sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

RMM 16


            O que fazer? Vou ser um seminarista? Tornarei-me padre? Haverá alguma forma de descobrir sozinho? Por que só? Por que eu? Decidi então fazer algumas experiências físicas com um contexto espiritual, as quais revelarei partes logo adiante. Outras, tudo indica que não poderei revelar neste texto, ou talvez revele. Essas experiências têm como principal fato pequenas viagens que fiz após a leitura dos livros sagrados e antes de meu casamento.
            Relatarei um fato intrigante: vários historiadores, por preguiça ou cumplicidade, concordam com os dizeres católicos de que Pedro foi o primeiro Papa e que ele fundou a igreja Católica Apostólica Romana. Não vos escandalizem, mas, na realidade, não há tal ligação. O que eu acabo de relatar, tenho absoluta certeza. Não há documentos ou fatos que provem que minhas palavras não são verdadeiras em nenhum lugar do mundo ou, até mesmo, do universo.
            “Por esta razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por ser achados por Ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis, e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor, como igualmente o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, ao falar acerca destes assuntos, como de fato costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há certas cousas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais escrituras “sagradas”, para a própria destruição deles.
Vós, pois, amados, prevenidos como estais de antemão, acautelai-vos; não suceda que arrastados pelos erros desses insubordinados, descaiais da vossa própria firmeza; antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A Ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno”.  

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

RMM 15


            Olhava aquele gigantesco livro da doutrina católica, folheava de um lado a outro, apesar de gostar de leitura, era muita coisa; e já havia os padres que o liam, e os mais velhos também diziam saber algo que estava escrito. Por que teria eu que lê-lo? Era só conversar com algum padre que esclareceria minhas dúvidas. Optei, então, por ler o Apocalipse mais uma vez, mas não teve como: preparei um quartinho isolado e me propus a ler aquele livro tão temido por muitos. Passei uma semana, duas, três e mais confinado naquele quarto, meus parentes perplexos, minha mãe desesperada, meus amigos não acreditavam. Comecei do prefácio, Gênesis, Êxodo e assim por diante até, por conseguinte, o Apocalipse. De repente, após este, veio fotos de famosos quadros e também fotos de pessoas como se estivessem praticando certos rituais ou ordenanças com seus auxiliares. Então pensei: “Não fui muito atento em minha leitura porque não entendo essa ultima parte com quadros e imagens. Não consigo ver a ligação entre o texto e o que me aparece agora.” Pensei novamente em consultar algum padre ou bispo para esclarecer minhas dúvidas, mas, como achava dificuldade em assim proceder, decidi lê-lo novamente para ver se alguma palavra-chave, frase ou livro me mostraria o que procurava. Li com muita atenção. Não apenas li, mas estudei todos os livros para ver qual o elo entre eles e o catolicismo. Não achei. Pensei: “O que devo fazer agora? Vou ter que fazer algum seminário? Deve haver alguns livros secretos que apenas bispos, sacerdotes ou papa têm acesso.” Procurei em livros que estavam ao meu alcance e em outros que encontrei por ai para, de alguma forma, achar o elo perdido. Mas não achei.  

sábado, 24 de dezembro de 2011

13º Pensamento de Marco Marcial


            “A imortalidade da alma é uma coisa que nos preocupa tanto, que tão profundamente nos toca, que é preciso ter perdido todo sentimento para permanecer indiferente diante dela. Todos os nossos pensamentos e ações devem tomar caminhos tão diferentes, conforme se esperem ou não os bens eternos, que é impossível fazer uma pesquisa sensata e criteriosa sem ter em vista esse ponto que deve ser o nosso ultimo objeto.”
            Este texto não é meu, copiei de um livro no qual me basiei para escrever minhas revelações e, por conseguinte, também tomei emprestado seu título nesta minha linha de raciocínio que se chama “Pensamentos”. Quanto ao autor trata-se de um gênio se comparado a nós que teve uma curta existência terrena a poucos séculos em solo francês. Talvez sem ele não estaríamos usando este meio de comunicação.
Feliz Natal!!!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

RMM 14


Sempre tive e creio, muitos têm, grande vontade de saber o que ocorrerá no futuro, pois ele sempre me amedrontou.
Quando me encontrava no garimpo, local ermo igual a uma prisão, sofria bastante. Meditando sobre todo aquele sacrifício descobri que minha intenção era ganhar dinheiro para ter uma vida melhor. Pela idade que tinha, principalmente, para conquistar mulheres e gastar com elas (comuns, não prostitutas, ou talvez sim). Neste isolamento em que me encontrava, surgiam vários boatos sobre a AIDS, que se referiam a essa doença como uma grande epidemia disseminando-se rapidamente entre as pessoas, transmitindo-se até por abraços. Isto me dava certo desespero, sofrimento ainda maior porque ao sair não poderia cumprir meu propósito.
No garimpo (local que não havia presença feminina), o único meio de comunicação existente era o rádio à pilha, cujo sinal chegava muito mal. As notícias, inclusive as de Tancredo (posse, internamento e morte), se misturavam entre as conversações e nos confundiam. Então me dispus: ao sair daqui vou procurar por todos os meios possíveis e descobrir por que essas coisas estão acontecendo. Será o fim? Será que acaba tudo até o ano 2000? Poderá haver algo a se fazer ou descobrir? E assim fiz, ao sair não mais voltei. Por onde começaria?
Conversei com meu irmão, ele me disse que tínhamos certo livro chamado Apocalipse Já (se não me falha a memória), me alegrei, pensei: Comecei bem. Peguei-o e li. Ele fazia muitas referências ao apocalipse, não teve jeito, tive que ler o Apocalipse de João; com certo receio, pois muitos tinham ou têm com referências às escrituras sagradas, principalmente o apocalipse. Inclusive tinha ouvido relato de pessoas que ficaram loucas através destas leituras. Lendas, crendices ou fatos verídicos? Não sei. Mas era uma conversa que eu cresci ouvindo. Então o li, nada entendi; tornei a lê-lo e novamente não entendi. Teria eu que ler toda a Bíblia Sagrada?!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

12º Pensamento de Marco Marcial


            Há uns meninos que estão revolucionando o que chamávamos de música sertaneja e/ou caipira. É lógico, com grande cooperação de outros. Quem dera pudéssemos, de alguma forma, termos de volta aquelas músicas revolucionárias que se iniciaram a três décadas e persistiram, perdendo gradativamente o poder filosófico e, por que não dizer, profético, ainda no milênio passado. Mas não pensem que se extinguiram. Provavelmente perderam sua força pela morte de seus principais representantes. Deveríamos apreciar tais movimentos e muitos outros considerados artísticos sem, contudo, menosprezar coisas ou fatores incomparavelmente mais importantes. Porém, tal não está acontecendo nessas ultimas gerações. Ocorrendo que damos valor excessivo a certas tradições que não deveriam ser consideradas vãs nem, tampouco, deificadas; sendo assim, melhor seria considerá-las desprezíveis.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

11º Pensamento de Marco Marcial


            Sinto-me humilhado desde a manhã de domingo perante a comunidade mundial, principalmente a européia. Não culpo o clube do rei, mas sim nossa passividade ao permitirmos que um animal racional que, como por herança, assumiu o cargo maior do nosso principal esporte, enchendo-se de bens, poder e fontes de renda inesgotáveis graças a uma péssima tradição que estamos acostumados a aceitar.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

RMM 13


Meu irmão morreu por falta de um amor fraternal que humanamente pode ser encontrado, porém na noite do acidente ele foi apenas mais um que não teve próximo.

“Um intérprete da lei perguntou a Jesus: - Quem é o meu próximo?

Jesus disse: Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de salteadores, os quais o despojaram e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.

Casualmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e vendo-o, passou de largo.

De igual modo também um levita chegou àquele lugar, viu-o, e passou de largo.

Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou perto dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão;

e aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; e pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele.

No dia seguinte tirou dois denários, deu-os ao hospedeiro e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que gastares a mais, eu to pagarei quando voltar.

Qual, pois, destes três te parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?

Respondeu o doutor da lei: Aquele que usou de misericórdia para com ele. Disse-lhe, pois, Jesus: Vai, e faze tu o mesmo.”

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

10º Pensamento de Marco Marcial


            Há pouco mais de um mês, quando ditava minha epístola para edição de novembro, pedi ao redator que não se esquecesse de divulgar meu blog (para ver se assim chegaria aos mil acessos, pois ele não o havia feito na edição anterior). Encontrava-se entre nós um cantor gospel, que faria uma divulgação de seu trabalho como músico em nosso jornal e, em certo momento, ele disse que todo material existente na internet sobre ele já ultrapassara um milhão de visualizações. Fiquei admirado e surpreso, lembrei-me quando disse a um parente que estava preocupado, pois em poucos dias já tinham mais de 300 acessos ao meu blog. E ele me respondeu que não precisava me incomodar, mas que o fizesse quando chegasse a um milhão. Para isto agora só basta multiplicar os que tenho por mil.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

EMM. "Folha da Copaíba". Dezembro de 2011


            Brasil, 15 de Novembro, Proclamação da República. O que são essas palavras? No dicionário um significado; ajuntando outros livros num breve estudo, uma definição. Dezenas de horas dedicadas à questão talvez nos traga total compreensão.
            São Paulo, Floriano Peixoto, vidas interrompidas. Pelas estatísticas, ou pelo que ouço desde criança, desaconselho aos meus próximos esse tipo de aventura. Como exemplo, cito o precavido casal e seu filho que se separaram na viagem de volta a terra da Revolução, naquele avião que perdido esteve nas profundezas das águas.
Um Deus que se fez homem disse: “Onde houver dois ou três reunidos em meu nome, estarei presente.”. Não é necessário ir a Jerusalém, Aparecida ou qualquer outro lugar para aproximarmos do Pai. Alguns, num futuro próximo, serão responsabilizados por estas vítimas romeiras.
Aos justos sucederá um sono e, ao despertarem em outro ambiente, serão instruídos sobre o que houve, o que há e o que deverá ocorrer. Às criancinhas, estudos e fé levam-me a crer que a garantia de sobrevivência é evidente. Aí o dito popular, no qual se diz que são como anjos, provavelmente tem uma divina procedência.
Quando falo dessas coisas não me baseio em doutrinas populares, tais como aquela em que se diz que os mortos interagem com os vivos (através de pessoas que se dizem com determinado poder de realizar a ligação entre o mundo deles e o nosso; sempre a conversação entre eles é muito semelhante uma das outras). Não me há total compreensão destas coisas, estou apenas tentando demonstrar meu ponto de vista. Em certo momento, o homem homenageado pela nossa cidade mais produtiva, que recebeu seu nome, disse: “Por que se julga incrível entre vós que Deus ressuscite os mortos?”.

sábado, 10 de dezembro de 2011

RMM 12


            Este Lázaro não é o mesmo que foi ressuscitado no quarto dia, pois este nome era comum na época, assim como João, Pedro, Maria e também Jesus (até nascer Aquele que acreditamos ser Messias, o Prometido). Em meio ao seu povo, era poucas vezes declarado Cristo, Messias ou o Escolhido porque as autoridades, e grande parte da população, não aceitavam este fato; e aquele que assim declarasse, corria sério risco de punição, inclusive de morte.
            As palavras comuns para nós têm sinônimos que não conhecemos em termos sagrados. Percebam o que Jesus disse sobre bom (citado na antepenúltima RMM), é mistério esperando ser desvelado, assim como a palavra verdade nos lembra apenas o contrário de mentira enquanto nas escrituras o seu significado é bem mais amplo.
            Devo dizer que estou acometido d’uma enfermidade há mais de mês, ela me atormenta, tendo feito passar boa parte de meu tempo deitado. Esta deve ser a mesma que assolou os filisteus da cidade de Asdode e seus arredores por castigo divino (segundo o livro judeu, pela passagem indevida da Arca do Senhor por suas terras).
Já que falo de mim... Na igreja, quando criança, pensava ao ver mais crianças e mais pessoas velhas (os jovens eram minoria em frequência naquela época, hoje não tenho idéia):
- Ao ficar mais velho, virei também à igreja com meus filhos para, quem sabe, morrer e passar pelo purgatório ou, talvez, ter o privilégio de ir direto para o céu.
 Mas nem todos têm essa chance (de ficarem velhos), às vezes a morte nos alcança rapidamente. Verificando o cartão de falecimento do meu irmão, percebi que ele faleceu um mês antes de fazer 45 anos, idade que já completei a quase 6 meses (novamente não contive lágrimas que vieram aos meus olhos e aquele mesmo sentimento de quando encontrei o cartão pela primeira vez). Agora a emoção foi mais forte, não havia pensado ou percebido este fato anteriormente. 

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Nono Pensamento de Marco Marcial


            Movimentos como estes que temos visto no mundo árabe não devem ser assistidos com passividade pelos líderes mundiais, nem tampouco procedimentos como o dos líderes de países como Irã e Coréia do Norte. Nunca é tarde para começarmos a pensar no mundo como um todo, esquecendo os limites territoriais quando o quesito justiça, vida longa para o nosso planeta (de preferência sem a nossa extinção) estão em jogo.
            A ONU, para o propósito que foi criada, substancialmente deve evoluir para um poder de polícia. Isto se, de um modo geral, a opinião mundial está preocupada com determinada situação que põe em risco a vida de civis e o futuro da esfera. Sendo este fato notório, não é necessário referendo ou pesquisa para que as autoridades tomem atitude. Como exemplo, para nós, cito o tal estatuto do menor e adolescente, no qual pessoas sem capacidade ou talvez, de certa forma, tendo agido com demasiado espírito de humanidade, permitiram assim que crianças tivessem carta livre para matar e morrer.