quarta-feira, 30 de abril de 2014

PMM 133

Acho que criaturas superiores que vivem em meio a nós, não se agradaram ao ouvir arrogantemente da boca de certo senhor, a expressão “Tantas quantas foram necessárias”, referindo-se a pergunta de um repórter “Quantas pessoas teriam morrido ao passar por suas mãos?”.

O tempo se encurta e se depender das leis e dos que exercem o poder em nosso país, creio que estes idosos irão para o túmulo, acreditando que realmente cometeram todas as atrocidades em nome do Brasil, por isso não são passiveis de qualquer forma de punição, se isto realmente ocorrer, poderá haver problemas para nós e para nossos filhos num futuro próximo, pois para os grandes fatos históricos, também impera uma lei da física “Para toda ação, há uma reação”.


Obs: Ver também, epístolas de agosto, setembro e novembro de 2011.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

RMM - Autobiografia 132

A sala da casa tinha duas portas uma para cada rua, depois seguiam os quartos e abaixo descendo alguns degraus a cozinha, composta de um fogão de lenha, e uma dispensa onde também funcionava o local para banhos, numa grande banheira de alumínio, onde era normal as crianças banharem juntas, meu pai se negava a usar a banheira, preferia o banho de caneco e normalmente se hospedava no Titião(Sebastião, irmão materno do meu pai) onde já havia um banheiro com características dos atuais.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

RMM - Autobiografia 131

A casa do meu vô Nego(Materno) ficava próxima ao centro, que se constitui de uma linda praça e a igreja católica matriz, rodeado por alguns quiosques nas laterais da praça, algumas lojas, uma ou duas instituições financeiras, restaurantes e barzinhos, do lado na igreja um banheiro público e um parquinho infantil, que meu avô Lindolfo(Paterno) era o cuidador, não me lembrava deste fato, mas em conversa com os familiares me foi relatado recentemente, então me veio a lembrança, a casa era grande de esquina, sendo que suas paredes ocupavam o limite do lote, e o terreno em sua volta era totalmente aberto, ou havia uma cerca de madeiras ou arame farpado, não me lembro bem. Nos fundos a casinha: Privada para necessidades básicas, sem água e que era normal o uso de jornais e de outros papeis, os de fotos novelas e gibis, eram os piores, as vezes pegávamos alguns sabugos pelo quintal, pois sempre debulhávamos milhos para as galinhas e um ou dois porcos, que ficava logo abaixo da casinha no chiqueiro).

quarta-feira, 23 de abril de 2014

PMM 132

            Fui a um velório ontem, Têla(Terezinha) mãe do Tado(Luis Ricardo) marido da minha irmã Lu. Quando fiquei sabendo do seu falecimento, procurei lembrar de todos os nossos momentos em três décadas de convivência, e sei que os dois últimos encontros foram de alegria e brincadeiras, como das outras vezes, apesar de sua enfermidade. Então pensei em algum desentendimento que porventura poderíamos ter tido nesses longos anos, mas não pude recordar de nada, provavelmente não deve ter ocorrido e se houve foi muito leve, que nem se quer ficou em minha memória. Meditando nesse último e em outro velório que estive recentemente, percebi que os rituais fúnebres ocorrem por sermos muito materialistas, pois quando a morte acontece instantaneamente o corpo é descartado pela alma e perde totalmente seu valor, servindo a partir daí para outros meios, que o farão retornar ao pó. Então pude perceber que ainda nesse século, na grande maioria da população mundial não haverá mais estes procedimentos como ocorrem hoje, devendo pela evolução natural ser instituído num futuro próximo, algum órgão que se responsabilizará para proceder conforme melhor aprouver com nossos cadáveres, sendo que apenas dois ou três dos familiares deverão ter contato com o morto, somente para a confirmação do óbito. Não quer dizer que as reuniões nessas ocasiões deixarão de existir, simplesmente poderão ocorrer em outros lugares, sendo que o corpo destituído da alma será substituído por fotografias ou algum outro pertence do finado, se assim houver concordância e desta forma será bem menos traumático do que acontece hoje.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

RMM Autobiografia 130

De volta a Nova Veneza... Ela tornou-se nacionalmente, aliás, mundialmente conhecida quando por volta de 73 ou 74 caiu um mirrage em seu município, próximo a fazenda de meu tio Tozinha, que também participou do resgate do piloto, que ejetou sua cadeira e paraquedas, saindo ileso do acidente. Muitas pessoas guardaram um pedaço do avião, inclusive meu tio. Não me lembro o que causou a queda, mas sei que a aeronáutica acabara de adquirir os tais jatos e foi um dos maiores, se não o maior negócio realizado pelos militares até naquele período e por que não aos cofres públicos, tentei achar algo na internet referente ao assunto, mas não obtive êxito, acredito que a falha foi dos franceses, porém não poderia haver questionamentos naquela época, pois a pena para que os que perturbavam os militares, era tortura até a morte.

domingo, 20 de abril de 2014

PMM 131

            Tento entender por que num domingo a quase dois milênios, foi deixado uma prova física que foge ao conhecimento do corpo cientifico, sendo que não podem dizer, nem que sim, nem que não. Por que alguns se apoderaram dela como lhes pertencesse, se na realidade pertence ao mundo e num futuro não muito longe, se conservada, será uma relíquia para ser vista por outras civilizações, desconhecidas por nós. Na menor das hipóteses no presente, pertence a todos que se professam cristãos, independente da ramificação tomada. Falo de certo tecido, muito conhecido, que apesar de físico, guarda traços e rastros inexplicáveis ou incompreendidos por nós, o que poderia ser a prova da transição, do animal ao espiritual, da morte a ressurreição. Leiam Galilei e os Galileis, minha primeira ficção.

sábado, 19 de abril de 2014

Eu Sou Deus (PMM 130)

            Criara-se com esse discurso uma grande e nova polêmica, muitos outros discursaram. Os religiosos foram os últimos, para não fugir muito das conformidades das reuniões naquela organização, aliás, alguns líderes políticos que se metem a religiosos ou vice-versa, como os islâmicos, fizeram elogios e realmente ficaram agradados com aquele primeiro grande pronunciamento. Já nos bastidores, os representantes de todos os seguimentos cristãos, foram unânimes em observar, que para muitos conforme o discurso de Eu Sou Deus, pareceria evidente que Jesus tivesse nascido, aliás, sido gerado por meios naturais.
            Após alguns dias de descanso Eu Sou Deus, percebeu por imagens refletidas, que pessoas torturavam um boneco com aspecto humano. Indagando aos que lhe fazia companhia, estes lhe informaram que tratava-se do sábado de aleluia e o boneco representava Judas, então ele comentou: Tomem cuidado com este povo, pois eles continuam os mesmos, isto se percebe pelas atitudes e este tal Judas pelo que sei, vendeu Cristo por um tanto, porém única porção de dinheiro, enquanto vocês outros o vendem a cada dia por mais e mais moedas. A maioria dos que estavam com ele, eram representantes de igrejas cristãs e neste momento formou-se um grande alvoroço, muitos o insultaram e pensaram até em agredi-lo, dando muito trabalho aos seguranças para conte-los, enquanto Eu Sou Deus negando-se a participar daquele tumulto, da forma que estava permaneceu, sentado, sendo que sua altura nesta posição, não ficava abaixo da média daqueles que resolveram repreendê-lo por meio de insultas, suas únicas palavras foram: Se acalmem, não me confundam com algum outro, e não pensem que eu possa ser agredido fisicamente por vocês, não tentem isso para o vosso bem. Só assim, provavelmente por medo, se acalmaram e retiraram-se deixando-o em paz.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

PMM 129

            Quem imaginaria que uma grande multidão, pediria a morte de um homem em menos de uma semana após ovacioná-lo. Há algo sinistro em toda a nossa história e não damos a mínima, nosso egoísmo ofusca todo o conhecimento e penetra cada vez mais, até chegar a um ponto que acaba eliminando também o próprio eu. Talvez pelo grande temor que isto nos cause é melhor permanecer nesta obscuridade e acreditar na grande fantasia, que se estivéssemos lá a dois mil anos, não faríamos parte daquela grande multidão. Então que todos os que se professam cristãos, lembre-se que enquanto alguns irmãos viajam ou se deleitam em banquetes nestes dias, outros comem sardinhas ou simplesmente perambulam, pedindo uns trocados ou revirando lixeiras atrás de alimentos. Que temos com isso? Que os políticos e poderosos resolvam essa questão, somos católicos ou batistas e etc. E em nossa comunidade religiosa está tudo bem.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

RMM Autobiografia 129

        Uma das cenas mais inusitadas foi quando tentaram, de várias formas esvaziar a piscina e não obtiveram êxito. Ela estava com água na altura de um metro, parada, com vários resíduos, inclusive alguns pequenos animais mortos, entre outros vivos, como sapos, pererecas e rãs. Muito tenebroso!
            Quando sugeriram que alguém deveria entrar e mergulhar de corpo inteiro para desobstruir o buraco que daria vazão à água, creio que sugeriram que o Leão o fizesse (ou ele se candidatou voluntariamente) e obteve sucesso.
            Após esvaziar, todos se juntaram para limpá-la. Sua área seria mais ou menos assim:

     

       Era rodeada por árvores, pelo menos uma nós cortamos. Ela ficava na bifurcação interna do L. nesse processo, meu pai desequilibrou e caiu de costas na piscina vazia (~1,6m de altura), batendo primeiro os pés, logo após, as mãos. Não teve problemas sérios, apenas as mãos ficaram com alguns hematomas. 

quarta-feira, 16 de abril de 2014

PMM 128

Eu sou um palhaço, mas não estou só, todos sabem disso, fui chamado para falar a este respeito em rede nacional e relatei: Sou palhaço e não estou só. Para mim não há diferença nesta pequena frase baseada em fatos reais, do que ontem aconteceu no senado, quando certa senhora representando uma grande empresa, da qual, todos diziam que havia entrado pra dentro e ela com veemência e eloquência afirmou: Sim, entramos pra dentro e, certa rede televisiva destacou: Ela confessou que entrou verdadeiramente pra dentro. Sem comentários. Foi isso que percebi. Para encerrar vamos poupar as presidentas.

Fora palhaço que fica evidente nestes casos, segundo um grupo de filósofos acadêmicos brasileiros e quem de acordo com eles estiver, podem também me atribuir a designação de pensador, não grande, mas contemporâneo.  

segunda-feira, 14 de abril de 2014

RMM Autobiografia 128

                 Na chácara eram normais reuniões da família e amigos nos finais de semana regadas a cachaça e churrasco. No início colocávamos cervejas e refris em algum rego de água próximo a casa, naqueles que achávamos que a temperatura seria mais baixa, pois não havia energia e as pessoas não se preocupavam em levar gelo. Isso durou quase um ano, até que meu pai conseguiu por meios próprios colocar a tal energia. Foi um dos primeiros chacareiros da região a tê-la, e para isso gastou uma boa quantia, pois a rede principal passava próxima e paralela a BR, até hoje é assim. Porém, há poucos anos colocaram postes maiores e mais altos, enfim, fizeram uma mudança expressiva na rede.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

RMM Autobiografia 127

               Normalmente as vacas ficavam num pasto que ia desde a represa até o início da chácara, próximo a BR. E era lá em cima que elas gostavam de ficar. Um dia nasceu uma bezerrinha e o Samaroni fez questão de ir comigo, não comentou que era pela bezerra, mas eu tinha certeza. Logo que chegamos, ele correu ao encontro dela e, indo por trás, a tocou. Imediatamente, num impulso das duas patas para trás, ele foi acertado na testa e no peito. Caiu para trás, de acordo com o impacto. Antes de saber se ele havia se machucado, comecei a rir e correr para socorrê-lo. A testa ficou roxeada e o peito avermelhado. Tive que levá-lo de volta, e só depois buscar as vacas. Essa foi a única vez que ele se aventurou a me acompanhar. 

quarta-feira, 9 de abril de 2014

PMM 127

                 Ao ligar a TV hoje pela manhã, a idosa mostrava um jovem rico cantor, apoiando certa instituição de proteção a animais domésticos, divulgando a necessidade de adotá-los. Logo após no canal do religioso, o jornalismo relatava o fato de um cão encontrado enterrado até o pescoço, estar bem, porém recebendo ainda alguns cuidados veterinários e também que havia sido multada uma senhora, flagrada em vídeo torturando um cãozinho e incentivando seu filho de tenra idade, a acompanhá-la. Vejam até onde vai a banalidade das coisas, no final disseram que o cão havia sido subtraído da mulher, sem sequelas aparentes, e a criança? Seria um cachorro espancado mais importante, que uma jovem criança que havia participado desse ato traumático, protagonizado por aquela que lhe dera a luz? Deveria os órgãos públicos tomar medidas punitivas, apenas no que se referia ao cachorro? Não, o mais importante seria o acompanhamento da vida dessa mulher insana, principalmente em relação a este filho, ou a outros que ela por ventura tenha. O maltrato e tortura ao meu modo de ver, não foi maior quanto ao animal, mas sim quanto a criança, se tomaram alguma medida quanto a isto, não fui informado.

                 Já fui testemunha de algumas torturas de animais, como deverei relatar na autobiografia. Num caso mais recente, ocorrido por volta de uma década, me pediram que clareasse um cão com uma lanterna, para que fosse sacrificado por disparo de arma de fogo, então falei que clarearia, sendo que me avisasse na hora do disparo, para que eu virasse o rosto, o executor perguntou: Ta com medo de ver? Respondi: Não apenas por precaução, vai que espirra sangue na minha cara. Eu e ele sabia, agora vocês também sabem que minha resposta não foi uma verdade absoluta.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

RMM Autobiografia 126

              Assim que mudamos, ou um pouco antes, meu pai comprou 5 vacas: Cigana, que era uma preta; estrelinha que era marrom, com a forma de uma estrela na testa; Veneza, malhada; e mais duas que não me recordo no momento.
            Minha mãe me encubiu de apartar* os bezerros, na promessa de 15 cruzeiros por mês. Achei muito bom, recebi um, dois, três meses, mas no quarto ou quinto, ela demorou a me pagar, então a indaguei. Ela respondeu que os remédios que havia gasto comigo eram muito mais do que ela me devia. Entre um sorriso de Monalisa, encerramos essa conversa próximo à piscina (tinha estado doente por um tempo, talvez fosse até dor de dente, não me lembro). Não gostei dos argumentos, e decidi que não entraria em questão e continuaria apartando as vacas; porém, fiquei muito chateado nesse episódio. Nunca mais cobrei, tampouco ela me pagou.

*para quem não sabe, esse aparto consiste em separar as mães dos filhotes e se realiza normalmente no dia anterior à retirada do leite, sendo que, em primeiro lugar, deve-se permitir que o bezerro mame um pouco em todas as tetas para que a vaca relaxe e libere o leite. Se por algum motivo ela estressar, o leite é retido. E era assim que realizávamos a ordenha naquela época. 

sexta-feira, 4 de abril de 2014

RMM Autobiografia 125

        Meus aniversários foram fatos marcantes para a cronologia dos acontecimentos em minha autobiografia. Após o esquecimento deles, praticamente perco minha principal referência. Por isso tentarei me lembrar de outros fatos, mas, provavelmente, eles deverão ou poderão não ter ocorrido respeitando uma ordem cronológica. Porém creio que isso não fará grandes diferenças.

                Por exemplo, do lado do corpo do meu pai, me lembrei que o único beijo que havia lhe dado em toda a minha vida foi quando, em 73 ou 74, na ocasião de seu aniversário, na festa, algum adulto, provavelmente tendo minha mãe como principal envolvida, organizou todos os filhos em ordem de idade para presenteá-lo. Sendo assim, o primeiro foi o Júnior, e este presenteou-o, abraçou-o e o beijou. Isto sobre o olhar de vários familiares. Quando vi, pensei: “Por que ele o beijou? E agora? Terei que fazê-lo também?”. Torci para que as meninas não o beijasse, mas a Geni fez igualmente, restava a Lú, que de mesma forma procedeu. Assim o beijei, movido pelos acontecimentos, contra a vontade. O fiz apenas para seguir os outros. Só me lembrei deste fato olhando seu rosto num corpo sem alma. Também reparei que seu nariz era fino e delicado, como muitos gostariam de ter. percebi que, ao invés da careca, havia cabelos. Isto ele falava várias vezes: “Descobri a cura da calvície, vou ficar milionário”. Porém, por ele ser considerado louco, não lhe demos atenção.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

PMM 126

          Apesar de haver dito que a ficção "Eu Sou Deus", não teria dia certo aparente para a sua divulgação(PMM124), resolvi publica-la nos terceiros sábados de cada mês. Por voltar ao assunto quero deixar claro que os textos que seguem este padrão são de extrema importância, pois neles expresso circunstâncias que se ditas como na realidade acontecem ou ocorreram, seriam muito difícil de serem absorvidas por mentes comuns, então torna-se necessário transmitir a verdade que chega a mim relativa ao meu conhecimento, numa outra que seja compatível com o que vocês aprenderam a acreditar e assimilar, resumindo, em forma de conto ou novela os quais estamos habituados. Não me lembro se informei, mas escrevi o primeiro texto fictício, após, chegar um amigo em meu serviço e dizer, que Deus o havia mandado ali para me orientar a não escrever as coisas ainda não reveladas diretamente, mas adaptá-las ao habitual, em forma de romance ou o que quer que fosse, isto caberia a mim. Falou também que não demoraria, pois só havia ido lá por isso. Após sumir por alguns dias, assim que o papa renunciou, ele me ligou e falou. - Não disse que ele renunciaria e você não acreditou? E logo após falou que havia se afastado por ter entrado no AA, então falei que não havia problema, poderíamos conversar bebendo refri ou suco, porém ele não deu mais notícias. "Cada um sabe onde o sapato aperta" como dizia meu pai.