PMM 293

    Então Ou dirigia e sorria. Pois de repente ele lembrara de um grave incidente. Lá pelos seus vinte e poucos anos enquanto se dedicava a desvendar o apocalipse e por isso lia a bíblia. Sua irmã mais velha entra no quarto aonde ele se encontrava e abruptamente põe ao lado do livro uma caixa de fósforo. Abra! Diz ela. Ou se desesperou e provavelmente mudou de cor e abrindo... Bah! Entre os palitos uma baguinha ( resto de cigarro de Canabis). Sabes de quem é? Continua ela. Não! Disse Ou. Então ela pegando a caixa e dirigindo-se a porta diz: deve ser do Shimarron, ele vai ver, e para encerrar Ou pensa " como fiz uma merda dessas?" E num último ato, Fala: me dá, é minha, pega outro fósforo. Naquela hora Ou só queria ser um avestruz. Rs. Como fui deixar esse troço na cozinha?

Minhas viagens 327

     Logo nos primeiros dias, teve uma noite que saíram meus dois filhos, e quando cheguei, não os vi, um desespero apoderou-se de mim. Fui até um bar próximo e bebi uma ou duas bebidas sem álcool, mas ao retornar o vazio me consumia e o raciocínio não desenvolvia, se não, negativamente. Como era insuportável acreditei que Deus ou algum, ou um dos seus anjos me pudesse ajudar, mandando alguma mensagem via texto, naquelas horas anteriormente, ligaria para minha esposa, ou mandaria uma mensagem, e ela me consolaria e tudo passaria, mas ficou estabelecido por ela e alguns mestres meus que isto não deveria acontecer.

Minhas viagens 326

     Então a partir da segunda semana de junho de 2016 voltei para casa de imediato, falei ao meu caçula que ele deveria continuar a dormir em nossa cama, comigo, como sempre fez e como havia feito durante a permanência com sua mãe, mas ele se negou, ainda insisti, porém em vão. Minha tristeza aumentou, pois contava certo com a sua companhia nas noites que continuaram vazias. 

Minhas viagens 325

     Além de estabelecer durante a completada viagem que faria de tudo para salvar meu casamento, também ficaria estabelecido que não mais faria uso de qualquer coisa que pudesse me trazer mal, e que continuaria meus estudos da obra completa de Pietro Ubaldi o que ainda aqui faço, sendo que me falta apenas dois de seus livros, e talvez tornar a ler algum outro. E digo a todos com uma margem inexpressiva de erro, Pietro Ubaldi é o nosso profeta; seus textos bem estudados e sua doutrina bem praticada se equivale a mais do que os textos considerados sagrados. Ele é o elo que faltava entre os Evangelhos e nós. Contemporaneamente seu nome está fortemente ligado ao espiritismo, mas por diversas vezes ele contradiz esta hipótese, e por isso há algumas décadas, os homens chaves dessa doutrina no Brasil decidiram que ele dela não faz parte.

Minhas viagens 324

     Não gosto de usar verdades parciais como fiz em referência a Cristina, mas talvez ainda o faça quando se referir a fatos ligado a ela, mas tentarei através de diálogos quebrar essa barreira que está colocada entre nós, penso que da mesma forma que ela sente um ciúme doentio entre o Jorge e eu, também sente por mim quando não estou a sua disposição, seria como se eu devesse um grande favor ao Jorge por ter me acolhido e me tratar muito bem, e como ele não cobra nada por isso, ela se coloca como juíza, acreditando que eu lhe deva como principal representante do Jorge, total disponibilidade, tendo até mesmo me dito há poucos dias que não me devia nenhum favor e que eu era um preguiçoso. Não estou julgando, gosto dela, resolveremos tudo, afinal, como diz Cazuza: "somos todos iguais em desgraça".

Minhas viagens 323

     Bem! Vocês saberão que estou a inteira disposição da Cristina, sendo assim, lhe relatei que as 23h sairíamos para a viagem, porém o Fabian me pediu que se possível eu o levasse às 19h para ele fazer uma apresentação musical e depois partiríamos. Apenas relatei a Cristina que havíamos antecipado a viagem sem lhe dar detalhes. Quando nos aproximamos perto da residência aonde ele apresentaria, fui me familiarizando com o local e de repente me pediu para entrar, exatamente na residência de um amigo do Jorge e a menos de 3km da sua casa, outra coincidência? E como o Jorge não apareceu, deduzi que não o haviam convidado e falei ao aniversariante e ao seu pai que pela minha boca o Jorge nada saberia do cumpleanos, ficaria ao critério deles dizer ou não, já se passaram 6 dias da festa e pelo visto está tudo em segredo.

Minhas viagens 322

        Quando aconteceu o fato com o Rodrigo, enquanto eu caminhava de volta aos risos, tentava lembrar de outra coincidência e recordei. Por a Cristina estar enfrentando grandes problemas voluntaria ou não (neste instante paro de escrever interrompido por ela), prosseguindo: neste intervalo que ela chegou, falei que escreveria dela e lhe mostrei o início de texto, e ela respondeu: "de uma coisa tenho certeza, você dirá a realidade". Devido a todo o acontecido penso no momento que ela não tem me tratado muito bem, como acho que deveria ser tratado e ela já confirmou várias vezes que tem essa noção, mas por mais que tente não consegue me tratar melhor, acho que de alguma forma no seu subconsciente ela acredita que eu tenho culpa com esta fase que ela está vivendo, pois as coisas para ela tornaram-se mais intensas ou estressantes após a minha chegada.

Minhas viagens 321

     Anteontem ao chegar de viagem, deixando o Barcus a porta dirigi-me ao meu quarto. Ouvi um som de impacto, mas não me preocupei, só o fiz quando ele me chamou: "Marcus me ajuda!". Virando-me, o vi no chão, fui logo ao seu encontro e perguntei como ajudar a levantá-lo, já tentando, ele exclamou como quase todos falam por aqui: "a concha da puta madre que pariu". E eu repliquei falando: "Assim vai cair de novo e não vou ajudá-lo a levantar", por ele falar essas palavras. Pude notar que a queda foi devido o Victor ter quebrado um pedaço de asfalto que com muito custo em meus primeiros dia aqui havia posto na entrada da porta, para que pudéssemos limpar a lama dos pés, em comentário com a Cristina lhe falei que não entendi essa atitude dele, mas que pelo menos me respeita um pouco, pois esperou eu viajar para fazê-lo.

Minhas viagens 320

    Ah! Aproveitando, sempre tive problemas com álcool e agora nos últimos anos tento ter todo o controle para não consumi-lo e talvez por isso criei um bloqueio e em todos estes últimos anos que o consumo, sempre digo e repito, e todos concordam, pois assim é, "bebo mas não fico bebo". Nesta minha viagem meu proposito seria, não consumir alcoólicas, porém até o momento continuo fazendo um reduzido uso delas. No dia que mais bebi por acaso foi no último domingo, em uma viagem a Paissandu, aonde conheci os parentes da Joana esposa do meu amigo Fabiano, e com o Martin um dos seus nove irmãos, bebemos cerca de sete litros de cerveja (Muito? Sim), e quanto as mulheres? Prefiro nem estar com elas. Hoje consigo não desejá-las, mas de admirá-las? Não. Desejar? Só a que poderia ser minha.

Minhas viagens 319

     Não tinha nenhum trocado apenas uma nota de 500 pesos, e acreditei que poderia desfrutar daquelas companhias mais um pouco, então me ofereci para ir com eles até algum estabelecimento e comprar o vinho. A Mônica e o Diego não negavam a aparência de embriagados ou drogados. A Valência quiçá  por já ter me embriagado com a sua beleza, não aparentava estar como eles. Na conveniência do posto de gasolina formou-se a tal cena presenciada pelo Rodrigo (o jovem que me abordou no mercado). Eu muito sem graça fui com o Diego pegar o vinho, enquanto as duas tentavam conseguir as chaves do banheiro com o frentista e por alguns minutos ficamos ali, eu segurando o vinho sem saber como abriria, e ao mesmo tempo admirando aquele lindo olhar e sorriso da Valência enquanto o Diego também se dirigia ao banheiro, por fim ele abriu o vinho com os dentes ou dedos, pois aqui vende-se muito vinho em embalagens idênticas as que usamos para leite longa vidas no Brasil. E em uma última saudação nos despedimos após o citado ato da targeta. Fiquei envergonhado por toda aquela situação e me consolava pensando comigo mesmo que ninguém me conhecia ali, e decidi que não diria nada daquilo aos meus próximos, até o Rodrigo me encontrar. A vergonha foi pelas atitudes do Diego e da Mônica, quanto a Valência não. E é lógico que a impressão que eu tinha era que todos que passavam pelo local naquele momento nos olhavam.

Minhas viagens 318

    Me encontrava na praia, ao passar por uma via concretada que vai mar adentro até dar em um farol, percebi duas jovens. Ao retornar após um tímido cumprimento, me chamaram a atenção e uma das jovens na realidade tinha 45 anos e era a mãe da Valência, Mônica seu nome, e apesar de visivelmente ser usuária de craque, ainda conservava uma boa aparência, não obstante ter poucos dentes na boca e logo após nos apresentarmos, ela disse que era devido ao consumo da droga. A Valência nos seus 18 ou 20 anos era extremamente bonita, e não foi possível a mim não entrar em um encantamento, quando frente a frente a ela, conversamos cara a cara por alguns minutos e também o Diego, seu namorado. Após me despedir, mesmo interessado em ficar um pouco mais, caminhava e eles me seguiam, até quando a uns 15 metros a frente me gritaram, e o Diego se antecipando me pediu ajuda financeira para comprar mais vinho, pois era o cumpleanos da Mônica, e o do consumo havia acabado no último gole que eu tomara. 

Minhas viagens 317

    Mas negava o fato de estar bebendo vinho na rua, porém ele insistiu e repetia que sim! Que eu me encontrava próximo ao Liceo (escola para pré-adolescentes em diante) que ele estuda, e bebendo vinho com um boracha (pé inchado) e as duas mujeres na calle (rua). Eu imaginava mil coisas, mas negando tudo pelo fato do vinho, até que ele complementou "tu destes uma tarjeta (um cartão) branca a eles" enfiando a mão no bolso puxei uma e lhe ofertei: "desta?" "Sim!" Concordou ele, é o cartão com o endereço virtual do meu livro e do meu blog, só assim pude lembrar do inusitado fato, narrado pelo jovem espectador.