiritualizados não a compreendem. Por isso vocês se encontram nesse emaranhado de seitas, porque vocês não se desvinculam do animal e nem do material.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

RMM – Autobiografia 185

        Em referência a esta área, também me lembro de um incidente com a Maria (empregada que substituiu a Augusta assim que mudamos para a chácara). Enquanto ela lavava as roupas, eu a certa distância, comecei a falar de coisas que tinha ouvido dos mais velhos. Ela foi uma das primeiras moradoras da casa, e nas vésperas de sua folga utilizava um fogão que ficava no cômodo, para fazer doces de tudo que dispúnhamos na chácara e outras coisas, juntava tudo no outro dia e levava até a parada. Normalmente pedia para um dos trabalhadores ajudá-la com a bagagem, e assim fui relatando estes fatos e outros enquanto a Geni me observava com uma feição estranha, porém sem nada falar, até que de repente a Maria se desmanchou em choro e disse várias coisas dela mesma.  O que mais me chamou a atenção foi os dizeres (eu sei que sou uma peregrina) isto ela repetiu várias vezes e eu pensava: o que será que significa isso; peregrina, e também imaginava, hoje não tem jeito fiz besteira, vou acabar apanhando. Mas nada de grave aconteceu. A Geni interviu neste momento, e depois os adultos me disseram que eu não podia sair por ai falando, coisas que ouvia sobre os outros.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

PMM 160

      (Vai se lascar! Comprei com meu dinheiro). Escutando estas palavras, encerraram meus festejos na noite de ano novo. Tudo teve inicio quando assim que chegamos ainda nas primeiras latinhas comentei: o Gabriel (fictício) tem mania de abandonar a latinha ainda cheia. Tendo ele se virado e de uma forma arrogante me inquirido, porque eu dizia aquilo, pois esta prática ele não tinha, e foi tão veemente defensivo que eu achei estar sendo enganado por minha memória, e optei pelo silencio, sendo que ele ainda insistiu que eu desse provas das minhas primeiras palavras. No entanto por volta das quatro horas da manhã, ele juntamente com sua mãe e alguns parentes já se retirava, quando percebi que sua lata acabara de ser aberta e se encontrava quase cheia. Então sai aos berros, devido a distancia que me encontrava (e é lógico algo mais) dele dizendo: Gabriel! Vem beber a sua cerveja, que você deixou aberta e cheia. -não é minha não. – é sua sim e tu vai beber. – bebo se eu quiser foi eu que comprei com meu dinheiro. –vai beber. –bebo se quiser. Me da aqui. Tendo eu entregue em suas mãos, derrubou o líquido e arremessou tudo ao chão. –vai se lascar, o dinheiro é meu... A mãe dele não gostou do ocorrido, e no primeiro dia do ano demonstrou-me sua indignação. Disse-lhe que, na condição de homem mais velho da família, farei tudo que estiver ao meu alcance para que todos os membros, inclusive as mulheres tenham hombridade, e se puder estendo a todos este principio. Minha esposa quando tomou conhecimento do fato, disse-me que lhe causara mais uma decepção (deve ser por esta e por outras, que no momento decidiram ser melhor não dividirmos mais o mesmo teto).  

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

RMM – Autobiografia 184

      Por falar nesta área, que dava pra represa, minha mãe havia mandado fazer uma espécie de fogareiro, aonde se encaixava um grande tacho de cobre, no qual fazíamos doces, esquentávamos água para banho e também fazíamos sabão de restos de animais etc. Um dia estando o Tijulin e o Júnior banhando numa caixa d’água, que faltava um pedaço na parte de cima, creio que era de 100 litros e a parte que faltava diminuía sua capacidade de água em pelo menos 30%. O Tijulin fazia certo movimento com as mãos e jogava um jato de água, que atingia mais de dois metros de altura e dizia que era xixi (tentando atingir quem se aproximava), eu pensava, não pode ser o júnior não admitiria isso, mas pela aparência de sua face ele também estava em dúvida. Durante muitos anos tentei recriar aquela técnica de expelir água, até que com o tempo obtive êxito, é só fazer o movimento contrário da ordenha, forma-se uma espécie de cone usando as mãos e os dedos, e pressiona-se da parte mais estreita até a mais larga comprimindo-o com força e pressão. 

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

RMM – Autobiografia 183

       Pelo que me lembro, certo dia apareceu na chácara um jovem casal, e eles diziam que os pais da moça estavam interessados em serem caseiros ou meeiros. Meus pais aceitaram. Então seu Manel e dona Iraci se mudaram para a casa próxima a piscina. Ele era um senhor claro magro e de altura mediana, muito comunicativo, e a dona Iraci ao contrário uma senhora extremamente fechada. Assim que se mudaram arrumaram umas madeiras e cercaram a pequena área coberta, que dava para a represa. O que achei estranho foi ele fazer um vaso sanitário, usando cimento e tijolinhos, e para a descarga jogava-se água com um balde, isto num pequeno puxadinho (cômodo que aproveita-se partes já construídas).

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

PMM 159

      Aos meus velhos amigos e amigas que agora são novos no face, lamento informá-los que até o presente momento não faço nada só, no que se refere a esta comunidade. Tudo o que faço ocorre através de ajuda, principalmente dos meus filhos. Por incrível que possa aparecer comecei a acessá-lo apenas em meados do ano passado, e é a única coisa que faço: dou uma olhada rápida, normalmente pela manha eventualmente em outros horários, me alegro, apenas em observar quantos estão conectados. Lembro-me de certos momentos desfrutados da companhia recíproca. Procuro ser o mais breve possível, para que não aconteça que alguém percebendo a minha presença, tente alguma forma de comunicação e eu não saberei como resolver. Semanas atrás percebi que mais pessoas queriam compartilhar comigo este meio de socialização, como meus filhos não se encontravam falei a minha esposa. – Rose, tem um pessoal querendo ser meu amigo aqui, que que eu faço? – Se você quiser mesmo é só aceitar, mas cuidado para não aceitar qualquer um. – Beleza é só clicar? – É. – E estes outros que são amigos dos outros? – Ah! Se você quiser aceita ou não, se vira aí, aprende a mexer nisso e para de perturbar. Aí fui clicando olhando as fotos e os nomes, mas tem uns que não identifiquei: pois quando tentava aumentar a foto ou ver qualquer outro detalhe, não conseguia voltar mais para a pasta anterior, me desculpem, tenham paciência comigo, se em três anos consegui apenas acessar o face, imaginem quanto tempo poderei fazer outras coisas. Não pensem que é pouco caso, pessoalmente todos sabem que considero muito a cada um. No mais estou na fase final de meus estudos autodidáticos e fazendo de tudo para compartilhar minhas descobertas com vocês, abraço a todos.  Não se esqueçam que meu negócio mesmo é o cara a cara. Feliz ano novo para nós e abraço a todos.