quarta-feira, 3 de setembro de 2014

PMM 145

             Por momentos turbulentos tenho passado.Numa forma poética religiosa poderia descrevê-los assim: me encontro só, fisicamente, do meu lado esquerdo;um aglomerado de demônios; a direita alguns seres contidos por luzes tão intensas, que ao penetrarem meu cérebro o confundi, tornando-as para mim quase em escuridão e dificultando identificá-los individualmente.Um eu sei que percorreu trilhões de quilômetros, traspassando varias galáxias e universos, vindo realmente de onde a personalidade ‘Pai De Toda Criação’ reside (que é um local físico inatingível, até mesmo pelas mentes humanas), O qual em volta todo o resto gira;outros se encontram aqui a centenas de milhares de anos.Ao todo não totalizam sete figuras angelicais.Já os demônios conheço a cada um, e o maioral é conhecido de todos, seu nome é egoísmo e no amontoado se destacam ainda outros, em formas masculinas e femininas:Medo,vaidade,sexo,covardia,vicio,ignorância,orgulho,sensualidade etc. Todos envoltos por uma densa nuvem escuta que leva o nome de mundo.Eles também me conhecem e me chamam pelo nome,e murmuram.Como não os ouso bem dirijo-me a eles para ouvi-los melhor, e entre outras coisas me dizem serem meus companheiros a décadas, e não pretendem me abandonar pois suas companhias muito me agrada, e que também devo tudo o que sou e tenho a eles. Servem-me comidas e bebidas e na descontração da conversa, esqueço-me totalmente daqueles os quais virei as costas, até ouvir sussurrarem meu nome, viro-me e fico no limiar da fumaça, quando um deles, aproximando-se põe as mãos em meus ombros e fixa-me o olhar, nesse instante os demônios me envolvem, a ponto de não mais perceber as mãos daquele anjo, me desespero e procuro acordar, por pensar que tudo possa ser um sonho ou pesadelo, mas percebo que tudo e mais que real,então um vazio subitamente me consome.

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