quarta-feira, 30 de junho de 2021

O Evangelho Segundo San Marco 8

 Fui ruim em interpretação de texto. Gênesis: Cap.1; Façamos ( plural) o Homem nossa( Ídem) imagem e semelhança...Macho e fêmea os criou...Cap-2: Formou Deus o homem do pó da terra e o fez alma vivente...Da costela deste ( Adão) formou-se (uma) mulher e disse, o vindo do pó "Esta (agora) é osso dos meus ossos..."Seriam os primeiros homens criados imagens e semelhanças de outros deuses? Digamos; menores? E após, o próprio Deus criaria um outro do pó da terra? E (uma) mulher não leva a crer que haveriam outras? Para não haver tal dúvida o melhor não seria? Criou a mulher (Eva). E porque "esta agora"? Não fica claro que existiu outras e que de outra forma foram criadas? E de outra maneira se portaram? Serpentes falavam? Lilith, uma mulher com existência anterior a Eva, quiçás a mãe da raça das serpentes humanas, falara a Eva. Não por mal, nem por bem. Simplesmente por ser.

segunda-feira, 28 de junho de 2021

O Evangelho Segundo San Marco 7

     Nosso pai Abraão? Meu não. Quiçás, sim. Sua grande e maior façanha: Identificar que Melquisedeque ( rei de Salém, sacerdote eterno, sem genealogia ou início de dias, nem final. Cuja à sua Ordem Jesus Cristo pertencia, segundo Paulo de Tarso quis registrar), era um homem de estrema importância e sabedoria e ele achou por bem dar-lhe a décima parte de tudo que tinha e adquiriria. Pai de uma grande nação aonde homens maus hoje se escondem. Não! Deus de Cristo não pediria seu filho em sacrifício. Nem por isso, nem por aquilo.

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Minhas viagens 238

     Voltei ao acampamento e aguardei pelo resto do dia que alguém aparecesse, nada... Já havia passado pela minha cabeça que se eu ficasse cego como o Paulo (Saulo de Tarso) na estrada de Damasco, como eu faria? Este pensamento me incomodava, então no trigésimo terceiro dia, em uma sexta, ao sair para caminhar, um inseto me atingiu o olho direito, mesmo lavando bastante naquela límpida água do córrego, da segunda ponte (Teresina-Cavalcante), na qual estava próximo, algo continuou me incomodando, então resolvi, chegou a hora, irei até a sede e me entregarei, não posso ficar cego aqui, pois apalpando meu olho, percebia inchaço e as lágrimas não paravam de correr

quarta-feira, 9 de junho de 2021

Minhas viagens 237

 Fiquei ali esperando que eles voltassem, até atrasei um pouco meu banho, só o fiz  nos últimos clarões do dia quando acreditei que eles não voltariam por aquele caminho. No outro dia resolvi esperá-los, pois por ter sido descoberto imaginava que eles lá chegando e não me vendo, poderiam confiscar minhas coisas ou até mesmo incendiá-las. Contrário a minha rotina naquela manhã aguardara mais de hora, porém imaginei que ficando ali inerte meus devaneios e sofrimentos poderiam aparecer, resolvi sair a caminhar. Já havia sido descoberto, então, andei livremente pelo asfalto. Desde o início imaginava que havia uma residência entre meu acampamento, a estrada secundária e a pista, apenas naquela hora percebi que não havia. Esta impressão ficou em mim desde a primeira vistoria, mesmo tendo o meu cunhado dito que não deveria haver residência ali, e que aquelas espécies de estradas que existiam naquela área deveria ter sido provocada pelos trabalhadores que instalaram as torres elétricas e os que ainda a usavam para manutenção.

segunda-feira, 7 de junho de 2021

Minhas viagens 236

      Sim, tudo tinha chegado ao fim, não havia o que fazer... entre mil coisas que passaram em minha cabeça, como tentar uma fuga, achar um outro local. Não! Qualquer atitude seria de grande risco, o mais sensato a fazer seria me entregar de vez. O desespero diminuiu, não entreguei por mim mesmo, apenas vacilei, mas não deliberadamente joguei a toalha, não deliberadamente esmurrei o chão. Se fosse o caso morreria ali pelos meus ideais, pela minha crença e pela minha palavra. Poderia os anjos terem atendido minhas preces e terem de alguma forma enviado os dois cavaleiros montados em seus cavalos para me salvar? Hoje, acredito que sim, pois me conhecendo sabem que não me entrego, sabem que enlouqueceria, mas não abriria mão. Sim, meus mestres conhecem meus limites mais que eu.

sexta-feira, 4 de junho de 2021

Minhas viagens 235

     Chorando como um bebê, ou qualquer outro que perca um ente querido ou algo assim, ouvi um som, olhei para trás e percebi movimentos na outra margem do pequeno córrego. Cessei o choro e enxuguei o rosto o mais rápido possível, dois cavaleiros estavam a menos de vinte metros de mim, se aproximando, imóvel fiquei olhando a barraca à minha frente, com seu azul intenso. (Não, impossível eles não me perceberem, está tudo perdido, que seja como Deus quiser). Então ouvi já mais próximo "uai, que que é aquilo ali? Parece uma barraca". Já havia percebido que eram dois dos que se encontravam no primeiro encontro e me antecipei dizendo: "Oi! Sou eu que tô aqui, sou eu, lembra de mim?" Tendo como resposta, apenas um "ah!" e seus olhares de desconfiança e reprovação, principalmente do calunga que portava um longo facão na cintura.

quarta-feira, 2 de junho de 2021

Minhas viagens 234

   Bem! trigésimo primeiro dia. Não sei se voltei aquele rancho abandonado, ou se teria estado lá uma única vez nesse dia ou no anterior, mas lembro que lá pelas quatro da tarde desesperadamente me pranteava, pensando mil coisas, como: porque andei dizendo que o padre Marcelo não tinha direito de deprimir e ainda pedir ajuda aos fiéis, se o certo seria o contrário? "Como eu, um homem tão sensato, tão consciente e racional se encontra neste inexplicável sofrimento, a ponto de quase perder a razão, terei eu que me tratar ao sair daqui? Não, não repetirei mais estas experiências. Não posso arriscar, estou extremamente e insuportavelmente abalado. Deus, Jesus e todos os anjos que puderem me ajudar, me ajudem, me restituam a sanidade ou não permitam que ela de mim se separe e eu enlouqueça aqui sozinho".