sábado, 27 de agosto de 2011

EMM. “Folha da Copaíba”. Agosto de 2011.

Epístola de Marco Marcial
            “Nossos heróis ainda morrem de overdose. Nossos inimigos continuam no poder.”
            Qual ideologia proporcionaria algum tempo a mais de sobrevivência para a cantora de origem judia? Vidas curtas e mortes trágicas semelhantes à dela ocorrem a todo momento em nosso solo. Teria um anjo caído alguma relação com tais fatos? Tal qual o notório episódio apresentado pelo “bárbaro”, que em sua loucura, exterminou os da sua própria raça. Provavelmente o fez em protesto aos poderosos que, ao seu modo de pensar, não exercem bem o seu cargo. Mencionou o Brasil, relacionando os nossos males a miscigenação aqui existente.
            Enfatizo sua coragem, porém, em um ato covarde. Se a tivéssemos direcionada ao bem, faríamos a diferença. No entanto, em seus devaneios, talvez quisesse ele fazer frente aos radicais maometanos, demonstrando ao mundo que, independente de religião, as raças brancas também podem se sobrepor as outras através da violência. Até mesmo serem mais impiedosas, como o mundo presenciou a pouco mais de meio século em nome de um ideal racial. Aqui grandes atrocidades ocorreram a poucas décadas, não por disputas raciais, nem loucuras individuais, mas por aqueles que exercem o poder. Talvez por sermos bastante mesclados não sigamos o exemplo do vizinho: nossos arque inimigos no esporte bretão que, por ser uma raça menos amalgamada, decidiu retirar a barreira que protegia idosos criminosos, e colocaram alguns atrás das grades.
            O que há com esta balança na qual se nega indulto a militar flagrado em atos ilícitos de pouca relevância como os praticados pela cantora judia; enquanto outros que torturaram, violentaram, mataram e dilaceraram famílias inteiras, são protegidos por uma cortina de aço chamada anistia? “Brasil, mostra a tua cara”. Nem mesmo Lúcifer teve tanta sorte!

Um comentário:

Comente aqui