Dias felizes foram quando dona Carmelita, mineira, e sua
grande família mudaram para as proximidades. Já no primeiro dia iniciou-se uma
amizade duradoura entre as matriarcas. Havia muita fartura em seu lar e,
contrariando o que dizem sobre os que nascem naquela região, ela aparentemente
tinha grande prazer em nos servir de tudo o que consumiam de alimentos em sua
casa: biscoitos fritos, petas, pães de queijo, etc. Após certo tempo achei uma
ou duas moscas em meio a um bolo, depois disso fiquei receoso com os alimentos
que me eram ofertados, imaginando que seria comum haver algumas moscas.
Ela era um pouco mais velha que minha mãe, tanto que
possuía até um netinho: José Maria que em seus primeiros passos já se dirigia
sozinho até nossa casa; uma linda criança que, após alguns anos da separação de
nossas famílias, teve uma doença que o deixou surdo, mudo e com outros
problemas que o levou a morte em torno dos seus 20 anos.