terça-feira, 26 de novembro de 2019

Minhas viagens 122

       Sempre me acompanhou o desejo de uma nova viajem. Creio que às vezes eu dava a entender à minha esposa que em um tempo oportuno a faria. Em algum desentendimento entre nós até ameaçava com isso. Até que em um dia numa acalorada discussão juntei minhas roupas coloquei na mochila e saí sem nenhum preparo psicológico e de tudo mais também. Teria que ser o jejum que havia aprendido na assembleia de Deus: sem pão e sem água. Pensei que o faria.

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Minhas viagens 121

     Ah! Esse meu Deus é: o pai de Cristo e também de todos os humanos; da química, da física e de todas as ciências. É o mesmo Deus que o papa prega, os padres, os pastores, os que se dizem apóstolos e profetas. Sim! É o Pai dos budistas, dos muçulmanos, dos mormos, das testemunhas, da bíblia, do apocalipse do tal Francisco de Assis da Catarina Emmerich, Teilhard de Chardin, Blaise Pascal, Tolstói. De todos os brasileiros, de todos os humanos e não humanos esparramados pelo vastíssimo universo: Jean Paul Sartre, Alfred Nobel, Hitchcock. Dos que dizem acreditar e nada fazem e dos que se dizem ateus e bem se comportam. 

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Minhas viagens 120

   E a viagem? Que por duas vezes havia falhado como se realizaria! Em um tempo oportuno a faria, pois meu grande temor era que o mundo acabaria na virada do milênio o que já havia diminuído bastante. Sim, voltei também a me relacionar com a Maria Joana. Ah! Inclusive alguns imaginavam que a viagem seria para buscá-la ou então alguma outra droga. Até meu próprio irmão em certo momento insinuou isso. Fiquei desapontado, mas era essa a impressão que pelo meu comportamento chegava a eles.

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

PMM 237

        Esclarecimento: Ou! Não é homem, nem mulher, nem nada que alguém possa imaginar. Não é daqui. Tudo sobre ele ou que lhe ocorre é adaptado da melhor forma possível para o entendimento dos humanos deste planeta.Sendo assim; Ou começara a arrumar suas coisas, pois mudaria de residência. De imediato seu cãozinho deu sinais de estresse, que só aumentava. Atingindo o cume no dia do transporte; choramingando e esfregando aos seus pés como um gato. Porém chegado ao novo lar e conforme tudo se ajeitava, voltou a ser aquele animalzinho carinhoso e dengoso. Ou por aqueles dias muito se lembrava de outro cão que tivera, que por uma outra mudança fora obrigado a abandonar. Deixou-o com seus pais que por insistência de um de seus tios foi dado a terceiros e com ele desapareceram. Seu pai, sendo um mago, lhe explicou que a pequena e inferior alma do primeiro bichinho com a ajuda de umas fadas havia voltado ao último para compartilharem um pouquinha mais de companhia recíproca. Ou se dizia ter pouca fé. Mas naquela história acreditou.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Minhas viagens 119

     Mas ainda fiz algumas resistências até o dia que soube que estávamos grávidos, só então aceitei tudo como vontade de Deus e exigi que ela se casasse comigo. Não é piada, ela falou a mim que se eu não quisesse, não precisávamos casar, o pai dela falou... Enfim, muitos falaram. Mas já estava decretado entre eu e meu Deus que casaríamos. Portanto ainda hoje digo que sou casado no civil e no religioso mais que qualquer humano que conheço ou tenha ouvido falar. Eu sou... Pelo menos dizia enquanto escrevia este texto há 2 anos no Uruguai.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Flashes de Minhas Viagens 11

    Os textos que intitulo Flashes de Minhas Viagens: são publicados rigorosamente de acordo como chegam em minha mente, em datas e horários o mais precisos possíveis com a divulgação e o fato vivido. Sendo assim me perdi por agora. Então para findar esta sequência, digo: ficamos por lá 4 ou 5 dias e no dia primeiro já participávamos de um encontro de músicos organizado pela intendência de Montevideu. Foi num parque, acho que se chama Punta Penijo. Nosso trajeto era passando em frente da chácara do Pepe Mujica; depois pela estrada que dá para a propriedade da Shakira e por último o Parque. O Boliviano me dissera que um brasileiro por nome Vinicius estaria lá, pensava que poderia ser o Cantuária mas era um jovem e simpático músico de Santa Maria, da catástrofe. O que de mais proveitoso aconteceu foi que nos tornamos amigos e o que chamou mais minha atenção é que ele participava de tudo careta, assim como eu, sem nunca sermos.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Minhas viagens 118

    Rapidamente voltei à minha rotina. Afinal não foram nem duas semanas de afastamento. Estava tranquilo em relação aquela que dizia me amar e para mim era apenas mais uma mulher, que pegara no meu pé. E assim continuou sendo por quase trinta anos. Em poucos dias estando a trabalhar numa área em que cultivava batata doce, uma voz ouvi: - E aí peão? Ela me tratava assim e daí? Meus parentes mais próximos não gostavam. Fiquei surpreso ao vê-la e depois de uma feição seria e de certo desapontamento joguei, aliás, empurrei o cabo da enxada que segurava, deixando-o cair ao chão e iniciando um leve sorriso, me dirigi a ela, que perguntou: - Não gostou de me ver? Respondi - Não! gostei de te ver sim. Ela provavelmente se encabulou pela forma com que joguei a ferramenta. Não imaginava e talvez ainda não saiba. Que simplesmente, naquele ato, quis dizer que me renderia a ela. Enfim! por quase trinta anos "falamos o que não devia, nunca ser dito por ninguém."

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Flashes de Minhas Viagens 10

    Neste mesmo marcador de tempo em 2017. Provavelmente o Boliviano acendia mais uma maria, contrariando meus pedidos. Barcelos nosso anfitrião aplaudiu. Eu só queria me explicar, Imbé, na sacada do hotel em meio a todos. Por volta de zero hora do mesmo dia despedíamos do Dario, na fronteira, enquanto eu recusava virar um copo de whisky que ele me servia. Pegamos a estrada e logo de início percebi um lindo céu estrelado, e parei e descemos, e admiramos todo aquele esplendor, que se fez maior que o visto em Porvenir. Noite torturante. Eles dormiam e Eu corria. Em Porto Alegue um incidente. Mariana chorava e o Boliviano não a consolava, só criticava. E pelas ruas pedia-lhes que parassem, mas prolongou-se. Imbé, resolvi peitá-lo e dizer-lhe algo por outro incidente. Mas à noite só alegria após algumas latinhas que não sei se beberia.

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Flashes de Minhas Viagens 9

     Há exatos dois anos, por essas horas provavelmente me encontrava no bruxo Dany, Vila Cortes, Santana do Livramento. A zero hora parei o carro no Boliviano, que demorou por volta de 20 mn. a embarcarem. Viajamos até Floripa aonde abasteceríamos, se ele achasse a carteira oque não aconteceu. Voltamos mais de cem km para pegá-la. Ao raiar do dia ainda no Uruguai, cochilei por duas a três vezes, exausto. Após Taquarenbó, terra de Carlos Gardel me despertei e chegando ao Brasil fiz o possível para dormir, mas não, e na última tentativa o Boliviano me atrapalhava revirando o carro atrás de um isqueiro para acender mais uma mari huana. Muito me irritei, mas nada falei.