Um acontecimento
estranho foi quando assim que ele começou seus serviços, que eram mais
dedicados à ornamentação: rosas, palmas e etc. ou produção de mudas (inclusive
ele tentou me ensinar a fazer alguns enxertos). Um dia o acompanhei a chácara
do americano, para obtermos sementes de limão, a fim de fazermos cavalos (planta
que serve de base para o enxerto), assim que ela atinge o tamanha ideal,
retira-se uma parte dela e clava uma outra da planta que se deseja cultivar, a
maioria das frutas cítricas, rosas, e muitas outras procedem desta técnica. Bem,
o fato estranho mesmo foi ele ter comunicado à minha mãe, que os cachorros o
atrapalhariam muito, e se ela permitisse, ele os mataria. Tendo ela cedido ele
matou dois ou três cães e os enterrou junto a restos vegetais, próximo a casa,
dizendo que daria um ótimo esterco. Lembro-me de ver um dos crânios dos cães
quando ele desenterrou a mistura, alguns meses após, não me abalei com aquele episódio,
mas achei muito estranho. Ah! Fiquei muito decepcionado quando soube que apenas
um ou dois dos meus enxertos deram certo, e nunca mais mexi com aquilo.
Pretendo discorrer pausadamente e tentar provar que não há verdade absoluta no meio em que acreditamos viver.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
Epístola
“Feliz natal”... Que
tipo de sentimento nos ocorre nesta data, seria uma mistura de profano e
sagrado, animal e espiritual. Para os que não sabem, estudos me revelaram que
historicamente, aproveitaram a data de uma grande festividade pagã, e lhe
incorporaram o aniversário do Cordeiro. Pelos estudiosos da área não há
concordância, em ano, mês, e nem dia entre as duas. Seria esta a explicação
deste sentimento que nos acomete nesta época. Em meus primeiros contatos com a
bíblia, não pude achar muita relação, entre o que ela descreve, e o que reza a
instituição que na época eu dizia fazer parte (Católica). Pensei que deveria
ler mais alguns livros, porém uma opção imediata foi estudar página por página,
chegando ao Cristo não entendi, porque Ele mandava os discípulos sem duas
túnicas, sem dinheiro, ou mantimentos. Amar ao próximo é fácil, mas andar sem
lenço e documento é absurdo, pensei. Porque Ele recomendaria isto? Passado alguns
anos, ainda envolvido em meus estudos, saí com a roupa do corpo e creio que
calcei uma sandália daquelas, tipo Barrabás (alusão a um antigo filme). Disse
aos meus familiares que viajaria: de dia carregava um casaco de couro, um novo
testamento e a identidade em uma sacola de mercado, à noite quando frio vestia
o paletó e dividia nos bolsos as outras coisas. Após um momento estressante em
Santa Maria, acreditei que poderia ser por estar carregando uma pequena
quantidade de dinheiro, (joguei-o fora), e em bom Jesus da Lapa resolvi interromper
minha curta viagem. Até hoje me pergunto em relação ao sagrado e ao profano:
estarei eu errado em meus pensamentos e todo mundo certo ou poderá ser o contrário?
Estou disposto a realizar mais algumas experiências. Ah! Na viagem nada me
faltou, e eu me sentia realmente imortal, e provavelmente naqueles dias fui...
Enquanto isto o que posso dizer? A não ser desejar-lhes um “feliz natal”.
sábado, 20 de dezembro de 2014
PMM - Eu Sou Deus 9ª Parte
Como surge a vida? Foi a segunda pergunta, e procedeu da
área reservada às celebridades, a qual Eu Sou Deus respondeu:
-
Vou levar em conta que essa indagação se refira a este planeta em particular. Se
bem que, em outros tantos esparramados por este universo, aliás, em todos, ela
se origina da mesma maneira, e é inconcebível que essa ideia não tenha sido
ainda divulgada, porque, com certeza, alguns ou vários cientistas, ou qualquer outro
com bom senso, sabe que, na natureza, as principais características se repetem
em diversas formas e pelo Universo não é diferente: são órbitas, Sistemas
Solares, Galáxias e etc. Já foram descobertos elementos que se ajuntam para formar
a vida e todos, segundo a física, se originam do Big Bang. Através de várias
metamorfoses um dia recebem a vida, então porque ela só existiria aqui? Não tenham
dúvida: este é um planeta especial por ter recebido um filho do Altíssimo, que
para vos é o Cristo, porém isto ocorreu bilhões de anos após a implantação da
vida, e esta começa quando os elementos se agrupam, e no instante da formação
do lodo em meio à água salgada, o plasma ou energia desconhecida por nós, vinda
da principal esfera do Universo é injetada na matéria, e daí vem que antes
temos: o mineral, logo o vegetal e depois o animal, por fim, a última forma que
infelizmente poucos entre vós entendem, que é a espiritual. A vida vem do Espírito
e a Ele retornará um dia. Os que não conseguem compreender estas coisas
seguirão o caminho inverso. Aqueles que não se espiritualizarem regredirão do
animal desarraigado do espírito, em marcha evolucionária contrária, e num tempo
reduzidíssimo, rapidamente se fará lodo e ao pó retornará.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
PMM 157
Domingo último precisei
de atendimento médico, dirigi-me a rede pública, cheguei um pouco antes das 18 horas
e de imediato uma péssima noticia: “a médica passou mal”. A clínica geral já próximo
ao término do plantão atendeu dois ou três pacientes gravíssimos, sendo que um sucumbiu
e ela segundo me disseram uma doutora ainda jovem, provavelmente não conteve o
estresse e o excesso de trabalho, tendo várias convulsões consecutivas, o que
levou todos que puderam ir ao seu socorro, tendo em seguida sido encaminhada a
nosso hospital maior, ou ao que ela tinha direito “o de Base”. Não sei seu
estado atual de saúde, mas sei que a saúde do Estado continua um caos.
Um casal aparentemente de baixa renda ou menor que a
minha, puxaram conversa, e acabaram perguntando aonde eu morava: - Samambaia. –
ah! Também moramos lá. Questionei a pessoa que me acompanhava se poderíamos levá-los
em casa. – dexa pra lá, não se envolve não. No final apesar de termos chegado
um pouco depois, fomos liberados antes deles. Ficamos sem saber se os esperaríamos
e em alguns minutos, percebemos que eles ainda não haviam sidos atendidos. A
uma curta distância os observamos, então virando as costas partimos. Já se passava
das onze horas e a conversa que ouvíamos ao redor demonstrava a principal
preocupação de todos: - como voltaremos para casa? A partir daí, e por outras
coisas semelhantes arrependo-me de dizer “cristão. Quando me perguntam a qual religião
eu pertenço. Talvez fosse melhor dizer: ateu, católico, muçulmano,
crente,budista,judeu,Batista,espírita,mórmon,Universal e etc. porque assim
desvincularia Seu nome desta forma de discussão. Pois seu principal mandamento não
foi “ama ao teu próximo como a ti mesmo ou como Eu vos amei.” Eu estando na condição
daquele casal, me negaria ajuda? E se fossem meus irmãos na carne, não os
esperaria? Não, não mereço me considerar cristão.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
RMM – Autobiografia 181
Acho que quando o Tirêu
e o Valdir foram embora, ou ainda estando eles na chácara, minha mãe arrumou um
meeiro (trabalhador em que o proprietário da terra lhe prove de todos os meios
para que produza excluídos os gastos pessoais, alimentação etc. E no final
dividem o produto das vendas ao meio). Cazu Yamura, não sei se era nascido no
Japão ou não, tinha uma esposa: jovem, magra chamada Sirene, havia comentários
que ele a conheceu na zona (tirada da zona: era o termo que usávamos). Um dos
fatos mais marcantes envolvendo-os foi quando realizávamos uma grande festa em
minha casa, e a Sirene ficou até ao anoitecer, sempre rodeada por alguns homens
em conversações. Quando de repente o Cazu apareceu e a esbofeteou, ou deu um
murro em seu rosto em meio a todos, que muito se irritaram e quase o agrediram,
porém o pessoal do deixa disso evitou o pior. Desses homens o mais irritado,
que me recordo era o Saaveda e também o padre Artêmio. O Cazu ficava o tempo
todo pedindo-lhes desculpa, enquanto se abaixava naquele gesto característico
dos japoneses, inclinando o corpo da cintura para cima em direção ao outro.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
RMM – Autobiografia 180
O Valdirão era um
goiano que na época veio de Nova Veneza, dele tenho poucas lembranças, só sei
que se dava muito bem com seu companheiro de serviço, o Tirêu e também com o
Júnior. Os dois foram os primeiros trabalhadores remunerados da chácara, também
me lembro de que ele tinha mania de dizer a quase todo instante como que
falando só, a expressão, “Aimêê!” e outra ainda “audácia da pilombêta!”. Depois
de muitos anos ouvi a última numa radio A.M do Goiás, e a primeira acho que se
referia a uma aparentada nossa, que tinha por nome não sei se poderia ser
apelido, mas a pronuncia que eu ouvia e ouço é essa “Aimê”. O que mais marcou
com referência a ele foi que perto de sair do emprego, pediu a minha mãe que
lhe comprasse um gravador, estilo “juruna”. Após pagar a primeira mensalidade
tendo ele ido embora não pagou as outras, creio que faltava onze, que minha mãe
foi obrigada a saná-las e reclamou durante anos por esse fato.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
PMM 156
Sexta, numa reunião de
amigos de meus filhos subsequentemente nossos, no início da madrugada a tranquilidade
foi quebrada, quando um jovem exclamou: - meu celular sumiu. Instantaneamente
recordei, quando há alguns anos atrás minha irmã mais velha anunciou em um
microfone “sumiu uma câmera”, ou celular sei lá (não dou a mínima para essas
coisas). “Ninguém sai enquanto ela não aparecer”. Fiquei muito envergonhado e tanto
lá quanto aqui até de mim suspeitei. De volta ao presente. Gritei: - ninguém entra
ninguém sai em homenagem a minha irmã, e pegando meu celular pedi que me dessem
o número do outro, neste ínterim uma moça que tinha vindo com o rapaz disse que
estava chamando e ninguém atendia. A tortura não durou mais que quatro minutos
finalizando quando exclamei: - você merece dois cascudos, dois não três, aliás,
um de cada dos presentes bem dado, após ele anunciar ter encontrado o aparelho
no porta-luvas do seu carro. Dirigiu-se a mim pedindo desculpa. – tudo bem, mas
não faça mais isso. Nas recordações me veio ainda quando numa festinha de um
casal de amigos, o dono da casa ameaçava bater em sua filha, uma jovem no final
da adolescência, após a confusão fiquei sabendo que ela havia dado o alarme “sumiu
meu celular” e seu pai em meio à discussão dizia: - o celular é seu a festa é
minha, você não tinha o direito de desrespeitar meus convidados por causa desta
porcaria, que falasse comigo em particular que eu saberia o que fazer, e que
isto não se repita jamais em nosso lar.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
RMM – Autobiografia 179
Um dia retornamos da
fazenda na carroceria da c10 coberta pela lona, alguém fez a indelicadeza de
soltar um... Então o Tirêu começou a me perturbar. Dizendo ter sido eu, em
defesa e resposta jogava a culpa nele, enquanto isso uma recente empregada
nossa: - jovem negra, porém muita robusta vinda do Piauí achava graça do Tirêu
me zoar, aí resolvi jogar a culpa nela, subitamente ela agarrou uma das varas
de pescar e me ameaçou, dizendo: - não me aperreia menino você não me aperreia.
Com uma feição muito irada. Pensei realmente que iria apanhar e nunca tinha
ouvido aquela expressão “aperreia”. O Tirêu achou isto tudo a coisa melhor do
mundo. A partir daí fiquei no meu canto quieto, sem mencionar nenhuma palavra,
enquanto ele se acabava em risos. Num certo dia ele chegou a mim com as malas
na mão e disse “agora seis pode ficar feliz to indo embora”. Achei estranho e
nada falei, foi um momento triste, mas também de alivio. Logo após nos deixar,
nosso relacionamento mudou, e em poucos anos nos tornamos amigos. Até os dias
de hoje sempre quando vou à Nova Veneza, faço questão de visitá-lo. E lá temos
que passar por um certo ritual, que é experimentar a variedade de pingas que
sempre lhe presenteiam.
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
RMM – Autobiografia 178
Nas raras vezes que
íamos à Nova Veneza na companhia dele, estranhava muito ele brincar com as
outras crianças. Pensava: - nos trata tão mal e aqui se relaciona tão bem com
as meninas da tia Nega. Mas, com o Toninho, por mais estranho que possa parecer,
até hoje tem problemas. A diversão dele é perturbar o Titonim até deixá-lo
muito irritado, quando meus avós eram vivos o normal era eles intervirem, e
atualmente normalmente algumas pessoas ainda intervém. Eu quando presente
infelizmente não consigo deixar de achar graça, e dou muitas gargalhadas.
Realmente o Tirêu é um cara diferente. Mas também havia algumas brincadeiras
que ele nos proporcionava: - aquela que mais gostava era quando ele nos
colocava na carriola (carrinho de mão) e corria pra lá e pra cá. Ficava um pouco
temeroso pensando que de repente ele pudesse nos machucar propositadamente, mas
nestas aventuras isto nunca ocorreu, também vira e meche amarrava cordas pelas
árvores para balançarmos.
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
RMM – Autobiografia 177
O Tirêu nunca se casou
algumas pessoas já levantaram suspeitas deste seu comportamento, porém nego-me
a acreditar em qualquer palavra que vá além de ermitão no que se refere a ele.
Mas quando criança detestava quando ele e seu principal companheiro de serviço
Valdirão, colocavam meus irmãos caçulas em seus colos, ficava realmente
desesperado, tentava tirá-los de todo jeito, chamando-os para brincar de alguma
coisa, e quando nada dava certo procurava me conformar dizendo a mim mesmo que
aquilo era natural, e não deveria haver algum desrespeito àquelas crianças,
principalmente por parte de nosso tio, mas enquanto não saiam ficava ali
analisando cada movimento e tentando me tranquilizar
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
Epístola
Assim que minha mãe leu
a matéria do portal da leitura, me ligou e disse: -meu filho porque você
escreveu isso?Todos vão pensar que os mercados quebraram porque você tentava
ajudar os outros.- Mãe, foi só uma brincadeira, nenhum mercado abaixou as
portas por causa disso e o resto foi apenas um pequeno puxão de orelha em meus
amigos. Todos na cidade me zoam pelos incidentes dos mercados. O primeiro a
fazê-lo me deixou muito irritado. –quebrou o Virgilin em Marcão. –você falou o
que?Vai ter que repetir isso na justiça. Logo depois um amigo me disse a mesma
coisa, então percebi que isso acabaria tornando-se um hábito, e a partir daí sempre
quando ouço palavras parecidas dou gargalhadas voluntariamente, e digo que não quebrei
só o Virgilin, mas também todos que se meteram comigo nesse ramo.
Por falar no texto anterior, quando saímos do Engasga do
nosso amigo Rodrigo, deparamos com várias viaturas na porta. Então perguntei ao
Jeanie, meu atual cunhado, e agora? –sei lá. –vamos ter que ficar aqui longe do
carro. Até que um militar falou em auto tom: - dou cinco minutos para vocês
entrarem nos carros e irem direto para suas casas. Falei: - bora bora dá tempo.
Porém o mais controverso foi quando vimos ainda um estabelecimento aberto. Nele
encontramos o palhaço: – e aí palhaço? Que se aproximando disse algumas coisas
que não entendi, e com as mãos tocando em meus ombros exclamou: - não sou v-iado
não, olha pra mim. Fixando-o nos olhos suas palavras chegaram ao meu supra consciente
assim: - faça o que deve ser feito; confiamos em você; não se acovarde; trilhe
o caminho e nos mostre; precisamos que vá em frente, e etc. Sendo que para as
pessoas que estavam em volta outras palavras foram ouvidas fazendo inclusive
que se irritassem. (entendi que ele falava em nome de varias mentes reunidas, e
o termo que usei para designá-lo foi devido tê-lo conhecido exercendo esta profissão).
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
PMM 155
Estava em dúvida se
falaria algo mais a respeito de... Porém quando vi em certo programa matinal da
TV aberta, um jovem senhor recém-separado, comentando sobre os problemas que
estava tendo principalmente relacionados aos filhos (assim dizia ele), com os
olhos avermelhados, resolvi que deveria escrever mais um texto sobre o assunto,
e não será o último, pois na realidade o primeiro que fiz já próximo ao fim, o
interrompi não conseguindo concluí-lo, deixei-o de lado para quem sabe no
futuro finalizá-lo. Percebi o grande sofrimento na face daquele largado, e
pensei que ele não fosse conter tanta emoção. O que aconteceu no final tendo
ele se desmanchado em lágrimas (creio que a grande maioria que estava presente
e se consideram cristãos pensaram em se aproximar, e confortá-lo, mas não o fizeram
talvez se fosse um homem proeminente tipo Roberto Carlos muitos teriam coragem
de fazê-lo, inclusive a apresentadora, porém não ocorreu, o motivo ou
motivos... deixa prá lá). O especialista convidado, ao ouvir um participante
dizer que divórcio é comum na atualidade concordou, mas observou que devemos
evitá-los, logo após relatou que até ele mesmo tinha passado por um. Eu
pessoalmente tenho recomendado aos casais que não se casem, mas que num
relacionamento sério sem traições ou pluralidades, se de comum acordo resolver
ter filhos, que isso ocorra analisando muito bem todos os aspectos, digo isto
não acreditando estar certo ou errado, mas pensando que assim possa aumentar a
durabilidade das relações e quem sabe desta forma pode ser menos traumáticos os
matrimônios principalmente com relação a separações em nossos dias.
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
RMM – Autobiografia 176
Hoje ele mora num
pequeno sítio da tia Vilma, saída de nova Veneza para Goiânia, e não deixou de
ser um homem grotesco. Vejam o que ele aprontou a pouco mais de vinte anos atrás:
quando caminhava pelas ruas da cidade, uma criança de idade não superior a sete
anos, filho de um homem proeminente deferiu-lhe uma cuspida, ele então simplesmente
não sei se com as mãos ou algum objeto deu uma surra no moleque, ali mesmo e no
exato momento. Isto acarretou problemas para o meu avô, pois o pai do guri o
procurou e pediu-lhe providências. Por acaso cheguei à cidade poucos dias após o
incidente e o vô Nego não estava tendo um bom relacionamento com o Tirêu,
devido este fato. Acredito que o moleque não deve ter cometido mais tal erro.
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
RMM – Autobiografia 175
Para vocês terem ideia,
a pior coisa que o Tirêu cometeu contra mim, foi ter forçado com as mãos até
que eu abrisse a boca, e cuspido tudo o que pode, igual aquela moça do reality
show, isto foi tão traumático que apaguei de minha memória, porém a Geni há
poucos anos atrás me fez o favor de cobrar isto dela e ressuscitar a lembrança,
mesmo tendo eu não feito nenhuma questão de relembrá-la. Ele começava com umas
brincadeiras idiotas que eu não aceitava, e continuava até que eu falasse algo
ou deferi-se algum xingamento, então ele mandava respeitá-lo e normalmente
acabava me batendo. O que o deixava mais raivoso, era quando eu falava que iria
pedir ao meu pai, que o
manda-se embora. O incidente da cuspida foi devido eu ter cometido o ato
primeiro, de maneira normal devido à impossibilidade de reagir as suas
estúpidas manias.
sábado, 15 de novembro de 2014
PMM – Eu Sou Deus 8ª parte
-Disco voador existe? Foi
à primeira manifestação vinda de um dos microfones da multidão. A qual Eu Sou Deus
respondeu: - surpreendeu-me tal objeção. Quanto a isso posso dizer pouco, além
do que vossos semelhantes registram. Há diversas formas de naves espaciais no
vasto universo, porém a grande maioria das imagens que vocês têm é proveniente
de más interpretações e outras tantas não passam de forjamentos. Pelo que sei,
na atualidade, o que há de mais extraordinário no que se refere a óvnis ou
qualquer coisa parecida, se realize no deserto do Saara. Porque seres
(superiores) de outras esferas, envolvidas com o desenvolvimento espiritual e humanitário
deste planeta escolheriam aquele local? Se vocês estivessem na posição deles
qual área prefeririam? Haveria uma região melhor do que aquele grande deserto? Seria
possível que eles propiciaram ou de alguma forma manipularam para que no Saara se
realizasse tais incursões? Eu creio que seja provável ter ocorrido interferências
externas, para formar aquela grande área desértica exatamente no coração do
mundo, com o intuito de manterem seus trabalhos acobertados, inclusive as aterrissagens
e decolagens de gigantescas naves. Fora o Saara também há centros avançados sob
as águas e em outras áreas desabitadas, em alguns casos esporádicos ocorre
realmente a visualização ou até mesmo contatos com extraterrestres, porém quero
deixar claro que tais coisas não são convenientes e provavelmente ocorrem
devido algum descuido, no mais digo que a sigla óvni deveria ser substituída pela
sigla SLNEC (sinais luminosos não explicados pela ciência), pois é isto que
ocorre na maioria das vezes.
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
RMM – Autobiografia 174
Assim que mudamos para
a chácara, o Júnior passou de um irmão amoroso para um verdadeiro torturador
(não sei se influenciado pelo Tirêu), por qualquer motivo ele me ameaçava. E a
partir de quando comecei a nadar, por volta dos 10 anos, tinha uma estranha
mania de me jogar na piscina, chovesse ou fizesse Sol, frio ou não. Por isso me
afastei dele, mas às vezes por falta de companhia me aproximava, principalmente
quando algum tio ou primos vinham passar alguns dias na chácara. O Tijulim
participava e incentivava tais atos e muitas vezes iniciava as torturas. Hoje
ele é um pacato cidadão interiorano com um casal de filhos quase adultos e nem
se quer lembra aquele adolescente rebelde, e quando estava próximo a mim
(torturador).
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
PMM 153
O último pensamento na
realidade formara-se em minha mente primeiramente assim: - me encontrando em
certo estabelecimento avistei no canto oposto, uma senhora, perguntei a pessoa
que se encontrava à mesa comigo, se ela não seria a esposa de um amigo nosso. –
sim, é a ex. Fiquei entristecido, pois tenho amizade com todos os membros da
família daquele através de quem a conheci, na época sua esposa. Logo após ela
passou por mim e nos cumprimentamos, tendo ela me convidado para ir aonde se
encontrava em meio a amigos. Fiquei receoso, pois entre outras pessoas que a
acompanhavam estava um jovem que aparentemente lhe era íntimo, então me veio à
mente que de uns tempos para cá tenho tido problemas com homens ciumentos.
Voltando ao que interessa: - este sentimento de tristeza me é normal, sempre
que ouço conversas de casais separados, principalmente se partem de seus filhos
e até mesmo dos ex-cônjuges. Acredito que estes fatos, não por questões
religiosas, mas para o bem da sociedade devem ser discutidos, esclarecidos e
principalmente evitados, pois percebo que na maioria das vezes traz infelicidades,
e normalmente entre os meus círculos de amizades é veemente reprovado.
Pessoalmente cito o caso de meu pai, tendo eu percebido (no dia narrado na
primeira parte de minha autobiografia) que ele não perdoou seu pai por ter
abandonado sua mãe e entrado em outro relacionamento e também não perdoou sua
mãe pelo mesmo motivo. É lógico que tem que ser levado em conta todos os
episódios trágicos que precedem e sucedem este triste acontecimento.
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
RMM – Autobiografia 173
Este fato foi muito
marcante, e sempre é comentado nas reuniões familiares. Ao contrário do que eu
imaginava não me bateram, a punição que me deram foi lavar a ensanguentada
varanda, enquanto ouvia as admoestações de minha tia. Alguns meses após o
incidente a Geni numa conversa particular na sala da casa, procurando demonstrar
muita sensibilidade nas palavras, dizia que não me perdoaria pelo acontecido,
repetindo várias vezes e complementava (mesmo que você me peça perdão de joelhos).
Percebi que toda a encenação era no intuito de me fazer chorar e provavelmente
perdi-lhe perdão, no momento me deu vontade de rir, porém contive e nada falei.
Há poucos anos atrás ela disse a todos que eu tinha lhe pedido perdão chorando,
mas retruquei dizendo que isto num determinado momento foi a sua intenção, mas
não ocorreu. Fiquem todos sabendo que o beneficio (religiosamente falando) do
perdão recai sobre aquele que o oferece, assim que este põe em seu coração que
o transgressor está perdoado se livra de qualquer punição posterior, sendo que toda
responsabilidade no julgamento (se houver) é daquele que praticou o mal.
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
PMM 152
“Em briga de marido e
mulher ninguém mete a colher”. Vejam sós em que hipocrisia vivemos, passei
quase toda a vida ouvindo, repetindo, e acreditando nestas palavras, e creio
que dezenas de milhões de brasileiros de todas as classes sociais também, até
que alguns dias atrás, vi na TV, acho que uma parlamentar nossa dizer: “em
briga...meeete! sim senhor” . Foi preciso isto para me despertar a este
respeito, já na idade em que me encontro. Por acreditar nos dizeres daquela
senhora declaro: - desde tempos remotos ouço comentários de mulheres batalhando
por separações, principalmente devido traições de seus esposos e/ou violências físicas
e psíquicas. Porém em tempos recentes algo mudou em suas mentes, provavelmente
influenciadas por tudo o que a mídia distribui e algo mais. Tenho ouvido comentários
de vários homens (largados) que dizem não compreender porque suas companheiras
optaram pela separação, sendo que eles se consideravam bons pais e também maridos.
Segundo o conhecimento que tenho, no caso de já terem filhos, não cabe apenas a
um ou a outro este procedimento, deve-se escolher o melhor caminho levando em
conta outros envolvidos, principalmente os filhos, pois eles são muito afetados
quando acontecem tais rachas. A sociedade também perde, pois a família é sua
base. Por tanto se não por uma questão religiosa, mas para o bem estar de todos,
o ideal é nos esforçarmos o máximo possível, para levar adiante a iniciada vida
de casal. Pois a sociedade, queiramos ou não, nos impõe as suas regras, e estas
são válidas para nossa sobrevivência, porque dela somos totalmente dependentes.
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
RMM – Autobiografia 172
Não sei se antes ou após a compra da fazenda, mas presumo
que eu tinha entre nove e onze anos de idade, quando protagonizei uma das cenas
mais violentas e chocantes da família. Estando a tia Daira realizando um corte
de cabelo em minha mãe na varanda da casa, saiu a molecada toda da piscina e foi
entrando. Não era costume meu fazer isso, pois sabia que alguma das mulheres
reclamaria e no caso específico desse dia era a Geni. Porém, como todos
entraram, me senti a vontade de também fazê-lo.
Fui
o último e era o mais velho da molecada, assim que passei pela varanda, copa
adentro, ela me surpreendeu com uma grande bronca e com o cabo do rodo
acertou-me a cabeça. Fiquei enfurecido, pois percebi que ela me fez de bode
expiatório (pois só entrei porque todos já haviam molhado o chão). Retirei-me
indignado, passei ao lado da mesa e avistei uma tesoura, daquelas grandes.
Peguei-a e fiz menção de arremessá-la. Minha tia gritou e a Geni também: Não,
não, não! Minha mãe nada disse, creio que estava adormecida ou sonolenta. Apesar
dos gritos, arremessei com força, sobrando tempo para Geni apenas virar as
costas. Todos gritaram novamente e eu corri.
De
longe, fiquei olhando a movimentação e chorando imaginando o tamanho da surra
que levaria. O Charger R/T estava estacionado perto da piscina, mas acho que o
Júnior havia guardado a chave ou até mesmo levado consigo para o colégio. Por
fim, chamaram o Matsumoto, nosso vizinho (que daí a quase duas décadas depois se
tornaria sogro da vitima). Ah!!! A tesoura penetrou a uma profundidade mais ou
menos do comprimento de um palito de dente, por sorte, foi em sua nádega. Alguns
segundos depois ela se soltou e caiu.
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
RMM – Autobiografia 171
Falando em Chapecó, na terceira série chegou em nossa
classe uma coordenadora pedindo que liberassem uma das filhas do Salvador
(Chapecó), pois a mais velha se encontrava nas proximidades do colégio em um grupo
de amigos usando apenas o sutiã na parte de cima do corpo. Creio que todos os
meninos, assim como eu, tiveram vontade de ir lá. Até uns vinte anos atrás
ainda havia esse mercado, e uma coisa que jamais imaginei é que me tornaria
amigo de uma das netas do velho Salvador, Michele. Essa, há alguns meses atrás,
me perguntou quando falaria dela. Respondi que demoraria muito, pois quando a
conheci recém nascida já me encontrava perto dos meus vinte anos. Ela é e
sempre foi uma boa menina, com certeza também é uma boa esposa e também mãe.
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
PMM 151
No ambiente de
trabalho, o Malta (aquele que mais me faz companhia), surpreendeu-me a dizer
ter lido um texto meu: - ele é um dos poucos que não tem zap e diz não se
interessar por internet. Então lhe perguntei: - qual texto? O que você achou?- “Ah!
Falava qui você viu num sei uque na televisão. Aí eu pensei, uai o Marcão só
pode ta doido, esses pobrema com a muie ta dexando ele loco”. É óbvio que dei
uma gargalhada e lhe falei que esse tipo de comentário é normal com referência
aos textos. Mais tarde não me lembro o fim de outra conversa, mas iniciou-se
assim: - Marcão você que é um cara inteligente que escreve no blog,jornal e sei
lá uque. Então exclamei: - não sou inteligente, neste ínterim fomos
interrompidos por outras pessoas com outras conversações, porém gostaria de tê-lo
dito naquele momento. A verdadeira inteligência não é como a maioria pensa: ela
não consiste apenas na pessoa ter esse ou aquele curso; ou ter uma boa oratória,
nem tão pouco ocupar grandes cargos ou
fabulosas fortunas; não está ligada a estudiosos nem mesmo a cientistas e etc.
A verdadeira inteligência é uma força universal como sendo formada pela união de
várias mentes superiores, ela traspassa todos os indivíduos em nosso planeta,
porém raramente encontra alguém que possa percebê-la. Em um caso mais recente
certo cientista do início do século passado que teve o nome relacionado à bomba
atômica, conseguiu captar algo dessa força e durante várias ocasiões lhe foram
dadas oportunidades de falar a este respeito, porém ele escolheu ficar com os méritos
de suas descobertas e tornou-se não o maior gênio de todos os tempos mais
indiscutivelmente sua paixão pela fama e pelas câmeras o fez o mais conhecido
até os dias atuais. Para encerrar deixo claro que esta força teve sua maior
difusão no inicio de nossa era.
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
RMM – Autobiografia 170
Também na segunda série
no amigo oculto tirei uma menina:então eu e a Geni fomos ao mercado Chapecó,
comprar o presente, escolhi um cinzeiro de porcelana em formato de chaminé. A
Geni tentou me convencer a não comprá-lo, porém como insisti acabou cedendo
(naquela época havia uma grande difusão do hábito de fumar, por tanto não era
uma coisa tão absurda como seria hoje, presentear outra criança com um objeto
desses). Assim que a menina abriu fez uma cara de decepção, mas logo após deu
um tímido sorriso, creio que ela pensou: ah! Melhor do que sabonete. (que era absurdamente
o principal presente que eu e muitos outros ganhavam, tanto que fiz questão de
não participar mais daqueles eventos.
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
RMM – Autobiografia 169
Há dias não falo do
colégio, fiz a segunda série na Escola Classe-5 que é ao lado da 23, onde
conclui a primeira, dela só me lembro que havia um menino mais ou menos do meu
tamanho e idade, porém suas vestes eram bastante surradas e ele sempre me
ameaçava, até mesmo meu lanche era obrigado a dividir com ele às vezes. Um dia discutíamos
em relação a um pastel que eu comia, e não queria que ele o mordesse e nem tão
pouco dar-lhe por inteiro, então ficamos alguns minutos naquela disputa. Até
que ele pegou um objeto semelhante a um bastão no chão e fez menção de me
bater, já estava quase me rendendo quando o Jairo, que era um menino baixinho
de aparência oriental aproximou-se sem percebermos, e em movimentos rápidos
tomou o objeto do moleque e lhe disse: nunca mais mecha com ele, se eu ficar
sabendo que isso aconteceu novamente você ira ver o que vai acontecer. Agradeci
bastante a ele e provavelmente se não fosse esse evento não teria ainda a sua
imagem e nome em minha memória. Ah! Ele lutava taekwondo e me disse que não era
só aquilo, havia outras tretas entre eles e se por ventura algo posterior
acontece-se era só avisa-lo.
sábado, 18 de outubro de 2014
Eu Sou Deus (PMM 150)
Um silêncio absoluto
reinou neste seu primeiro discurso, apesar da grande multidão que foi estimada
em torno de trinta milhões de pessoas, tornando-se assim o maior evento em número
de participantes pelo curto espaço de tempo. Mesmo alguns veículos de imprensa
terem insinuado, que o local escolhido teria sido propositadamente para
dificultar o acesso de um tão grande número de pessoas, na prática foi o
contrario. Eles estavam realmente preparados para receber aquele grande
publico, tendo sido enviado dias antes, várias equipes para se reunir com os responsáveis
pelas aglomerações em Meca, e também dos grandes festejos místicos da Índia. O
terreno do evento era a união de quatro bordas de terras mais elevadas, aonde
no ponto exato da convergência fizeram um palanque que ficava a uns 7 metros de altura,
do nível do solo exatamente aonde estava instalada, sendo que nos 4 elevados
para se equilibrar a essa altura, percorreria-se um raio de dois a três quilômetros,
por isso praticamente todos tinham condições de deslumbrar de alguma forma a
figura de Eu Sou Deus, pois o palco era arredondado e a maior parte do tempo
estava ocupado por ele, que se movia para todos os lados na medida do possível.
Em seu redor imediato estava as autoridades e celebridades de todo o mundo, e
dispunham de mais de 100 microfones que em ordem deveriam ser usados um por vez
somados a mais 200 que situavam-se entre a outra imensa massa humana. Em resumo
tudo estava programado para acontecer na mais perfeita ordem.
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
RMM – Autobiografia 168
O
Dilermando (nome que também achei esquisito), representava sua família que
residia na Bahia, no negócio da fazenda, a todo momento insistia nas vantagens
da compra, porém meu pai normalmente acenava a cabeça em oposição, quando
falava dizia não ter condições para assumir tal negócio. Passaram-se pouco mais
de um mês e ficamos sabendo que a fazenda era nossa. (até hoje é difícil para
mim lembrar dela, pois ainda reside em meus pensamentos aparecendo sempre em
sonhos ou pesadelos, fiquei sabendo a dias
atrás que quando se perde um ente querido, é mais fácil esquecer do que quando
se perde um grande bem material). Minha mãe dizia que o Dilermando havia
dividido em não sei quantas vezes o valor da compra, mesmo assim meu pai teve
grandes dificuldades para pagá-lo, tendo até mesmo de desfazer da caminhonete,
para cumprir o compromisso.
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
PMM 149
Esta semana ao colocar
no canal de TV (pública), aberta, deparei com um depoimento de certo idoso, que
pelas feições diria não ter menos que 70 anos. Ele dizia palavras inteligentes,
ligando os humanos à natureza, ao mundo e ao Universo. Pensei: quem será este sábio?
Um escritor? Um pensador descoberto recentemente pela mídia? Porém logo
mostraram outros depoimentos. Terminou o programa levando-me a crer que se
tratava apenas de um anônimo idoso, e pela linguagem e características de todos
envolvidos, creio que tudo se passava aqui na America Latina.Gostaria de ter
ouvido mais daquele senhor, mas não sei o que fazer. Porém quero deixar claro a
todos, que se eu ouvi falar de algum homem neste mundo, que esta demonstrando
uma inteligência fora do normal, tenho condições de dizer sem margem de erro,
se ele faz parte de uma filosofia universal ou simplesmente mundana, que é a
que muitos julgam conhecer. Infelizmente no momento, o único nome que posso
citar com sabedoria infinita relativamente adquirida e demonstrada a nós, em
tempos não muito longos, teria que retornar a quase um milênio e citaria um tal
Franscisco (aquele de Assis).
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
RMM – Autobiografia 167
Meu pai realmente
estava com muito dinheiro, pois logo após a viagem à Manaus fomos visitar uma
fazenda aqui na BR-060 depois das 7 curvas, na época a entrada ficava em frente
ao café Bahia. Fomos numa caravana de três ou quatro carros, sabíamos que a
intenção era de comprá-la, mas pensávamos que pelo tamanho da fazenda e seu
alto preço o negócio não se realizaria. Nesse dia passei pela pior experiência
de minha vida, estando todos nadando no Rio Areia que estava com suas águas
acima do normal, eu na margem temeroso por nunca ter visto tanta água, quando
de repente, minha mãe a não mais que quatro metros de mim começou a se afogar e
gritava: - socorro,me acode, me acode. Eu semelhantemente gritava pelos adultos
que se encontravam na água, porém pela algazarra ninguém nos escutava, então
imaginei que minha mãe fosse morrer, até que apareceu a Geni ao seu lado, e
minha mãe brigava com ela dizendo para que se afastasse, mas como sempre foi do
seu hábito, ela insistiu, indo por trás de minha mãe e a empurrando com toda a
força até chegarem ao raso, após ela sair chorando e tossindo que os adultos
ficaram sabendo do ocorrido.
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
PMM 148
Sexta-feira passei por
uma inusitada situação, aos primeiro raios do dia me encontrava sobre um monte
de brita, na área em que trabalho. Isto devido estar tentando resolver um
problema de telefonia móvel, quando um cãozinho começou a chorar próximo a mim,
tendo a atendente me perguntado se aquilo estava mesmo acontecendo. Respondi
que sim, por ele estar meio perdido (mas no início da ligação eu já avistava na
margem oposta da pista, um vulto negro e imóvel, mais ou menos a uns 60 metro
de onde me encontrava) e aproveitando a intercessão da moça, pedi licença para
gritar a cadela; pretinha, pretinha... Tive vontade de ir correndo até o vulto,
mas se descesse da tal brita a ligação provavelmente acabaria. Logo após dirigir-me
até lá, e a cada passo que dava confirmava meu receio, ainda fiz uma espécie de
massagem com os pés em seu inerte porem conservado corpo, então me lembrei dos
dois lindos filhotinhos que pela primeira vez os havia visto caminhar na noite
anterior. Fui até eles e dormiam um junto ao outro. Não sabia o que fazer, mas
pensava em algo, meio envergonhado do que poderiam achar peguei a cadela pelas mãos
e a trouxe lote adentro,em seguida segurando as duas criaturinhas os coloquei próximos
as tetas, onde eles imediatamente se agarraram alheios a tudo, e dali não saíram
mais, pelo menos durante o tempo que estive presente. Pensei que de alguma
forma aquele animal poderia ter uma alma, e talvez ela reencarnasse, provavelmente
apenas um devaneio. É lógico que lágrimas foram derramadas neste solitário luto.
terça-feira, 7 de outubro de 2014
PMM 147
Estava em dúvida se
falaria algo mais sobre... Porém devo dizer que o citado “momentos turbulentos’’,
foram principalmente provocados pelo fato da pessoa que a mais tempo fica ao
meu lado fisicamente, ter dito que não seria mais assim.Não esperava que isso
pudesse acontecer um dia. Vários pensamentos apoderaram-se da minha mente,
transformando-se em algo quase insuportável, entre eles citarei: é possível que
após 2000 anos estaria ainda valendo a expressão; “os profetas são menos
acreditados entre os de sua própria família e comunidade”. é lógico que o termo
profeta não se refere a mim, mas alguns no início de meus estudos (assim me intitularam),
que alias começaram a quase três décadas, e desde então continuo procurando
entender tudo que se concerne a esta coturbada relação, deste mundo físico ao
espiritual ou vice-versa. Todos mais próximos a mim sabem dessa minha dedicação
desde jovem, quando por meses me abstive de todas as coisas para estudar a bíblia.
Desde então nunca mais parei com meus estudos e experiências. Poderia ser que
estes que acompanharam essa minha jornada, fossem os primeiros a me abandonarem
ou me ridicularizarem? Sim, essa foi minha grande preocupação.
Baseado em meus estudos reafirmo: Deus envia partes de si
para habitarem em nossas mentes e cabe unicamente a nós aceitá-las ou não; Ele
pessoalmente habita no centro do Universo que gira ao redor desse Local fixo,
onde é a sua residência. À ciência deverá descobrir (se já não descobriu) em
breve este fato e poderá confundir a intensa luz que emana Deste local com escuridão.
Quanto a este último apenas suponho e quanto ao fato anterior, não quer dizer
que a ciência saberá que ali se encontra Deus, isto só ocorrerá quando os
cientistas incorporarem as suas crenças e misticismos em suas experiências e
estudos.
Procurando pelo último texto escrito da ficção, Eu Sou Deus,
para poder concluir a próxima parte, deparei com este, que ficou esquecido a
mais de mês, talvez por tê-lo achado pesado deixei-o de lado, e agora esta aí
para penetrar nas mentes daqueles que o lerem. Cabendo a cada um aceitá-lo ou
não.
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
RMM – Autobiografia 166
Era normal eu fazer
comparações dos bens do meu pai aos do Tozinha, à partir de quando comecei a
viajar frequentemente à Nova Veneza, por volta de um ano e pouco meu pai
comprou a chácara, então eu pensava: a chácara do meu pai e maior e vale mais
do que a do Tozinha; que também tinha uma c14 e logo após meu pai adquiriu uma
c10, a do meu pai vale mais, porém o Tozinha tinha ainda a fazenda, e por volta
de 74 meu pai também adquiriu uma. Então ficou evidente para mim e para todos
que o patrimônio de meu pai era bem maior, por falar nisso as casas e os lotes
que pertenciam a ele às vezes nem sequer chegávamos a tomar conhecimento.
lembro-me através de uma foto, que ainda temos, de um grande lote, não sei se
eram os 14, que hoje pertencem a uma área nobre de Taguatinga ou se era outro.
Lembro-me também de um dia ter ido ao núcleo bandeirante, (que era uma cidade
formada por pequenos lotes para a época, compostos de barrados de dois
pavimentos, todos homogêneos) ver um lote que meu pai acabara de adquirir. Ah!
Se quiserem ver um desses barracos creio que existam alguns poucos ainda
conservados.
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
RMM – Autobiografia 165
Hoje em dia não ouço falar
de morador de rua em Nova Veneza, mas na época tinha uma tal de Bastianinha e
um outro, Negão da Reta, o último às vezes pousava num paiol no sitio da tia
nega, e era normal nós ficarmos zoando uns aos outros dizendo que fulana era
namorada do negão e que ciclano da Bastianinha. Também em nossas conversas as
crianças de lá, sempre diziam que viram eles fazendo isso e aquilo outro, vez
em quando mexíamos com eles a uma media distancia as vezes quando irritávamos muito a Bastianinha ela nos ameaçava com pau
e pedras. Havia uma historia que em determinado dia o tio Julinho levantou a
saia dela, tendo por isso levado uma surra. Ah! Antes que eu me esqueça, era comum vermos
até aquela época, principalmente mulheres com grandes papos alguns se igualavam
a altura dos seios.
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
RMM – Autobiografia 164
As meninas também
falavam muito em ir à fazenda, que se situava na área rural chamada Souza, até
que um dia empreitamos nesse passeio. Andávamos despreocupadamente, até vermos
algumas vacas a margem da estrada numa distancia próxima a 10 metros, como
deveríamos prosseguir eu morrendo de medo abaixei e caminhei, o mais rápido que
pude pedindo que elas me acompanhassem. Andei por vários metros nessa posição,
com o olhar fixo nas vacas, quando voltei o rosto para estrada, deparei com ela
toda ocupada por um grande rebanho de gado, olhei ainda ao redor e estava só,
pensei: - é o fim acabou. Ainda muito abalado virei-me ao contrario, para
tentar correr, só ai vi as meninas chegando, com um vaqueiro conhecido que as
protegia então senti um grande alívio.
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
RMM – Autobiografia 163
A menos de 300 metros
da casa de minha tia tem um pequeno córrego, que se agiganta na época da cheia.
Certo dia, reunida toda molecada, brincávamos alegremente, até sermos interrompidos por uma
grande bronca do tio Tozinha, mandando -nos voltar para casa imediatamente e
dizendo que merecíamos uma boa surra, ao seu lado o Tio Toninho ainda atordoado.
Porventura o Tozinha o encontrara a quase cem metros, da área em que estávamos.
Tendo sido ele arrastado pela pouca, mas forte água do córrego. Neste dia e nos
outros que seguiram, só ouvíamos bronca dos mais velhos por onde andávamos.
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
RMM - Autobiografia 162
Às vezes dormia na tia
Nega, gostava de ficar com as meninas, porém a noite ela arrumava minha cama no
seu cômodo de costura que ficava separado do quarto delas por uma cortina, isto
me desencorajava de pousar por lá, pois dificilmente se quer dormia numa cama
só. Uma coisa que as meninas diziam com frequência é que se fizéssemos o dois,
de cima de uma goiabeira os porcos estando por perto comeriam. Passou algum
tempo até que nós realizamos essa façanha, pelo menos uma vez. Havia num cômodo
separado, do lado da casa do avô paterno delas, uma mesa de sinuca. Quando ele
nos permitia jogar eu ficava muito satisfeito.
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Epístola de Setembro
Novo jornal, nova foto.
E os amigos? Só aumentam em quantidade e qualidade. Quando o Fernando (Folha da
Copaíba) disse-me:
-
O Sadema nos deixou. Se quiser continuar comigo...
-
Já estou aqui, vamos trabalhar.
Apesar de ter iniciado no referido jornal através do
Sadema, sabia que pelo seu caráter ele jamais demonstraria alguma disposição de
me receber no Portal da Leitura (seu novo jornal). Se isto ocorresse, teria que
ser por iniciativa minha, como aconteceu agora.
Na última noite que estive na cidade, muitos me
constrangeram (modo de falar), como normalmente acontece, das pessoas ficarem
me agradecendo a todo o tempo:
- Você me ajudou quando precisei. (menciona um pacote de
arroz, um frango, etc.)
-
Que isso! Não fiz mais que a obrigação.
Ao
passar por minhas mãos, quebraram-se três ou quatro mercados. O meu grande
arrependimento é não ter conseguido atender alguns pedidos.
O
que mais me irritou em todo esse tempo foi quando aquele que tem por nome o som
do filhote da galinha ter feito a primeira festa do aniversário do seu filho,
praticamente bancada por mim, com a promessa de pagamento futuro (o que ainda
não ocorreu). Minha irritação, na verdade, foi ele não ter sequer me convidado
para a festa. Isso não atrapalhou nossa amizade, pois eu tinha uma dívida moral
com ele (coisa de homem).
Decepção
grande mesmo foi quando comprávamos bebida e a pessoa que eu acompanhava disse
ao dono do depósito (meu xará) que pagaria o valor do concorrente, o que daria
uma diferença de mais ou menos R$2,00. Isto agora, no réveillon. Percebendo que
a discussão era por isso, peguei a mercadoria e falei: “Vamos embora. Brigar
por essa mixaria?”. Em seguida, pai e filho não me responderam, quando lhes desejei
Feliz Ano Novo. Não me ouviram ou se negaram a retribuir. Detalhe: há uns 15
anos ficaram me devendo, entre outras coisas, um cheque de R$600,00, que se
encontra no fórum, e jamais lhes virei a cara ou deixei de cumprimentá-los por
isso. Estranho, não?!
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
RMM - Autobiografia 161
Lembrei agora, que
estando no sítio da tia nega, avistei uma cobra junto ao fogão caipira, alertei
os adultos, que a mataram. Tratava-se de uma esquisita (não sei se é considerada)
serpente, de cor amarelada e a calda não fina, terminando repentinamente
acompanhando a largura do corpo. Talvez por isso a chamávamos de cobra-de-duas-cabeças,
pois estando ela parada é difícil identificar o que é cabeça ou calda. Já havia
visto uma na época do posto, e após esta também vi outras. Acho que elas gostam
de ficar sob a terra.
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
RMM - Autobiografia 160
Numa tarde, ao chegar
com as vacas próximas ao curral, para o aparto, deparei com uma cobra, não tinha
mais que um metro e constituía-se de cores vivas, fui até os adultos peguei um
machado e disse que iria matar uma cobra, minha mãe recomendou cuidado. Procurei em meio à vegetação encontrei
e matei o bicho (não imaginava que me tornaria
por anos um matador de cobras). Quando retornei minha mãe falou que para este
tipo de situação seria melhor usar uma vara flexível. Encontrávamos frequentemente
também pela chácara, uma pequena cobra que chamávamos de cobra de vidro, pois
ela literalmente se quebrava com facilidade e quando assustada se estivesse sobre
o chão seco e liso, movimentava-se muito rápido como fazem as cobras, porém não
saia do lugar. Um dia vi uma se alimentando de capim.
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
RMM - Autobiografia 159
Assim que passei a
frequentar a chácara, avistava varias ratazanas, que andavam próximas a casa
dos japoneses, principalmente no quintal da frente que dava para a casa onde iríamos
morar, então algumas semanas após a mudança fui até lá armado de varas, paus e
pedras. Consegui matar algumas, dias depois chamei o Samaroni e a Célia para
matarmos outras, que ficavam no galpão geminado a casa do Japão. Eram impressionantes os chiados de desespero
que os bichos davam, quando começávamos a revirar a bagunça, já corriam
emitindo altos sons. O ponto crítico foi quando uma das grandes subiu pelas
pernas da Célia, que ficou paralisada. Após esse incidente suspendi a matança,
e tirei a Célia da cena. Ela não tinha mais que 5 anos de idade.
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
RMM - Autobiografia 158
Até então ainda víamos muitos hippies, com suas calças boca de sino
arrastando pelo chão, envolvendo normalmente altos tamancos de madeira: diziam
que eles não tomavam banho e para nos era normal evitá-los, de igual modo agíamos
com referencia aos crentes que eram pouquíssimos comparados aos dias de hoje e
os que mais se destacavam eram as testemunhas de Jeová. Em nova Veneza havia
uma congregação próxima a casa de minha avó paterna (vó Rita) evitávamos até
mesmo olhar naquela direção.
De modo geral as pessoas eram demasiadamente feias
principalmente os homens, pois não se cuidavam e normalmente faltava algum
dente na boca, quando não usavam dentaduras ou aparelhos que se chamavam pontes:
umas eram móveis que imitavam a dentadura e outras deixavam metais à mostra
permanentemente. Era normal vermos mulheres com grandes bobes, presos ao cabelo,
andando pelas ruas e também nunca se arrumavam a não ser para algum evento,
pelo menos era assim na minha região.
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
PMM 146
“Tá precisando rezar
mais, orai e vigiai.” “vá se tratar, camarada! Procure ajuda profissional...” “agora
eu fiquei preocupada. Coitada da rose.” “coitado é do Pedro, ele que ta agora
redigindo o blog... kkkk imagina meu pai ditando isso e o Pedro escrevendo...”
Estes foram os maldosos comentários que pessoas próximas a
mim, fizeram no face: logo após a publicação do último pensamento, ainda bem
que se dirigiram ao autor não ao texto.
Quando
faço uma leitura, repito quantas vezes for necessário para sua compreensão, às vezes mesmo procedendo assim não me vem o
entendimento. Deixo-a para uma análise futura, ou quando vejo uma obra de arte
como quadros etc. Sei que não vou compreender, então apenas contemplo. Na formulação
do citado texto em minha mente, pensei em escrever coisas pessoais, mas ao
pegar a caneta elas foram partindo para o campo filosófico, provavelmente
movida por forças estranhas que se encontram em mim.
Obs: este texto fiz
poucas horas após ler os comentários no face, agora trinta horas após o ocorrido,
digo referindo-me as pessoas ligadas aos comentários respectivamente.1 minha Irmã
caçula tem como hábito preocupar-se mais que qualquer outro membro pelo bem-estar
da família, portanto pode ser que não tenha havido maldade em suas palavras e
devemos realmente orar e vigiar; 2 meu cunhado ou ex não sei, tem passado por
problemas, tentando superá-los dedicando ao humor, principalmente via zap. Considerei
alguns sarcásticos e estava pensando numa forma de alertá-lo sem desagradá-lo; 3
este foi o da minha mais nova cunhada, que pegando a onda teve a infelicidade
de citar uma pessoa, que não quer seu nome relacionado a meus textos ou a
certas atitudes minha;4 por último minha filha que em referencia a mim,
procura se portar como uma pré adolescente rebelde, apesar dos seus quase
trinta anos e incutiu no erro de sua atual tia.
Tenho certeza que se realmente estiver passando por momentos
difíceis, posso contar com qualquer um dos citados.
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
PMM 145
Por momentos
turbulentos tenho passado.Numa forma poética religiosa poderia descrevê-los assim:
me encontro só, fisicamente, do meu lado esquerdo;um aglomerado de demônios; a
direita alguns seres contidos por luzes tão intensas, que ao penetrarem meu cérebro
o confundi, tornando-as para mim quase em escuridão e dificultando identificá-los
individualmente.Um eu sei que percorreu trilhões de quilômetros, traspassando
varias galáxias e universos, vindo realmente de onde a personalidade ‘Pai De Toda
Criação’ reside (que é um local físico inatingível, até mesmo pelas mentes humanas),
O qual em volta todo o resto gira;outros se encontram aqui a centenas de
milhares de anos.Ao todo não totalizam sete figuras angelicais.Já os demônios conheço
a cada um, e o maioral é conhecido de todos, seu nome é egoísmo e no amontoado
se destacam ainda outros, em formas masculinas e femininas:Medo,vaidade,sexo,covardia,vicio,ignorância,orgulho,sensualidade
etc. Todos envoltos por uma densa nuvem escuta que leva o nome de mundo.Eles também
me conhecem e me chamam pelo nome,e murmuram.Como não os ouso bem dirijo-me a
eles para ouvi-los melhor, e entre outras coisas me dizem serem meus
companheiros a décadas, e não pretendem me abandonar pois suas companhias muito
me agrada, e que também devo tudo o que sou e tenho a eles. Servem-me comidas e
bebidas e na descontração da conversa, esqueço-me totalmente daqueles os quais
virei as costas, até ouvir sussurrarem meu nome, viro-me e fico no limiar da
fumaça, quando um deles, aproximando-se põe as mãos em meus ombros e fixa-me o
olhar, nesse instante os demônios me envolvem, a ponto de não mais perceber as mãos
daquele anjo, me desespero e procuro acordar, por pensar que tudo possa ser um
sonho ou pesadelo, mas percebo que tudo e mais que real,então um vazio subitamente
me consome.
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
RMM - Autobiografia 157
No programa Flávio Cavalcante
apareceu um hippie magrelo e acanhado, assim que começaram a tocar os
instrumentos, ele entrou com o vocal sendo interrompido pelo apresentador por
um ou dois minutos, não me lembro do motivo, após recomeçarem achei muito
estranho a música que falava entre outras coisas: boca cheia de dente e corcel
73. Tratava-se da primeira apresentação do Raul Seixas na TV. Por falar em
carro outros que se destacavam era o esportivo puma e o similar SP2 da VW. Os
caminhões eram os caras chatas da Mercedes e um tal de FNM (fenemê), havia também
as Scania vermelhas ou amarelas com uma grande buzina expostas na parte externa
do veículo próximas ao motorista e outros caminhões acho que da Ford, tipo
esses que transportam estudantes em filme de terror americano, no caso aqui a
versão fechada chamávamos de jardineira.
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
RMM - Autobiografia 156
Esta foi à última coisa
que eu consideraria sobrenatural, a ocorrer comigo: as primeiras foram duas
aparições de homens adultos (RMM-13) na casa anterior ao posto, a seguinte que foi a única envolvendo toda a
família já no posto (RMM-49). A da QNA foi a segunda mais assustadora (RMM-100)
só perdendo para a manifestação do posto que realmente foi sobrenatural,
comprovada pela quantidade de testemunhas. Resumindo, ocorreram todas entre os
5 e 9 anos de idade, porém sons de objetos e outros barulhos que eu ligava a
fantasmas como passos ou socos, persistiram até meus 14 anos que por vergonha
tive que enfrentar estes meus terrores.
Nessas torturas noturnas que eu me submetia às vezes
pensava: será que são os alquimistas que estão chegando?(Jorge bem).
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
PMM 144
Ao pessoal do zap: sei
que são todos amigos e parentes, mas no momento encontro-me impossibilitado de
participar dessa comunidade.Assim que ouvi falar de vocês no final do ano
passado tive algum interesse, e até cogitei adquirir um outro celular para ingressar
nessa onda, porém fui enrolando, e quanto mais passei a saber a respeito dessa
novidade menos interesse tive, além de tudo percebi que a Rose (esposa) não desgruda desse negocio. Então comecei a dizer a quem quisesse
ouvir que não trocaria de celular e não participaria de zap zap algum, porém não
me ouviram. Ganhei no dia dos pais um aparelho, e complementando o presente me
colocaram entre vocês. Sinto-me um penetra, pois desde jovem procuro não ceder
a modernismos. Já enfrentei problemas ao adquirir minha primeira televisão após
casado, o que também ocorreu com o computador, videogame etc. Até mesmo quando
me impuseram meus velhos celulares.
Resumindo: se alguém quiser me desligar estão autorizados,
só não aceito no caso dos herdeiros do Lindolfo se proceder daquele que quer ser
o manda chuva, cujo nome e Huascar, pois ele me deve. Quando ainda jovem nos
massacrou numa guerra de limões, eu e o than que seguindo os de sua nação
(kamikase), entrou na batalha apenas por companheirismo sabendo que a derrota seria iminente. Mas não precisava ser bombardeado por tantos limões,
principalmente na cara e orelha pelo tal manda chuva e também o futuro
candidato Samaroni.Tendo eu ficado envergonhado diante de seus pais, por
receberem o filho todo lambuzado, avermelhado e aos prantos.
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
RMM - Autobiografia 155
Por falar em fantasma, após
poucos meses da mudança (ah! Lembrei-me agora que a casa tinha dois quartos,
passando a três quando meu pai acrescentou um cômodo e varanda na área do fundo).
Sendo que dormíamos todos em um quarto separado pela sala do quarto de meus
pais. Tendo eu acordado um dia no meio da noite como de costume, tive a impressão
que algo se movia sobre um colchão de mola numa cama vazia próxima a porta. Pensava
eu, que poderia ser uma forma de pessoa em pé sobre a cama, como estava entre
as meninas criei coragem para dar uma olhada, e vi uma aparência como se fosse
uma grande vela na vertical no que deveria ser a cabeça do ser. Apesar de ela ter luminosidade própria a luz limitava-se
apenas ao objeto. Assim que vi cobri logo a cabeça e os barulhos continuaram até
eu pegar novamente no sono.Provavelmente tentei acordar alguma Irma mas não tive
êxito.
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
RMM - autobiografia 154
De volta a 73, creio
que neste ano meu avô Lindolfo faleceu segundo minha memória, pouco antes de
mudarmos para a chácara. Após um ou dois meses a Geni acordou em prantos no
meio da noite, e todos se dirigiram a ela, que repetia várias vezes:- estou com
saudade do vovô. Eu pensava:- ela deve ter visto alguma assombração e chorou
para chamar atenção, já faz tanto tempo que o velho morreu porque ela foi
chorar logo agora?
Esta primeira morte de parente me afetou muito pouco,
quando fiquei sabendo foi como se dissessem que ele havia feito uma viajem sem
volta. Pouco senti, apenas pensei:- nunca mais ouvirei seu ronco. Já sabia que
ele iria para o purgatório segundo ouvia falar ou no Maximo apareceria ou
falaria com alguém numa forma fantasmagórica.
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
RMM-Autobiografia 153
Benjamim tinha dois ou três filhos e a que me chamava
mais atenção era a Abadia (nome que também não conhecia e lembrava-me a palavra
bacia), de idade próxima a minha.
A casa deles era
simples, mais já poderia ser considerada moderna naquela época. No banheiro eu
sentia um cheiro diferente, após muitos anos percebi que quando se consome
muita cebola por alimento, fica um cheiro semelhante nesses lugares. Lá também tive
meu primeiro contanto com o xadrez, achei muito estranho todos aqueles
movimentos das pedras, vendo a Abadia tentando ensinar o Júnior a jogar. Quis
jogar dama no tabuleiro mas não permitiram, bobagem poderia jogar. O mais difícil foi após a viajem ouvir
a música dos foliões durante semanas ininterruptamente em nossa casa, meu pai não
cansava de executá-las
sábado, 16 de agosto de 2014
Eu Sou Deus (PMM 143)
Enfim o dia chegou, e como era de se esperar Eu Sou Deus
iniciou pontualmente às sete horas aquele grande evento, com um discurso de
abertura, que em suma dizia:
-
Cidadãos deste mundo, é com grande prazer que venho vos falar, porém, como foi
dito há 2000 anos, para o mínimo de compreensão do que tenho a dizer,
necessário é que vocês se tornem como crianças, esquecendo dos seus problemas
cotidianos, suas tradições e até mesmo das coisas que vocês imaginam saber,
devido a tudo que a ciência moderna lhes oferece. Sendo assim, corrijamos um
grande erro do qual vocês ainda se encontram aprisionados, como nos tempos
medievais, este mundo não é o centro do universo, como deixou claro Galileu e
segundo descobertas recentes, em boa parte da infinitude das estrelas existem
planetas, portanto é inconcebível e irracional, para não dizer outra palavra,
vocês continuarem acreditando que haja apenas Deus, o Filho e a população deste
planeta, no imensurável mundo físico, uma prova sou eu, que vim de uma distante
esfera, como relatei em minha chegada. Deus e seus cooperadores não vivem
vagando por ai, em meio a almas penadas, demônios e espíritos de mortos, como a
vossa tradição faz com que suas mentes acreditem. Ele é um ser muitíssimo
ocupado, da mesma forma que seu Filho, mas sua ocupação não restringe apenas a
vocês, olhem além do sol e das outras estrelas, e percebam que a expressão “sua
imagem e semelhança”, ainda não pode ser compreendida por essa geração.
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
RMM – Autobiografia 152
Encerrando esses mal-entendidos,
narrarei os fatos ocorridos em outra viagem logo após a de Caldas. Depois tentarei
voltar com a cronologia da autobiografia.
O principal objeto que meu pai trouxe para uso próprio de
Manaus, foi uma pasta estilo 007 que quando aberta a tampa dividia-se em duas
caixas de som, e a base era constituída de um toca-discos, rádio AM-FM e também
um toca-fitas.Em posse desse instrumento fomos a Damolândia e hospedamos na
casa de um primo dele chamado Benjamim (nunca havia até então ouvido
falar esse nome, achei muito estranho, talvez eu entendesse e pronunciasse Beijamim). Na cidade realizava-se uma folia de reis e nós fomos especialmente
por esse motivo. Ficamos por lá quase uma semana acompanhando os festejos e meu
pai com certeza era o homem que mais se destacava, participando de tudo e inclusive
gravando as músicas que os foliões entoavam. Comíamos bastante e também havia
muita bebida acho que por isso até hoje falo: em folia não pode faltar comida e
nem cachaça.
O ponto alto era quando ele demonstrava as gravações, todos
se reuniam em torno do aparelho e se admiravam.
sábado, 9 de agosto de 2014
PMM 142
Pai!
Segundo Fábio Júnior:
- Herói, bandido, hoje mais que amigo.
Há horas atrás, alguém próximo, definiu-o:
- Panaca!
Minha sogra, pelo menos em minha presença, fala:
- Pai"Aço".
Qual poderia ser sua real definição (se é que existe)?
Segundo Fábio Júnior:
- Herói, bandido, hoje mais que amigo.
Há horas atrás, alguém próximo, definiu-o:
- Panaca!
Minha sogra, pelo menos em minha presença, fala:
- Pai"Aço".
Qual poderia ser sua real definição (se é que existe)?
No meu caso particular, me identifiquei com o cantor. Porém, na condição de pai, infelizmente, não posso nada dizer, deixo aos filhos. A mulher mais próxima a mim (após minha mãe) me dá a entender que não sou um bom. Porém, segundo meus princípios, procuro ser, na menor das hipóteses, como o meu foi: presente, independentemente da ausência provocada por substâncias alucinógenas, no caso, álcool. E quanto a muitos que trocam filhos por pernas abertas e, no final, arrumam justificativas infundadas, a não ser pelas suas próprias lógicas?!
Dias atrás, perguntando a um amigo como estava o seu pai, respondeu-me:
- Não sei, não estou falando com ele.
Retruquei:
- Já te falei para não agir assim, um dia você irá se arrepender. Vou lá vê-lo e você irá comigo.
- Não sei não.
Respondeu.
Para encerrar... um fato muito marcante foi quando um pai disse a uma de suas filhas mais velhas em minha presença:
- A coisa mais importante de minha vida são essas duas meninas.
Referindo-se as suas duas filhas mais novas, fruto de outro relacionamento. Fiquei absolutamente chocado.
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
RMM – Autobiografia 151
Por falar em memória, é lamentável informá-los que cometi
alguns equívocos.
Após
o relato da RMM 143, estava na casa de minha mãe e resolvi procurar as fotos da
viagem a Manaus para conferir as datas. As fotos foram impressas em janeiro de
1974. Coloquei a outra data confiando na Célia que, com certeza, tem algumas
dessas fotos em sua casa, pois ela gosta de preservá-las.
Também,
logo após ela me dizer de datas em fotografias, olhei uma via computador (que
meu primo Wilton conserva), e estava datada no ano de 1966, sendo que mostrava
o batizado do Samaroni, ainda recém-nascido. Fiquei surpreso, pois tinha
certeza que ele era mais novo, porém, como os fatos mostravam o contrário, me
retratei quanto à sua idade na RMM 139. Numa investigação posterior, descobri
que ele ou o Wilton simplesmente chutou a data e colocou-a aos pés da
fotografia, o Samaroni nasceu mesmo em 67, o que invalida meu escrito da RMM
139 quanto ao seu nascimento.
Desculpem-me,
simplesmente acreditei nas pessoas, como me é habitual.
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
RMM – Autobiografia 150
Apenas por curiosidade...
A
menos de 100 m da lagoa de água quase fervente, corria um córrego de água
natural que, na época, encontrava-se barrenta devido às chuvas de início de
ano. Essa mesma água era aproveitada para as necessidades. Os banheiros, que
eram quatro ou cinco, um ao lado do outro, interligavam-se através de regos,
onde fazíamos o “um” e o “dois”. Sobre os banhos, acho que ocorriam nas bicas.
Tudo
o que me lembro dessa viagem se encontra aqui. Qualquer coisa que, porventura,
não tenha citado, é como se não houvesse existido, de acordo com minha memória.
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
RMM – Autobiografia 149
Havia acabado de ser lançado o guaraná Antártica
caçulinha, em certo momento disse ao Huascar que queria tomar um. Ele disse: “É
só ir lá e falar que você é o filho do Odilon, e vai pegar na conta dele”. Fui meio
acanhado e disse ao responsável pelo bar (que tinha como parede lascas de
bambu), e ele me atendeu. Naquele dia e no outro não bebi água, apenas refrigerante.
Logo após esse grande consumo da bebida, meu estômago ficou ruim, tive vômitos
e diarreia. Sei que foi o refri, pois fiquei anos sem poder bebê-lo e até mesmo
o cheiro me causava mal estar.
terça-feira, 29 de julho de 2014
Epístola de Marco Marcial
Vasculhando uns papéis que estavam próximos à cadeira que
me sento para escrever, deparei-me com um jornal antigo, tratava-se da Folha da
Copaíba de abril de 2012. Nele eu dizia, entre outras coisas: “Levando em conta
os quase 2.000 acessos ao meu blog, imagino que menos de 10% das pessoas estão
realmente analisando toda essa elaboração de textos...”. Simplesmente falei
menos de 10% para não parecer pessimista, mas hoje acredito piamente que dos
15.000 acessos ao blog, no máximo 10 pessoas estão tendo curiosidade e
disposição de ler e acompanhar todos os textos que, aliás, aumentam 2 ou 3
páginas semanalmente, tornando, para os preguiçosos, cada vez mais difícil
conhecê-los.
Apesar de tudo, me dedico horas por dia a quase três anos
para passar a quem quer que seja todas as minhas descobertas via internet, e
procuro saber mais e mais sobre todos os acontecimentos que envolvem a raça
humana. Nesses últimos meses, fiz descobertas importantíssimas. Creio que já disse
que nada me ocorre sobrenaturalmente, apenas, às vezes, acontecem coisas
estranhas. Por exemplo: pela manhã ligo a TV do quarto e vejo algumas
programações na intenção de dar um cochilo. Porém, certo dia, levantei-me e fui
para a sala a procura de variação (TV fechada), de imediato errei a tecla do
controle e foi para um canal que raramente assisto. Nele, um documentário
falava de certo autor, no Brasil, seus livros estão diretamente ligados ao
espiritismo. Devido à elaboração do programa, fiquei curioso quanto a sua obra
e li algumas páginas do seu mais conhecido livro. Após isso, o li por completo,
assim como alguns outros. Falo de Pietro Ubaldi. O primeiro livro: A Grande
Síntese.
PMM 141
Devo esclarecê-los que não era minha intenção interromper
nem por um dia minhas publicações. Espero que as coisas se normalizem e eu
volte a cumprir o que prometi no PMM 124 e 126. Para o pessoal do facebook, aos
sábados disponibilizarei uns flashbacks em textos sequenciais, salvo o
terceiro, que é dedicado à ficção “Eu sou Deus”. Apesar de tudo... Bem, divulgarei hoje, em primeira mão, minha
epístola, que tem muito a ver com o que eu iria relatar.
segunda-feira, 28 de julho de 2014
RMM – Autobiografia 148
Atravessamos Caldas - algumas centenas de casas, ruas
barrentas, calçadas com paralelepípedos no centro – e, após alguns quilômetros,
chegamos a tal lagoa. Havia muitas pessoas acampadas principalmente vindas de
São Paulo, a temperatura da água não seria inferior a 50º (literalmente
cozinhavam-se ovos nela). Havia dois ou três tanques com menos de um metro
d’água, com quatro ou cinco bicas que traziam a quente água direto da lagoa por
gravidade. O local onde as senhoras lavavam as vasilhas era pequeno, lembro-me
que a Ruth, mulher do Saavedra e prima do meu pai, entrou em atrito com outras
mulheres, pois enquanto lavava os utensílios, se acomodou de forma que também
se molhava na água e demorava a sair; os mais jovens, dos quais me lembro mais
do Júnior e Huascar, passavam o tempo jogando sinuca e eu os incomodando
querendo jogar, mas eles diziam que era proibido, mesmo assim às vezes me
deixavam disputar uma partida.
sexta-feira, 25 de julho de 2014
RMM – Autobiografia 147
De volta ao passado: levantamos acampamento e partimos da
pousada rumo a uma tal de lagoa quente, logo na saída andávamos por uma estrada
de chão e pelo que me lembro estava prestes a ser asfaltada, ia na frente com
meu pai e mãe e outras pessoas no Charger RT, enquanto o Saavedra vinha logo
atrás dirigindo a C10, também de meu pai, lotado de pessoas (na cabine e carroceria),
ele se encontrava em pior situação do que qualquer outro do grupo devido ao
consumo de bebidas quando, de repente, beirou um pequeno barranco em torno de
um metro de altura, e este foi desbarrancando e levando consigo as duas rodas
da lateral esquerda da caminhonete, uma cena cinematográfica, não sei como ele
conseguiu escapar. Acho que muitos viram aquilo e pediram a todos os santos
para que ela não caísse, pois seria, provavelmente, uma catástrofe se isso
ocorresse, acho que meu ângulo de visão da cena foi o melhor de todos.
quarta-feira, 23 de julho de 2014
PMM 140
Tenho tido problema com as pessoas que me ajudam no blog.
Devo resolver nos próximos dias, mas, por enquanto, isso refletirá nas
publicações dos textos. Penso que deverei, eu mesmo, transcrevê-los para o
computador, mas minha aversão a tudo que se refere a ele muito me atrapalha.
Não
consigo entender como pessoas conseguem passar horas e horas em meio a fofocas
e coisas inúteis, compartilhando principalmente piadas e também uma grande
quantidade de pornografia em textos e vídeos. Ontem mesmo minha cunhada e seu
filho me perturbaram mostrando vários deles.
Dois
eram de certo pastor com o nome parecido com trivela: em um ele recitava um
texto engraçado referindo-se a Adão e Eva; noutro uma pregação recheada de
humor, evidenciando seu dom para palhaço. Até ver essas imagens, pensava que
nosso grande evangélico humorista era um que tem o nome começado por mala.
Em
outros dois vídeos, certa mulher e um senhor faziam discursos interrompidos por
risos, no que parecia ser uma espécie de parlamento europeu criticando a Dilma
por dizer que faria a copa das copas. Não ligo por ser chamado de bobo, porém,
não gostei quando a tradução referiu as últimas palavras do idoso como sendo: “Ela
pensa que está falando a bobos, como faz lá”. Para encerrar, li uma piada
dizendo que Manel não viria ao Brasil, pois ficou sabendo que aqui estamos
matando o português no facebook e no whatsapp. Sendo assim, por que também não
matar o inglês, para ver se talvez deixem de nos chamar de bobos?!
Obs.: Escrevi este
texto no início da copa e agora, realmente, sinto-me um bobo, juntamente com a
presidenta e muitos outros.
domingo, 20 de julho de 2014
Epístola de Marco Marcial
Vasculhando uns papéis que estavam próximos à cadeira que
me sento para escrever, deparei-me com um jornal antigo, tratava-se da Folha da
Copaíba de abril de 2012. Nele eu dizia, entre outras coisas: “Levando em conta
os quase 2.000 acessos ao meu blog, imagino que menos de 10% das pessoas estão
realmente analisando toda essa elaboração de textos...”. Simplesmente falei
menos de 10% para não parecer pessimista, mas hoje acredito piamente que dos
15.000 acessos ao blog, no máximo 10 pessoas estão tendo curiosidade e
disposição de ler e acompanhar todos os textos que, aliás, aumentam 2 ou 3
páginas semanalmente, tornando, para os preguiçosos, cada vez mais difícil
conhecê-los.
Apesar de tudo, me dedico horas por dia a quase três anos
para passar a quem quer que seja todas as minhas descobertas via internet, e
procuro saber mais e mais sobre todos os acontecimentos que envolvem a raça
humana. Nesses últimos meses, fiz descobertas importantíssimas. Creio que já
disse que nada me ocorre sobrenaturalmente, apenas, às vezes, acontecem coisas
estranhas. Por exemplo: pela manhã ligo a TV do quarto e vejo algumas
programações na intenção de dar um cochilo. Porém, certo dia, levantei-me e fui
para a sala a procura de variação (TV fechada), de imediato errei a tecla do
controle e foi para um canal que raramente assisto. Nele, um documentário
falava de certo autor, no Brasil, seus livros estão diretamente ligados ao
espiritismo. Devido à elaboração do programa, fiquei curioso quanto a sua obra
e li algumas páginas do seu mais conhecido livro. Após isso, o li por completo,
assim como alguns outros. Falo de Pietro Ubaldi. O primeiro livro: A Grande
Síntese.
segunda-feira, 16 de junho de 2014
RMM Autobiografia 146
Esta
última parte me fez lembrar de um fato mais recente, a uns oito ou nove anos
atrás, numa viagem a Ilhéus: assim que chegamos minha esposa reuniu os meninos
e disse, muito cuidado com o mar ele é traiçoeiro, logo após revidei – Que nada
molecada pode ficar a vontade, ela pensa que por que nasceu em Maceió, conhece
o mar, podem sair nadando pra todo o canto, mas cuidado com a parte funda. Ali
pelo segundo ou terceiro dia estando junto a eles (falo do Lindolfo meu filho
mais velho e do Giovani filho caçula do Pavezzi ambos de idades próximas, por
volta de 13 a 14 anos na época), comecei a boiar despreocupadamente e após nadei
até a exaustão paralelamente à praia, quando parei me encontrava só, entre
agitadas ondas, e neste instante uma quebrou rumo a praia e pude ver minha
esposa e o caçula por alguns segundos, a mais de 100m, até ficarem todos na
praia obstruídos pelas águas, imaginei: Será que ela me viu e pedirá socorro,
ou foi simplesmente minha última visão do meu caçula e dela. Procurei
raciocinar e afastar o pânico, então me concentrei e a cada onda que vinha se
formando, eu nadava como um louco e logo esperava a próxima, enquanto
descansava, era mais ou menos assim: Avançava uns cinco ou seis metros e
recuava três a quatro, até que em alguns minutos consegui pisar na areia,
graças a Deus como costumamos dizer. Fui direto aos meninos e relatei o fato, e
lhes disse que a partir daquele momento não fossem mais aonde a água alcançasse
a altura do peito, em hipóteses alguma. Por minha sorte na noite anterior uma
reportagem do jornal nacional, alertava que em casos assim, deve se manter a
calma acima de tudo e flutuar controlando os esforços e desespero, se forem a
Ilhéus algum dia não esqueçam que além do aeroporto suas praias são
perigosíssimas.
sábado, 14 de junho de 2014
Epístola de Marco Marcial
Há mais ou menos três semanas comprei uma carne de sol
contrariando minha esposa, pois ela não admite que eu adquira tal produto num
determinado supermercado. Alguém ou algum meio de comunicação disse-lhe que
eles estavam comercializando carne de cavalo há alguns anos atrás.
Eu,
pessoalmente, não gostava de frequentar essa mesma conhecida rede por ela ter
também o nome ligado a roubo de cargas. Mas, quando percebi que políticos e
grandes empresários normalmente se unem para benefício próprio em total
desfavor da população, principalmente a de baixa renda, passei a frequentá-lo.
Ainda mais que inauguraram um aqui, próximo a minha residência: QR 401,
Samambaia, e sempre vejo lá pessoas da nossa cidade.
Voltando à carne: minha filha preparou, porém meus filhos
negaram-se a comê-la. A partir dessa atitude, também a achei estranha. Fiz
vários processos de mudança no sabor e esperei uns dias para tornar a fazê-la.
Mas meu filho mais velho, sem saber que se tratava da mesma, novamente negou a
comê-la. Acho que eles puseram algum produto estranho nela, ou será que poderia
ser mesmo carne de cavalo? Pelo menos a de sol, passarei um bom tempo sem
comprar nesse estabelecimento.
Para encerrar, meu problema com a Sky (última epístola)
não está de todo resolvido. E para os que pensam que meus textos mudaram
ultimamente apenas para denúncias, fiquem tranquilos, isso é apenas para dar
tempo ao tempo; afinal, vocês querem que eu fale do que: dos irmãos de Jesus?
Da nossa situação perante ele? Ou dessa incessante luta que travamos contra nós
mesmos?
sexta-feira, 13 de junho de 2014
RMM Autobiografia 145
No
outro dia estávamos numa represa, que ficava a poucas centenas de metros rio
acima do local aonde acampávamos, era pequena talvez uns 20x30m, aparentemente
feito a mão ou pela ação de chuvas, havia um grupo de parentes na parte mais
rasa e eu me afastei deles vendo até aonde iria, em direção a parte funda, que
contava com outro grupo de pessoas mais jovens, fui lentamente até quando a água
ficou da altura do meu peito, então a areia sob meus pés começou a ceder, eu
mexia os braços e tentava voltar ao ponto que estava, isto durou alguns
segundos, mas para mim foi uma eternidade, até que por um milagre como muitos
gostam de dizer, consegui escapar, e é lógico, não falei isto a ninguém.
Assinar:
Postagens (Atom)