Minhas viagens 364

    Na sexta minha mãe e irmã viajaram, fiquei só, lavando o carro e arrumando as malas, foram momentos tensos, como agora ainda continuam, após esta primeira frase passou quase uma semana até que eu me recuperasse e voltasse a escrever... antes que me esqueça, na chapada, por dias observava uma barata d'água, normalmente ela ficava nas vasilhas que colocava no pequeno córrego para posterior lavagem, achava-a nojenta, e só após vários dias percebi que os peixes a temiam e se afastavam quando ela se aproximava, então a capturei e arremessei-a à certa distância da margem do córrego, porém ela retornou, repeti o ato e novamente ela voltou. Só ai a levei a mais de 3 metros da água e fiquei observando-a e percebi que ela desfaleceu a menos de um metro da margem. A matei sob tortura, infelizmente.

Minhas viagens 363

    Ah! Logo após isto tive problema com meu seguro desemprego também, tudo então conspirava para que eu saísse 30 de abril. Por mim iniciaria está viagem em dezembro mesmo, sendo assim, no último momento resolvi reunir a família e comunicar o fato. Foi numa quinta feira e todos que puderam ir apareceram, tudo sob um certo suspense, assávamos um pernil, também resolvi consumir algumas latinhas, até que eu ouvi alguns comentários sobre a viagem. Alguns ou alguém dos que sabiam de antemão resolveram adiantar a conversa, não me agradou, mas tudo bem... no momento não posso pensar e nem escrever mais nada sobre aquela noite. 

Minhas viagens 362

     Em resumo: cada vez que eu levava todos os documentos que o cartório pedia, eles só me davam resposta se estava tudo certo em uma semana, sendo que a princípio nos informam que se não tiverem com toda documentação em 4 semanas por conseguinte completando um mês, paga-se uma pesada taxa e assim sucessivamente, às vésperas de vencer o prazo me mandaram em um órgão público, relatando que o documento que me enviaram não condizia com o solicitado. Após um vai e vem, venceu o tal prazo de um mês e para encerrar o chefe do departamento governamental veio até mim muito irritado, se apresentou, carimbou o tal documento, assinou por mais de uma vez e disse-me para levá-lo e que não retorna-se mais lá por este motivo, e que me virasse com o tal cartório. Retornando ao tal cartório, fui obrigado a falar com o superior hierárquico por mais de uma vez, e me disse que me ajudaria apesar do documento solicitado não ser aquele.

Minhas viagens 361

     Sempre complicado, o que deveria ser simples... comuniquei a alguns de meus sobrinhos, sempre estrategicamente e tentando sair o mais rápido possível do Brasil, fui impedido por um serviço lento, demorado, complicado, caro, estúpido e sem lógica, de um cartório (agem como se estivessem acima da lei). Se eu falasse o quanto de tempo e dinheiro perdi por causa de um simples documento da casa que todos sabem que comprei e paguei... inacreditável! Estes órgãos não podem funcionar assim, provavelmente acontecerá com eles o que houve com os táxis, que logo após a lei torná-los como um negócio de família, transferido de pais para filhos, entrou o tal do Uber que tudo mais desmoronou.

Minhas viagens 360

     Bem! Fui orquestrando a viagem, tendo comunicado a Mayara já em dezembro, após solicitar a ela algum tipo de ajuda, pois me encontrava péssimo com referência ao meu matrimônio, porém ela limitou a dizer o que eu já sabia: "tá colhendo o que plantou" e não demonstrou nenhuma intenção de me ajudar, completando, disse-me que deveria fazer como ela havia sugerido, deixar a mãe dela em paz. Respondi que a única forma de fazer o referido, seria concluindo esta viagem.

Minhas viagens 359

     Hoje 20 de agosto, apesar de os dias terem se alongado, o frio e a chuva ainda insistem em mostrar sua força e a água caiu ainda à pouco sobre mim enquanto caminhava a uns 3km de onde estou, tendo que me abrigar em uma parada de ônibus, para não molhar muito. Mas o frio não tem mais tanto vigor, como fora em maio, junho e julho e ainda ontem vivemos um verdadeiro dia de verão, tendo eu até pensado que conseguiria nadar na praia do parque.

Minhas viagens 358

     Também em dezembro após meses sem ingerir bebidas alcóolicas comecei a consumi-las, e aos poucos comecei a aumentar o hábito, mas nada perto do que fora antes daquela fatídica, deprimente, noite de um 29 de maio. Aqui no Uruguai por três vezes ou quatro extrapolei um pouco, lembro-me que bebi seis litros de cerveja em um decorrer de um domingo com meu amigo (Martin), em um final de semana frio e chuvoso que passei em Paissandu.

Minhas viagens 357

     Então em outro ambiente de serviço, sempre à noite, sozinho no canteiro de obras entre Sobradinho e Brasília, às margens da BR-020, perdido em meus pensamentos e do âmago de minha dor e alma, surgiu em minha mente que eu poderia decretar "não cometerás adultério". Como poderia alguém entender isto? Tem que ter estudado e experimentado os textos bíblicos da forma que fiz? Desconheço na atualidade, e na história também. Tenho pecados! Muitos, porém não tenho a menor intenção de continuar cometendo-os, e torno a dizer: o chamado pecado nada mais é que transgredir a lei de Deus. Não me importa quantos são e estão rebeldes, apenas procuro não ser, e não estou sendo um rebelado, e que cada um julgue a si próprio quanto a isto.

Minhas viagens 356

     Pois bem, foi muito pior do que eu imaginava, a partir daquela festa formou-se em minha mente a imagem que ela estava em outro relacionamento, e muito empolgada e feliz por isso, não me lembro quantos dias de desespero e de choro, só sei que começou na noite de 4 de dezembro e prolongou-se até próximo ao natal. Muitos disseram que meu pensamento era de posse. Como poderia eu ver a mulher que me amava com outro? Não é posse... tanto que em meus devaneios, apenas lhe pedia que não fizesse aquilo e que esperasse que eu me adaptasse aquela nova situação, e em todo aquele período de separação nunca a ofendi, nem a tratei de forma desrespeitosa, apenas sofri e não tenho vergonha de dizer, pois todo mundo é parecido quando sente dor.

Minhas viagens 355

    Aproximava o aniversário do meu querido filho Lindolfo Lucas (o Lindolfo é óbvio que foi em homenagem ao meu avô e também do Collor de Melo, ele dançou e em seguida eu, nós, os netos), Ah! O Lucas deve ser esses nomes da moda que as revistas sugerem e a massa segue como sendo sua própria vontade, que na verdade não possui. Voltando... faríamos uma festa e todos nós reuniríamos, passei semanas preocupado com aquela data, pois sabia que estaria muito tempo na presença dela e que isto não faria bem para minha parte sentimental e psicológica.

Minhas viagens 354

     Bem! Melhor voltar ao meu religioso romance. Passaram-se os meses e essa frase que exponho agora após levá-la por tempos em minha mente e escrevê-la, em dúvida fiquei em publicá-la, até meus últimos dias no Brasil, por várias vezes a publicaria, mas n o fiz, o motivo eu não sei e não quero explicar. Segue abaixo....