sexta-feira, 5 de julho de 2013

RMM – Autobiografia 47

            Nessas andanças pelo cerrado, depois de certo tempo, os meninos mais velhos resolveram me revelar algo que eu desconfiava e já tinha ouvido falar, mas não conhecia: uma caverna construída às escondidas, nenhum adulto imaginava e talvez nunca souberam. A entrada era sempre camuflada com alguns objetos, amontoados ordenadamente. Em seu interior já cabiam cinco ou seis meninos abaixados, usava-se velas nos seus três ou quatro compartimentos. Normalmente, quando iam lá, combinavam de levar algum tipo de ferramenta para aumentá-la.

            Algumas semanas após minha primeira visita, tristeza e desolação afetou a todos, lá estava algumas toneladas de terra divididas por rachaduras, e a caverna destruída. Por sorte ninguém se encontrava em seu interior e nosso segredo ali ficou para sempre escondido.

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