sexta-feira, 31 de março de 2017

RMM – Autobiografia 263

Em um dia pela manhã, não sei, acho que na copa da casa, minha mãe disse aos filhos todos reunidos: - Nós estamos com muita dificuldade, tá todo mundo sem roupa, estamos sem carro, então eu resolvi vender algumas vacas para tentar colocar as coisas em ordem, por isso vos reuni. Não sei se me antecipei aos outros e fui veemente contra, dizendo que ela não poderia agir daquela forma, que não era correto, porém todos os outros a apoiaram, e os dois mais novos provavelmente não tinham poder de voto. Foram dizendo várias coisas que estavam acontecendo e juntando-se, todos falavam que ela era sócia e tinha este direito. Eu muito tenso com tudo e também nervoso por me ver só, repeti, pedi, implorei que não se fizesse aquilo, só parando quando minha mãe iniciando com uma voz calma: - você está com os dentes todos estragados precisamos arrumá-los, você chora de dia e de noite com dor de dente, não aguento mais isso... A interrompi pela última vez, com um não. Então mudando o modo de falar e demonstrando muita irritação disse-me para calar, que ela venderia sim, e que eu não falasse nada a ele(meu pai). Intimidado pela grande bronca, assustado e angustiado calei-me.

quarta-feira, 29 de março de 2017

RMM – Autobiografia 262

Normalmente levávamos marmita, pois passávamos o dia todo na imobiliária. Todos eram responsáveis por nós, menos meu pai, que sumia e aparecia poucas vezes. O que nos fez adquirir um laço de amizade com os três irmãos que cuidavam da Casa do “Granjeiro”. Eles eram jovens, porém adultos, até hoje nossas famílias mantém contato, assim como algumas outras, aliás, da época das vacas gordas apenas esta restou. Há poucos meses comentei com uma das irmãs mais novas que poucas vezes ia à loja. - Pois é Neuza, daqueles amigos de meu pai de quando ele tinha dinheiro só restou sua família. Sendo que ela respondeu: - Minha família não, só eu.

quinta-feira, 23 de março de 2017

RMM – Autobiografia 261

    Em outro dia, um dos irmãos da loja ao lado amarrou uma linha aos pés de um pardal. Sendo alertado pelo Adalberto(um arquiteto funcionário de meu pai) que não deveria ter feito aquilo, mas ele não voltou atrás, dizendo que os pardais faziam ninho em qualquer lugar e poderia causar até um curto-circuito na rede elétrica. O Adalberto, um rapaz de boa aparência, ficou chateado com o outro, porém o pássaro já tinha sido solto e não havia mais nada a fazer.O que me chamava atenção naquele funcionário era vê-lo varrendo a loja apenas com uma das mãos, então eu imaginava que todos os homens deveriam usar a vassoura assim, tentei por algumas vezes mas desisti. Ah! Também achava complicado os seus desenhos, que eram feitos em determinado papel que nunca mais eu vi.

terça-feira, 21 de março de 2017

RMM – Autobiografia 260

    O trauma que tive com o Samaroni me deixou muito preocupado em relação à Célia, que seria a próxima a iniciar os estudos.  Achava-a muito criança e imaginava que seria pior que o outro, porém não, até que um dia: Bah!(como diria um gaúcho), fez o dois na roupa! Não me lembro se foi na escola, só sei que envolveu minhas irmãs e a dona da loja que meu pai alugava, pois ela possuía uma ao lado "Casa do Granjeiro". Deram um jeito lá, resolvendo tudo. Depois a Célia se comportava como qualquer criança, e eu pensava: caramba, ela não sabe que me fez passar a maior vergonha, agora fica ai agindo como se nada aconteceu.

segunda-feira, 20 de março de 2017

RMM – Autobiografia 259

      A vez que mais me zoaram, foi quando em um silêncio absoluto, uma menina crescida aparentando ser a mais velha da classe, sentada a minha frente deu um grito e se contorceu, emitindo um som vocálico disconecto tipo: aaauuueeeeoooaaaauuuu! De imediato todos assustaram, porém eu num reflexo e instinto peguei minha pasta 007 e sai correndo em direção a porta, sendo impedido pela professora, interrompendo minha fuga e dizendo que era um pequeno problema que a garota tinha e logo passaria. Assim meio sem coragem, impulsionado pela sua mão em minha costa fui levado de volta a minha cadeira. O fato de pegar a pasta foi o que mais me prejudicou, mas era uma 007 que eu acabara de pegar de meu pai, sem nem pedir-lhe, porém ele estava permitindo que eu a usasse. Acho que eu era o único aluno de Taguatinga a possuir uma. Me sentia o verdadeiro Bond, James Bond! Fui rápido na fuga como ele, mas o motivo?

quarta-feira, 15 de março de 2017

PMM 202

     O que dizer? Não há como me expressar... Quão surpreso fiquei ao saber recentemente, o quanto de pessoas mundo a fora que compartilham do conhecimento o qual chega a mim há décadas, oriundos de um pensamento eterno que permeia todo o cosmo. E agora se intensificará sobre maneira nessa atmosfera em que compartilhamos, literalmente falando, sopros de vida. Aos dos Estados Unidos, da Malásia, Alemanha, Russia, França, Ucrânia, China, Polônia, Cingapura, Portugal, Reino Unido, Iraque, Índia, Japão e tantos outros que com certeza virão e serão. Meus sinceros agradecimentos, em especial ao principal cooperador de toda minha obra escrita e grande amigo, Ricardo Iurassek.
     Brasil eu nunca vou te trair.










Países                           Nº de acessos
Brasil                                    14082
Estados Unidos                    3044
Malásia                                 2544
Alemanha                              1159
Rússia                                     946
França                                     400
Ucrânia                                   269
China                                      128
Polônia                                     83
Cingapura                                 52
Portugal                                     4
Reino Unido                               3
Iraque                                        3
Índia                                          1
Japão                                         1




segunda-feira, 13 de março de 2017

RMM – Autobiografia 258

     Havia muitas brigas: A que mais me chamou atenção foi entre um moleque franzino e claro contra outro maior e robusto. Parece que era aquele que eu levava a pasta, o robusto. Antes de começar, alguns próximos do menor o alertavam, dizendo que sua chance seria minima, porém ele falava que não voltaria atrás e sabia que ganhar seria difícil. Logo no inicio ele avançou contra o outro deferindo vários murros certeiros, Mas como era de se esperar, em pouco tempo o outro conseguiu reagir e decidiu a briga. Logo dando-a por encerrada. No momento nada comentei, mas tive vontade de cumprimentar o pequeno valente, como muitos outros fizeram: Batendo em seus ombros, pegando em sua mão e o parabenizando. A briga foi limpa, o motivo não sei. Correu tudo bem entre os gladiadores e a platéia.

sexta-feira, 10 de março de 2017

Minhas Viagens 53

       Passei por uma loja de telefonia, resolvi entrar e falei com a atendente que faria uma ligação para Brasília, isto não estava programado, em última contagem lhe relatei quanto tinha de dinheiro e que ela me alerta-se se percebesse que a ligação fosse passar da quantia. Liguei para mulher que amo, ela simplesmente não acreditou. Perguntou varias vezes se aquilo era sério, se eu estava mesmo em Cáceres perto da Bolívia, tendo minha confirmação por várias vezes. Então a conversa se transformou em prantos de ambos, tentávamos dizer alguma coisa, como tento escrever agora, mas impossível. Por fim acreditei que o tempo foi longo, e ao sair perguntei para a moça quanto havia dado, ela me disse que havia passado do valor, pedi desculpa, e recordei que havia pedido para me avisar, porém ela cabisbaixa sem me olhar, dava a entender que estava tudo bem, então agradeci, despedi, e parti.

terça-feira, 7 de março de 2017

Minhas Viagens 52

       Do trajeto também não me lembro. Mas lá resolvi comprar um sorvete que estava em evidência na mídia, acho que o nome era corneto. Passei a pensar que seria melhor pegar um atalho ideologicamente falando, e tentar mais uma vez a purificação dos 40 dias, pois diminuiria meu sofrimento, em tempo, porém já começava a me incomodar, e só de pensar já o aumentou e muito.

sexta-feira, 3 de março de 2017

Minhas Viagens 51

    Em nova análise da grana, dirige-me ao guichê e falei ao atendente que gostaria de ir a alguma cidade fronteiriça com a Bolívia. Tendo ele me respondido com uma feição um tanto em dúvida, que não havia cidades fronteiriças por ali. Assustei lógico (caramba entrei numa enrascada de novo). Então lhe pedi que visse o preço da passagem de alguma cidade que ficasse mais próximo à Bolívia, tendo ele me sugerido Cáceres, continuando ainda com a cara de surpreso: Comprei.