Logo após, o outro
detento que permanecia calado, posicionou o colchão no melhor local, tendo o
que me repreendera, dito que eu poderia descansar primeiro, sobre o seu único
colchão. Ainda insisti que ele fosse antes e qualquer coisa eu me viraria, mas
não aceitou. Deitei com o ombro próximo ao vaso, o qual em dados momentos, exalava
um odor de urina e também mesmo com cuidado, às vezes parte do meu braço o
tocava. Quando dei por mim acordei já com o dia claro, ainda no colchão,
enquanto o preso cochilava sentado, encostado nas grades de ferro. Disse-lhe
por varias vezes que deveria ter me acordado, e ele apenas respondia que estava
tudo bem. E aquele provável mau elemento, considerado pela sociedade, naquela
ocasião foi o meu próximo, o que talvez tenha me curado as feridas do cansaço e
me dado novo ânimo.
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