quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

PMM 77

       Há meses atrás acompanhei pela imprensa local, que certos alunos da escola pública aqui de Ceilândia, foram premiados num concurso internacional de matemática(se não me falha a memória).
       Num local onde a sensatez impera, estes estudantes e seu mestre receberiam uma atenção especial, podendo até mesmo continuarem em seus centros de ensino, se estes forem próximos a um estabelecimento avançado de estudos, devidamente criado para esse tipo de pessoa. 

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

RMM - Autobiografia 12

          Mudei para Vila Matias aos 4 anos de idade, e aos 5 tive minha primeira experiência com essas brincadeiras sensuais entre crianças, as quais especialistas e outros dizem ser normal, e para não nos preocuparmos, porém creio que, entre os animais irracionais tais coisas são instintivas, mas para nós sempre que ocorre em um grau mais elevado, provavelmente é por que foram introduzidas por adultos, e isso provoca degenerações para os que a sofreram, mesmo tento iniciado e continuado apenas entre os de pouca idade.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

RMM - Autobiografia 11

         Fui visitar minha mãe em um hospital, após o nascimento de um dos caçulas e quando ela chegou em casa, fiquei quieto num canto enquanto todos a abraçavam e paparicavam o bebê, então aproximando-se de mim perguntou se não lhe daria um abraço.
         Nunca dormi uma noite ininterruptamente. Sempre dividia a cama com meus irmãos e ao acordar no meio da noite ia para a dos meus pais, minha mãe me acolhia, mas meu pai ao contrário(o silêncio da noite ou os barulhos, muito me atormentou até a adolescência).

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

PMM 76

       E este fatídico episódio que a mais de meio milênio não ocorria? Quando me disseram pensei tratar-se de alguma piada ou brincadeira de mal gosto.
       E agora? Esta pergunta estão todos nesse mundo fazendo, e outros tantos até mesmo em distantes esferas.
      Para nós esta sendo difícil acreditar, os fieis no entanto compreenderão e aceitarão, portanto sua nação não perdoara tal ato. Sendo assim o que para muitos seria sinônimo de sensatez, para outros simplesmente covardia.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

PMM 75

       Há tempos pensava em escrever um texto sobre rochas que penetram em nossa atmosfera. Fiz pequenos comentários no texto “Fim do Mundo”. Simplesmente somos bombardeados por elas, quase ininterruptamente e na maioria das vezes são muito fragmentadas e atingem principalmente os mares e regiões desérticas, por questões obvias conforme os meios de comunicação relataram.
       O que ocorreu com esta de extraordinário, foi o fato de ter atingido nossa atmosfera em um ótimo ângulo de penetração. Se este ângulo fosse de 90º com referencia a nosso solo, provavelmente o que teríamos como resultado, seria apenas partículas reduzidas a pó ou poeira desta mesma rocha.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

RMM - Autobiografia 10

         Em outra casa nosso vizinho era “Seu Italo”, fazendeiro que tinha um bobo chamado Miguel, só me recordo dele atrás de uma cerca de tábuas e sempre que havia condições arremessava rapaduras em nosso quintal, com certeza para ver nossa alegria.
Obs: Este termo “ter ou possuir um bobo”, era linguagem corriqueira há algumas décadas, ou talvez até os dias de hoje aqui nestas regiões.
         Ao ser informado da morte de Ted Boy Marino, lembrei-me das lutas livres que ao contrario de outras coisas como palhaços, pessoas embriagadas, feias, loucas ou mal vestidas não me assustavam, apesar de só vê-las pela televisão. E agora chega a noticia do falecimento da Hebe.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

RMM - Autobiografia 9

         Lembro-me de um bonito carro vermelho que meu pai possuía, mas não obtive confirmação de meus familiares. Em outro momento tínhamos acho que um Aero Willys, no qual fomos visitar minha tia no “Hotel Casarão”(faz parte do patrimônio tombado de Planaltina-DF) após muitos problemas chegamos ao destino, e lá ele ficou, e voltamos de ônibus. Esta mesma tia também tinha uma tradicional casa na avenida W/3 Sul, onde passávamos momentos agradáveis longe da poeira e pobreza.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

RMM - Autobiografia 8

         Me encontrava só em meio a uma multidão, num local aonde era exibido um filme em uma grande tela, na qual dois homens aparentemente brigavam e se jogavam em uma espécie de piscina, em pouco tempo comecei a chorar, e alguém (conhecido ou parente) pegou me pelas mãos.

         Havia um corredor atrás de minha casa, e no final uma privada (cômodo pequeno com um buraco no piso, que tinha ligação direta a fossa, onde nós e a maioria dos brasileiros faziam as necessidades) então uma grande ratazana corria de um ao outro lado perseguida por algumas pessoas, não me lembro se foi capturada ou morta.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

RMM - Autobiografia 7

         Em outra ocasião meu tio, irmão de minha mãe, o mais velho entre os homens, se encontrava em Brasília “servindo a Pátria Amada”. Ao chegar em nossa casa disse que iria me ensinar uma mágica. Deu-me um cabo de vassoura e falou para que eu segurasse com as duas mãos para baixo, em frente ao corpo e quando contássemos até três o levantasse, o mais alto possível: Seguindo as instruções levantei-o no três, e neste momento ele abaixou meu short, todos em volta riram (mas eram poucos) porém chorei bastante, ele ficou sem graça, pois não imaginava que eu ficaria tão sentido.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

PMM 74

        Só agora na viagem que fiz, pude compreender as palavras do marido da prima de minha esposa. Quando recém-chegado de Maceió, ao saber que meu sogro estava prestes a mudar, disse-me para avisá-lo que nós o ajudaríamos. Respondi que ele deveria falar apenas por si mesmo, pois eu não estava com tanta disposição. -Mas nos somos parentes, temos que ajudar uns aos outros. -Tudo bem, porém não gosto de mudança, e quando fiz as minhas contratei um ajudante, não pedi ajuda a ninguém. Como ele insistisse disse-lhe que as coisas aqui são diferentes.
        Em Piaçabuçu, pequena cidade de Alagoas a qual passávamos com destino ao São Francisco, percebermos que havíamos desviado da rota, então parando um rapaz(nativo alto), em uma moto do lado de meu filho, que conduzia o veículo, nos perguntou se precisávamos de alguma informação. Acredito que todos e principalmente eu, ficamos assustados. Dissemos que procurávamos a saída para Penedo. Então seguindo suas instruções, rapidamente estávamos na sinuosa estrada, fiquei ainda um tempo olhando para os lados e para trás, temendo que o rapaz de repente aparecesse. Já em Penedo tivemos um problema no veículo, ao tentar ingressar na fila da balsa, a qual faríamos a travessia do “Velho Chico”. Empurramos o carro e quando funcionou “Graças a Deus” saímos a procura de uma elétrica. Encontrando-a, deparei provavelmente com o dono e um ajudante mexendo numa caminhonete, e o proprietário do lado observando. Com certo receio interrompi os afazeres daqueles homens relatando o ocorrido. De imediato estavam os três em volta do veículo, e o que parecia ser o dono, disse que deveria ser a crosta formada na conexão do cabo com a bateria, e dando algumas pancadas com uma chave, derramava simultaneamente um liquido nela, até ficar limpa. Então dei várias partidas testando e ficou tudo bem. O cliente apenas disse que não teríamos mais problemas, pois o liquido derramado era água do São Francisco.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

RMM - Autobiografia 6

        Um certo dia brincava de roda: Crianças de mãos dadas sobre um pneu; mais cedo havia percebido uma criança, menor que eu, brincando o tempo todo de “aviãozinho” (Duas madeiras grudadas por um prego em formato de cruz). Quando desci bruscamente do pneu, senti minha primeira grande dor, crianças maiores me levaram no colo, com aquele objeto pendurado em meu pé, não me lembro como foi retirado. Sofrimento maior passou minha mãe, pois corri o risco de ficar sem o pé e até mesmo a vida (Provavelmente por falhas nos primeiros socorros, realizados no hospital da cidade, mas nenhuma sequela ficou).
        Outro momento chocante foi o primeiro contato com o pequi, no qual enchi a boca de espinhos, e ficou minha mãe e uma tia revesando, com uma pinça para extraí-los. A questão é que minha irmã mais velha, disse que foi ela a vítima. Mas nada disso se compara ao dia em que morreu uma senhora da nossa vizinhança, e todos foram em seu velório. Lembro-me de chegar só, no local em que se encontravam, e olhar o cadáver, não tinha mais que três anos de idade. Fiquei tão abalado que silenciei-me, e só fui ter contato com velórios ou defuntos após adulto.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

RMM - Autobiografia 5

             Havia dois irmãos: Um de idade próxima a minha e outro um pouco mais velho, eram muito agitados, principalmente o maior. Moravam em um local cercado por madeiras, e quase sempre estavam nus. Até os nomes eu achava estranho, “Painta e Nenzão”, provavelmente apelidos.