sexta-feira, 28 de novembro de 2014

RMM – Autobiografia 177

        O Tirêu nunca se casou algumas pessoas já levantaram suspeitas deste seu comportamento, porém nego-me a acreditar em qualquer palavra que vá além de ermitão no que se refere a ele. Mas quando criança detestava quando ele e seu principal companheiro de serviço Valdirão, colocavam meus irmãos caçulas em seus colos, ficava realmente desesperado, tentava tirá-los de todo jeito, chamando-os para brincar de alguma coisa, e quando nada dava certo procurava me conformar dizendo a mim mesmo que aquilo era natural, e não deveria haver algum desrespeito àquelas crianças, principalmente por parte de nosso tio, mas enquanto não saiam ficava ali analisando cada movimento e tentando me tranquilizar

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Epístola

            Assim que minha mãe leu a matéria do portal da leitura, me ligou e disse: -meu filho porque você escreveu isso?Todos vão pensar que os mercados quebraram porque você tentava ajudar os outros.- Mãe, foi só uma brincadeira, nenhum mercado abaixou as portas por causa disso e o resto foi apenas um pequeno puxão de orelha em meus amigos. Todos na cidade me zoam pelos incidentes dos mercados. O primeiro a fazê-lo me deixou muito irritado. –quebrou o Virgilin em Marcão. –você falou o que?Vai ter que repetir isso na justiça. Logo depois um amigo me disse a mesma coisa, então percebi que isso acabaria tornando-se um hábito, e a partir daí sempre quando ouço palavras parecidas dou gargalhadas voluntariamente, e digo que não quebrei só o Virgilin, mas também todos que se meteram comigo nesse ramo.

            Por falar no texto anterior, quando saímos do Engasga do nosso amigo Rodrigo, deparamos com várias viaturas na porta. Então perguntei ao Jeanie, meu atual cunhado, e agora? –sei lá. –vamos ter que ficar aqui longe do carro. Até que um militar falou em auto tom: - dou cinco minutos para vocês entrarem nos carros e irem direto para suas casas. Falei: - bora bora dá tempo. Porém o mais controverso foi quando vimos ainda um estabelecimento aberto. Nele encontramos o palhaço: – e aí palhaço? Que se aproximando disse algumas coisas que não entendi, e com as mãos tocando em meus ombros exclamou: - não sou v-iado não, olha pra mim. Fixando-o nos olhos suas palavras chegaram ao meu supra consciente assim: - faça o que deve ser feito; confiamos em você; não se acovarde; trilhe o caminho e nos mostre; precisamos que vá em frente, e etc. Sendo que para as pessoas que estavam em volta outras palavras foram ouvidas fazendo inclusive que se irritassem. (entendi que ele falava em nome de varias mentes reunidas, e o termo que usei para designá-lo foi devido tê-lo conhecido exercendo esta profissão).

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

PMM 155

         Estava em dúvida se falaria algo mais a respeito de... Porém quando vi em certo programa matinal da TV aberta, um jovem senhor recém-separado, comentando sobre os problemas que estava tendo principalmente relacionados aos filhos (assim dizia ele), com os olhos avermelhados, resolvi que deveria escrever mais um texto sobre o assunto, e não será o último, pois na realidade o primeiro que fiz já próximo ao fim, o interrompi não conseguindo concluí-lo, deixei-o de lado para quem sabe no futuro finalizá-lo. Percebi o grande sofrimento na face daquele largado, e pensei que ele não fosse conter tanta emoção. O que aconteceu no final tendo ele se desmanchado em lágrimas (creio que a grande maioria que estava presente e se consideram cristãos pensaram em se aproximar, e confortá-lo, mas não o fizeram talvez se fosse um homem proeminente tipo Roberto Carlos muitos teriam coragem de fazê-lo, inclusive a apresentadora, porém não ocorreu, o motivo ou motivos... deixa prá lá). O especialista convidado, ao ouvir um participante dizer que divórcio é comum na atualidade concordou, mas observou que devemos evitá-los, logo após relatou que até ele mesmo tinha passado por um. Eu pessoalmente tenho recomendado aos casais que não se casem, mas que num relacionamento sério sem traições ou pluralidades, se de comum acordo resolver ter filhos, que isso ocorra analisando muito bem todos os aspectos, digo isto não acreditando estar certo ou errado, mas pensando que assim possa aumentar a durabilidade das relações e quem sabe desta forma pode ser menos traumáticos os matrimônios principalmente com relação a separações em nossos dias. 

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

RMM – Autobiografia 176

         Hoje ele mora num pequeno sítio da tia Vilma, saída de nova Veneza para Goiânia, e não deixou de ser um homem grotesco. Vejam o que ele aprontou a pouco mais de vinte anos atrás: quando caminhava pelas ruas da cidade, uma criança de idade não superior a sete anos, filho de um homem proeminente deferiu-lhe uma cuspida, ele então simplesmente não sei se com as mãos ou algum objeto deu uma surra no moleque, ali mesmo e no exato momento. Isto acarretou problemas para o meu avô, pois o pai do guri o procurou e pediu-lhe providências. Por acaso cheguei à cidade poucos dias após o incidente e o vô Nego não estava tendo um bom relacionamento com o Tirêu, devido este fato. Acredito que o moleque não deve ter cometido mais tal erro.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

RMM – Autobiografia 175

       Para vocês terem ideia, a pior coisa que o Tirêu cometeu contra mim, foi ter forçado com as mãos até que eu abrisse a boca, e cuspido tudo o que pode, igual aquela moça do reality show, isto foi tão traumático que apaguei de minha memória, porém a Geni há poucos anos atrás me fez o favor de cobrar isto dela e ressuscitar a lembrança, mesmo tendo eu não feito nenhuma questão de relembrá-la. Ele começava com umas brincadeiras idiotas que eu não aceitava, e continuava até que eu falasse algo ou deferi-se algum xingamento, então ele mandava respeitá-lo e normalmente acabava me batendo. O que o deixava mais raivoso, era quando eu falava que iria pedir ao meu pai, que o manda-se embora. O incidente da cuspida foi devido eu ter cometido o ato primeiro, de maneira normal devido à impossibilidade de reagir as suas estúpidas manias.

sábado, 15 de novembro de 2014

PMM – Eu Sou Deus 8ª parte

       -Disco voador existe? Foi à primeira manifestação vinda de um dos microfones da multidão. A qual Eu Sou Deus respondeu: - surpreendeu-me tal objeção. Quanto a isso posso dizer pouco, além do que vossos semelhantes registram. Há diversas formas de naves espaciais no vasto universo, porém a grande maioria das imagens que vocês têm é proveniente de más interpretações e outras tantas não passam de forjamentos. Pelo que sei, na atualidade, o que há de mais extraordinário no que se refere a óvnis ou qualquer coisa parecida, se realize no deserto do Saara. Porque seres (superiores) de outras esferas, envolvidas com o desenvolvimento espiritual e humanitário deste planeta escolheriam aquele local? Se vocês estivessem na posição deles qual área prefeririam? Haveria uma região melhor do que aquele grande deserto? Seria possível que eles propiciaram ou de alguma forma manipularam para que no Saara se realizasse tais incursões? Eu creio que seja provável ter ocorrido interferências externas, para formar aquela grande área desértica exatamente no coração do mundo, com o intuito de manterem seus trabalhos acobertados, inclusive as aterrissagens e decolagens de gigantescas naves. Fora o Saara também há centros avançados sob as águas e em outras áreas desabitadas, em alguns casos esporádicos ocorre realmente a visualização ou até mesmo contatos com extraterrestres, porém quero deixar claro que tais coisas não são convenientes e provavelmente ocorrem devido algum descuido, no mais digo que a sigla óvni deveria ser substituída pela sigla SLNEC (sinais luminosos não explicados pela ciência), pois é isto que ocorre na maioria das vezes.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

RMM – Autobiografia 174

      Assim que mudamos para a chácara, o Júnior passou de um irmão amoroso para um verdadeiro torturador (não sei se influenciado pelo Tirêu), por qualquer motivo ele me ameaçava. E a partir de quando comecei a nadar, por volta dos 10 anos, tinha uma estranha mania de me jogar na piscina, chovesse ou fizesse Sol, frio ou não. Por isso me afastei dele, mas às vezes por falta de companhia me aproximava, principalmente quando algum tio ou primos vinham passar alguns dias na chácara. O Tijulim participava e incentivava tais atos e muitas vezes iniciava as torturas. Hoje ele é um pacato cidadão interiorano com um casal de filhos quase adultos e nem se quer lembra aquele adolescente rebelde, e quando estava próximo a mim (torturador).

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

PMM 153

      O último pensamento na realidade formara-se em minha mente primeiramente assim: - me encontrando em certo estabelecimento avistei no canto oposto, uma senhora, perguntei a pessoa que se encontrava à mesa comigo, se ela não seria a esposa de um amigo nosso. – sim, é a ex. Fiquei entristecido, pois tenho amizade com todos os membros da família daquele através de quem a conheci, na época sua esposa. Logo após ela passou por mim e nos cumprimentamos, tendo ela me convidado para ir aonde se encontrava em meio a amigos. Fiquei receoso, pois entre outras pessoas que a acompanhavam estava um jovem que aparentemente lhe era íntimo, então me veio à mente que de uns tempos para cá tenho tido problemas com homens ciumentos. Voltando ao que interessa: - este sentimento de tristeza me é normal, sempre que ouço conversas de casais separados, principalmente se partem de seus filhos e até mesmo dos ex-cônjuges. Acredito que estes fatos, não por questões religiosas, mas para o bem da sociedade devem ser discutidos, esclarecidos e principalmente evitados, pois percebo que na maioria das vezes traz infelicidades, e normalmente entre os meus círculos de amizades é veemente reprovado. Pessoalmente cito o caso de meu pai, tendo eu percebido (no dia narrado na primeira parte de minha autobiografia) que ele não perdoou seu pai por ter abandonado sua mãe e entrado em outro relacionamento e também não perdoou sua mãe pelo mesmo motivo. É lógico que tem que ser levado em conta todos os episódios trágicos que precedem e sucedem este triste acontecimento.  

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

RMM – Autobiografia 173

        Este fato foi muito marcante, e sempre é comentado nas reuniões familiares. Ao contrário do que eu imaginava não me bateram, a punição que me deram foi lavar a ensanguentada varanda, enquanto ouvia as admoestações de minha tia. Alguns meses após o incidente a Geni numa conversa particular na sala da casa, procurando demonstrar muita sensibilidade nas palavras, dizia que não me perdoaria pelo acontecido, repetindo várias vezes e complementava (mesmo que você me peça perdão de joelhos). Percebi que toda a encenação era no intuito de me fazer chorar e provavelmente perdi-lhe perdão, no momento me deu vontade de rir, porém contive e nada falei. Há poucos anos atrás ela disse a todos que eu tinha lhe pedido perdão chorando, mas retruquei dizendo que isto num determinado momento foi a sua intenção, mas não ocorreu. Fiquem todos sabendo que o beneficio (religiosamente falando) do perdão recai sobre aquele que o oferece, assim que este põe em seu coração que o transgressor está perdoado se livra de qualquer punição posterior, sendo que toda responsabilidade no julgamento (se houver) é daquele que praticou o mal. 

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

PMM 152

          “Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”. Vejam sós em que hipocrisia vivemos, passei quase toda a vida ouvindo, repetindo, e acreditando nestas palavras, e creio que dezenas de milhões de brasileiros de todas as classes sociais também, até que alguns dias atrás, vi na TV, acho que uma parlamentar nossa dizer: “em briga...meeete! sim senhor” . Foi preciso isto para me despertar a este respeito, já na idade em que me encontro. Por acreditar nos dizeres daquela senhora declaro: - desde tempos remotos ouço comentários de mulheres batalhando por separações, principalmente devido traições de seus esposos e/ou violências físicas e psíquicas. Porém em tempos recentes algo mudou em suas mentes, provavelmente influenciadas por tudo o que a mídia distribui e algo mais. Tenho ouvido comentários de vários homens (largados) que dizem não compreender porque suas companheiras optaram pela separação, sendo que eles se consideravam bons pais e também maridos. Segundo o conhecimento que tenho, no caso de já terem filhos, não cabe apenas a um ou a outro este procedimento, deve-se escolher o melhor caminho levando em conta outros envolvidos, principalmente os filhos, pois eles são muito afetados quando acontecem tais rachas. A sociedade também perde, pois a família é sua base. Por tanto se não por uma questão religiosa, mas para o bem estar de todos, o ideal é nos esforçarmos o máximo possível, para levar adiante a iniciada vida de casal. Pois a sociedade, queiramos ou não, nos impõe as suas regras, e estas são válidas para nossa sobrevivência, porque dela somos totalmente dependentes. 

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

RMM – Autobiografia 172

            Não sei se antes ou após a compra da fazenda, mas presumo que eu tinha entre nove e onze anos de idade, quando protagonizei uma das cenas mais violentas e chocantes da família. Estando a tia Daira realizando um corte de cabelo em minha mãe na varanda da casa, saiu a molecada toda da piscina e foi entrando. Não era costume meu fazer isso, pois sabia que alguma das mulheres reclamaria e no caso específico desse dia era a Geni. Porém, como todos entraram, me senti a vontade de também fazê-lo.
Fui o último e era o mais velho da molecada, assim que passei pela varanda, copa adentro, ela me surpreendeu com uma grande bronca e com o cabo do rodo acertou-me a cabeça. Fiquei enfurecido, pois percebi que ela me fez de bode expiatório (pois só entrei porque todos já haviam molhado o chão). Retirei-me indignado, passei ao lado da mesa e avistei uma tesoura, daquelas grandes. Peguei-a e fiz menção de arremessá-la. Minha tia gritou e a Geni também: Não, não, não! Minha mãe nada disse, creio que estava adormecida ou sonolenta. Apesar dos gritos, arremessei com força, sobrando tempo para Geni apenas virar as costas. Todos gritaram novamente e eu corri.

De longe, fiquei olhando a movimentação e chorando imaginando o tamanho da surra que levaria. O Charger R/T estava estacionado perto da piscina, mas acho que o Júnior havia guardado a chave ou até mesmo levado consigo para o colégio. Por fim, chamaram o Matsumoto, nosso vizinho (que daí a quase duas décadas depois se tornaria sogro da vitima). Ah!!! A tesoura penetrou a uma profundidade mais ou menos do comprimento de um palito de dente, por sorte, foi em sua nádega. Alguns segundos depois ela se soltou e caiu.