segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

RMM – Autobiografia 182

       Um acontecimento estranho foi quando assim que ele começou seus serviços, que eram mais dedicados à ornamentação: rosas, palmas e etc. ou produção de mudas (inclusive ele tentou me ensinar a fazer alguns enxertos). Um dia o acompanhei a chácara do americano, para obtermos sementes de limão, a fim de fazermos cavalos (planta que serve de base para o enxerto), assim que ela atinge o tamanha ideal, retira-se uma parte dela e clava uma outra da planta que se deseja cultivar, a maioria das frutas cítricas, rosas, e muitas outras procedem desta técnica. Bem, o fato estranho mesmo foi ele ter comunicado à minha mãe, que os cachorros o atrapalhariam muito, e se ela permitisse, ele os mataria. Tendo ela cedido ele matou dois ou três cães e os enterrou junto a restos vegetais, próximo a casa, dizendo que daria um ótimo esterco. Lembro-me de ver um dos crânios dos cães quando ele desenterrou a mistura, alguns meses após, não me abalei com aquele episódio, mas achei muito estranho. Ah! Fiquei muito decepcionado quando soube que apenas um ou dois dos meus enxertos deram certo, e nunca mais mexi com aquilo.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Epístola

         “Feliz natal”... Que tipo de sentimento nos ocorre nesta data, seria uma mistura de profano e sagrado, animal e espiritual. Para os que não sabem, estudos me revelaram que historicamente, aproveitaram a data de uma grande festividade pagã, e lhe incorporaram o aniversário do Cordeiro. Pelos estudiosos da área não há concordância, em ano, mês, e nem dia entre as duas. Seria esta a explicação deste sentimento que nos acomete nesta época. Em meus primeiros contatos com a bíblia, não pude achar muita relação, entre o que ela descreve, e o que reza a instituição que na época eu dizia fazer parte (Católica). Pensei que deveria ler mais alguns livros, porém uma opção imediata foi estudar página por página, chegando ao Cristo não entendi, porque Ele mandava os discípulos sem duas túnicas, sem dinheiro, ou mantimentos. Amar ao próximo é fácil, mas andar sem lenço e documento é absurdo, pensei. Porque Ele recomendaria isto? Passado alguns anos, ainda envolvido em meus estudos, saí com a roupa do corpo e creio que calcei uma sandália daquelas, tipo Barrabás (alusão a um antigo filme). Disse aos meus familiares que viajaria: de dia carregava um casaco de couro, um novo testamento e a identidade em uma sacola de mercado, à noite quando frio vestia o paletó e dividia nos bolsos as outras coisas. Após um momento estressante em Santa Maria, acreditei que poderia ser por estar carregando uma pequena quantidade de dinheiro, (joguei-o fora), e em bom Jesus da Lapa resolvi interromper minha curta viagem. Até hoje me pergunto em relação ao sagrado e ao profano: estarei eu errado em meus pensamentos e todo mundo certo ou poderá ser o contrário? Estou disposto a realizar mais algumas experiências. Ah! Na viagem nada me faltou, e eu me sentia realmente imortal, e provavelmente naqueles dias fui... Enquanto isto o que posso dizer? A não ser desejar-lhes um “feliz natal”.

sábado, 20 de dezembro de 2014

PMM - Eu Sou Deus 9ª Parte

            Como surge a vida? Foi a segunda pergunta, e procedeu da área reservada às celebridades, a qual Eu Sou Deus respondeu:

- Vou levar em conta que essa indagação se refira a este planeta em particular. Se bem que, em outros tantos esparramados por este universo, aliás, em todos, ela se origina da mesma maneira, e é inconcebível que essa ideia não tenha sido ainda divulgada, porque, com certeza, alguns ou vários cientistas, ou qualquer outro com bom senso, sabe que, na natureza, as principais características se repetem em diversas formas e pelo Universo não é diferente: são órbitas, Sistemas Solares, Galáxias e etc. Já foram descobertos elementos que se ajuntam para formar a vida e todos, segundo a física, se originam do Big Bang. Através de várias metamorfoses um dia recebem a vida, então porque ela só existiria aqui? Não tenham dúvida: este é um planeta especial por ter recebido um filho do Altíssimo, que para vos é o Cristo, porém isto ocorreu bilhões de anos após a implantação da vida, e esta começa quando os elementos se agrupam, e no instante da formação do lodo em meio à água salgada, o plasma ou energia desconhecida por nós, vinda da principal esfera do Universo é injetada na matéria, e daí vem que antes temos: o mineral, logo o vegetal e depois o animal, por fim, a última forma que infelizmente poucos entre vós entendem, que é a espiritual. A vida vem do Espírito e a Ele retornará um dia. Os que não conseguem compreender estas coisas seguirão o caminho inverso. Aqueles que não se espiritualizarem regredirão do animal desarraigado do espírito, em marcha evolucionária contrária, e num tempo reduzidíssimo, rapidamente se fará lodo e ao pó retornará.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

PMM 157

         Domingo último precisei de atendimento médico, dirigi-me a rede pública, cheguei um pouco antes das 18 horas e de imediato uma péssima noticia: “a médica passou mal”. A clínica geral já próximo ao término do plantão atendeu dois ou três pacientes gravíssimos, sendo que um sucumbiu e ela segundo me disseram uma doutora ainda jovem, provavelmente não conteve o estresse e o excesso de trabalho, tendo várias convulsões consecutivas, o que levou todos que puderam ir ao seu socorro, tendo em seguida sido encaminhada a nosso hospital maior, ou ao que ela tinha direito “o de Base”. Não sei seu estado atual de saúde, mas sei que a saúde do Estado continua um caos.

         Um casal aparentemente de baixa renda ou menor que a minha, puxaram conversa, e acabaram perguntando aonde eu morava: - Samambaia. – ah! Também moramos lá. Questionei a pessoa que me acompanhava se poderíamos levá-los em casa. – dexa pra lá, não se envolve não. No final apesar de termos chegado um pouco depois, fomos liberados antes deles. Ficamos sem saber se os esperaríamos e em alguns minutos, percebemos que eles ainda não haviam sidos atendidos. A uma curta distância os observamos, então virando as costas partimos. Já se passava das onze horas e a conversa que ouvíamos ao redor demonstrava a principal preocupação de todos: - como voltaremos para casa? A partir daí, e por outras coisas semelhantes arrependo-me de dizer “cristão. Quando me perguntam a qual religião eu pertenço. Talvez fosse melhor dizer: ateu, católico, muçulmano, crente,budista,judeu,Batista,espírita,mórmon,Universal e etc. porque assim desvincularia Seu nome desta forma de discussão. Pois seu principal mandamento não foi “ama ao teu próximo como a ti mesmo ou como Eu vos amei.” Eu estando na condição daquele casal, me negaria ajuda? E se fossem meus irmãos na carne, não os esperaria? Não, não mereço me considerar cristão.  

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

RMM – Autobiografia 181

        Acho que quando o Tirêu e o Valdir foram embora, ou ainda estando eles na chácara, minha mãe arrumou um meeiro (trabalhador em que o proprietário da terra lhe prove de todos os meios para que produza excluídos os gastos pessoais, alimentação etc. E no final dividem o produto das vendas ao meio). Cazu Yamura, não sei se era nascido no Japão ou não, tinha uma esposa: jovem, magra chamada Sirene, havia comentários que ele a conheceu na zona (tirada da zona: era o termo que usávamos). Um dos fatos mais marcantes envolvendo-os foi quando realizávamos uma grande festa em minha casa, e a Sirene ficou até ao anoitecer, sempre rodeada por alguns homens em conversações. Quando de repente o Cazu apareceu e a esbofeteou, ou deu um murro em seu rosto em meio a todos, que muito se irritaram e quase o agrediram, porém o pessoal do deixa disso evitou o pior. Desses homens o mais irritado, que me recordo era o Saaveda e também o padre Artêmio. O Cazu ficava o tempo todo pedindo-lhes desculpa, enquanto se abaixava naquele gesto característico dos japoneses, inclinando o corpo da cintura para cima em direção ao outro.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

RMM – Autobiografia 180

        O Valdirão era um goiano que na época veio de Nova Veneza, dele tenho poucas lembranças, só sei que se dava muito bem com seu companheiro de serviço, o Tirêu e também com o Júnior. Os dois foram os primeiros trabalhadores remunerados da chácara, também me lembro de que ele tinha mania de dizer a quase todo instante como que falando só, a expressão, “Aimêê!” e outra ainda “audácia da pilombêta!”. Depois de muitos anos ouvi a última numa radio A.M do Goiás, e a primeira acho que se referia a uma aparentada nossa, que tinha por nome não sei se poderia ser apelido, mas a pronuncia que eu ouvia e ouço é essa “Aimê”. O que mais marcou com referência a ele foi que perto de sair do emprego, pediu a minha mãe que lhe comprasse um gravador, estilo “juruna”. Após pagar a primeira mensalidade tendo ele ido embora não pagou as outras, creio que faltava onze, que minha mãe foi obrigada a saná-las e reclamou durante anos por esse fato. 

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

PMM 156

      Sexta, numa reunião de amigos de meus filhos subsequentemente nossos, no início da madrugada a tranquilidade foi quebrada, quando um jovem exclamou: - meu celular sumiu. Instantaneamente recordei, quando há alguns anos atrás minha irmã mais velha anunciou em um microfone “sumiu uma câmera”, ou celular sei lá (não dou a mínima para essas coisas). “Ninguém sai enquanto ela não aparecer”. Fiquei muito envergonhado e tanto lá quanto aqui até de mim suspeitei. De volta ao presente. Gritei: - ninguém entra ninguém sai em homenagem a minha irmã, e pegando meu celular pedi que me dessem o número do outro, neste ínterim uma moça que tinha vindo com o rapaz disse que estava chamando e ninguém atendia. A tortura não durou mais que quatro minutos finalizando quando exclamei: - você merece dois cascudos, dois não três, aliás, um de cada dos presentes bem dado, após ele anunciar ter encontrado o aparelho no porta-luvas do seu carro. Dirigiu-se a mim pedindo desculpa. – tudo bem, mas não faça mais isso. Nas recordações me veio ainda quando numa festinha de um casal de amigos, o dono da casa ameaçava bater em sua filha, uma jovem no final da adolescência, após a confusão fiquei sabendo que ela havia dado o alarme “sumiu meu celular” e seu pai em meio à discussão dizia: - o celular é seu a festa é minha, você não tinha o direito de desrespeitar meus convidados por causa desta porcaria, que falasse comigo em particular que eu saberia o que fazer, e que isto não se repita jamais em nosso lar. 

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

RMM – Autobiografia 179

         Um dia retornamos da fazenda na carroceria da c10 coberta pela lona, alguém fez a indelicadeza de soltar um... Então o Tirêu começou a me perturbar. Dizendo ter sido eu, em defesa e resposta jogava a culpa nele, enquanto isso uma recente empregada nossa: - jovem negra, porém muita robusta vinda do Piauí achava graça do Tirêu me zoar, aí resolvi jogar a culpa nela, subitamente ela agarrou uma das varas de pescar e me ameaçou, dizendo: - não me aperreia menino você não me aperreia. Com uma feição muito irada. Pensei realmente que iria apanhar e nunca tinha ouvido aquela expressão “aperreia”. O Tirêu achou isto tudo a coisa melhor do mundo. A partir daí fiquei no meu canto quieto, sem mencionar nenhuma palavra, enquanto ele se acabava em risos. Num certo dia ele chegou a mim com as malas na mão e disse “agora seis pode ficar feliz to indo embora”. Achei estranho e nada falei, foi um momento triste, mas também de alivio. Logo após nos deixar, nosso relacionamento mudou, e em poucos anos nos tornamos amigos. Até os dias de hoje sempre quando vou à Nova Veneza, faço questão de visitá-lo. E lá temos que passar por um certo ritual, que é experimentar a variedade de pingas que sempre lhe presenteiam. 

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

RMM – Autobiografia 178

     Nas raras vezes que íamos à Nova Veneza na companhia dele, estranhava muito ele brincar com as outras crianças. Pensava: - nos trata tão mal e aqui se relaciona tão bem com as meninas da tia Nega. Mas, com o Toninho, por mais estranho que possa parecer, até hoje tem problemas. A diversão dele é perturbar o Titonim até deixá-lo muito irritado, quando meus avós eram vivos o normal era eles intervirem, e atualmente normalmente algumas pessoas ainda intervém. Eu quando presente infelizmente não consigo deixar de achar graça, e dou muitas gargalhadas. Realmente o Tirêu é um cara diferente. Mas também havia algumas brincadeiras que ele nos proporcionava: - aquela que mais gostava era quando ele nos colocava na carriola (carrinho de mão) e corria pra lá e pra cá. Ficava um pouco temeroso pensando que de repente ele pudesse nos machucar propositadamente, mas nestas aventuras isto nunca ocorreu, também vira e meche amarrava cordas pelas árvores para balançarmos.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

RMM – Autobiografia 177

        O Tirêu nunca se casou algumas pessoas já levantaram suspeitas deste seu comportamento, porém nego-me a acreditar em qualquer palavra que vá além de ermitão no que se refere a ele. Mas quando criança detestava quando ele e seu principal companheiro de serviço Valdirão, colocavam meus irmãos caçulas em seus colos, ficava realmente desesperado, tentava tirá-los de todo jeito, chamando-os para brincar de alguma coisa, e quando nada dava certo procurava me conformar dizendo a mim mesmo que aquilo era natural, e não deveria haver algum desrespeito àquelas crianças, principalmente por parte de nosso tio, mas enquanto não saiam ficava ali analisando cada movimento e tentando me tranquilizar

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Epístola

            Assim que minha mãe leu a matéria do portal da leitura, me ligou e disse: -meu filho porque você escreveu isso?Todos vão pensar que os mercados quebraram porque você tentava ajudar os outros.- Mãe, foi só uma brincadeira, nenhum mercado abaixou as portas por causa disso e o resto foi apenas um pequeno puxão de orelha em meus amigos. Todos na cidade me zoam pelos incidentes dos mercados. O primeiro a fazê-lo me deixou muito irritado. –quebrou o Virgilin em Marcão. –você falou o que?Vai ter que repetir isso na justiça. Logo depois um amigo me disse a mesma coisa, então percebi que isso acabaria tornando-se um hábito, e a partir daí sempre quando ouço palavras parecidas dou gargalhadas voluntariamente, e digo que não quebrei só o Virgilin, mas também todos que se meteram comigo nesse ramo.

            Por falar no texto anterior, quando saímos do Engasga do nosso amigo Rodrigo, deparamos com várias viaturas na porta. Então perguntei ao Jeanie, meu atual cunhado, e agora? –sei lá. –vamos ter que ficar aqui longe do carro. Até que um militar falou em auto tom: - dou cinco minutos para vocês entrarem nos carros e irem direto para suas casas. Falei: - bora bora dá tempo. Porém o mais controverso foi quando vimos ainda um estabelecimento aberto. Nele encontramos o palhaço: – e aí palhaço? Que se aproximando disse algumas coisas que não entendi, e com as mãos tocando em meus ombros exclamou: - não sou v-iado não, olha pra mim. Fixando-o nos olhos suas palavras chegaram ao meu supra consciente assim: - faça o que deve ser feito; confiamos em você; não se acovarde; trilhe o caminho e nos mostre; precisamos que vá em frente, e etc. Sendo que para as pessoas que estavam em volta outras palavras foram ouvidas fazendo inclusive que se irritassem. (entendi que ele falava em nome de varias mentes reunidas, e o termo que usei para designá-lo foi devido tê-lo conhecido exercendo esta profissão).

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

PMM 155

         Estava em dúvida se falaria algo mais a respeito de... Porém quando vi em certo programa matinal da TV aberta, um jovem senhor recém-separado, comentando sobre os problemas que estava tendo principalmente relacionados aos filhos (assim dizia ele), com os olhos avermelhados, resolvi que deveria escrever mais um texto sobre o assunto, e não será o último, pois na realidade o primeiro que fiz já próximo ao fim, o interrompi não conseguindo concluí-lo, deixei-o de lado para quem sabe no futuro finalizá-lo. Percebi o grande sofrimento na face daquele largado, e pensei que ele não fosse conter tanta emoção. O que aconteceu no final tendo ele se desmanchado em lágrimas (creio que a grande maioria que estava presente e se consideram cristãos pensaram em se aproximar, e confortá-lo, mas não o fizeram talvez se fosse um homem proeminente tipo Roberto Carlos muitos teriam coragem de fazê-lo, inclusive a apresentadora, porém não ocorreu, o motivo ou motivos... deixa prá lá). O especialista convidado, ao ouvir um participante dizer que divórcio é comum na atualidade concordou, mas observou que devemos evitá-los, logo após relatou que até ele mesmo tinha passado por um. Eu pessoalmente tenho recomendado aos casais que não se casem, mas que num relacionamento sério sem traições ou pluralidades, se de comum acordo resolver ter filhos, que isso ocorra analisando muito bem todos os aspectos, digo isto não acreditando estar certo ou errado, mas pensando que assim possa aumentar a durabilidade das relações e quem sabe desta forma pode ser menos traumáticos os matrimônios principalmente com relação a separações em nossos dias. 

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

RMM – Autobiografia 176

         Hoje ele mora num pequeno sítio da tia Vilma, saída de nova Veneza para Goiânia, e não deixou de ser um homem grotesco. Vejam o que ele aprontou a pouco mais de vinte anos atrás: quando caminhava pelas ruas da cidade, uma criança de idade não superior a sete anos, filho de um homem proeminente deferiu-lhe uma cuspida, ele então simplesmente não sei se com as mãos ou algum objeto deu uma surra no moleque, ali mesmo e no exato momento. Isto acarretou problemas para o meu avô, pois o pai do guri o procurou e pediu-lhe providências. Por acaso cheguei à cidade poucos dias após o incidente e o vô Nego não estava tendo um bom relacionamento com o Tirêu, devido este fato. Acredito que o moleque não deve ter cometido mais tal erro.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

RMM – Autobiografia 175

       Para vocês terem ideia, a pior coisa que o Tirêu cometeu contra mim, foi ter forçado com as mãos até que eu abrisse a boca, e cuspido tudo o que pode, igual aquela moça do reality show, isto foi tão traumático que apaguei de minha memória, porém a Geni há poucos anos atrás me fez o favor de cobrar isto dela e ressuscitar a lembrança, mesmo tendo eu não feito nenhuma questão de relembrá-la. Ele começava com umas brincadeiras idiotas que eu não aceitava, e continuava até que eu falasse algo ou deferi-se algum xingamento, então ele mandava respeitá-lo e normalmente acabava me batendo. O que o deixava mais raivoso, era quando eu falava que iria pedir ao meu pai, que o manda-se embora. O incidente da cuspida foi devido eu ter cometido o ato primeiro, de maneira normal devido à impossibilidade de reagir as suas estúpidas manias.

sábado, 15 de novembro de 2014

PMM – Eu Sou Deus 8ª parte

       -Disco voador existe? Foi à primeira manifestação vinda de um dos microfones da multidão. A qual Eu Sou Deus respondeu: - surpreendeu-me tal objeção. Quanto a isso posso dizer pouco, além do que vossos semelhantes registram. Há diversas formas de naves espaciais no vasto universo, porém a grande maioria das imagens que vocês têm é proveniente de más interpretações e outras tantas não passam de forjamentos. Pelo que sei, na atualidade, o que há de mais extraordinário no que se refere a óvnis ou qualquer coisa parecida, se realize no deserto do Saara. Porque seres (superiores) de outras esferas, envolvidas com o desenvolvimento espiritual e humanitário deste planeta escolheriam aquele local? Se vocês estivessem na posição deles qual área prefeririam? Haveria uma região melhor do que aquele grande deserto? Seria possível que eles propiciaram ou de alguma forma manipularam para que no Saara se realizasse tais incursões? Eu creio que seja provável ter ocorrido interferências externas, para formar aquela grande área desértica exatamente no coração do mundo, com o intuito de manterem seus trabalhos acobertados, inclusive as aterrissagens e decolagens de gigantescas naves. Fora o Saara também há centros avançados sob as águas e em outras áreas desabitadas, em alguns casos esporádicos ocorre realmente a visualização ou até mesmo contatos com extraterrestres, porém quero deixar claro que tais coisas não são convenientes e provavelmente ocorrem devido algum descuido, no mais digo que a sigla óvni deveria ser substituída pela sigla SLNEC (sinais luminosos não explicados pela ciência), pois é isto que ocorre na maioria das vezes.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

RMM – Autobiografia 174

      Assim que mudamos para a chácara, o Júnior passou de um irmão amoroso para um verdadeiro torturador (não sei se influenciado pelo Tirêu), por qualquer motivo ele me ameaçava. E a partir de quando comecei a nadar, por volta dos 10 anos, tinha uma estranha mania de me jogar na piscina, chovesse ou fizesse Sol, frio ou não. Por isso me afastei dele, mas às vezes por falta de companhia me aproximava, principalmente quando algum tio ou primos vinham passar alguns dias na chácara. O Tijulim participava e incentivava tais atos e muitas vezes iniciava as torturas. Hoje ele é um pacato cidadão interiorano com um casal de filhos quase adultos e nem se quer lembra aquele adolescente rebelde, e quando estava próximo a mim (torturador).

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

PMM 153

      O último pensamento na realidade formara-se em minha mente primeiramente assim: - me encontrando em certo estabelecimento avistei no canto oposto, uma senhora, perguntei a pessoa que se encontrava à mesa comigo, se ela não seria a esposa de um amigo nosso. – sim, é a ex. Fiquei entristecido, pois tenho amizade com todos os membros da família daquele através de quem a conheci, na época sua esposa. Logo após ela passou por mim e nos cumprimentamos, tendo ela me convidado para ir aonde se encontrava em meio a amigos. Fiquei receoso, pois entre outras pessoas que a acompanhavam estava um jovem que aparentemente lhe era íntimo, então me veio à mente que de uns tempos para cá tenho tido problemas com homens ciumentos. Voltando ao que interessa: - este sentimento de tristeza me é normal, sempre que ouço conversas de casais separados, principalmente se partem de seus filhos e até mesmo dos ex-cônjuges. Acredito que estes fatos, não por questões religiosas, mas para o bem da sociedade devem ser discutidos, esclarecidos e principalmente evitados, pois percebo que na maioria das vezes traz infelicidades, e normalmente entre os meus círculos de amizades é veemente reprovado. Pessoalmente cito o caso de meu pai, tendo eu percebido (no dia narrado na primeira parte de minha autobiografia) que ele não perdoou seu pai por ter abandonado sua mãe e entrado em outro relacionamento e também não perdoou sua mãe pelo mesmo motivo. É lógico que tem que ser levado em conta todos os episódios trágicos que precedem e sucedem este triste acontecimento.  

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

RMM – Autobiografia 173

        Este fato foi muito marcante, e sempre é comentado nas reuniões familiares. Ao contrário do que eu imaginava não me bateram, a punição que me deram foi lavar a ensanguentada varanda, enquanto ouvia as admoestações de minha tia. Alguns meses após o incidente a Geni numa conversa particular na sala da casa, procurando demonstrar muita sensibilidade nas palavras, dizia que não me perdoaria pelo acontecido, repetindo várias vezes e complementava (mesmo que você me peça perdão de joelhos). Percebi que toda a encenação era no intuito de me fazer chorar e provavelmente perdi-lhe perdão, no momento me deu vontade de rir, porém contive e nada falei. Há poucos anos atrás ela disse a todos que eu tinha lhe pedido perdão chorando, mas retruquei dizendo que isto num determinado momento foi a sua intenção, mas não ocorreu. Fiquem todos sabendo que o beneficio (religiosamente falando) do perdão recai sobre aquele que o oferece, assim que este põe em seu coração que o transgressor está perdoado se livra de qualquer punição posterior, sendo que toda responsabilidade no julgamento (se houver) é daquele que praticou o mal. 

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

PMM 152

          “Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”. Vejam sós em que hipocrisia vivemos, passei quase toda a vida ouvindo, repetindo, e acreditando nestas palavras, e creio que dezenas de milhões de brasileiros de todas as classes sociais também, até que alguns dias atrás, vi na TV, acho que uma parlamentar nossa dizer: “em briga...meeete! sim senhor” . Foi preciso isto para me despertar a este respeito, já na idade em que me encontro. Por acreditar nos dizeres daquela senhora declaro: - desde tempos remotos ouço comentários de mulheres batalhando por separações, principalmente devido traições de seus esposos e/ou violências físicas e psíquicas. Porém em tempos recentes algo mudou em suas mentes, provavelmente influenciadas por tudo o que a mídia distribui e algo mais. Tenho ouvido comentários de vários homens (largados) que dizem não compreender porque suas companheiras optaram pela separação, sendo que eles se consideravam bons pais e também maridos. Segundo o conhecimento que tenho, no caso de já terem filhos, não cabe apenas a um ou a outro este procedimento, deve-se escolher o melhor caminho levando em conta outros envolvidos, principalmente os filhos, pois eles são muito afetados quando acontecem tais rachas. A sociedade também perde, pois a família é sua base. Por tanto se não por uma questão religiosa, mas para o bem estar de todos, o ideal é nos esforçarmos o máximo possível, para levar adiante a iniciada vida de casal. Pois a sociedade, queiramos ou não, nos impõe as suas regras, e estas são válidas para nossa sobrevivência, porque dela somos totalmente dependentes. 

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

RMM – Autobiografia 172

            Não sei se antes ou após a compra da fazenda, mas presumo que eu tinha entre nove e onze anos de idade, quando protagonizei uma das cenas mais violentas e chocantes da família. Estando a tia Daira realizando um corte de cabelo em minha mãe na varanda da casa, saiu a molecada toda da piscina e foi entrando. Não era costume meu fazer isso, pois sabia que alguma das mulheres reclamaria e no caso específico desse dia era a Geni. Porém, como todos entraram, me senti a vontade de também fazê-lo.
Fui o último e era o mais velho da molecada, assim que passei pela varanda, copa adentro, ela me surpreendeu com uma grande bronca e com o cabo do rodo acertou-me a cabeça. Fiquei enfurecido, pois percebi que ela me fez de bode expiatório (pois só entrei porque todos já haviam molhado o chão). Retirei-me indignado, passei ao lado da mesa e avistei uma tesoura, daquelas grandes. Peguei-a e fiz menção de arremessá-la. Minha tia gritou e a Geni também: Não, não, não! Minha mãe nada disse, creio que estava adormecida ou sonolenta. Apesar dos gritos, arremessei com força, sobrando tempo para Geni apenas virar as costas. Todos gritaram novamente e eu corri.

De longe, fiquei olhando a movimentação e chorando imaginando o tamanho da surra que levaria. O Charger R/T estava estacionado perto da piscina, mas acho que o Júnior havia guardado a chave ou até mesmo levado consigo para o colégio. Por fim, chamaram o Matsumoto, nosso vizinho (que daí a quase duas décadas depois se tornaria sogro da vitima). Ah!!! A tesoura penetrou a uma profundidade mais ou menos do comprimento de um palito de dente, por sorte, foi em sua nádega. Alguns segundos depois ela se soltou e caiu.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

RMM – Autobiografia 171

            Falando em Chapecó, na terceira série chegou em nossa classe uma coordenadora pedindo que liberassem uma das filhas do Salvador (Chapecó), pois a mais velha se encontrava nas proximidades do colégio em um grupo de amigos usando apenas o sutiã na parte de cima do corpo. Creio que todos os meninos, assim como eu, tiveram vontade de ir lá. Até uns vinte anos atrás ainda havia esse mercado, e uma coisa que jamais imaginei é que me tornaria amigo de uma das netas do velho Salvador, Michele. Essa, há alguns meses atrás, me perguntou quando falaria dela. Respondi que demoraria muito, pois quando a conheci recém nascida já me encontrava perto dos meus vinte anos. Ela é e sempre foi uma boa menina, com certeza também é uma boa esposa e também mãe. 

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

PMM 151

         No ambiente de trabalho, o Malta (aquele que mais me faz companhia), surpreendeu-me a dizer ter lido um texto meu: - ele é um dos poucos que não tem zap e diz não se interessar por internet. Então lhe perguntei: - qual texto? O que você achou?- “Ah! Falava qui você viu num sei uque na televisão. Aí eu pensei, uai o Marcão só pode ta doido, esses pobrema com a muie ta dexando ele loco”. É óbvio que dei uma gargalhada e lhe falei que esse tipo de comentário é normal com referência aos textos. Mais tarde não me lembro o fim de outra conversa, mas iniciou-se assim: - Marcão você que é um cara inteligente que escreve no blog,jornal e sei lá uque. Então exclamei: - não sou inteligente, neste ínterim fomos interrompidos por outras pessoas com outras conversações, porém gostaria de tê-lo dito naquele momento. A verdadeira inteligência não é como a maioria pensa: ela não consiste apenas na pessoa ter esse ou aquele curso; ou ter uma boa oratória,  nem tão pouco ocupar grandes cargos ou fabulosas fortunas; não está ligada a estudiosos nem mesmo a cientistas e etc. A verdadeira inteligência é uma força universal como sendo formada pela união de várias mentes superiores, ela traspassa todos os indivíduos em nosso planeta, porém raramente encontra alguém que possa percebê-la. Em um caso mais recente certo cientista do início do século passado que teve o nome relacionado à bomba atômica, conseguiu captar algo dessa força e durante várias ocasiões lhe foram dadas oportunidades de falar a este respeito, porém ele escolheu ficar com os méritos de suas descobertas e tornou-se não o maior gênio de todos os tempos mais indiscutivelmente sua paixão pela fama e pelas câmeras o fez o mais conhecido até os dias atuais. Para encerrar deixo claro que esta força teve sua maior difusão no inicio de nossa era. 

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

RMM – Autobiografia 170

         Também na segunda série no amigo oculto tirei uma menina:então eu e a Geni fomos ao mercado Chapecó, comprar o presente, escolhi um cinzeiro de porcelana em formato de chaminé. A Geni tentou me convencer a não comprá-lo, porém como insisti acabou cedendo (naquela época havia uma grande difusão do hábito de fumar, por tanto não era uma coisa tão absurda como seria hoje, presentear outra criança com um objeto desses). Assim que a menina abriu fez uma cara de decepção, mas logo após deu um tímido sorriso, creio que ela pensou: ah!  Melhor do que sabonete. (que era absurdamente o principal presente que eu e muitos outros ganhavam, tanto que fiz questão de não participar mais daqueles eventos.       

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

RMM – Autobiografia 169

          Há dias não falo do colégio, fiz a segunda série na Escola Classe-5 que é ao lado da 23, onde conclui a primeira, dela só me lembro que havia um menino mais ou menos do meu tamanho e idade, porém suas vestes eram bastante surradas e ele sempre me ameaçava, até mesmo meu lanche era obrigado a dividir com ele às vezes. Um dia discutíamos em relação a um pastel que eu comia, e não queria que ele o mordesse e nem tão pouco dar-lhe por inteiro, então ficamos alguns minutos naquela disputa. Até que ele pegou um objeto semelhante a um bastão no chão e fez menção de me bater, já estava quase me rendendo quando o Jairo, que era um menino baixinho de aparência oriental aproximou-se sem percebermos, e em movimentos rápidos tomou o objeto do moleque e lhe disse: nunca mais mecha com ele, se eu ficar sabendo que isso aconteceu novamente você ira ver o que vai acontecer. Agradeci bastante a ele e provavelmente se não fosse esse evento não teria ainda a sua imagem e nome em minha memória. Ah! Ele lutava taekwondo e me disse que não era só aquilo, havia outras tretas entre eles e se por ventura algo posterior acontece-se era só avisa-lo. 

sábado, 18 de outubro de 2014

Eu Sou Deus (PMM 150)

       Um silêncio absoluto reinou neste seu primeiro discurso, apesar da grande multidão que foi estimada em torno de trinta milhões de pessoas, tornando-se assim o maior evento em número de participantes pelo curto espaço de tempo. Mesmo alguns veículos de imprensa terem insinuado, que o local escolhido teria sido propositadamente para dificultar o acesso de um tão grande número de pessoas, na prática foi o contrario. Eles estavam realmente preparados para receber aquele grande publico, tendo sido enviado dias antes, várias equipes para se reunir com os responsáveis pelas aglomerações em Meca, e também dos grandes festejos místicos da Índia. O terreno do evento era a união de quatro bordas de terras mais elevadas, aonde no ponto exato da convergência fizeram um  palanque que ficava a uns 7 metros de altura, do nível do solo exatamente aonde estava instalada, sendo que nos 4 elevados para se equilibrar a essa altura, percorreria-se um raio de dois a três quilômetros, por isso praticamente todos tinham condições de deslumbrar de alguma forma a figura de Eu Sou Deus, pois o palco era arredondado e a maior parte do tempo estava ocupado por ele, que se movia para todos os lados na medida do possível. Em seu redor imediato estava as autoridades e celebridades de todo o mundo, e dispunham de mais de 100 microfones que em ordem deveriam ser usados um por vez somados a mais 200 que situavam-se entre a outra imensa massa humana. Em resumo tudo estava programado para acontecer na mais perfeita ordem.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

RMM – Autobiografia 168

O Dilermando (nome que também achei esquisito), representava sua família que residia na Bahia, no negócio da fazenda, a todo momento insistia nas vantagens da compra, porém meu pai normalmente acenava a cabeça em oposição, quando falava dizia não ter condições para assumir tal negócio. Passaram-se pouco mais de um mês e ficamos sabendo que a fazenda era nossa. (até hoje é difícil para mim lembrar dela, pois ainda reside em meus pensamentos aparecendo sempre em sonhos ou pesadelos, fiquei sabendo a  dias atrás que quando se perde um ente querido, é mais fácil esquecer do que quando se perde um grande bem material). Minha mãe dizia que o Dilermando havia dividido em não sei quantas vezes o valor da compra, mesmo assim meu pai teve grandes dificuldades para pagá-lo, tendo até mesmo de desfazer da caminhonete, para cumprir o compromisso.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

PMM 149

        Esta semana ao colocar no canal de TV (pública), aberta, deparei com um depoimento de certo idoso, que pelas feições diria não ter menos que 70 anos. Ele dizia palavras inteligentes, ligando os humanos à natureza, ao mundo e ao Universo. Pensei: quem será este sábio? Um escritor? Um pensador descoberto recentemente pela mídia? Porém logo mostraram outros depoimentos. Terminou o programa levando-me a crer que se tratava apenas de um anônimo idoso, e pela linguagem e características de todos envolvidos, creio que tudo se passava aqui na America Latina.Gostaria de ter ouvido mais daquele senhor, mas não sei o que fazer. Porém quero deixar claro a todos, que se eu ouvi falar de algum homem neste mundo, que esta demonstrando uma inteligência fora do normal, tenho condições de dizer sem margem de erro, se ele faz parte de uma filosofia universal ou simplesmente mundana, que é a que muitos julgam conhecer. Infelizmente no momento, o único nome que posso citar com sabedoria infinita relativamente adquirida e demonstrada a nós, em tempos não muito longos, teria que retornar a quase um milênio e citaria um tal  Franscisco (aquele de Assis).

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

RMM – Autobiografia 167

         Meu pai realmente estava com muito dinheiro, pois logo após a viagem à Manaus fomos visitar uma fazenda aqui na BR-060 depois das 7 curvas, na época a entrada ficava em frente ao café Bahia. Fomos numa caravana de três ou quatro carros, sabíamos que a intenção era de comprá-la, mas pensávamos que pelo tamanho da fazenda e seu alto preço o negócio não se realizaria. Nesse dia passei pela pior experiência de minha vida, estando todos nadando no Rio Areia que estava com suas águas acima do normal, eu na margem temeroso por nunca ter visto tanta água, quando de repente, minha mãe a não mais que quatro metros de mim começou a se afogar e gritava: - socorro,me acode, me acode. Eu semelhantemente gritava pelos adultos que se encontravam na água, porém pela algazarra ninguém nos escutava, então imaginei que minha mãe fosse morrer, até que apareceu a Geni ao seu lado, e minha mãe brigava com ela dizendo para que se afastasse, mas como sempre foi do seu hábito, ela insistiu, indo por trás de minha mãe e a empurrando com toda a força até chegarem ao raso, após ela sair chorando e tossindo que os adultos ficaram sabendo do ocorrido. 

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

PMM 148

           Sexta-feira passei por uma inusitada situação, aos primeiro raios do dia me encontrava sobre um monte de brita, na área em que trabalho. Isto devido estar tentando resolver um problema de telefonia móvel, quando um cãozinho começou a chorar próximo a mim, tendo a atendente me perguntado se aquilo estava mesmo acontecendo. Respondi que sim, por ele estar meio perdido (mas no início da ligação eu já avistava na margem oposta da pista, um vulto negro e imóvel, mais ou menos a uns 60 metro de onde me encontrava) e aproveitando a intercessão da moça, pedi licença para gritar a cadela; pretinha, pretinha... Tive vontade de ir correndo até o vulto, mas se descesse da tal brita a ligação provavelmente acabaria. Logo após dirigir-me até lá, e a cada passo que dava confirmava meu receio, ainda fiz uma espécie de massagem com os pés em seu inerte porem conservado corpo, então me lembrei dos dois lindos filhotinhos que pela primeira vez os havia visto caminhar na noite anterior. Fui até eles e dormiam um junto ao outro. Não sabia o que fazer, mas pensava em algo, meio envergonhado do que poderiam achar peguei a cadela pelas mãos e a trouxe lote adentro,em seguida segurando as duas criaturinhas os coloquei próximos as tetas, onde eles imediatamente se agarraram alheios a tudo, e dali não saíram mais, pelo menos durante o tempo que estive presente. Pensei que de alguma forma aquele animal poderia ter uma alma, e talvez ela reencarnasse, provavelmente apenas um devaneio. É lógico que lágrimas foram derramadas neste solitário luto. 

terça-feira, 7 de outubro de 2014

PMM 147

             Estava em dúvida se falaria algo mais sobre... Porém devo dizer que o citado “momentos turbulentos’’, foram principalmente provocados pelo fato da pessoa que a mais tempo fica ao meu lado fisicamente, ter dito que não seria mais assim.Não esperava que isso pudesse acontecer um dia. Vários pensamentos apoderaram-se da minha mente, transformando-se em algo quase insuportável, entre eles citarei: é possível que após 2000 anos estaria ainda valendo a expressão; “os profetas são menos acreditados entre os de sua própria família e comunidade”. é lógico que o termo profeta não se refere a mim, mas alguns no início de meus estudos (assim me intitularam), que alias começaram a quase três décadas, e desde então continuo procurando entender tudo que se concerne a esta coturbada relação, deste mundo físico ao espiritual ou vice-versa. Todos mais próximos a mim sabem dessa minha dedicação desde jovem, quando por meses me abstive de todas as coisas para estudar a bíblia. Desde então nunca mais parei com meus estudos e experiências. Poderia ser que estes que acompanharam essa minha jornada, fossem os primeiros a me abandonarem ou me ridicularizarem? Sim, essa foi minha grande preocupação.
            Baseado em meus estudos reafirmo: Deus envia partes de si para habitarem em nossas mentes e cabe unicamente a nós aceitá-las ou não; Ele pessoalmente habita no centro do Universo que gira ao redor desse Local fixo, onde é a sua residência. À ciência deverá descobrir (se já não descobriu) em breve este fato e poderá confundir a intensa luz que emana Deste local com escuridão. Quanto a este último apenas suponho e quanto ao fato anterior, não quer dizer que a ciência saberá que ali se encontra Deus, isto só ocorrerá quando os cientistas incorporarem as suas crenças e misticismos em suas experiências e estudos.

            Procurando pelo último texto escrito da ficção, Eu Sou Deus, para poder concluir a próxima parte, deparei com este, que ficou esquecido a mais de mês, talvez por tê-lo achado pesado deixei-o de lado, e agora esta aí para penetrar nas mentes daqueles que o lerem. Cabendo a cada um aceitá-lo ou não.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

RMM – Autobiografia 166

        Era normal eu fazer comparações dos bens do meu pai aos do Tozinha, à partir de quando comecei a viajar frequentemente à Nova Veneza, por volta de um ano e pouco meu pai comprou a chácara, então eu pensava: a chácara do meu pai e maior e vale mais do que a do Tozinha; que também tinha uma c14 e logo após meu pai adquiriu uma c10, a do meu pai vale mais, porém o Tozinha tinha ainda a fazenda, e por volta de 74 meu pai também adquiriu uma. Então ficou evidente para mim e para todos que o patrimônio de meu pai era bem maior, por falar nisso as casas e os lotes que pertenciam a ele às vezes nem sequer chegávamos a tomar conhecimento. lembro-me através de uma foto, que ainda temos, de um grande lote, não sei se eram os 14, que hoje pertencem a uma área nobre de Taguatinga ou se era outro. Lembro-me também de um dia ter ido ao núcleo bandeirante, (que era uma cidade formada por pequenos lotes para a época, compostos de barrados de dois pavimentos, todos homogêneos) ver um lote que meu pai acabara de adquirir. Ah! Se quiserem ver um desses barracos creio que existam alguns poucos ainda conservados. 

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

RMM – Autobiografia 165

         Hoje em dia não ouço falar de morador de rua em Nova Veneza, mas na época tinha uma tal de Bastianinha e um outro, Negão da Reta, o último às vezes pousava num paiol no sitio da tia nega, e era normal nós ficarmos zoando uns aos outros dizendo que fulana era namorada do negão e que ciclano da Bastianinha. Também em nossas conversas as crianças de lá, sempre diziam que viram eles fazendo isso e aquilo outro, vez em quando mexíamos com eles a uma media distancia  as vezes quando irritávamos  muito a Bastianinha ela nos ameaçava com pau e pedras. Havia uma historia que em determinado dia o tio Julinho levantou a saia dela, tendo por isso levado uma surra.  Ah! Antes que eu me esqueça, era comum vermos até aquela época, principalmente mulheres com grandes papos alguns se igualavam a altura dos seios.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

RMM – Autobiografia 164

        As meninas também falavam muito em ir à fazenda, que se situava na área rural chamada Souza, até que um dia empreitamos nesse passeio. Andávamos despreocupadamente, até vermos algumas vacas a margem da estrada numa distancia próxima a 10 metros, como deveríamos prosseguir eu morrendo de medo abaixei e caminhei, o mais rápido que pude pedindo que elas me acompanhassem. Andei por vários metros nessa posição, com o olhar fixo nas vacas, quando voltei o rosto para estrada, deparei com ela toda ocupada por um grande rebanho de gado, olhei ainda ao redor e estava só, pensei: - é o fim acabou. Ainda muito abalado virei-me ao contrario, para tentar correr, só ai vi as meninas chegando, com um vaqueiro conhecido que as protegia então senti um grande alívio.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

RMM – Autobiografia 163

        A menos de 300 metros da casa de minha tia tem um pequeno córrego, que se agiganta na época da cheia. Certo dia, reunida toda molecada, brincávamos  alegremente, até sermos interrompidos por uma grande bronca do tio Tozinha, mandando -nos voltar para casa imediatamente e dizendo que merecíamos uma boa surra, ao seu lado o Tio Toninho ainda atordoado. Porventura o Tozinha o encontrara a quase cem metros, da área em que estávamos. Tendo sido ele arrastado pela pouca, mas forte água do córrego. Neste dia e nos outros que seguiram, só ouvíamos bronca dos mais velhos por onde andávamos.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

RMM - Autobiografia 162

        Às vezes dormia na tia Nega, gostava de ficar com as meninas, porém a noite ela arrumava minha cama no seu cômodo de costura que ficava separado do quarto delas por uma cortina, isto me desencorajava de pousar por lá, pois dificilmente se quer dormia numa cama só. Uma coisa que as meninas diziam com frequência é que se fizéssemos o dois, de cima de uma goiabeira os porcos estando por perto comeriam. Passou algum tempo até que nós realizamos essa façanha, pelo menos uma vez. Havia num cômodo separado, do lado da casa do avô paterno delas, uma mesa de sinuca. Quando ele nos permitia jogar eu ficava muito satisfeito.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Epístola de Setembro

              Novo jornal, nova foto. E os amigos? Só aumentam em quantidade e qualidade. Quando o Fernando (Folha da Copaíba) disse-me:
- O Sadema nos deixou. Se quiser continuar comigo...
- Já estou aqui, vamos trabalhar.
            Apesar de ter iniciado no referido jornal através do Sadema, sabia que pelo seu caráter ele jamais demonstraria alguma disposição de me receber no Portal da Leitura (seu novo jornal). Se isto ocorresse, teria que ser por iniciativa minha, como aconteceu agora.
            Na última noite que estive na cidade, muitos me constrangeram (modo de falar), como normalmente acontece, das pessoas ficarem me agradecendo a todo o tempo:
            - Você me ajudou quando precisei. (menciona um pacote de arroz, um frango, etc.)
- Que isso! Não fiz mais que a obrigação.
Ao passar por minhas mãos, quebraram-se três ou quatro mercados. O meu grande arrependimento é não ter conseguido atender alguns pedidos.
O que mais me irritou em todo esse tempo foi quando aquele que tem por nome o som do filhote da galinha ter feito a primeira festa do aniversário do seu filho, praticamente bancada por mim, com a promessa de pagamento futuro (o que ainda não ocorreu). Minha irritação, na verdade, foi ele não ter sequer me convidado para a festa. Isso não atrapalhou nossa amizade, pois eu tinha uma dívida moral com ele (coisa de homem).

Decepção grande mesmo foi quando comprávamos bebida e a pessoa que eu acompanhava disse ao dono do depósito (meu xará) que pagaria o valor do concorrente, o que daria uma diferença de mais ou menos R$2,00. Isto agora, no réveillon. Percebendo que a discussão era por isso, peguei a mercadoria e falei: “Vamos embora. Brigar por essa mixaria?”. Em seguida, pai e filho não me responderam, quando lhes desejei Feliz Ano Novo. Não me ouviram ou se negaram a retribuir. Detalhe: há uns 15 anos ficaram me devendo, entre outras coisas, um cheque de R$600,00, que se encontra no fórum, e jamais lhes virei a cara ou deixei de cumprimentá-los por isso. Estranho, não?!

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

RMM - Autobiografia 161

          Lembrei agora, que estando no sítio da tia nega, avistei uma cobra junto ao fogão caipira, alertei os adultos, que a mataram. Tratava-se de uma esquisita (não sei se é considerada) serpente, de cor amarelada e a calda não fina, terminando repentinamente acompanhando a largura do corpo. Talvez por isso a chamávamos de cobra-de-duas-cabeças, pois estando ela parada é difícil identificar o que é cabeça ou calda. Já havia visto uma na época do posto, e após esta também vi outras. Acho que elas gostam de ficar sob a terra.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

RMM - Autobiografia 160

         Numa tarde, ao chegar com as vacas próximas ao curral, para o aparto, deparei com uma cobra, não tinha mais que um metro e constituía-se de cores vivas, fui até os adultos peguei um machado e disse que iria matar uma cobra, minha mãe recomendou  cuidado. Procurei em meio à vegetação encontrei e matei o bicho (não imaginava que  me tornaria por anos um matador de cobras). Quando retornei minha mãe falou que para este tipo de situação seria melhor usar uma vara flexível. Encontrávamos frequentemente também pela chácara, uma pequena cobra que chamávamos de cobra de vidro, pois ela literalmente se quebrava com facilidade e quando assustada se estivesse sobre o chão seco e liso, movimentava-se muito rápido como fazem as cobras, porém não saia do lugar. Um dia vi uma se alimentando de capim.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

RMM - Autobiografia 159

         Assim que passei a frequentar a chácara, avistava varias ratazanas, que andavam próximas a casa dos japoneses, principalmente no quintal da frente que dava para a casa onde iríamos morar, então algumas semanas após a mudança fui até lá armado de varas, paus e pedras. Consegui matar algumas, dias depois chamei o Samaroni e a Célia para matarmos outras, que ficavam no galpão geminado a casa do Japão.  Eram impressionantes os chiados de desespero que os bichos davam, quando começávamos a revirar a bagunça, já corriam emitindo altos sons. O ponto crítico foi quando uma das grandes subiu pelas pernas da Célia, que ficou paralisada. Após esse incidente suspendi a matança, e tirei a Célia da cena. Ela não tinha mais que 5 anos de idade.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

RMM - Autobiografia 158

          Até então ainda víamos  muitos hippies, com suas calças boca de sino arrastando pelo chão, envolvendo normalmente altos tamancos de madeira: diziam que eles não tomavam banho e para nos era normal evitá-los, de igual modo agíamos com referencia aos crentes que eram pouquíssimos comparados aos dias de hoje e os que mais se destacavam eram as testemunhas de Jeová. Em nova Veneza havia uma congregação próxima a casa de minha avó paterna (vó Rita) evitávamos até mesmo olhar naquela direção.

          De modo geral as pessoas eram demasiadamente feias principalmente os homens, pois não se cuidavam e normalmente faltava algum dente na boca, quando não usavam dentaduras ou aparelhos que se chamavam pontes: umas eram móveis que imitavam a dentadura e outras deixavam metais à mostra permanentemente. Era normal vermos mulheres com grandes bobes, presos ao cabelo, andando pelas ruas e também nunca se arrumavam a não ser para algum evento, pelo menos era assim na minha região.  

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

PMM 146

       “Tá precisando rezar mais, orai e vigiai.” “vá se tratar, camarada! Procure ajuda profissional...” “agora eu fiquei preocupada. Coitada da rose.” “coitado é do Pedro, ele que ta agora redigindo o blog... kkkk imagina meu pai ditando isso e o Pedro escrevendo...”
            Estes foram os maldosos comentários que pessoas próximas a mim, fizeram no face: logo após a publicação do último pensamento, ainda bem que se dirigiram ao autor não ao texto.
Quando faço uma leitura, repito quantas vezes for necessário para sua compreensão,  às vezes mesmo procedendo assim não me vem o entendimento. Deixo-a para uma análise futura, ou quando vejo uma obra de arte como quadros etc. Sei que não vou compreender, então apenas contemplo. Na formulação do citado texto em minha mente, pensei em escrever coisas pessoais, mas ao pegar a caneta elas foram partindo para o campo filosófico, provavelmente movida por forças estranhas que se encontram em mim.
          Obs: este texto fiz poucas horas após ler os comentários no face, agora trinta horas após o ocorrido, digo referindo-me as pessoas ligadas aos comentários respectivamente.1 minha Irmã caçula tem como hábito preocupar-se mais que qualquer outro membro pelo bem-estar da família, portanto pode ser que não tenha havido maldade em suas palavras e devemos realmente orar e vigiar; 2 meu cunhado ou ex não sei, tem passado por problemas, tentando superá-los dedicando ao humor, principalmente via zap. Considerei alguns sarcásticos e estava pensando numa forma de alertá-lo sem desagradá-lo; 3 este foi o da minha mais nova cunhada, que pegando a onda teve a infelicidade de citar uma pessoa, que não quer seu nome relacionado a meus textos ou a certas atitudes minha;4   por último minha filha que em referencia a mim, procura se portar como uma pré adolescente rebelde, apesar dos seus quase trinta anos e incutiu no erro de sua atual tia.

            Tenho certeza que se realmente estiver passando por momentos difíceis, posso contar com qualquer um dos citados. 

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

PMM 145

             Por momentos turbulentos tenho passado.Numa forma poética religiosa poderia descrevê-los assim: me encontro só, fisicamente, do meu lado esquerdo;um aglomerado de demônios; a direita alguns seres contidos por luzes tão intensas, que ao penetrarem meu cérebro o confundi, tornando-as para mim quase em escuridão e dificultando identificá-los individualmente.Um eu sei que percorreu trilhões de quilômetros, traspassando varias galáxias e universos, vindo realmente de onde a personalidade ‘Pai De Toda Criação’ reside (que é um local físico inatingível, até mesmo pelas mentes humanas), O qual em volta todo o resto gira;outros se encontram aqui a centenas de milhares de anos.Ao todo não totalizam sete figuras angelicais.Já os demônios conheço a cada um, e o maioral é conhecido de todos, seu nome é egoísmo e no amontoado se destacam ainda outros, em formas masculinas e femininas:Medo,vaidade,sexo,covardia,vicio,ignorância,orgulho,sensualidade etc. Todos envoltos por uma densa nuvem escuta que leva o nome de mundo.Eles também me conhecem e me chamam pelo nome,e murmuram.Como não os ouso bem dirijo-me a eles para ouvi-los melhor, e entre outras coisas me dizem serem meus companheiros a décadas, e não pretendem me abandonar pois suas companhias muito me agrada, e que também devo tudo o que sou e tenho a eles. Servem-me comidas e bebidas e na descontração da conversa, esqueço-me totalmente daqueles os quais virei as costas, até ouvir sussurrarem meu nome, viro-me e fico no limiar da fumaça, quando um deles, aproximando-se põe as mãos em meus ombros e fixa-me o olhar, nesse instante os demônios me envolvem, a ponto de não mais perceber as mãos daquele anjo, me desespero e procuro acordar, por pensar que tudo possa ser um sonho ou pesadelo, mas percebo que tudo e mais que real,então um vazio subitamente me consome.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

RMM - Autobiografia 157

        No programa Flávio Cavalcante apareceu um hippie magrelo e acanhado, assim que começaram a tocar os instrumentos, ele entrou com o vocal sendo interrompido pelo apresentador por um ou dois minutos, não me lembro do motivo, após recomeçarem achei muito estranho a música que falava entre outras coisas: boca cheia de dente e corcel 73. Tratava-se da primeira apresentação do Raul Seixas na TV. Por falar em carro outros que se destacavam era o esportivo puma e o similar SP2 da VW. Os caminhões eram os caras chatas da Mercedes e um tal de FNM (fenemê), havia também as Scania vermelhas ou amarelas com uma grande buzina expostas na parte externa do veículo próximas ao motorista e outros caminhões acho que da Ford, tipo esses que transportam estudantes em filme de terror americano, no caso aqui a versão fechada chamávamos de jardineira. 

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

RMM - Autobiografia 156

           Esta foi à última coisa que eu consideraria sobrenatural, a ocorrer comigo: as primeiras foram duas aparições de homens adultos (RMM-13) na casa anterior ao posto,  a seguinte que foi a única envolvendo toda a família já no posto (RMM-49). A da QNA foi a segunda mais assustadora (RMM-100) só perdendo para a manifestação do posto que realmente foi sobrenatural, comprovada pela quantidade de testemunhas. Resumindo, ocorreram todas entre os 5 e 9 anos de idade, porém sons de objetos e outros barulhos que eu ligava a fantasmas como passos ou socos, persistiram até meus 14 anos que por vergonha tive que enfrentar estes meus terrores.

            Nessas torturas noturnas que eu me submetia às vezes pensava: será que são os alquimistas que estão chegando?(Jorge bem). 

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

PMM 144

            Ao pessoal do zap: sei que são todos amigos e parentes, mas no momento encontro-me impossibilitado de participar dessa comunidade.Assim que ouvi falar de vocês no final do ano passado tive algum interesse, e até cogitei adquirir um outro celular para ingressar nessa onda, porém fui enrolando, e quanto mais passei a saber a respeito dessa novidade menos interesse tive, além de tudo percebi que a Rose (esposa) não desgruda desse negocio. Então comecei a dizer a quem quisesse ouvir que não trocaria de celular e não participaria de zap zap algum, porém não me ouviram. Ganhei no dia dos pais um aparelho, e complementando o presente me colocaram entre vocês. Sinto-me um penetra, pois desde jovem procuro não ceder a modernismos. Já enfrentei problemas ao adquirir minha primeira televisão após casado, o que também ocorreu com o computador, videogame etc. Até mesmo quando me impuseram meus velhos celulares.

            Resumindo: se alguém quiser me desligar estão autorizados, só não aceito no caso dos herdeiros do Lindolfo se proceder daquele que quer ser o manda chuva, cujo nome e Huascar, pois ele me deve. Quando ainda jovem nos massacrou numa guerra de limões, eu e o than que seguindo os de sua nação (kamikase), entrou na batalha apenas por companheirismo sabendo que a derrota seria iminente. Mas não precisava ser bombardeado por tantos limões, principalmente na cara e orelha pelo tal manda chuva e também o futuro candidato Samaroni.Tendo eu ficado envergonhado diante de seus pais, por receberem o filho todo lambuzado, avermelhado e aos prantos. 

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

RMM - Autobiografia 155

             Por falar em fantasma, após poucos meses da mudança (ah! Lembrei-me agora que a casa tinha dois quartos, passando a três quando meu pai acrescentou um cômodo e varanda na área do fundo). Sendo que dormíamos todos em um quarto separado pela sala do quarto de meus pais. Tendo eu acordado um dia no meio da noite como de costume, tive a impressão que algo se movia sobre um colchão de mola numa cama vazia próxima a porta. Pensava eu, que poderia ser uma forma de pessoa em pé sobre a cama, como estava entre as meninas criei coragem para dar uma olhada, e vi uma aparência como se fosse uma grande vela na vertical no que deveria ser a cabeça do ser.  Apesar de ela ter luminosidade própria a luz limitava-se apenas ao objeto. Assim que vi cobri logo a cabeça e os barulhos continuaram até eu pegar novamente no sono.Provavelmente tentei acordar alguma Irma mas não tive êxito. 

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

RMM - autobiografia 154

               De volta a 73, creio que neste ano meu avô Lindolfo faleceu segundo minha memória, pouco antes de mudarmos para a chácara. Após um ou dois meses a Geni acordou em prantos no meio da noite, e todos se dirigiram a ela, que repetia várias vezes:- estou com saudade do vovô. Eu pensava:- ela deve ter visto alguma assombração e chorou para chamar atenção, já faz tanto tempo que o velho morreu porque ela foi chorar logo agora?

            Esta primeira morte de parente me afetou muito pouco, quando fiquei sabendo foi como se dissessem que ele havia feito uma viajem sem volta. Pouco senti, apenas pensei:- nunca mais ouvirei seu ronco. Já sabia que ele iria para o purgatório segundo ouvia falar ou no Maximo apareceria ou falaria com alguém numa forma fantasmagórica.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

RMM-Autobiografia 153

            Benjamim tinha dois ou três filhos e a que me chamava mais atenção era a Abadia (nome que também não conhecia e lembrava-me a palavra bacia), de idade próxima a minha.
         A casa deles era simples, mais já poderia ser considerada moderna naquela época. No banheiro eu sentia um cheiro diferente, após muitos anos percebi que quando se consome muita cebola por alimento, fica um cheiro semelhante nesses lugares. Lá também tive meu primeiro contanto com o xadrez, achei muito estranho todos aqueles movimentos das pedras, vendo a Abadia tentando ensinar o Júnior a jogar. Quis jogar dama no tabuleiro mas não permitiram, bobagem poderia  jogar. O mais difícil foi após a viajem ouvir a música dos foliões durante semanas ininterruptamente em nossa casa, meu pai não cansava de executá-las

sábado, 16 de agosto de 2014

Eu Sou Deus (PMM 143)

            Enfim o dia chegou, e como era de se esperar Eu Sou Deus iniciou pontualmente às sete horas aquele grande evento, com um discurso de abertura, que em suma dizia:

- Cidadãos deste mundo, é com grande prazer que venho vos falar, porém, como foi dito há 2000 anos, para o mínimo de compreensão do que tenho a dizer, necessário é que vocês se tornem como crianças, esquecendo dos seus problemas cotidianos, suas tradições e até mesmo das coisas que vocês imaginam saber, devido a tudo que a ciência moderna lhes oferece. Sendo assim, corrijamos um grande erro do qual vocês ainda se encontram aprisionados, como nos tempos medievais, este mundo não é o centro do universo, como deixou claro Galileu e segundo descobertas recentes, em boa parte da infinitude das estrelas existem planetas, portanto é inconcebível e irracional, para não dizer outra palavra, vocês continuarem acreditando que haja apenas Deus, o Filho e a população deste planeta, no imensurável mundo físico, uma prova sou eu, que vim de uma distante esfera, como relatei em minha chegada. Deus e seus cooperadores não vivem vagando por ai, em meio a almas penadas, demônios e espíritos de mortos, como a vossa tradição faz com que suas mentes acreditem. Ele é um ser muitíssimo ocupado, da mesma forma que seu Filho, mas sua ocupação não restringe apenas a vocês, olhem além do sol e das outras estrelas, e percebam que a expressão “sua imagem e semelhança”, ainda não pode ser compreendida por essa geração.  

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

RMM – Autobiografia 152

          Encerrando esses mal-entendidos, narrarei os fatos ocorridos em outra viagem logo após a de Caldas. Depois tentarei voltar com a cronologia da autobiografia.
            O principal objeto que meu pai trouxe para uso próprio de Manaus, foi uma pasta estilo 007 que quando aberta a tampa dividia-se em duas caixas de som, e a base era constituída de um toca-discos, rádio AM-FM e também um toca-fitas.Em posse desse instrumento fomos a Damolândia e hospedamos na casa de um primo dele chamado Benjamim (nunca havia até então ouvido falar esse nome, achei muito estranho, talvez eu entendesse e pronunciasse Beijamim). Na cidade realizava-se uma folia de reis e nós fomos especialmente por esse motivo. Ficamos por lá quase uma semana acompanhando os festejos e meu pai com certeza era o homem que mais se destacava, participando de tudo e inclusive gravando as músicas que os foliões entoavam. Comíamos bastante e também havia muita bebida acho que por isso até hoje falo: em folia não pode faltar comida e nem cachaça.
            O ponto alto era quando ele demonstrava as gravações, todos se reuniam em torno do aparelho e se admiravam. 

sábado, 9 de agosto de 2014

PMM 142

        Pai!
        Segundo Fábio Júnior:
        - Herói, bandido, hoje mais que amigo.
        Há horas atrás, alguém próximo, definiu-o:
        - Panaca!
        Minha sogra, pelo menos em minha presença, fala:
        - Pai"Aço".
        Qual poderia ser sua real definição (se é que existe)? 
        No meu caso particular, me identifiquei com o cantor. Porém, na condição de pai, infelizmente, não posso nada dizer, deixo aos filhos. A mulher mais próxima a mim (após minha mãe) me dá a entender que não sou um bom. Porém, segundo meus princípios, procuro ser, na menor das hipóteses, como o meu foi: presente, independentemente da ausência provocada por substâncias alucinógenas, no caso, álcool. E quanto a muitos que trocam filhos por pernas abertas e, no final, arrumam justificativas infundadas, a não ser pelas suas próprias lógicas?! 
        Dias atrás, perguntando a um amigo como estava o seu pai, respondeu-me: 
        - Não sei, não estou falando com ele. 
        Retruquei: 
        - Já te falei para não agir assim, um dia você irá se arrepender. Vou lá vê-lo e você irá comigo.
        - Não sei não.
        Respondeu. 
        Para encerrar... um fato muito marcante foi quando um pai disse a uma de suas filhas mais velhas em minha presença:
        - A coisa mais importante de minha vida são essas duas meninas. 
        Referindo-se as suas duas filhas mais novas, fruto de outro relacionamento. Fiquei absolutamente chocado. 

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

RMM – Autobiografia 151

            Por falar em memória, é lamentável informá-los que cometi alguns equívocos.
Após o relato da RMM 143, estava na casa de minha mãe e resolvi procurar as fotos da viagem a Manaus para conferir as datas. As fotos foram impressas em janeiro de 1974. Coloquei a outra data confiando na Célia que, com certeza, tem algumas dessas fotos em sua casa, pois ela gosta de preservá-las.
Também, logo após ela me dizer de datas em fotografias, olhei uma via computador (que meu primo Wilton conserva), e estava datada no ano de 1966, sendo que mostrava o batizado do Samaroni, ainda recém-nascido. Fiquei surpreso, pois tinha certeza que ele era mais novo, porém, como os fatos mostravam o contrário, me retratei quanto à sua idade na RMM 139. Numa investigação posterior, descobri que ele ou o Wilton simplesmente chutou a data e colocou-a aos pés da fotografia, o Samaroni nasceu mesmo em 67, o que invalida meu escrito da RMM 139 quanto ao seu nascimento.

Desculpem-me, simplesmente acreditei nas pessoas, como me é habitual.   

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

RMM – Autobiografia 150

           Apenas por curiosidade...
A menos de 100 m da lagoa de água quase fervente, corria um córrego de água natural que, na época, encontrava-se barrenta devido às chuvas de início de ano. Essa mesma água era aproveitada para as necessidades. Os banheiros, que eram quatro ou cinco, um ao lado do outro, interligavam-se através de regos, onde fazíamos o “um” e o “dois”. Sobre os banhos, acho que ocorriam nas bicas.

Tudo o que me lembro dessa viagem se encontra aqui. Qualquer coisa que, porventura, não tenha citado, é como se não houvesse existido, de acordo com minha memória. 

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

RMM – Autobiografia 149

            Havia acabado de ser lançado o guaraná Antártica caçulinha, em certo momento disse ao Huascar que queria tomar um. Ele disse: “É só ir lá e falar que você é o filho do Odilon, e vai pegar na conta dele”. Fui meio acanhado e disse ao responsável pelo bar (que tinha como parede lascas de bambu), e ele me atendeu. Naquele dia e no outro não bebi água, apenas refrigerante. Logo após esse grande consumo da bebida, meu estômago ficou ruim, tive vômitos e diarreia. Sei que foi o refri, pois fiquei anos sem poder bebê-lo e até mesmo o cheiro me causava mal estar.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Epístola de Marco Marcial

            Vasculhando uns papéis que estavam próximos à cadeira que me sento para escrever, deparei-me com um jornal antigo, tratava-se da Folha da Copaíba de abril de 2012. Nele eu dizia, entre outras coisas: “Levando em conta os quase 2.000 acessos ao meu blog, imagino que menos de 10% das pessoas estão realmente analisando toda essa elaboração de textos...”. Simplesmente falei menos de 10% para não parecer pessimista, mas hoje acredito piamente que dos 15.000 acessos ao blog, no máximo 10 pessoas estão tendo curiosidade e disposição de ler e acompanhar todos os textos que, aliás, aumentam 2 ou 3 páginas semanalmente, tornando, para os preguiçosos, cada vez mais difícil conhecê-los.

            Apesar de tudo, me dedico horas por dia a quase três anos para passar a quem quer que seja todas as minhas descobertas via internet, e procuro saber mais e mais sobre todos os acontecimentos que envolvem a raça humana. Nesses últimos meses, fiz descobertas importantíssimas. Creio que já disse que nada me ocorre sobrenaturalmente, apenas, às vezes, acontecem coisas estranhas. Por exemplo: pela manhã ligo a TV do quarto e vejo algumas programações na intenção de dar um cochilo. Porém, certo dia, levantei-me e fui para a sala a procura de variação (TV fechada), de imediato errei a tecla do controle e foi para um canal que raramente assisto. Nele, um documentário falava de certo autor, no Brasil, seus livros estão diretamente ligados ao espiritismo. Devido à elaboração do programa, fiquei curioso quanto a sua obra e li algumas páginas do seu mais conhecido livro. Após isso, o li por completo, assim como alguns outros. Falo de Pietro Ubaldi. O primeiro livro: A Grande Síntese.

PMM 141

            Devo esclarecê-los que não era minha intenção interromper nem por um dia minhas publicações. Espero que as coisas se normalizem e eu volte a cumprir o que prometi no PMM 124 e 126. Para o pessoal do facebook, aos sábados disponibilizarei uns flashbacks em textos sequenciais, salvo o terceiro, que é dedicado à ficção “Eu sou Deus”. Apesar de tudo... Bem, divulgarei hoje, em primeira mão, minha epístola, que tem muito a ver com o que eu iria relatar.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

RMM – Autobiografia 148

            Atravessamos Caldas - algumas centenas de casas, ruas barrentas, calçadas com paralelepípedos no centro – e, após alguns quilômetros, chegamos a tal lagoa. Havia muitas pessoas acampadas principalmente vindas de São Paulo, a temperatura da água não seria inferior a 50º (literalmente cozinhavam-se ovos nela). Havia dois ou três tanques com menos de um metro d’água, com quatro ou cinco bicas que traziam a quente água direto da lagoa por gravidade. O local onde as senhoras lavavam as vasilhas era pequeno, lembro-me que a Ruth, mulher do Saavedra e prima do meu pai, entrou em atrito com outras mulheres, pois enquanto lavava os utensílios, se acomodou de forma que também se molhava na água e demorava a sair; os mais jovens, dos quais me lembro mais do Júnior e Huascar, passavam o tempo jogando sinuca e eu os incomodando querendo jogar, mas eles diziam que era proibido, mesmo assim às vezes me deixavam disputar uma partida. 

sexta-feira, 25 de julho de 2014

RMM – Autobiografia 147

            De volta ao passado: levantamos acampamento e partimos da pousada rumo a uma tal de lagoa quente, logo na saída andávamos por uma estrada de chão e pelo que me lembro estava prestes a ser asfaltada, ia na frente com meu pai e mãe e outras pessoas no Charger RT, enquanto o Saavedra vinha logo atrás dirigindo a C10, também de meu pai, lotado de pessoas (na cabine e carroceria), ele se encontrava em pior situação do que qualquer outro do grupo devido ao consumo de bebidas quando, de repente, beirou um pequeno barranco em torno de um metro de altura, e este foi desbarrancando e levando consigo as duas rodas da lateral esquerda da caminhonete, uma cena cinematográfica, não sei como ele conseguiu escapar. Acho que muitos viram aquilo e pediram a todos os santos para que ela não caísse, pois seria, provavelmente, uma catástrofe se isso ocorresse, acho que meu ângulo de visão da cena foi o melhor de todos.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

PMM 140

            Tenho tido problema com as pessoas que me ajudam no blog. Devo resolver nos próximos dias, mas, por enquanto, isso refletirá nas publicações dos textos. Penso que deverei, eu mesmo, transcrevê-los para o computador, mas minha aversão a tudo que se refere a ele muito me atrapalha.
Não consigo entender como pessoas conseguem passar horas e horas em meio a fofocas e coisas inúteis, compartilhando principalmente piadas e também uma grande quantidade de pornografia em textos e vídeos. Ontem mesmo minha cunhada e seu filho me perturbaram mostrando vários deles.
Dois eram de certo pastor com o nome parecido com trivela: em um ele recitava um texto engraçado referindo-se a Adão e Eva; noutro uma pregação recheada de humor, evidenciando seu dom para palhaço. Até ver essas imagens, pensava que nosso grande evangélico humorista era um que tem o nome começado por mala.
Em outros dois vídeos, certa mulher e um senhor faziam discursos interrompidos por risos, no que parecia ser uma espécie de parlamento europeu criticando a Dilma por dizer que faria a copa das copas. Não ligo por ser chamado de bobo, porém, não gostei quando a tradução referiu as últimas palavras do idoso como sendo: “Ela pensa que está falando a bobos, como faz lá”. Para encerrar, li uma piada dizendo que Manel não viria ao Brasil, pois ficou sabendo que aqui estamos matando o português no facebook e no whatsapp. Sendo assim, por que também não matar o inglês, para ver se talvez deixem de nos chamar de bobos?!

       Obs.: Escrevi este texto no início da copa e agora, realmente, sinto-me um bobo, juntamente com a presidenta e muitos outros.   

domingo, 20 de julho de 2014

Epístola de Marco Marcial

            Vasculhando uns papéis que estavam próximos à cadeira que me sento para escrever, deparei-me com um jornal antigo, tratava-se da Folha da Copaíba de abril de 2012. Nele eu dizia, entre outras coisas: “Levando em conta os quase 2.000 acessos ao meu blog, imagino que menos de 10% das pessoas estão realmente analisando toda essa elaboração de textos...”. Simplesmente falei menos de 10% para não parecer pessimista, mas hoje acredito piamente que dos 15.000 acessos ao blog, no máximo 10 pessoas estão tendo curiosidade e disposição de ler e acompanhar todos os textos que, aliás, aumentam 2 ou 3 páginas semanalmente, tornando, para os preguiçosos, cada vez mais difícil conhecê-los.

            Apesar de tudo, me dedico horas por dia a quase três anos para passar a quem quer que seja todas as minhas descobertas via internet, e procuro saber mais e mais sobre todos os acontecimentos que envolvem a raça humana. Nesses últimos meses, fiz descobertas importantíssimas. Creio que já disse que nada me ocorre sobrenaturalmente, apenas, às vezes, acontecem coisas estranhas. Por exemplo: pela manhã ligo a TV do quarto e vejo algumas programações na intenção de dar um cochilo. Porém, certo dia, levantei-me e fui para a sala a procura de variação (TV fechada), de imediato errei a tecla do controle e foi para um canal que raramente assisto. Nele, um documentário falava de certo autor, no Brasil, seus livros estão diretamente ligados ao espiritismo. Devido à elaboração do programa, fiquei curioso quanto a sua obra e li algumas páginas do seu mais conhecido livro. Após isso, o li por completo, assim como alguns outros. Falo de Pietro Ubaldi. O primeiro livro: A Grande Síntese.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

RMM Autobiografia 146

            Esta última parte me fez lembrar de um fato mais recente, a uns oito ou nove anos atrás, numa viagem a Ilhéus: assim que chegamos minha esposa reuniu os meninos e disse, muito cuidado com o mar ele é traiçoeiro, logo após revidei – Que nada molecada pode ficar a vontade, ela pensa que por que nasceu em Maceió, conhece o mar, podem sair nadando pra todo o canto, mas cuidado com a parte funda. Ali pelo segundo ou terceiro dia estando junto a eles (falo do Lindolfo meu filho mais velho e do Giovani filho caçula do Pavezzi ambos de idades próximas, por volta de 13 a 14 anos na época), comecei a boiar despreocupadamente e após nadei até a exaustão paralelamente à praia, quando parei me encontrava só, entre agitadas ondas, e neste instante uma quebrou rumo a praia e pude ver minha esposa e o caçula por alguns segundos, a mais de 100m, até ficarem todos na praia obstruídos pelas águas, imaginei: Será que ela me viu e pedirá socorro, ou foi simplesmente minha última visão do meu caçula e dela. Procurei raciocinar e afastar o pânico, então me concentrei e a cada onda que vinha se formando, eu nadava como um louco e logo esperava a próxima, enquanto descansava, era mais ou menos assim: Avançava uns cinco ou seis metros e recuava três a quatro, até que em alguns minutos consegui pisar na areia, graças a Deus como costumamos dizer. Fui direto aos meninos e relatei o fato, e lhes disse que a partir daquele momento não fossem mais aonde a água alcançasse a altura do peito, em hipóteses alguma. Por minha sorte na noite anterior uma reportagem do jornal nacional, alertava que em casos assim, deve se manter a calma acima de tudo e flutuar controlando os esforços e desespero, se forem a Ilhéus algum dia não esqueçam que além do aeroporto suas praias são perigosíssimas.

sábado, 14 de junho de 2014

Epístola de Marco Marcial

            Há mais ou menos três semanas comprei uma carne de sol contrariando minha esposa, pois ela não admite que eu adquira tal produto num determinado supermercado. Alguém ou algum meio de comunicação disse-lhe que eles estavam comercializando carne de cavalo há alguns anos atrás.
Eu, pessoalmente, não gostava de frequentar essa mesma conhecida rede por ela ter também o nome ligado a roubo de cargas. Mas, quando percebi que políticos e grandes empresários normalmente se unem para benefício próprio em total desfavor da população, principalmente a de baixa renda, passei a frequentá-lo. Ainda mais que inauguraram um aqui, próximo a minha residência: QR 401, Samambaia, e sempre vejo lá pessoas da nossa cidade.
            Voltando à carne: minha filha preparou, porém meus filhos negaram-se a comê-la. A partir dessa atitude, também a achei estranha. Fiz vários processos de mudança no sabor e esperei uns dias para tornar a fazê-la. Mas meu filho mais velho, sem saber que se tratava da mesma, novamente negou a comê-la. Acho que eles puseram algum produto estranho nela, ou será que poderia ser mesmo carne de cavalo? Pelo menos a de sol, passarei um bom tempo sem comprar nesse estabelecimento.
            Para encerrar, meu problema com a Sky (última epístola) não está de todo resolvido. E para os que pensam que meus textos mudaram ultimamente apenas para denúncias, fiquem tranquilos, isso é apenas para dar tempo ao tempo; afinal, vocês querem que eu fale do que: dos irmãos de Jesus? Da nossa situação perante ele? Ou dessa incessante luta que travamos contra nós mesmos? 

sexta-feira, 13 de junho de 2014

RMM Autobiografia 145

            No outro dia estávamos numa represa, que ficava a poucas centenas de metros rio acima do local aonde acampávamos, era pequena talvez uns 20x30m, aparentemente feito a mão ou pela ação de chuvas, havia um grupo de parentes na parte mais rasa e eu me afastei deles vendo até aonde iria, em direção a parte funda, que contava com outro grupo de pessoas mais jovens, fui lentamente até quando a água ficou da altura do meu peito, então a areia sob meus pés começou a ceder, eu mexia os braços e tentava voltar ao ponto que estava, isto durou alguns segundos, mas para mim foi uma eternidade, até que por um milagre como muitos gostam de dizer, consegui escapar, e é lógico, não falei isto a ninguém.