sexta-feira, 16 de agosto de 2013

RMM – Autobiografia 59

            Tia Daíra desfrutava da mão de obra da minha mãe e provável auxílio de minhas irmãs para lavar e passar suas roupas (que não eram muitas). Certo dia minhas irmãs foram levar as ditas roupas na casa dela. Insisti que me deixassem acompanhá-las, porém elas, juntamente com minha mãe, se opuseram. Após algum choro, ao vê-las partindo para a parada de ônibus, decidi que iria até lá.
            Minha maior preocupação era a avenida principal que cortava (e até hoje corta) Taguatinga ao meio. Após poucos minutos de suas saídas, comecei minha primeira e maior jornada infantil, que seria percorrer 2 a 3 km e efetuar a perigosa travessia. Durante o percurso imaginava que todos se surpreenderiam, ficariam alegres e até me parabenizariam pela façanha. Imaginem, então, o quanto fiquei decepcionado ao ser recebido com broncas e indignação, principalmente por parte de minha tia, que fez com que voltássemos rapidamente para avisar minha mãe. Minhas irmãs, principalmente a mais velha, me repreendeu todo o trajeto de volta.

            Não me lembro se apanhei de minha mãe ao chegar em casa. Mas aprendi a lição. Talvez essa minha primeira empreitada a tenha deixado, de alguma forma, preparada para outras que ocorreriam num futuro próximo. E, por falar nisso, aumentei o tamanho dos meus textos para não demorar a chegar nas narrativas de minhas viagens, pois minha mais nova cunhada disse-me que aguarda essa parte com muita ansiedade. 

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