Falando em Chapecó, na terceira série chegou em nossa
classe uma coordenadora pedindo que liberassem uma das filhas do Salvador
(Chapecó), pois a mais velha se encontrava nas proximidades do colégio em um grupo
de amigos usando apenas o sutiã na parte de cima do corpo. Creio que todos os
meninos, assim como eu, tiveram vontade de ir lá. Até uns vinte anos atrás
ainda havia esse mercado, e uma coisa que jamais imaginei é que me tornaria
amigo de uma das netas do velho Salvador, Michele. Essa, há alguns meses atrás,
me perguntou quando falaria dela. Respondi que demoraria muito, pois quando a
conheci recém nascida já me encontrava perto dos meus vinte anos. Ela é e
sempre foi uma boa menina, com certeza também é uma boa esposa e também mãe.
Pretendo discorrer pausadamente e tentar provar que não há verdade absoluta no meio em que acreditamos viver.
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
PMM 151
No ambiente de
trabalho, o Malta (aquele que mais me faz companhia), surpreendeu-me a dizer
ter lido um texto meu: - ele é um dos poucos que não tem zap e diz não se
interessar por internet. Então lhe perguntei: - qual texto? O que você achou?- “Ah!
Falava qui você viu num sei uque na televisão. Aí eu pensei, uai o Marcão só
pode ta doido, esses pobrema com a muie ta dexando ele loco”. É óbvio que dei
uma gargalhada e lhe falei que esse tipo de comentário é normal com referência
aos textos. Mais tarde não me lembro o fim de outra conversa, mas iniciou-se
assim: - Marcão você que é um cara inteligente que escreve no blog,jornal e sei
lá uque. Então exclamei: - não sou inteligente, neste ínterim fomos
interrompidos por outras pessoas com outras conversações, porém gostaria de tê-lo
dito naquele momento. A verdadeira inteligência não é como a maioria pensa: ela
não consiste apenas na pessoa ter esse ou aquele curso; ou ter uma boa oratória,
nem tão pouco ocupar grandes cargos ou
fabulosas fortunas; não está ligada a estudiosos nem mesmo a cientistas e etc.
A verdadeira inteligência é uma força universal como sendo formada pela união de
várias mentes superiores, ela traspassa todos os indivíduos em nosso planeta,
porém raramente encontra alguém que possa percebê-la. Em um caso mais recente
certo cientista do início do século passado que teve o nome relacionado à bomba
atômica, conseguiu captar algo dessa força e durante várias ocasiões lhe foram
dadas oportunidades de falar a este respeito, porém ele escolheu ficar com os méritos
de suas descobertas e tornou-se não o maior gênio de todos os tempos mais
indiscutivelmente sua paixão pela fama e pelas câmeras o fez o mais conhecido
até os dias atuais. Para encerrar deixo claro que esta força teve sua maior
difusão no inicio de nossa era.
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
RMM – Autobiografia 170
Também na segunda série
no amigo oculto tirei uma menina:então eu e a Geni fomos ao mercado Chapecó,
comprar o presente, escolhi um cinzeiro de porcelana em formato de chaminé. A
Geni tentou me convencer a não comprá-lo, porém como insisti acabou cedendo
(naquela época havia uma grande difusão do hábito de fumar, por tanto não era
uma coisa tão absurda como seria hoje, presentear outra criança com um objeto
desses). Assim que a menina abriu fez uma cara de decepção, mas logo após deu
um tímido sorriso, creio que ela pensou: ah! Melhor do que sabonete. (que era absurdamente
o principal presente que eu e muitos outros ganhavam, tanto que fiz questão de
não participar mais daqueles eventos.
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
RMM – Autobiografia 169
Há dias não falo do
colégio, fiz a segunda série na Escola Classe-5 que é ao lado da 23, onde
conclui a primeira, dela só me lembro que havia um menino mais ou menos do meu
tamanho e idade, porém suas vestes eram bastante surradas e ele sempre me
ameaçava, até mesmo meu lanche era obrigado a dividir com ele às vezes. Um dia discutíamos
em relação a um pastel que eu comia, e não queria que ele o mordesse e nem tão
pouco dar-lhe por inteiro, então ficamos alguns minutos naquela disputa. Até
que ele pegou um objeto semelhante a um bastão no chão e fez menção de me
bater, já estava quase me rendendo quando o Jairo, que era um menino baixinho
de aparência oriental aproximou-se sem percebermos, e em movimentos rápidos
tomou o objeto do moleque e lhe disse: nunca mais mecha com ele, se eu ficar
sabendo que isso aconteceu novamente você ira ver o que vai acontecer. Agradeci
bastante a ele e provavelmente se não fosse esse evento não teria ainda a sua
imagem e nome em minha memória. Ah! Ele lutava taekwondo e me disse que não era
só aquilo, havia outras tretas entre eles e se por ventura algo posterior
acontece-se era só avisa-lo.
sábado, 18 de outubro de 2014
Eu Sou Deus (PMM 150)
Um silêncio absoluto
reinou neste seu primeiro discurso, apesar da grande multidão que foi estimada
em torno de trinta milhões de pessoas, tornando-se assim o maior evento em número
de participantes pelo curto espaço de tempo. Mesmo alguns veículos de imprensa
terem insinuado, que o local escolhido teria sido propositadamente para
dificultar o acesso de um tão grande número de pessoas, na prática foi o
contrario. Eles estavam realmente preparados para receber aquele grande
publico, tendo sido enviado dias antes, várias equipes para se reunir com os responsáveis
pelas aglomerações em Meca, e também dos grandes festejos místicos da Índia. O
terreno do evento era a união de quatro bordas de terras mais elevadas, aonde
no ponto exato da convergência fizeram um palanque que ficava a uns 7 metros de altura,
do nível do solo exatamente aonde estava instalada, sendo que nos 4 elevados
para se equilibrar a essa altura, percorreria-se um raio de dois a três quilômetros,
por isso praticamente todos tinham condições de deslumbrar de alguma forma a
figura de Eu Sou Deus, pois o palco era arredondado e a maior parte do tempo
estava ocupado por ele, que se movia para todos os lados na medida do possível.
Em seu redor imediato estava as autoridades e celebridades de todo o mundo, e
dispunham de mais de 100 microfones que em ordem deveriam ser usados um por vez
somados a mais 200 que situavam-se entre a outra imensa massa humana. Em resumo
tudo estava programado para acontecer na mais perfeita ordem.
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
RMM – Autobiografia 168
O
Dilermando (nome que também achei esquisito), representava sua família que
residia na Bahia, no negócio da fazenda, a todo momento insistia nas vantagens
da compra, porém meu pai normalmente acenava a cabeça em oposição, quando
falava dizia não ter condições para assumir tal negócio. Passaram-se pouco mais
de um mês e ficamos sabendo que a fazenda era nossa. (até hoje é difícil para
mim lembrar dela, pois ainda reside em meus pensamentos aparecendo sempre em
sonhos ou pesadelos, fiquei sabendo a dias
atrás que quando se perde um ente querido, é mais fácil esquecer do que quando
se perde um grande bem material). Minha mãe dizia que o Dilermando havia
dividido em não sei quantas vezes o valor da compra, mesmo assim meu pai teve
grandes dificuldades para pagá-lo, tendo até mesmo de desfazer da caminhonete,
para cumprir o compromisso.
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
PMM 149
Esta semana ao colocar
no canal de TV (pública), aberta, deparei com um depoimento de certo idoso, que
pelas feições diria não ter menos que 70 anos. Ele dizia palavras inteligentes,
ligando os humanos à natureza, ao mundo e ao Universo. Pensei: quem será este sábio?
Um escritor? Um pensador descoberto recentemente pela mídia? Porém logo
mostraram outros depoimentos. Terminou o programa levando-me a crer que se
tratava apenas de um anônimo idoso, e pela linguagem e características de todos
envolvidos, creio que tudo se passava aqui na America Latina.Gostaria de ter
ouvido mais daquele senhor, mas não sei o que fazer. Porém quero deixar claro a
todos, que se eu ouvi falar de algum homem neste mundo, que esta demonstrando
uma inteligência fora do normal, tenho condições de dizer sem margem de erro,
se ele faz parte de uma filosofia universal ou simplesmente mundana, que é a
que muitos julgam conhecer. Infelizmente no momento, o único nome que posso
citar com sabedoria infinita relativamente adquirida e demonstrada a nós, em
tempos não muito longos, teria que retornar a quase um milênio e citaria um tal
Franscisco (aquele de Assis).
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
RMM – Autobiografia 167
Meu pai realmente
estava com muito dinheiro, pois logo após a viagem à Manaus fomos visitar uma
fazenda aqui na BR-060 depois das 7 curvas, na época a entrada ficava em frente
ao café Bahia. Fomos numa caravana de três ou quatro carros, sabíamos que a
intenção era de comprá-la, mas pensávamos que pelo tamanho da fazenda e seu
alto preço o negócio não se realizaria. Nesse dia passei pela pior experiência
de minha vida, estando todos nadando no Rio Areia que estava com suas águas
acima do normal, eu na margem temeroso por nunca ter visto tanta água, quando
de repente, minha mãe a não mais que quatro metros de mim começou a se afogar e
gritava: - socorro,me acode, me acode. Eu semelhantemente gritava pelos adultos
que se encontravam na água, porém pela algazarra ninguém nos escutava, então
imaginei que minha mãe fosse morrer, até que apareceu a Geni ao seu lado, e
minha mãe brigava com ela dizendo para que se afastasse, mas como sempre foi do
seu hábito, ela insistiu, indo por trás de minha mãe e a empurrando com toda a
força até chegarem ao raso, após ela sair chorando e tossindo que os adultos
ficaram sabendo do ocorrido.
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
PMM 148
Sexta-feira passei por
uma inusitada situação, aos primeiro raios do dia me encontrava sobre um monte
de brita, na área em que trabalho. Isto devido estar tentando resolver um
problema de telefonia móvel, quando um cãozinho começou a chorar próximo a mim,
tendo a atendente me perguntado se aquilo estava mesmo acontecendo. Respondi
que sim, por ele estar meio perdido (mas no início da ligação eu já avistava na
margem oposta da pista, um vulto negro e imóvel, mais ou menos a uns 60 metro
de onde me encontrava) e aproveitando a intercessão da moça, pedi licença para
gritar a cadela; pretinha, pretinha... Tive vontade de ir correndo até o vulto,
mas se descesse da tal brita a ligação provavelmente acabaria. Logo após dirigir-me
até lá, e a cada passo que dava confirmava meu receio, ainda fiz uma espécie de
massagem com os pés em seu inerte porem conservado corpo, então me lembrei dos
dois lindos filhotinhos que pela primeira vez os havia visto caminhar na noite
anterior. Fui até eles e dormiam um junto ao outro. Não sabia o que fazer, mas
pensava em algo, meio envergonhado do que poderiam achar peguei a cadela pelas mãos
e a trouxe lote adentro,em seguida segurando as duas criaturinhas os coloquei próximos
as tetas, onde eles imediatamente se agarraram alheios a tudo, e dali não saíram
mais, pelo menos durante o tempo que estive presente. Pensei que de alguma
forma aquele animal poderia ter uma alma, e talvez ela reencarnasse, provavelmente
apenas um devaneio. É lógico que lágrimas foram derramadas neste solitário luto.
terça-feira, 7 de outubro de 2014
PMM 147
Estava em dúvida se
falaria algo mais sobre... Porém devo dizer que o citado “momentos turbulentos’’,
foram principalmente provocados pelo fato da pessoa que a mais tempo fica ao
meu lado fisicamente, ter dito que não seria mais assim.Não esperava que isso
pudesse acontecer um dia. Vários pensamentos apoderaram-se da minha mente,
transformando-se em algo quase insuportável, entre eles citarei: é possível que
após 2000 anos estaria ainda valendo a expressão; “os profetas são menos
acreditados entre os de sua própria família e comunidade”. é lógico que o termo
profeta não se refere a mim, mas alguns no início de meus estudos (assim me intitularam),
que alias começaram a quase três décadas, e desde então continuo procurando
entender tudo que se concerne a esta coturbada relação, deste mundo físico ao
espiritual ou vice-versa. Todos mais próximos a mim sabem dessa minha dedicação
desde jovem, quando por meses me abstive de todas as coisas para estudar a bíblia.
Desde então nunca mais parei com meus estudos e experiências. Poderia ser que
estes que acompanharam essa minha jornada, fossem os primeiros a me abandonarem
ou me ridicularizarem? Sim, essa foi minha grande preocupação.
Baseado em meus estudos reafirmo: Deus envia partes de si
para habitarem em nossas mentes e cabe unicamente a nós aceitá-las ou não; Ele
pessoalmente habita no centro do Universo que gira ao redor desse Local fixo,
onde é a sua residência. À ciência deverá descobrir (se já não descobriu) em
breve este fato e poderá confundir a intensa luz que emana Deste local com escuridão.
Quanto a este último apenas suponho e quanto ao fato anterior, não quer dizer
que a ciência saberá que ali se encontra Deus, isto só ocorrerá quando os
cientistas incorporarem as suas crenças e misticismos em suas experiências e
estudos.
Procurando pelo último texto escrito da ficção, Eu Sou Deus,
para poder concluir a próxima parte, deparei com este, que ficou esquecido a
mais de mês, talvez por tê-lo achado pesado deixei-o de lado, e agora esta aí
para penetrar nas mentes daqueles que o lerem. Cabendo a cada um aceitá-lo ou
não.
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
RMM – Autobiografia 166
Era normal eu fazer
comparações dos bens do meu pai aos do Tozinha, à partir de quando comecei a
viajar frequentemente à Nova Veneza, por volta de um ano e pouco meu pai
comprou a chácara, então eu pensava: a chácara do meu pai e maior e vale mais
do que a do Tozinha; que também tinha uma c14 e logo após meu pai adquiriu uma
c10, a do meu pai vale mais, porém o Tozinha tinha ainda a fazenda, e por volta
de 74 meu pai também adquiriu uma. Então ficou evidente para mim e para todos
que o patrimônio de meu pai era bem maior, por falar nisso as casas e os lotes
que pertenciam a ele às vezes nem sequer chegávamos a tomar conhecimento.
lembro-me através de uma foto, que ainda temos, de um grande lote, não sei se
eram os 14, que hoje pertencem a uma área nobre de Taguatinga ou se era outro.
Lembro-me também de um dia ter ido ao núcleo bandeirante, (que era uma cidade
formada por pequenos lotes para a época, compostos de barrados de dois
pavimentos, todos homogêneos) ver um lote que meu pai acabara de adquirir. Ah!
Se quiserem ver um desses barracos creio que existam alguns poucos ainda
conservados.
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
RMM – Autobiografia 165
Hoje em dia não ouço falar
de morador de rua em Nova Veneza, mas na época tinha uma tal de Bastianinha e
um outro, Negão da Reta, o último às vezes pousava num paiol no sitio da tia
nega, e era normal nós ficarmos zoando uns aos outros dizendo que fulana era
namorada do negão e que ciclano da Bastianinha. Também em nossas conversas as
crianças de lá, sempre diziam que viram eles fazendo isso e aquilo outro, vez
em quando mexíamos com eles a uma media distancia as vezes quando irritávamos muito a Bastianinha ela nos ameaçava com pau
e pedras. Havia uma historia que em determinado dia o tio Julinho levantou a
saia dela, tendo por isso levado uma surra. Ah! Antes que eu me esqueça, era comum vermos
até aquela época, principalmente mulheres com grandes papos alguns se igualavam
a altura dos seios.
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