terça-feira, 30 de abril de 2013

RMM - Autobiografia 30

             A casa mais próxima a nossa era da dona Izaura, casada com um médico que não me lembro o nome, ambos espanhóis. Tinham dois filhos, um chamado Manolo de idade próxima a minha e o mais velho Emílio. Não cansávamos de repetir como sendo caso verídico, a história de que certo dia, passava um vendedor de pamonha, quando no mesmo instante ela gritava pelo Emílio por várias vezes, e o vendedor retrucava. -Não, é pamonha!

sexta-feira, 26 de abril de 2013

RMM - Autobiografia 29

             Em pouco tempo começamos a ouvir barulhos estranhos, principalmente no período noturno, dentro e fora do barraco, isso me levava a ir dos pés da cama para a cabeceira, ficando espremido entre meu irmão e a madeira. Numa certa noite, devido um movimento brusco que fiz, bati o cotovelo na parede o que levou uma pequena estante, que ficava pendurada a alguns pregos, despencar, e desta vez ao contrário dos barulhos que ocorriam e nada acontecia, aconteceu, que a estante amanheceu em pedaços e a papelada e livros esparramados pelo chão. Deixei que todos acreditassem por muitos anos que se tratava de algo sobrenatural.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Epístola de Abril

        Este episódio ocorrido em nosso continente, nada mais é do que uma ação corriqueira num planeta revolucionário, pois simplesmente representa nossa atrocidade. Se formos fazer comparações não precisamos ir longe. Qual de nós aqui mesmo em nossa cidade, não perdeu amigos e ou entes queridos desta mesma forma? Apenas do meu círculo de amizade foram mais de cinco nos últimos anos. Porém tenho certeza que os responsáveis pelo mundo, saberão solucionar ou pelo menos remediar as causas e efeitos deste atentado, como demonstraram em referência ao 11 de Setembro, ao Iraque (Onde perdemos um dos mais ilustres brasileiros de todos os tempos, depois de agonizantes e conscientes horas em meio a escombros), etc. O que me preocupa em referência a segurança planetária são alguns outros países, que não sofreram a influência filosófica de certo homem negro, que dizia ter um sonho e logo após provavelmente inspirado neste protestante, outro (porém branco) imaginou também um sonho, sendo assim enquanto os sonhos destes interrompidos de forma súbita e violenta em solo americano não se realizarem, não teremos paz.
        Se quiserem ter acesso a toda coletânea de minhas epístolas e outros textos que escrevo basta acessarem meu blog. Ah! Não esqueçam de ler as instruções da borda no inicio da pagina, e também no fim.

terça-feira, 23 de abril de 2013

RMM - Autobiografia 28

           No posto apesar do pequeno barraco, nosso quintal era um verdadeiro playground, pois já havia todo o alicerce construído, os buracos que enterrariam os tanques, areias, britas, tijolos, etc. Não precisávamos sair dele para realizar nenhuma forma de brincadeira habitual e havia também água encanada, mas energia não.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

RMM - Autobiografia 27

         Uma coisa que me intrigou desde cedo foi o fato, de não ter conhecido meu padrinho, isto era sempre lembrado pelos meus irmãos e mãe. Depois de adulto tive várias vezes a intenção de procurá-lo, mas sempre esbarrava em contratempos, até que há poucos anos minha irmã ligou-me, dizendo que havia visto na televisão que ele havia falecido, da mesma forma algum tempo depois, fiquei sabendo do falecimento do meu amigo Maurício Corrêia, sendo que este foi minha mãe quem me avisou.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

PMM 84

          Poucos dias antes da pessoa que me ajudava nas correções dos textos e a passagem deles do papel para o blog, relatar-me que não mais me ajudaria, ela disse-me que deveria estudar mais o português e procurar eu mesmo transcrevê-los para o computador, então lhe respondi que não tinha tempo para estudar português, e também que não tinha intenção de aprender algo mais em referência ao manuseio de computador, por esse motivo é notório que eles perderam muito quanto as regras da língua portuguesa, pois quem me ajuda agora, apesar de estar concluindo um curso superior, aparentemente sabe menos do que eu quanto a este quesito, então como já disse antes procurem não se preocuparem com este fato.

terça-feira, 16 de abril de 2013

RMM - Autobiografia 26

           A sopa que buscávamos na LBA ou LBV, eram ótimas(não é apenas uma confusão de siglas, é que as duas funcionavam no mesmo local, ou ainda funcionam bem próximas, aqui em Taguatinga Sul), devíamos tê-las buscado mais vezes.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

RMM - Autobiografia 25

          Até então não me lembro de comemorações festivas, apenas recordo que no natal fazíamos bilhetes(minha mãe aconselhava a pedir coisas pequenas ou que usaríamos no dia a dia). Teve uma vez que relataram um fato ocorrido na missa do “Galo”, eu o associei a alguma coisa sobrenatural, e também havia o evento do papai noel chegando de helicóptero, e é lógico Cosme e Damião que sempre minha tia trazia doces para a “molecada”.

terça-feira, 9 de abril de 2013

RMM - Autobiografia 24

        Também lembro-me de realizar algumas tarefas domésticas: Como varrer o quintal ou a casa, recolher as roupas(havia um tal de quarar as mais claras, que consistia em deixá-las em superfícies fixas ao sol, e parece-me que nesse processo utilizava-se o anil e após eram enxaguadas), catar feijão e as vezes o próprio arroz, e auxiliar no cuidado com os irmãos mais novos.

domingo, 7 de abril de 2013

Evolução (PMM 83)

Evolução
Evolution
Évolution
Pt. 2
       A partir daí começou essa conturbada relação entre nós e os seres superiores, pois, de alguma forma nesta fase primitiva humana, passamos a ter uma maior ajuda deles. Esta, reunida a algumas heranças originárias da vida animal (como instintos e medos), nos despertou para certas formas de adoração, provocando-nos curiosidades e temores pelo desconhecido e levando-nos a crer que todos os aspectos da natureza estavam diretamente ligados a seres invisíveis e, principalmente, a espíritos ancestrais ou qualquer outro. Em resumo, o medo dos mortos foi nossa principal religião de adoração e até hoje subsiste.
        De tempos em tempos surgiam alguns com intuições mais apuradas e dedicados à meditação, relatando que havia um ser supremo responsável por todas as coisas e a este deveria ser dedicada a adoração.
        No decorrer de milhares de anos, um grau mais elevado de mente em nós se formou, e os responsáveis pelo planeta acharam por bem enviar seres, que materializados em nossa forma humana, poderiam de algum jeito ajudar a impulsionar nosso desenvolvimento, a fim de preparar-nos para um grande evento, que seria a visita ou até mesmo o nascimento de um ser mais elevado.

        O grande problema é que um dos responsáveis direto e alguns subordinados do primeiro escalão se uniram a certo agitador que, ao contrário das fábulas que nos foram transmitidas, não pensava em ser maior que Deus, mas tinha esperança que suas ideias e ideais revolucionários pudessem um dia levá-lo a superar o criador deste universo.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

RMM - Autobiografia 23

         Logo após esse último texto consultei minha mãe quanto a esta mudança, e ela disse-me que de uma hora pra outra sem aviso prévio, chegou um senhor de Goiânia com sua família e mudança no final da tarde, dizendo que havia comprado a casa e não sabia que estava ocupada. E desta forma o que poderia ser feito? Depois de meditar por muito tempo naquela situação ela disse que tinha um lote ali nas proximidades, e que se mudaria para o barraco que servia de suporte a obra. A inspecioná-lo o senhor e sua família que se compunha de mulher e três ou quatro filhos, que estavam na fase da adolescência, disse-lhe que ampliaria o barraco adicionando-lhe mais um cômodo, e após passarem a noite esparramados pela casa, em colchões, no outro dia compraram todo o material, e eles mesmo conseguiram em um dia acrescentar mais um cômodo ao barraco, resultando assim nos dois cômodos que mencionei, também falou que não tem como agradecer todo o bem que aquela família lhe fez. Então lhe falei que provavelmente meu pai não estava pagando o aluguel, e concluindo ela disse que o dono do imóvel estava acostumado a ir nesta casa e ficar horas esperando pelo “Dilon”, dias após outros. Depois deste dialogo quase pude perceber a situação deste senhor esperando, em minha mente. Para concluir também relatou-me que alguns anos antes havia sido despejada. E ficou por algumas horas na rua em frente a casa onde morávamos. Ela, nós e a mudança, então um “Japones” que esporadicamente ou quando podíamos, comprávamos algumas verduras em sua banca no tradicional Mercado Norte, não suportando ver aquela situação ofertou e ajudou no que foi preciso para que ela se aloja-se naquela casa, da qual algumas das minhas primeiras narrativas originaram-se.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

PMM 82

         Não havia informado, mas meu texto intitulado evolução em três idiomas(originalmente o intitulei assim e deixei programado para que entrasse numa data específica, nesse período pensei em modificá-lo deixando apenas em português, ou talvez incluir ou substituir algum outro pelo mandarim, porém por minha indecisão até o dia previsto para a apresentação ficou como está), terá mais uma parte divulgada domingo próximo, não deixem de ler.

terça-feira, 2 de abril de 2013

RMM - Autobiografia 22

         Não me lembro o dia nem o por que, provavelmente por uma crise financeira, mudados para o barraco do posto, que era dividido em dois cômodos, mas com um isolamento proporcionado pelo guarda roupa, ficávamos separados de meus pais e os dois caçulas(Só me recordo do nascimento de um deles, mas não sei quem). No beliche dormia eu e meu irmão numa parte e minhas irmãs em outra.