segunda-feira, 23 de março de 2015

Epístola

(-É pra ir pro céu, né Marcão?) – é pra ir pro céu. Respondi ao meu cunhado, logo após minha filha dizer que eu não poderia ter dado um lote, para uma mulher estranha.

Na realidade não dei... Fiquei muito satisfeito quando há uma década consegui comprar uma casa na Samambaia, e ainda sobrou um pouco. Pensei: - vou comprar um barraco em Santo Antônio, porque aí eu evito problemas quando me candidatar, e se a Rosa (fictício), resolver me mandar embora, ou por mim mesmo a deixá-la, terei onde ficar. Comprei. Numa tarde uma mulher me ligou, dizendo ter visto a placa de aluga-se. Como estava sem lugar para passar a noite, perguntou se eu poderia ceder a casa a ela por alguns dias. Então mais tarde ao sair do mercado fui ao barraco, e lá se encontravam uma jovem e magra senhora e sua filha, ambas com os olhos fundos, e envergonhadas com a situação, acho. Não tinham nada e a casa também estava vazia. Vocês não imaginam a alegria que me dava, ao vê-la conseguindo comprar as coisas aos poucos com o passar dos anos. Em todos nossos encontros ela muitas vezes me constrangia, comparando-me a anjos e a santos ou um enviado de Deus que veio para ajudá-la. Com o tempo passei a dizer para não se preocupar, pois a casa seria dela enquanto ela precisasse. É obvio que muitos, principalmente da minha própria família, especularam e aparentemente não deixaram de especular, que há algo entre nós além do que uma simples cristandade. Então há poucos anos ela me fez uma proposta de compra e aceitei, mas infelizmente não posso dizer a ninguém como foi o negócio, pois a maioria ao ouvirem dirão ou pensarão. “nossa como o Marco é burro” porem para todos tenho uma simples resposta. – apenas tento ser um cristão.

sábado, 21 de março de 2015

PMM – Eu Sou Deus 12ª parte

              Quantos planetas habitados por seres pensantes existem? – parece que você não ouviu um dos meus comentários. Pois bem, digamos que nos mil sistemas solares mais próximos do nosso, existam sete planetas habitados por seres humanos, sendo assim para obter sua resposta basta multiplicar.
           A grande maioria não sabia, mas os organizadores realmente programaram para que todo o evento fosse um jogo de perguntas e respostas, sendo que havia um dispositivo em cada microfone que teoricamente lhe daria a precedência, porém na prática havia uma sala com vários profissionais, manipulando de outras formas essas preferências, e entre eles mentes conceituadas que tinham o poder de silenciar ou permitir que prolongasse mais os que tivessem a prioridade dos diálogos e a maioria só tinha direito a uma pergunta.

            Descendemos de Adão ou de macacos? A maioria de vós de primatas que a centenas de milênios foram extintos. Adão foi uma nova forma de vida, não descendente da ameba e nem tão pouco de primatas, provavelmente originou-se do pó estelar, porém seu processo evolucionário é totalmente diferente dos seres humanos que aqui existiam e ainda existem, alias outros semelhantes a eles já haviam estado aqui e possuíram mulheres, e também suas formas femininas se relacionaram e misturaram-se aos originários de animais, isto devido terem aderido à rebelião de Lúcifer. São os tais anjos caídos. Eva procede da costela de Adão? Lógico que não, em todo o universo existem regras pré-estabelecidas e entre elas não há espaço para folclore. O processo de reprodução entre Adão e Eva é o mesmo que vocês praticam, porém sem necessidade de vulgaridades. Você quer dizer que eles ainda existem? Sim, e continuam sendo enviados a outros planetas, como já falei no universo existem vários seguimentos repetitivos, talvez para ser mais facilmente compreendidos.

terça-feira, 17 de março de 2015

PMM 165

      De uns dias para cá estou morando num barraco (modo de falar): de alvenaria, três cômodos, em um estilo rústico, situado numa zona rural. Não estou me sentindo bem, exatamente por essas peculiaridades, porém recentemente, eu que achava ter vencido a barreira do materialismo e porque não dizer, do sonho americano, ao ver um ex-chefe de Estado apresentar ao mundo sua residência, e pelo que observei não se diferencia muito da que estou vivendo, me senti realmente um fraco. Poderia eu estando na mesma situação que ele agir de igual forma? Não, até o presente momento categoricamente respondo não. E agora o que posso fazer? Não imaginava que existia ainda idealistas como aquele senhor, e depois disso não sei mais quem sou. Porém fiquem sabendo que não desisto de meus ideais, e por eles irei até o fim, não terei uma morte suicida como Guevara e nem tão pouco uma vida também suicida como Bin Laden. Vou trilhar meu caminho com o conhecimento que adquiri em meio século de existência humana, e com certeza usufruindo toda experiência que carrego, de uma forma ou de outra, neste planeta. Por esses dias tenho meditado muito no exemplo daquele senhor, que se encontra aqui tão próximo. E a sua esposa? Isso sim é que é amor, não o que outras dizem por aí. 

segunda-feira, 16 de março de 2015

PMM 164

        Tenho enfrentado situações que não imaginava, e não tem sido fácil. É lógico que isto esta atrapalhando o bom andamento de meus textos, divulgados pelo blog. Mas quero deixar claro que não estou parado, e entre meus pequenos projetos em andamentos, encontra-se a tentativa de tornar possível a publicação de dois pequenos livros virtuais, com textos já contidos no blog, porém bem elaborados. Se tudo der certo será cobrada uma quantia simbólica, pois eles não dependem apenas de mim. É esperar para ver. Porém com todos os meus problemas me apresentei as dez da manha de ontem para demonstrar minha indignação contra o rumo negativo que nossos políticos têm dado ao país.

           O esquema policial montado estava realmente de parabéns, mas não gostei de ver os soldados portando armas letais, e demonstrei isto a um oficial, porém minhas palavras cessaram quando ele com o dedo em meu peito e o apoio de seus comandados ao redor pediu que me retirasse, infelizmente em minhas mãos havia algo para beber. Perto do fim formou-se uma tensa reunião, e lá estava eu na linha de frente dos que se manifestavam, tentando zelar pela paz ou não violência, até que um jovem esbarrando em mim, falou em baixo tom: - ele tirou a trava do gás ele vai soltar. – não vai não ele não tá louco, tá tudo tranquilo. Aí ouvimos um chiado, tentei resistir, falei algo e dei um passo a frente, em direção ao praça que expeliu o gás, logo após virei ao contrário e esticando os braços para frente, imaginava que meus escudeiros (dois militares da ativa) me resgatariam, porém andando assim por alguns metros, entre bombas, gases, correria e gritaria percebi que deles não viria socorro. Passei a dizer: - alguém me ajuda! Alguém me ajuda! Pega minha mão. Um jovem aproximou-se e disse: - vou te ajuda. – me tira daqui, me tira daqui. No final agradeci e disse que não poderia reconhecê-lo futuramente. Após recuperar-me usei ao máximo as armas que tinha: gritos de baixo calão e pernas para fuga. A partir daí as vias tristes da esplanada tornaram-se um campo de batalha.