Nessas andanças pelo cerrado, depois de certo tempo, os
meninos mais velhos resolveram me revelar algo que eu desconfiava e já tinha
ouvido falar, mas não conhecia: uma caverna construída às escondidas, nenhum
adulto imaginava e talvez nunca souberam. A entrada era sempre camuflada com
alguns objetos, amontoados ordenadamente. Em seu interior já cabiam cinco ou
seis meninos abaixados, usava-se velas nos seus três ou quatro compartimentos. Normalmente,
quando iam lá, combinavam de levar algum tipo de ferramenta para aumentá-la.
Algumas semanas após minha primeira visita, tristeza e
desolação afetou a todos, lá estava algumas toneladas de terra divididas por
rachaduras, e a caverna destruída. Por sorte ninguém se encontrava em seu
interior e nosso segredo ali ficou para sempre escondido.
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